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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Gestantes transmitem o coronavírus para seus bebês?


Mães podem amamentar? Obstetra atualiza informações sobre como fica a situação das gestantes diante da Covid-19, quais são as orientações para a hora do parto e outras medidas que podem ser tomadas na retomada de atividades

 Dra.  Mariana Rosário
Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, diz que a amamentação é uma escolha que deve ser bem avaliada entre a mãe, o obstetra e o pediatra, com alternativas que não impedem inclusive a mãe com a Covid-19 de amamentar. Em relação à retomada de atividades, um alerta: gestantes que podem, devem continuar em casa


Gradualmente, os municípios paulistas entrarão nas fases do Plano São Paulo, que determina a retomada das atividades econômicas conforme a pandemia se dissipa ou se agrava. Por enquanto, a capital paulista está classificada na Fase 2 – Laranja, que é de alerta, tendo o comércio, incluindo os shoppings, com abertura com restrições programada para iniciar-se na segunda-feira, dia 1º de junho.

Muitas pessoas terão medo de se exporem a uma possível contaminação por coronavírus e continuarão praticando o isolamento social. A Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, tem um recado importante para as gestantes, para quem acabou de dar à luz e, também, para quem pretende engravidar: “É preciso continuar com o isolamento social, pelo maior tempo que for possível”, diz ela.

A médica explica que as grávidas são naturalmente imunodeprimidas, pela própria condição da gravidez. “O corpo humano baixa a imunidade da mulher para que ela não crie anticorpos que rejeitem o feto, um ‘corpo estranho’ que está em desenvolvimento. Por isso, ela tem baixa imunidade. Trata-se de um período em que o organismo fica propenso a adquirir doenças virais e bacteriológicas com mais facilidade e também não consegue combatê-las adequadamente. Como as gestantes não podem ser tratadas com medicamentos comuns, porque a maioria deles não foi testada nesta população, é difícil tratar algumas doenças sem causar mal ao bebê. Imagine num caso como o do coronavírus, que não tem nem sequer medicamento próprio ainda! Então, o melhor conselho é evitar a contaminação”, alerta a obstetra, que é membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein e pesquisadora da Faculdade de Medicina do ABC.

Como algumas mulheres obrigatoriamente devem voltar ao trabalho, a médica aconselha a adoção de medidas preventivas. “O uso de máscara é obrigatório. Deve-se trocá-la a cada quatro horas, em ambiente fechado, e sempre que se sair à rua ou usar transporte coletivo. Outros protocolos, como lavar as mãos constantemente e fazer o uso do álcool em gel devem ser seguidos com rigor, para que se evite a contaminação”, informa.

Para ela, é arriscado ir a locais de grande circulação de pessoas, como aos shoppings e comércio de rua. “O contato com outras pessoas pode oferecer riscos. É preciso evitá-lo, ainda é cedo para se expor, se não houver extrema necessidade”, aconselha.


Pré-natal, parto e amamentação

Apesar de o conselho ser o de ficar em casa, o pré-natal e os exames das gestantes não podem ser interrompidos. Por isso, a Dra. Mariana segue um protocolo, em seu consultório, que permite que elas sejam atendidas:

 - As consultas são realizadas com intervalo de 1h00 a 1h30, o suficiente para que haja toda a higienização do ambiente.

 - Apenas a médica e uma assistente recebem a gestante, que é aconselhada a ir sem acompanhantes – ou com apenas uma pessoa.

 - A Dra. Mariana atende usando máscara, face shield e paramento médico (aventais especiais), já que circula por hospital, na realização de partos, e essa medida serve para evitar a contaminação das pacientes.

- No próprio consultório, a médica já realiza o ultrasson, de maneira a minimizar a ida a laboratórios.

 - Se for preciso colher exames laboratoriais, ela aconselha as gestantes a marcarem horários em laboratórios que sejam mais vazios e informarem da gestação.

“A ideia é que as gestantes não precisem procurar hospitais. Por isso, meu consultório e celular ficam à disposição, caso elas precisem de algum atendimento emergencial”, diz a especialista.

Em relação à hora do parto, Dra. Mariana Rosario diz que existem hospitais que são de atendimento exclusivo para gestantes, ou seja, são 100% maternidades. Nesse caso, a possibilidade de haver pacientes portadores de coronavírus sendo tratado ali é menor – mas, não é inexistente, já que as próprias gestantes podem estar com a Covid-19 e passar pelo trabalho de parto. Por isso, mesmo nesses estabelecimentos, é preciso ter todo o cuidado e obedecer ao protocolos do Ministério da Saúde (MS) e do próprio hospital. “O que tem sido feito, na maioria dos hospitais, é a limitação de pessoas na sala de parto. No começo da pandemia, cheguei a realizar partos com a sala vazia: éramos eu, a paciente e o (a) acompanhante dela. Sem doula, sem enfermeira, sem ninguém. Agora, alguns hospitais começam a permitir a entrada da doula e de enfermeira – varia conforme o protocolo do hospital”.

