Ginecologistas
devem solicitar e pacientes precisam procurar exames para avaliar funções
reprodutivas e evitar surpresas no momento de planejar gravidez
Exames simples para checar o estado das funções reprodutivas não costumam ser pedidos pelos ginecologistas e nem procurados pelas pacientes, e poderiam evitar surpresas desagradáveis sobre a fertilidade da mulher. “Exames como a contagem dos folículos antrais no ultrassom e a dosagem de hormônio antimülleriano costumam ser deixados de lado por esses médicos”, observa a Dra. Cláudia Gomes, médica especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington.
Por isso, quando algumas mulheres tentam engravidar, não acreditam no tamanho da dificuldade que têm para conseguir, uma vez que os outros exames solicitados pelos ginecologistas mostravam que estava tudo bem com o sistema reprodutivo. Apesar da evolução da medicina nesta área, um dos fatores que provoca maior dificuldade no momento de planejar a maternidade é, por exemplo, o desconhecimento de algumas mulheres sobre a influência da idade na fertilidade.
“Quando a mulher finalmente alcança a estabilidade emocional e financeira, algo que geralmente ocorre após os 35 anos, pode ser mais difícil conseguir ter filhos e, por não terem a real noção do peso da idade biológica nas funções reprodutivas, elas acabam não se precavendo quanto a seu futuro como mãe”, pontua a Dra. Cláudia. A situação descrita pela médica é uma referência a diversos casais que chegam aos consultórios especializados em reprodução assistida para tentar engravidar.
Muitos desses casais costumam ir ao consultório quando já tentaram de tudo para ter filhos e não conseguiram, e, então, o processo pode se tornar cheio de ansiedade e estresse. Por essa razão, exames como antimülleriano, que identifica o declínio da reserva ovariana, se incluso nos exames ginecológicos de rotina, fariam com que a mulher fosse mais precavida sobre quando e como se tornar mãe, evitando o desgaste das tentativas de gravidez que não se confirmam.
O “seguro maternidade” da mulher moderna
“Por quererem ter filhos em um momento profissionalmente estável, o que demanda tempo, muitos casais adiam a gravidez. A questão é que o relógio biológico da mulher não para e os óvulos continuam se esvaindo e também perdendo a qualidade, principalmente após os 35 anos”, observa a médica. Dessa forma, quem pretende ser mãe deve ficar atenta ao passar do tempo, consultar um especialista para avaliar sua capacidade reprodutiva e, a partir disso, estipular até quando conseguirá esperar para ter o primeiro filho.
“Uma alternativa cada vez mais escolhida é a criopreservação dos óvulos, que tem sido de grande ajuda às mulheres que pretendem adiar a maternidade para um momento mais propício”, avalia Dra. Cláudia. A técnica nada mais é que o congelamento dessas células em nitrogênio líquido à baixíssima temperatura e permite preservar, por anos, a qualidade dos óvulos – fator determinante para a gravidez bem sucedida.
Huntington
Medicina Reprodutiva
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