Enfermeira obstetra
explica um pouco sobre esse leite tão especial
O nascimento de um
bebê traz consigo diversos sentimentos: felicidade, alívio, insegurança, medo.
Totalmente normal, não é mesmo? Afinal, trata-se uma nova vida e uma rotina
também repleta de novidades. Uma das principais dificuldades das mães de
primeira viagem é identificar a presença do colostro. Muitas acham até que ele
não é leite!
“É importante
destacar que o colostro é leite, mas ajustado às necessidades do momento”,
conta Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra da UNIFESP, “mais concentrado, ele
é adequado à capacidade do estômago daquele momento, que é bastante limitada”,
explica.
E o colostro pode
surgir antes mesmo de o bebê nascer. Sua principal função é imunizar o
recém-nascido, mas também tem efeito laxativo para expulsar o mecônio que está
presente no intestino, além de prevenir icterícia, alergias, diarreias e
infecções intestinais, favorecendo o equilíbrio da flora intestinal.
Esse leite especial
é composto por proteína, lactose, gordura, leucócitos, vitaminas A, E e K,
imunoglobulinas e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento infantil.
“Nosso corpo é tão incrível! Quando o bebê nasce prematuro, há uma
diferenciação no colostro, que passa a ser chamado de leite precoce e sua
composição ganha mais proteínas e gorduras e menos lactose, para proteger ainda
mais esse neném. E, diferente do que ocorre com o colostro comum, que dura
cerca de três dias, este se faz presente por semanas”, destaca Cinthia.
Para ajudar a
estimular a descida do colostro, as mamães devem oferecer o seio em livre
demanda e ter paciência. Somente com a pega correta e respeitando o tempo do bebê
é que todos esses benefícios serão passados para o pequeno.
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