Nos hospitais que têm atendimento misto, com hospital geral e maternidade, as alas costumam ser bastante separadas, então, o protocolo é o mesmo, porque muitas mulheres têm o vírus e precisam dar à luz. Quando a mulher está com a Covid-19 e vai dar à luz, ela passa todo o parto de máscara – e todos os profissionais, também. Quando ela não tem o vírus, todos os profissionais usam máscara, mas ela não precisa.

Assim que o bebê nasce, ele é colocado sobre a mãe, para que se reconheçam. E, então, o bebê mama. Mas, como isso acontece, em plena pandemia?

A boa notícia é que não foi encontrada a presença do coronavírus em amostras do leite materno. E, como esse alimento é o mais completo do mundo, cheio de anticorpos, é imprescindível que ele seja ofertado ao recém-nascido, como exclusividade, até os seis meses de vida. A gestante pode optar em amamentar seu bebê usando máscara e depois de toda a assepsia corporal ou, ainda, de fazer a ordenha e pedir a alguém que amamente o bebê com uma mamadeira.

E, voltando ao momento do parto, se a mãe não tiver o coronavírus, ela recebe seu bebê normalmente, assim que ele nasce. E, se ela tiver a Covid-19, o médico decidirá como agir. “No meu caso, se ela estiver de máscara, com segurança, eu acredito que ela possa segurar seus filhos nos braços”, informa a médica.


Afinal, a gestante passa o coronavírus para seu bebê?

Não existe nenhum caso comprovado de transmissão vertical de coronavírus, ou seja, de nenhuma gestante que tenha transmitido o vírus para o feto. Na cidade chinesa de Wuhan, onde surgiram os primeiros casos de Covid-19, foram detectados quatro casos de recém-nascidos com coronavírus. Todos os bebês passaram por partos cesariana e a conclusão dos médicos é que foram infectados no parto – e não durante a gestação. Deles, três foram separados das mães ao nascer – apenas um ficou sob os cuidados da mãe.

Todos os bebezinhos tiveram sintomas leves, nenhum precisou de internação ou ventilador. Segundo os pesquisadores, a transmissão intrauterina ainda não pode ser descartada, mas nenhum caso foi confirmado.

Dra. Mariana Rosario finaliza dizendo que é importante alertar que a gestação pode se complicar na presença da Covid-19. Existem relatos de casos em que foram necessários realizar partos emergenciais, prematuros, para que as mães pudessem ser sedadas e entubadas. Por isso, é necessário que as mães tenham todo o cuidado, ficando em casa o máximo de tempo possível, ainda que haja flexibilização na quarentena.




Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.

Home Office não é eficaz para todos e atrapalha rotina familiar


Terapia energética é indicada para reequilibrar o ambiente.

    O home office chegou de repente na vida das pessoas e deve permanecer por tempo indeterminado. Mas, trabalhar em casa não é tarefa fácil nem do ponto de vista funcional, muito menos do lado emocional.

    Muitos foram surpreendidos com essa nova realidade e não possuem em casa um local adequado para o trabalho como, mesa na altura correta, cadeira confortável, local iluminado, arejado, livre de barulho, entre outros. E esse não é o único problema que atrapalha a produtividade e desenvolvimento laborativo, ter alguém trabalhando em casa demanda infraestrutura, às vezes, silêncio, concentração, demandas difíceis de serem mantidas diariamente dentro de uma casa.

    Contudo, nem o profissional consegue se manter equilibrado, bem disposto e ativo para o trabalho de forma que consiga produzir como se estivesse dentro da empresa, nem as pessoas que moram na casa conseguem conviver com essa tensão em ter que mudar o comportamento dentro da própria casa. E não é só isso, ainda tem as aulas online.

   Nesse novo cenário, é inevitável que as dores no corpo, enxaqueca, o cansaço, a irritabilidade e as brigas aconteçam.

    Segundo a terapeuta Gilmara Oliveira da Realize Terapias, de São José dos Campos, somos energia transformando energia constantemente. O que pensamos, sentimos e falamos, geramos energia positiva ou negativa. Por isso, o melhor a fazer é buscar a concentração, desligar o noticiário e renovar essa energia que está poluindo o ambiente na residência e na mente de quem está ao redor.

