Em
geral, a endometriose surge no fim da adolescência e início da vida adulta,
entre os 17 e 19 anos, mas o diagnóstico costuma vir bem mais tarde, porque infelizmente, ainda não há um exame específico para
detectar a doença.
O diagnóstico pode ser feito pela combinação dos sintomas
aliado a exames de sangue, ultrassonografia transvaginal
e ressonância pélvica, além da laparoscopia, que é capaz de detectar a doença e
já tratá-la no mesmo procedimento. Em média, leva-se oito anos
até que seja identificada a doença, em parte porque as pacientes não reconhecem
as cólicas como um sintoma grave e que precisa ser investigado.
A
endometriose pode ser encontrada no ligamento perto da vagina. A doença gera um
processo inflamatório e durante a relação sexual, quando há o estímulo desta
região, a mulher sente dor. Este sintoma é progressivo, chegando a
impossibilitar a relação sexual em alguns casos.
As
cólicas intensas e as dores durante a relação sexual acabam fazendo com que
muitas mulheres apresentem irritabilidade, tristeza, angústia e depressão. Além
disso, mulheres com endometriose infiltrativa profunda apresentam orgasmos
menos satisfatórios e em geral se sentem menos relaxadas após uma relação
sexual.
O
tratamento hormonal feito com análogo de GnRH, que diminui os níveis
circulantes de estrogênio e progesterona, é uma opção, especialmente nos casos
mais graves da doença. Esses medicamentos interrompem o funcionamento dos
ovários (produção hormonal e ovulação) produzindo um efeito semelhante ao que
ocorre na menopausa natural. Durante o tratamento, que dura em média entre três
e seis meses, a paciente fica sem ovular e sem menstruar. Os análogos do GnRH
são extremamente eficazes na redução da atividade dos pontos de endometriose e
seu efeito é reversível. Após o período de tratamento, os ovários retomam a
atividade normal e a paciente volta a ovular normalmente.
Usado
imediatamente após a laparoscopia, o hormônio ajuda no controle da doença e
torna-se tratamento complementar à cirurgia. O tratamento combinado, nesses
casos, diminui as dores e melhora a qualidade da vida sexual das pacientes.
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