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quarta-feira, 6 de março de 2019

Socesp indica como reduzir mortes de mulheres por doenças cardíacas


Sintomas mais sutis do que nos homens levam as mulheres a demorarem mais para procurar socorro médico, aumentando o risco de morte por doenças cardiovasculares, alerta a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).


Sintomas mais sutis do que nos homens levam as mulheres a demorarem mais para procurar socorro médico, aumentando o risco de morte por doenças cardiovasculares, alerta a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Considerando que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade feminina no Brasil, é premente, ante os primeiros sintomas, agilizar o socorro médico e prover tratamento imediato. Neste aspecto, porém, há um sério problema: as mulheres nem sempre têm sintomas tão acentuados quanto os homens, como fortes dores no peito. "Muitas vezes, os sinais são mais sutis, como náusea e dor no pescoço e nas costas ou na mandíbula. Isso pode gerar confusão no diagnóstico ou até demora na busca por atendimento, aumentando muito o risco de óbito", explica o médico José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp.

Por isso, a entidade alerta para a importância de as mulheres procurarem socorro médico rapidamente caso sintam alguns dos sintomas, pois essa providência reduz de modo significativo o índice de mortes por doenças cardiovasculares. Embora os problemas cardíacos sejam mais recorrentes em homens, a probabilidade de uma mulher morrer ao ter um infarto é 50% maior do que quando o mal ocorre em um homem. Dentre as brasileiras, uma em cada cinco adultas está em risco de desenvolver doenças cardiovasculares, segundo levantamento do Hospital do Coração (HCor).


Causas e prevenção

Os fatores de risco cardíaco são os mesmos para mulheres e homens, ou seja, predisposição genética, sedentarismo, obesidade, colesterol e triglicérides elevados, pressão alta, diabetes, tabagismo, consumo inadequado de álcool e estresse. No entanto, a população feminina agrega uma causa a mais a partir do climatério e da menopausa, fases nas quais diminui paulatinamente o hormônio estrógeno, que tem função vasodilatadora, protegendo as veias e artérias de entupimento.

A prevenção é fundamental e começa com a mudança dos hábitos rotineiros, como alimentação saudável, peso adequado, parar de fumar, beber com moderação e praticar atividade física regularmente, sempre com orientação médica. Fazer um check-up anual com o cardiologista e o ginecologista também é medida importante para a saúde, o bem-estar e o coração da mulher.

"Ou seja, prevenir é uma atitude importante das mulheres", enfatiza Dr. Saraiva, lembrando que, segundo dados do DataSUS, referentes ao período 1996-2016, os óbitos femininos por problemas cardíacos no País foram cerca de 20% mais numerosos do que os causados pelo câncer de mama". E mais: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 8,5 milhões de mulheres morrem, anualmente, em todo o mundo, em decorrência de problemas no coração.


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