    “Transforme o seu mundo em energia de amor e de paz! Seja luz e equilibre o ambiente. Assim, quem está em home office conseguirá produzir no trabalho e o restante da família será capaz de colaborar para que a rotina evolua de forma natural”, explica a terapeuta.

      Porém, mesmo com essa sugestão, para muitas pessoas, se comportar de forma equilibrada quando seu mundo virou de cabeça para baixo de repente, não é simples. Se você é uma dessas pessoas, conte com a terapia da Cura Prânica ou Barra de Access, técnicas energéticas que podem ajudar a resolver esses desconfortos.

      A Cura Prânica é uma terapia energética que visa reequilibrar os Chacras, canaliza o Prana e atua no corpo fisiológico promovendo o processo de cura. Já a Barras de Access consiste, basicamente, em alterar as crenças de uma pessoa de negativas para positivas.  Ou seja, é possível limpar tudo que interfere negativamente e reprogramar a vida de forma que venha a ser mais leve e prazeroso.

     A terapia está disponível para as pessoas equilibrarem ou reequilibrarem corpo, mente e espírito e todos sem distinção devem usufruir dos benefícios dela.

Vamos aprender a louvar as coisas boas da vida, tudo tem seu lado positivo
Sessões na Realize Terapias, presencial ou online.
Contato através do link do WhatsApp: https://bit.ly/2TFC3OY
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Dra. Gilmara Oliveira Biomédica, Pós-Graduada em Imuno-Hematologia e Banco de Sangue USP – Ribeirão Preto-SP, Terapeuta formada em Hipnose Clínica, Constelação Familiar e Empresarial (Simone Arrojo – Hellinger Schule-SP), Facilitadora de Barras de Access, Thetahealing, Auriculoterapia, Cura Prânica, Radiestesia, Reiki e Eneagrama para Líderes.

SBGG: Envelhecimento pós-pandemia requer atenção especial


Lidar com restrição social, cuidados com a saúde mental, envelhecimento planejado e controle das doenças inerentes à idade avançada são desafios para enfrentar o período


A nova realidade enfrentada desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia da COVID-19 tem acarretado uma série de transformações que vieram para ficar no cotidiano de todas as pessoas, especialmente as idosas, enquanto não é desenvolvida uma vacina contra a doença. 
Por isso é preciso começar a se preparar para essa nova realidade, cuja principal mudança é a necessidade de se habituar ao distanciamento social ampliado. Fundamental para controlar a propagação do coronavírus, o distanciamento social pode ser a causa daquilo que tem sido chamado de quarta onda, ou seja, uma leva de pacientes diagnosticados com doença mental em função do isolamento prolongado. 
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reitera que adotar cuidados com a saúde mental está entre as principais medidas a serem adotadas para o período pós-pandemia. Isso porque, além de ser a população mais atingida por esse tipo de doença, os idosos também representam uma das faixas etárias mais vulneráveis ao desenvolvimento de quadros graves de depressão, especialmente neste momento, seja pela necessidade de distanciamento social, seja pelo enfrentamento do luto que muitas famílias têm passado.
“O distanciamento social pode mascarar sintomas de depressão na medida em que força as pessoas a se manterem isoladas dentro de casa e perderem controle sobre sua rotina, tais como alimentação, sono, realizar menos atividades físicas e de lazer e também terem menos contato com amigos e familiares que poderiam lhes ajudar com as dificuldades”, afirma a psicóloga, especialista em Gerontologia e membro da diretoria da SBGG, Valmari Aranha.
Outro ponto trazido à tona pela pandemia é a necessidade de se adotar cuidados para um envelhecimento planejado que possibilite aumentar a expectativa de uma vida saudável e com qualidade de vida. Nesse sentido é importante que a população idosa esteja atenta a um envelhecimento ativo conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Mais do que envolver cuidados integrais multidisciplinares, uma alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, um envelhecimento ativo precisa contemplar uma participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho. 
“Medidas como essa ajudam a minimizar o impacto do processo natural do envelhecimento, conhecido como imunossenescência, que diminui a capacidade do sistema imunológico e, de modo geral, se reflete em um aumento da incidência de doenças infectocontagiosas em idosos”, afirma a médica geriatra e Coordenadora da Comissão Especial COVID 19 da SBGG Maisa Kairalla.
Além disso, é preciso que esta população esteja consciente da necessidade de tomar cuidados redobrados com as doenças já existentes, respeitando os tratamentos e consultando regularmente seu medico para ter mais controle sobre essas doenças, pois os idosos com comorbidades são os que sofrem mais, como por exemplo, diabéticos, doentes cardíacos e pulmonares. “Com o coronavírus, é preciso uma atenção maior de pessoas cujo pulmão está mais debilitado, por exemplo”,  conclui a médica geriatra, referindo-se ao fato de que a COVID-19 pode causar complicações pulmonares graves.



