Dados da Organização Pan-Americana de Saúde apontam que o álcool como
causa de mais de 5% das doenças a nível mundial. O uso nocivo da substância
mata mais de três milhões de pessoas anualmente.
Gosto ruim na boca, dor de cabeça, náusea,
indisposição, sonolência...São os sintomas comuns da ressaca. Uma resposta do
organismo que pode alertar para uma possível dependência, como explica Leonardo
Moreira, psiquiatra especialista em dependência química.
“A ressaca é uma resposta de um organismo que foi
maltratado por uma agressão externa de uma substância que, no caso, é o álcool.
Essa agressão a gente identifica a partir de níveis pequenos de consumo de
álcool. Que na verdade, a ressaca é a síndrome de abstinência do álcool na sua
forma leve. Lembrando que desde a cerveja, qualquer outro tipo de bebida
alcoólica pode ocasionar a ressaca. Independente inclusive se mistura ou não. O
que ocasiona a ressaca é uma dose maior do que o organismo é capaz de
metabolizar”.
A taxa de metabolismo do álcool varia de organismo
para organismo. Mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde o consumo é
classificado como perigoso ou exagerado a partir de quatro doses ou mais em um
período de duas horas. Acontece que mesmo observando os níveis, a ressaca pode
aparecer. E no afam de evitar a ressaca muitos recorrem a artimanhas e até
mesmo a automedicação. Mas o especialista Leandro Moreira explica que o
resultado é ilusório.
“Na verdade, você pode mascarar os sintomas da
agressão: a dor de cabeça, a náusea, ou a desidratação – a pessoa usa um
isotônico – mas a agressão existiu. Você está tratando um machucado, mas está
machucado”.
O especialista alerta para os riscos que o álcool
traz à saúde – independentemente da quantidade consumida.
“Inclusive o beber moderado já tem um risco – tanto
de câncer – de alguns tipos de câncer – quanto de lesão no sistema nervoso
central. Essa é a questão: é uma roleta russa e a gente não sabe qual é
vulnerabilidade, a predisposição que eu tenho pra desenvolver ou um câncer de
boca, ou de laringe, ou do estômago ou no intestino ou outro tipo de câncer. Ou
desenvolver uma lesão no meu cérebro, ou uma lesão no meu coração e desenvolver
uma miocardiopatia alcoólica .... Não dá para saber. E aí que vem o risco”.
Dados da Organização Pan-Americana de Saúde apontam
que o álcool como causa de mais de 5% das doenças a nível mundial. O uso nocivo
da substância mata mais de três milhões de pessoas anualmente.
Fonte:
agenciadoradio.com.br
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