terça-feira, 26 de setembro de 2017

Endometriose sob o amparo da LEI é uma busca



A endometriose, doença que afeta cerca de seis milhões de brasileiras, precisa de uma legislação específica para amparar as vítimas e abrir frentes de atendimento especializado. A ampliação das especialidades médicas nesse atendimento é também de suma importância, pois hoje, além das dores e das consequências que afetam as portadoras diretamente, o despreparo e a falta de informações da área médica para atendimento específico, têm causado o agravamento dos casos. 

“É muito comum, mesmo para o médico, sublimar as queixas das mulheres em relação a cólicas intensas no período menstrual.

 Pacientes também acham as dores uma manifestação ‘normal’ e sublimam suas queixas na hora da consulta”, alerta Fernanda de Almeida Asencio, especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo e Especialista em Endoscopia Ginecológica (Videolaparoscopia e Histeroscopia). Ela, que faz parte do corpo clínico do Núcleo PróEndometriose, atua na clínica especializada recém-inaugurada em São Paulo. "É contra isso que buscamos o amparo de uma lei, para que tenhamos diagnósticos precoces e precisos, em benefício dessas mulheres."

Na semana passada, Dra. Fernanda participou do Congresso Internacional de Endometriose, realizado em Nápoles, na Itália, e relata um avanço que ganhou destaque dentre os congressistas. A região de Campânia, naquele país, saiu na frente e conquistou uma lei regional que ampara as mulheres portadoras da doença para o atendimento público. “A notícia, pelo que pudemos observar, retrata uma condição mundial em relação a esta doença, não só no Brasil”, observa Dra. Fernanda.

Durante o encontro internacional, assistido por mais de 1000 profissionais especializados, Vincenzo De Luca, que é prefeito na região italiana da Campanha, declarou: "é uma importante patologia que já foi incluída nos níveis essenciais de cuidados aqui na Itália, o que significa que todos somos chamados para refinar a identificação e tratamento da doença”.

Para a dra. Fernanda, esta é uma discussão unânime dentre os médicos e especialistas que gravitam em torno do diagnóstico e tratamento da endometriose. “Precisamos, no Brasil, abrir essa temática cidadã, para que por meio do amparo da Lei, possamos tratar esta doença, que limita e promove grande sofrimento a mulheres jovens e em idade produtiva e reprodutiva”.





Sobre o Núcleo PróEndometriose (NPE)
O diagnóstico precoce da endometriose e o acesso a exames específicos para a identificação da doença são o propósito do NPE, bem como atendimento cirúrgico qualificado, quando for necessário. A clínica conta com uma equipe multidisciplinar composta por ginecologistas, cirurgião do trato gastrointestinal, nutricionista, fisioterapeutas e psicólogo. Todos provêm da Santa Casa de São Paulo. A clínica, referência no diagnóstico e tratamento da endometriose do Hospital Santa Isabel, tem condições de atender pacientes de forma privada, mas adotando uma tabela de preços em consultas e exames bem acessível. Exames de imagem também poderão ser realizados na clínica, para conveniência das pacientes e agilidade dos procedimentos.

Fazem parte do Corpo Clínico do NPE o Dr. Fábio Ohara, Especialista em Endoscopia Ginecológica pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Dra. Fernanda de Almeida Asencio, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo e Especialista em Endoscopia Ginecológica (Videolaparoscopia e Histeroscopia), Dra. Anna Luiza Lobão, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com ênfase em Endometriose e Endoscopia Ginecológica, e Dra. Aline Estefanes Eras, Mestra em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
http://nucleoproendometriose.com.br

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