SBGG
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

Diabetes, hipertensão e obesidade avançam entre os brasileiros


O maior aumento identificado é em relação à incidência da obesidade, que teve uma alta de 72% no período de 13 anos. Os dados fazem parte da pesquisa Vigitel 2019


O Ministério da Saúde traçou o perfil do brasileiro em relação as doenças crônicas mais incidentes no país: 7,4% tem diabetes, 24,5% tem hipertensão e 20,3% estão obesos. É o que aponta a pesquisa Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), apresentada nesta sexta-feira (29), em Brasília, pelo secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, e pela coordenadora-geral de Vigilância de Doenças e Agravos não transmissíveis, Luciana Sardinha.

“As doenças crônicas são um dos principais fatores de risco para agravamento da Covid-19. Então, é importante informar a população sobre os fatores de risco e as formas de proteção contra estas doenças. Assim, o cidadão pode se prevenir e proteger-se, não deixando de seguir o tratamento adequado, caso possua alguma doença crônica, em detrimento do que estamos vivendo no mundo com a pandemia por coronavírus”, alertou Eduardo Macário.
No período de 13 anos, desde o início do monitoramento, o maior aumento é em relação à obesidade, que passou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, uma ampliação de 72%. Significa que dois em cada 10 brasileiros estão obesos. Se considerando o excesso de peso, metade dos brasileiros está nesta situação (55,4%).
A pesquisa mostrou que, no período entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4% e a hipertensão arterial subiu de 22,6% para 24,5%. O perfil de maior prevalência está entre mulheres e pessoas adultas com 65 anos ou mais. O mesmo perfil se aplica a hipertensão arterial, chegando a acometer 59,3% dos adultos com 65 anos ou mais, sendo 55,5% dos homens e 61,6% das mulheres.
Os resultados apresentados para diabetes e hipertensão merecem destaque frente à pandemia da COVID-19. Estudos apontam maior risco de agravamento e morte por COVID-19 em pessoas que apresentam estas condições. No Brasil, até o dia 20 de abril, 72% dos óbitos confirmados para a doença tinham mais de 60 anos e 70% apresentavam pelo menos um fator de risco. A cardiopatia foi a principal comorbidade associada e esteve presente em 945 dos óbitos, seguida de diabetes (em 734 óbitos), pneumopatia (187), doença renal (160) e doença neurológica (159).
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. O objetivo é conhecer a situação de saúde da população para orientar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade de doenças, melhorando a saúde da população.
OBESIDADE E EXCESSO DE PESO
Quanto ao  excesso de peso, o índice passou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. O maior índice está entre os homens, alcançando 57,1% e entre as mulheres o percentual de 53,9%. A pesquisa apontou que o excesso de peso tende a aumentar com a idade: para os jovens de 18 a 24 anos, a prevalência foi de 30,1% e entre os adultos com 65 anos e mais de 59,8%. Por outro lado, a incidência diminui com a escolaridade: para as pessoas com até oito anos de estudo, a prevalência foi de 61,0%, já entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo, de 52,2%.
Em relação à obesidade, o maior percentual está entre as mulheres (21%) e aumenta conforme a idade: para os jovens de 18 a 24 anos é de 8,7% e entre os adultos com 65 anos e mais, alcança o patamar de 20,9%. A obesidade é maior para as pessoas com até oito anos de escolaridade (24,2%) ante e aqueles com 12 anos ou mais (17,2%).
METOLOGIA
No ano de 2019 foram realizadas 52.443 entrevistas com adultos residentes nas capitais e no Distrito Federal, com duração média de, aproximadamente, 12 minutos, variando entre 4 e 58 minutos. Foram avaliados os indicadores de hipertensão arterial e diabetes, excesso de peso e obesidade, consumo abusivo de álcool, fumantes, consumo alimentar e atividade física.
Foram entrevistadas pessoas com 18 anos ou mais, residentes em domicílios com, pelo menos, uma linha de telefone fixo. Anualmente, estima-se um número amostral mínimo de duas mil entrevistas telefônicas para cada capital e o Distrito Federal e foram realizadas entre os meses de janeiro e dezembro de 2019.



