O
Dia Internacional da Mulher foi, inegavelmente, uma conquista feminina. A luta
por melhores condições de vida e trabalho, na virada do século 20, reflete até
hoje em nossas vidas, gerou benefícios, mas as dificuldades persistem. As
mulheres ainda carregam a responsabilidade – muitas vezes sozinhas – de cuidar
dos filhos, da casa e ter que trabalhar.
E
quando se fala na vida profissional, ainda há uma grande disparidade se
comparado com a valorização masculina. Salários comprovadamente inferiores,
maior dificuldade em alcançar cargos de chefia, falta de reconhecimento... Tudo
isso exige da ala feminina um alto nível de resiliência.
Com
tamanha carga a ser administrada, as mulheres vivem em crise, inclusive
pessoal. Mas esses momentos são verdadeiros amigos, pois nos obrigam a ser mais
conscientes do tipo de vida que levamos, além de proporcionarem que nos
conheçamos em profundidade.
As
crises sempre nos ensinam muito. São imprescindíveis, inclusive, para nos
mostrar a nossa impotência, confusão, dor... Precisamos aprender a vencer o
medo de enfrentar as intempéries e as tempestades da vida, porque sabemos que,
no final, seremos mais fortes.
Quando
perdemos um trabalho, por exemplo, tendemos a entrar em crise. E, nesses
períodos, vivemos quatro fases: euforia, depressão, impaciência e mudança.
Na euforia,
dizemos frases do tipo: “Finalmente consegui sair daquele lugar!”. Na
realidade, trata-se de uma falsa ilusão. Vive-se uma hiperatividade que não
gera grandes coisas.
Depois
de 4 ou 5 semanas, o vazio toma conta e a tendência é entrarmos em depressão.
A
partir do segundo mês, começamos a sentir a opressão de familiares. A
impaciência vem à tona e, paralelamente, passamos a nos estruturar.
Organizamos
o tempo, a rede de contatos. Não se pode perder um minuto e os frutos começam a
surgir.
A
última etapa é a da transformação. Certos valores e algumas prioridades não são
mais como antes. Ganhamos confiança, criatividade e vemos, de forma mais
realista, as novas possibilidades.
As
mudanças fornecem informações de nós mesmos, da nossa capacidade de resistência
e do grau de aceitação. Se não conseguimos nos aceitar, significa que estamos
nos sentindo perdidas. O importante é aceitar como somos.
Não
existem pessoas com mais sorte que outras, mas, sim, pessoas que acreditam nas
próprias forças para resistir e superar as adversidades.
Ser
feliz significa rever aquilo que você ama, de fato, e entender quais seus
sonhos, objetivos e valores nos quais acredita.
Lembre-se
sempre: você é uma grande mulher! E isso basta.
Bibianna Teodori - Executive e Master Coach,
idealizadora e fundadora da Positive Transformation Coaching. Autora do livro
“Coaching para pais e mães – Saiba como fazer a diferença no desenvolvimento de
seus filhos” e coautora de “Coaching na Prática – Como o Coaching pode
contribuir em todas as áreas da sua vida”.
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