Na última década,
doença apresentou crescimento de 61,8% no número de casos diagnosticados entre
os brasileiros
No
próximo dia 14 de novembro será celebrado o Dia Mundial do Diabetes. A data foi
criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF na sigla em inglês), em
conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para chamar a atenção das
pessoas para uma doença silenciosa que atinge cerca de 415 milhões de
pessoas em todo o globo, segundo levantamento mais recente da OMS. No
Brasil, pesquisa do Ministério da Saúde aponta crescimento de 61,8% no número
de casos diagnosticados nos últimos dez anos.
A
endocrinologista do Seconci-SP
(Serviço Social da Construção) Carla Torres Carvalho explica que o diabetes é
uma doença acusada por falta da insulina ou da sua ação. O corpo precisa desse
hormônio para utilizar a glicose como fonte de energia. O diabetes ocorre
quando a quantidade de insulina é insuficiente ou há dificuldade na sua ação
para o controle do excesso de glicose adquirida nos alimentos. A doença pode
ter caráter hereditário e também ser adquirida por maus hábitos de alimentação
e sedentarismo.
“Existem
dois tipos de diabetes. No tipo 1, que é autoimune, o pâncreas perde a
capacidade de produção adequada de insulina. Apesar de também ser verificada em
adultos, é mais comum em crianças e está ligada a questões genéticas. Já no
tipo 2, que é encontrado com maior frequência em pessoas com sobrepeso, há a
produção da insulina, porém sua ação é dificultada pela obesidade, gerando a
chamada resistência insulínica e, por consequência, o diabetes”, ressalta
Carla.
Na
maioria dos pacientes a doença é não apresenta sintomas, mas já causa danos.
Quando há descompensação importante os principais sintomas são sede e urina excessivas,
cansaço anormal e emagrecimento. Quanto à prevenção, principalmente do tipo 2,
o recomendável é a redução da ingestão de alimentos ricos em frutose, glicose e
sacarose. O consumo exagerado destas substâncias, principalmente as oriundas de
produtos industrializados, ao longo dos anos vai lesionando as células do
pâncreas, que são as responsáveis pela produção de insulina. Quando chega em
aproximadamente 25% de lesão celular do órgão, a pessoa entra em um estágio de
pré-diabetes. E quando atinge 50%, o paciente já é constatado com a doença e
precisa fazer uso da insulina produzida pelos laboratórios regularmente.
As
células que morrem, de acordo com a endocrinologista do Seconci-SP, não se
regeneram mais, por isso o diabetes não tem cura. Porém, a mudança de hábitos
alimentares, com a diminuição da ingestão de açúcares e gorduras saturadas,
aliada à inserção de atividade física na rotina, traz uma melhora dos níveis
glicêmicos e a possibilidade de uma vida normal.
A
médica explica ainda que o diagnóstico da doença é realizado por meio de exames
laboratoriais que medem o nível de glicose no sangue. “É muito importante
realizar este tipo de verificação ao menos uma vez por ano, pois as pessoas que
desenvolvem ou adquirem diabetes nem sempre apresentam sintomas e as sequelas
que ela pode causar quando não tratada são irreversíveis, como a perda de visão
e a insuficiência renal.
Prevenção:
Alimentos
integrais
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São ricos
em fibras, reduzem a absorção da glicose e fortalecem o pâncreas.
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Chia,
linhaça e casca de maracujá
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Ingredientes
que também auxiliam na diminuição da absorção do açúcar no corpo. A dica é
acrescentá-los no arroz branco, por exemplo.
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Um
carboidrato por refeição
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É importante
sempre optar por pratos mais leves, que mantenham o equilíbrio entre saladas,
grãos (arroz e feijão) e proteínas magras, como a carne branca.
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Atividade
física
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Diversos
problemas de saúde são prevenidos por meio de exercícios regulares. A dica é
inseri-los na rotina diária, realizando no mínimo três vezes por semana.
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Check
up anual
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Uma série
de doenças, como a diabetes e a hipertensão, nem sempre apresentam sintomas.
Por isso, é recomendável a realização de um check up completo pelo menos uma vez
por ano. Além disso, ao sentir qualquer incômodo, é muito importante procurar
auxílio hospitalar imediatamente. No Seconci-SP, o trabalhador e seus
familiares contam com completa estrutura de atendimento, com diversas
especialidades.
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