Agência Saúde, com informações do Nucom SVS

EUA anunciam assistência adicional de US$ 6 milhões para combater COVID-19 no Brasil


Assistência total dos EUA aumenta para US$ 12,5 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões)


Os Estados Unidos anunciaram que estão fornecendo mais US$ 6 milhões (aproximadamente R$ 32 milhões) em assistência humanitária ao Brasil para atividades emergenciais em saúde, água, saneamento e higiene e para mitigar os impactos da COVID-19 na saúde no Brasil. Os novos recursos do governo dos EUA totalizam, até o momento, mais de US$ 12,5 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões).  

A Assistência Internacional a Desastres (IDA) da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) está fornecendo essa assistência para manter os cuidados essenciais de saúde funcionando; fornecer programas de engajamento comunitário; prevenir e controlar infecções; fornecer água potável, itens de higiene e assistência alimentar de emergência; fortalecer a capacidade de saúde local. Esses recursos priorizarão mas não se limitarão as populações na região amazônica com alto número de casos e que não podem responder efetivamente às crescentes demandas e necessidades e onde as populações vulneráveis carecem de serviços.

Os recursos anteriores do governo dos EUA incluem:

Em 27 de maio de 2020, o Comando Sul do Departamento de Defesa anunciou uma doação de US$ 45 mil em equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde e alimentos para a cidade de Manaus e na região amazônica.

Em 20 de maio, a USAID forneceu US$ 2 milhões em apoio a comunidades vulneráveis, com foco na região amazônica, para prevenir a transmissão, apoiar o tratamento e ajudar a mitigar os impactos do vírus na saúde. O Departamento de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado também viabilizou US$ 500 mil em apoio a migrantes e refugiados venezuelanos e as comunidades anfitriãs no Brasil.

Em 19 de maio, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disponibilizaram US$ 3 milhões em recursos para fortalecer a detecção de casos, o rastreamento de contatos, a identificação de áreas de transmissão, o controle de surtos e as análises e relatórios de dados.

Em 1º de maio, a USAID forneceu US$ 950 mil em fundos de apoio econômico para incentivar investimentos do setor privado na mitigação dos impactos da COVID-19 nas populações rurais e urbanas vulneráveis no Brasil.

O embaixador Todd Chapman falou sobre a última assistência do governo dos EUA: "Esse último anúncio reafirma que estamos trabalhando juntos com nossos parceiros brasileiros e demonstra nosso compromisso contínuo com o povo do Brasil para superar os desafios desta pandemia".

O povo norte-americano continua a assegurar que os recursos e os esforços científico dos EUA permaneçam a ser uma parte central e coordenada do esforço mundial contra a doença. Consulte o Informativo para obter mais informações. Os EUA continuarão o compromisso de trabalhar em conjunto com o Brasil para melhorar a vida de nossos cidadãos e buscar formas de ajudar outros indivíduos na região e combater a COVID-19.





Embaixador Chapman
 Twitter @USAmbBR

Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada até 30 de junho


De 77,7 milhões de pessoas que fazem parte dos públicos-prioritários, apenas 63,53% receberam a vacina.

O Ministério da Saúde espera, com a prorrogação, alcançar mais 28,3 milhões de pessoas

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (29) a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe para até 30 de junho, em todo o país. A terceira e última fase teve início no dia 11 de maio, com prioridade aos grupos formados por pessoas com deficiência, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, professores e pessoas de 55 a 59 anos de idade. A meta é vacinar 90% dos grupos prioritários, porém, até o momento, foram vacinadas apenas 25,7% de 36,1 milhões de pessoas estimadas nesta terceira fase. Desde o início da ação nacional, em 23 de março, 50 milhões de pessoas foram vacinadas, faltando ainda 28,3 milhões que ainda não receberam a vacina.
“Estamos com uma campanha em andamento e é fundamental que as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, que ainda não se vacinaram, procurem os postos de saúde. Por conta do baixo alcance da meta nesses grupos prioritários, nós, em acordo com os estados e municípios, estamos prorrogando a campanha, de 5 para 30 de junho. É mais uma oportunidade para que os públicos de todas as fases, que ainda não se vacinaram, possam procurar de forma organizada as unidades de saúde”, explica o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário. A vacina é importante para reduzir complicações e óbitos por influenza.
A terceira e última fase foi dividida em duas etapas: a primeira ocorreu no período de 11 a 17 de maio, com foco nas pessoas com deficiência; crianças de seis meses a menores de seis anos; gestantes; e mães no pós-parto (até 45 dias). Nesta segunda etapa, que agora segue até o dia 30 de junho, estão os professores das escolas públicas e privadas, que devem apresentar o crachá funcional para comprovar o vínculo com alguma instituição; e os adultos de 55 a 59 anos de idade.
Até o momento, 74,9 milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos estados para garantir a imunização do público-alvo da campanha. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição das doses da vacina para as três fases.
A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a COVID-19, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.
BALANÇO DAS PRIMEIRAS FASES

