Embolização
é menos dolorosa e oferece tempo de recuperação mais curto
Estima-se que 80% das
mulheres em idade fértil tenham miomas, de acordo com dados da Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A
maioria das mulheres têm pouca informação sobre as opções menos invasivas para
o tratamento dos miomas uterinos, e acabam se submetendo a cirurgias mais
agressivas e, eventualmente, desnecessárias. Segundo o Ministério da Saúde, o
problema atinge cerca de dois milhões de mulheres no Brasil e cerca de
trezentas mil perdem o útero, por ano, em consequência da doença. O tratamento
é individualizado e pode ser medicamentoso ou através de cirurgia.
Segundo o Dr. André Moreira de Assis,
membro titular da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e
Cirurgia Endovascular (SOBRICE), a embolização
dos miomas uterinos é um exemplo de terapia minimamente invasiva guiada por
imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas
mulheres. “Além evitar a retirada do útero, a embolização oferece um
período de recuperação mais curto do que a opção cirúrgica convencional”
explica o médico.
O mioma uterino
costuma ocorrer em mulheres em idade reprodutiva, na faixa dos 30 a 50 anos. A
doença causa a formação de tumores pélvicos benignos nas paredes do útero.
Estima-se que até 75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da
vida, ainda que apenas 10 a 20% destas pacientes apresentem sintomas.
O procedimento de embolização de miomas uterinos consiste na
obstrução das artérias levam sangue aos miomas por meio da injeção de
micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool, substâncias com
efeito permanente e inofensivas ao organismo. A técnica é realizada sob anestesia
peridural ou raquidiana e indicada como opção de tratamento definitivo para a
miomatose uterina sintomática. Não necessita de anestesia geral ou cortes, e o
tempo médio de internação hospitalar é de 1 dia.
Para o especialista, esse tratamento é indicado
como alternativa para as mulheres que têm que retirar os miomas ou o útero em
decorrência de sangramento acentuado (que pode levar à anemia), e de sintomas
relacionados à compressão de outras estruturas pélvicas. “Há ainda mulheres com
adenomiose isolada ou em associação com os miomas uterinos que
também podem ser tratadas com esta mesma técnica”, finaliza o médico.
Dr.
André Moreira de Assis - médico do CRIEP - Carnevale Radiologia
Intervencionista Ensino e Pesquisa -
especializou-se em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). É radiologista
intervencionista do HC-FMUSP e do Hospital Sírio-Libanês, e membro titular do
Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Brasileira de Radiologia
Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).
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@clinicacriep
Facebook: @criep.com.br
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