Nutricionista explica o que é uma dieta
frugívora e quais são os benefícios e malefícios para o organismo.
Viver
alimentando-sesó de frutas pode parecer loucura para alguns, mas para outros
isso é uma realidade. Para quem não sabe, existe uma dieta que é justamente a
base de frutas frescas. É a chamada dieta frugívora. Para complementar a
busca pelo emagrecimentosão incluídas hortaliças como: brócolis, couve
manteiga, alface, abobrinha entre outros. Além disso, o cardápio conta também
com frutas oleaginosas (castanhas do Pará, castanha de caju, nozes, amêndoas).
Para
a nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, nessa dieta o detalhe está no
preparo dos alimentos. Todos são minimamente processados, quase todos são
consumidos na sua forma in
natura. Sem cozimento nenhum. Alimentos de origem animal, como
carnes, ovos e leites são excluídos totalmente.
CARDÁPIO
Vegetais
tenros como alface, aipo, brotos verdes, flores, funcho, espinafre, rúcula,
brotos de leguminosas entres outras folhas agradáveis ao paladar e levemente doces:
são ricas em
fibras, vitaminas e minerais. Agradáveis ao paladar mesmo sem passar por
processos de cozimento;
Frutas
vegetais(tomate, pepino, pimentões, quiabo, abobrinha, chuchu, berinjela,
cenoura, beterraba):
algumas delas, como o tomate e o pepino, são classificadas como frutas, por
isso recebem esse nome. De modo geral são ricas em licopeno, vitamina A e
fibras;
Vegetais crucíferos
(aspargos, brócolis, couve de Bruxelas, repolho, couve-flor):o
brócolis e couve de Bruxelas são boas fontes de cálcio vegetal. Os demais
ricos em fibras;
Frutas
(banana, caqui, jaca, fruta do conde, figo, abacaxi, laranja, limão, tangerina,
kiwi, mamão, manga, uva, maça, amoras, mirtilos, morango) e frutas secas: todas são fontes de carboidratos,
fibras, vitaminas, principalmente C, minerais como o potássio e antioxidantes
com como resveratrol;
Frutas
oleaginosas (nozes, amêndoa, avelã, macadâmia, castanha do Pará, pecan,
pistache, pignoli, amendoim):
fontes de gordura do “bem” monoinsaturada e poliinsaturada. Protegem o coração;
Sementes
(abóbora, girassol, gergelim): fontes
de gordura monoinsaturada;
Frutas
ricas em gordura (abacate, coco verde, azeitonas): são fontes de gorduras boas
(monoinsaturadas) que combatem o colesterol. Além de apresentarem vitaminas
como vitamina E de antioxidantes;
Cereais
(milho) e leguminosas (ervilhas, feijões todos apenas quando recém colhidos e
jovens): fonte de
proteína de valor biológico, ferro e fibras;
Cogumelos
comestíveis:
fontes de proteínas.
Todas
as categorias dos alimentos citados devem fazer parte do hábito alimentar
diário.
BENEFÍCIOS
Devido
ao grupo de alimentos que faz parte da dieta e o fato do seu consumo ser sem
processos de cocção, a dieta passa a ser uma rica em fibras e pobre em gordura
saturada, sódio. Para Patrícia Cruz, em um primeiro momento pode-se afirmar que
é uma dieta de proteção para doenças cardiovasculares e crônicas não
transmissíveis. Por outro lado, ao longo prazo ela pode trazer deficiências de
outros nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo como:
proteínas, ferro, vitamina B12, cálcio.
ALERTA
Para
a nutricionista, a dieta não pode ser tida como saudável por pregar uma
restrição severa. “Não há necessidade de indicar esta dieta a um grupo da
população específica. Pois, por ser muito extremista, excluindogrupos de
alimentos, a médio e longo prazo, isso pode acarretar deficiências nutricionais
importantes.” – explica.
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