Na primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe de 2020, mais de 100% do grupo prioritário, idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores de saúde foram vacinados contra influenza, ou seja, acima da meta de 90%. Durante a segunda fase, no entanto, a cobertura foi de 66,61%.
CASOS DE INFLUENZA NO BRASIL

O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 200 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do País e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.
Em 2020, até o dia 5 de maio, foram registrados 2.137 casos de SRAG hospitalizados por influenza (gripe) em todo o país, com 180 mortes. Do total de casos que já tiveram a subtipagem identificada, 517 foram casos de influenza A (H1N1), com 75 óbitos; 53 casos e 10 óbitos por influenza A (H3N2), 326 de influenza A não subtipado, com 47 mortes; e 440 casos e 48 óbitos por influenza B.


Vanessa Aquino
Agência Saúde

Durante a Covid-19 mantenha a dieta e as atividades físicas do cavalo atleta de forma correta

Natália Teles durante seu trabalho

É fato que a pandemia deu uma reviravolta em todos os mercados e segmentos do mundo. Os eventos de cavalos, por enquanto estão cancelados, porém para não perder o trabalho realizado até hoje, cuidados com manejo, alimentação, higienização e preparo físico precisam ser mantidos, mesmo que sejam necessárias adaptações no preparo físico e na nutrição. Hoje, a médica veterinária e supervisora de assistência técnica de equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal, Natália Telles Schmidt, esclarece alguns pontos sobre o assunto.

Antes de iniciar a mudança da dieta é importante a assistência de um veterinário ou de um zootecnista para que, juntamente com quem monta o cavalo, possa se estabelecer a exigência nutricional do animal e com isso determinar a melhor alimentação para o período. É essencial que a saúde do animal seja preservada e a melhor dica é cuidar de sua alimentação e de seu condicionamento físico.
Seguem as dicas:

1.- Ofereça água limpa e à vontade.


2.- A escolha da ração depende da qualidade e quantidade de volumoso ofertado ao animal, assim como a atividade física que o cavalo desempenha. Rações com extrato etéreo mais alto e por consequência mais calorias devem ser destinadas aos animais que estão trabalhando.


3.- Volumoso: o ideal é que um cavalo consuma em média 1,5% do peso vivo de volumoso, considerando matéria seca. Para cavalos, recomenda-se, em especial, tifton, coast-cross, vaqueiro e jiggs. Caso opte por fornecer feno de alfafa, o correto é que essa leguminosa seja 30% do total do volumoso diário, ou seja, para cavalos adultos em torno de 3kg/dia.


4- Manter a suplementação mineral é essencial. A quantidade pode variar entre 50 e 120g para um animal adulto em função da intensidade do trabalho realizado.


5.- Suplementação: é válida e recomendada desde que já tenha sido ajustado itens essenciais na dieta, tais como, água, volumoso, ração e suplemento mineral. Mas vale a dica: se o treinamento vem sendo mantido e o cavalo é suplementado por indicação de um profissional, aconselho a manutenção da suplementação.


6.- Nesse momento em que não há provas, o ideal é manter o condicionamento físico dos animais dentro de um programa pré-estabelecido por um profissional da área. O bom cavalo atleta é aquele que faz a atividade que lhe é proposta com gosto, portanto manter o treinamento é importante para a saúde física e mental dos cavalos.

Sendo assim, a dieta ofertada deve ser de acordo com atividade física desempenhada, então o fato de não haver provas, não significa que deve diminuir consideravelmente a energia da dieta. Para um adequado condicionamento dos sistemas cardiorrespiratório e musculoesquelético é importante que tenham substratos energéticos e aditivos provenientes da ração. Com isso, é possível minimizar lesões musculares, evitar fadiga e oscilações no peso do animal.


Seguem algumas dicas importantes:

1.- É importante esclarecer que não há evidências de que cavalos ou outros animais adoeçam de Covid-19. Mas, é importante sempre ficar de olho nas pessoas que cuidam de seu animal. O proprietário precisa ter planos alternativos, caso haja necessidade de troca de profissional. O foco é cuidar tanto da saúde do animal quanto das pessoas.

