Segundo
pesquisa, 21% dos brasileiros consomem a bebida cinco vezes por semana
É fato que o brasileiro está, cada
vez mais, tentando reduzir o consumo de refrigerante. A prova disso é que,
segundo pesquisa divulgada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), órgão do Ministério
da Saúde, houve uma diminuição de 20% na ingestão da bebida entre os anos de
2009 e 2015. No entanto, o mesmo levantamento atestou que 21% dos entrevistados
ainda a consomem cinco vezes por semana, dado que comprova que o refrigerante
ainda tem lugar cativo na mesa de boa parte da população brasileira.
“O refrigerante possui um nível
nutricional pobre e não oferece benefício algum para o organismo”, afirma Cyntia
Maureen, nutricionista e consultora da Superbom,
empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis.
Entre os malefícios, ela destaca a descalcificação, elevação da acidez do
sangue e do estômago, aumento da pressão e maior chance de desenvolvimento de
câncer, osteoporose, diabetes, doença cardiovascular, cálculos renais, cáries e
gastrite.
“Além disso, são ricos em açúcares,
corantes, acidulantes, conservantes e possuem teor altíssimo de sódio, que
causa retenção de líquidos, elimina cálcio e reduz a disponibilidade de
magnésio na circulação. Isso facilita a formação de gordura corporal,
aumentando os ricos de obesidade e sobrepeso”, complementa.
Ministério da Saúde
Por conta dos riscos que traz à
saúde, o Ministério da Saúde possui o objetivo de reduzir em 30% o consumo de
refrigerante até o ano de 2019. O órgão ainda quer acabar com a oferta de refil
de refrigerantes em restaurantes e redes de lanchonete no Brasil, porém, não há
prazo para que o acordo com o setor seja firmado.
Outras versões
Também se engana quem pensa que uma
alternativa seria optar pelas versão zero açúcar, diet ou light. “O
refrigerante normal possui, de fato, mais calorias, mas os outros tipos
compensam na quantidade de sódio, o que, além de aumentar o risco de pressão
alta, provoca a retenção de líquidos e, consequentemente, o inchaço”.
Vale destacar que bebidas adoçadas
artificialmente, como refrigerante diet, podem aumentar o risco de acidente
vascular cerebral e demência, conforme demostrou pesquisa recente da
Universidade de Boston, publicada na revista científica americana Stroke. De
acordo com o estudo, que contou com a participação de quatro mil pessoas, tomar
pelo menos uma lata de refrigerante diet por dia está associado a um risco
quase três vezes maior de sofrer um acidente vascular cerebral ou desenvolver
demência.
Educação deve vir desde cedo
Por fim, a consultora da Superbom
pontua que o exemplo e a educação alimentar sobre os malefícios da bebida devem
ser apresentados desde cedo. “O aumento do consumo está diretamente ligado com
a questão do hábito. A criança que se acostumou a tomar refrigerante desde
pequena nem se dá conta do volume que ingere. Portanto, procure sempre
apresentar outras opções mais saudáveis, como os sucos integrais, por exemplo”,
conclui.
Superbom
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