Muitas vezes, as pessoas pensam em se mudar de país
em um momento de euforia, através de histórias de pessoas que percorreram o
mesmo caminho, ou até por conta de informações transmitidas por quem não
conhece muito de mercado. Não enxergar alguns indícios ou frações importantes
de um cenário não tão real, pode trazer uma série de consequências, nem sempre
boas.
Estamos vendo isso agora em relação a Portugal,
onde tenho sociedade com um escritório que trabalha exclusivamente com
negócios, internacionalização de produtos e empresas. O mercado neste país é
muito bom, mas é necessário um olhar mais atencioso.
Em uma recente reportagem de uma emissora de
televisão brasileira, foi divulgado que o número de pedidos de brasileiros para
voltar de Portugal cresceu 73% nos últimos meses, principalmente por questões
financeiras porque o dinheiro não circula da maneira como a gente imagina. Pela
minha experiência, essa movimentação lá é bem parecida com a que temos no
Brasil, ou seja, falta dinheiro no mercado.
Por isso, pensar em ir para Portugal para criar uma
certa estabilidade financeira é um tiro errado. Na verdade, em qualquer lugar
do mundo. Isso porque alguns países realmente precisam de imigrantes, mas
dentro de um determinado perfil.
Com isso, pode surgir o questionamento sobre porque
essa necessidade de voltar para o país de origem, como o que está acontecendo
em Portugal, não acontece em outros países? Porque em outros países a pirâmide
é bem definida. Ou seja, se a base não for de sustento, além de existir uma
disparidade social muito alta, a consciência sobre gastar o dinheiro costuma
ser diferente. Tendo em vista que se o topo não auxilia a base, ela precisa
produzir para sobreviver.
Nos países onde existe uma política de sustento, as
pessoas tendem a ter uma consciência diferente sobre a forma de usar o
dinheiro, onde o consumismo deixa de existir e consequentemente o dinheiro de
circular. Mas, por incrível que pareça, o consumismo é bom para a economia,
pode não ser para o nosso bolso, mas para o país faz com que a economia
continue girando e se fortalecendo.
É isso o que acontece em Portugal, no Brasil e em
outros países que ainda possuem uma base muito mal administrada, mal-educada em
relação aos seus direitos, ficando sem a real estrutura necessária para que a
economia possa funcionar bem.
Daniel Toledo - advogado especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato por e-mail contato@loyalty.miami. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 62 mil seguidores http://www.youtube.com/loyaltymiami com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos. A empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.
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