 2.- Quais os cuidados que devem ser tomados referentes à limpeza e desinfecção dos ambientes que o cavalo frequenta? Tem muitas pessoas que não apresentam sintomas do coronavírus, porém podem transmitir o vírus, sem que saibam, para outros profissionais da propriedade. Portanto, se há mais que um cuidador, limpar e desinfectar superfícies usadas, pelo menos duas vezes ao dia, é uma boa dica. Quando a gente fala de limpeza inclui: baldes de água e de ração (alças e cabos de vassoura); cabresto; maçanetas das portas do estábulo e do celeiro; mangueiras; torneiras de água, entre outros. Esta higienização deve ser realizada com água e sabão, porém são bem-vindos outros produtos de limpeza, como desinfetantes, álcool, etc. Os pequenos objetos, utilizados durante o manejo, também devem ser higienizados da mesma forma.



Quarentena e Dia dos Namorados: Especialista em Desenvolvimento Pessoal, Tati Sincera, alerta: Fuja das relações 'ciladas'


'Estamos sempre cobrindo buracos emocionais. Problemas de relacionamento estão ligados à falta de autoconhecimento. Se não sei o que quero, automaticamente não estou inteiro numa relação, mas tentando me preencher no outro', afirma.


Neste momento em que estamos de quarentena é extremamente comum que a solidão e carência batam com mais frequência à nossa porta. Além disso, o Dia dos Namorados (12 de junho) está chegando, uma data que lota as redes sociais com fotos de casais e declarações, causando ainda mais medos e paranoias nos solteiros “à procura”.

A especialista e ativista em desenvolvimento pessoal, Tati Sincera, faz um alerta: Cuidado para não entrar em relacionamentos “furadas” apenas por suprir uma sensação de vazio: “Problemas de relacionamento estão diretamente ligados à falta de autoconhecimento. Se eu não sei o que quero, o que valorizo, não tenho clareza dos meus sentimentos, ou tenho valores e princípios fracos e inconstantes, eu automaticamente não estou inteiro numa relação, mas tentando me preencher no outro”.

Em seu perfil no Instagram, onde já acumula mais de 100 mil seguidores, a digital influencer tem um quadro chamado “TerapeuTati me ajuda”, onde recebe e responde diversas perguntas do público e elas são, em sua maioria, sobre relações amorosas. A ativista afirma que os relacionamentos só viram problemas por falta de conhecimento próprio:

“A gente só não cai em ciladas quando não ficamos procurando o outro para tapar nossos buracos, nossas carências, nossas faltas e frustrações! Quando estamos dispostos a olhar o outro como ele é e não como esperamos! E isso tudo volta ao meu lema, autoconhecimento para poder dizer ‘quero você por essa ou por aquela razão’ e dar conta dos seus interesses sobre a relação sem colocar no outro a responsabilidade disso!”

Tati conta que este aumento de separação de casais e relações em crise neste período de quarentena está cada vez mais constante pela falta de coragem para encarar os fatos. “Estamos sempre cobrindo buracos emocionais, ‘fazendo para receber’, ‘comparando nossos relacionamentos com os dos outros’, inserindo condições e atitudes que provam se aquela pessoa gosta ou não da gente. Com isso nos cegamos para a realidade e para os fatos concretos que estão na nossa cara!”

A especialista cita também outro motivo para que um relacionamento entre em crise: a falta de diálogo. “A comunicação é a forma de expressão humana, ela precisa ser desenvolvida e aplicada o tempo todo. Falar a verdade e pedir o que você precisa, falar como se sente, o que espera, parando definitivamente de desejar que o outro adivinhe o que se passa dentro de ti.  Metade dos relacionamentos nunca teriam uma crise se apenas essa dica fosse implementada no momento em que as coisas acontecem e não depois de você fazer um dossiê contra a pessoa para justificar sua indignação”.


Confira as dicas da Tati Sincera para NÃO cair em ciladas:

- Tudo está mais intenso do que o normal: cuidado com a carência e as expectativas para não transformar sapos em príncipes e nem príncipes em sapos por pequenas coisas;

- Foto de perfil e palavras bonitas não provam nada: lembrem que até papagaio fala e que na arte da sedução a escola da vida ensina bons truques de mais crédito as atitudes;

- Relacionamento não é jogo de adivinhação: ficar de cara fechada ou fazendo drama não vai resolver o problema, só criar mais um;

- E a dica de ouro: defina o que quer e o que merece de um relacionamento para que não deixe os limites serem ultrapassados no decorrer da relação;







@Tatisinceraa - Atriz, modelo, maquiadora, Tati se especializou em autoconhecimento em primeiro lugar, pesquisando em si mesma. Influenciadora desde 2017, mas tendo o desenvolvimento pessoal como estilo de vida desde 2014, se aprofundou cada vez mais no tema e hoje possui mais de 50 experiências e 13 formações na área, indo de Programação Neurolinguística a numerologia. Muito além de influenciadora, Tati se considera uma ativista que usa da profissão de influencer para disseminar seu conhecimento e nega que os dois atributos sejam a mesma coisa, “mas podem caminhar juntos” afirma, e explica melhor a diferença: “Uma ativista do desenvolvimento pessoal acredita piamente que este tipo de desenvolvimento é, em última análise, a salvação da humanidade. Por outro lado, a influenciadora do desenvolvimento pessoal informa e dissemina os conhecimentos envolvidos neste caminho”.


Tabagismo diminui, mas crescimento de vaping preocupa especialistas


Brasil e Estados Unidos reduzem consumo de cigarros; contudo e-cigarettes e vaping utilizados pelos jovens para fumar maconha ganham espaço e podem levar a morte


No próximo domingo, dia 31 de maio, celebramos o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o cigarro é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo e provoca mais de 50 doenças, atingindo os aparelhos respiratório, cardiovascular, digestivo, gênito-urinário, neoplasias malignas, riscos na gravidez e para o feto e queda de defesas imunitárias. A OMS aponta ainda que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

A boa notícia é que assistimos um avanço na conscientização da população, que está abandonando o cigarro. Nos últimos 12 anos a pesquisa realizada pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) demonstrou que, no Brasil, houve uma redução em 40% no consumo do tabaco. Dados inéditos revelam que, em 2018, 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar. Em 2006, ano da primeira edição da pesquisa, esse índice era de 15,6%.

Essa é uma tendência em todo o mundo, de acordo com a psiquiatra Alessandra Diehl, que é vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Sobre o Álcool e Outras Drogas (ABEAD). “A edição do estudo “Monitoring the future”, de 2019, mostrou que o consumo de tabaco reduziu em 54,28% entre estudantes da 12ª série dos Estados Unidos nos últimos 4 anos, de 2016 a 2019. Esse estudo americano é longitudinal e acontece desde 1975, com estudantes na faixa etária do que seria o equivalente ao ensino médio no Brasil. Os americanos creditam os resultados positivos às campanhas realizadas contra o tabagismo. No entanto, o que preocupa agora as autoridades naquele País é o vaping”, conta a especialista.

O “Monitoring the future” apontou que os cigarros eletrônicos contendo nicotina foram consumidos por 25,5% dos estudantes da 12ª série dos Estados Unidos.  “Para se ter uma ideia do fenômeno do vaping entre os americanos, a pesquisa informa que os estudantes  da 12ª série usam diariamente mais vapings contendo tabaco (11,7%) do que cigarros (2,4%). O vaping foi utilizado,  pelo menos uma vez na vida, por estudantes da 8ª e 12ª séries: 24,3% e 45,6%, respectivamente”, diz Alessandra Diehl.

O “Monitoring the future” abordou o vaping de três substâncias específicas (nicotina, maconha e apenas aromatizante) pela primeira vez em 2017. No ano seguinte, o estudo mostrou aumento substancial no vaping de todas essas três estas substâncias. A tendência se confirmou em 2019, quando houve aumentos altamente significativos em cada um dos três graus na prevalência de nicotina vaping e de vaping maconha. No intervalo de dois anos (de 2017 a 2019), prevalência de 30 dias de maconha vaping dobrou ou triplicou nas três séries: passou de 4,9% em 2017 para 14,0% em 2019.

Na opinião de Alessandra Diehl esse não é um problema exclusivamente dos jovens americanos. “O que preocupa as autoridades de saúde  no mundo todo são as novas formas de fumar maconha, por exemplo, por meio dos e-cigarettes. Aqui no Brasil não temos legislação e sequer dados de evidência para avaliar esse fenômeno como ocorre nos Estados Unidos. Assim como o narguilé é uma modinha entre os adolescentes, o vaping também aparece nesse mesmo contexto em nosso país. Vale salientar que o vaping  traz prejuízos, principalmente em relação a uma síndrome chamada Evali que leva ao óbito por causar uma lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping. Nos Estados Unidos essa doença já acometeu mais de 1.000 pessoas em 49 estados americanos e matou outras 26 em 21 estados”, alerta a psiquiatra.

Alessandra Diehl enfatiza ainda que os cigarros eletrônicos  e  vaping não são aconselháveis para parar de fumar. “O tabagismo é uma doença curável, com altos índices de sucesso. No entanto, os fumantes devem procurar tratamentos baseados em evidências com a ajuda especializada. Os cigarros eletrônicos e o vaping representam um risco e não são uma boa estratégia para quem quer largar o tabaco. Muitos usuários, sobretudo os jovens,  acreditam que os aparelhos para o vaping são seguros, achado que a fumaça é apenas o vapor de água. No entanto, esse líquido contém substâncias como o glicerol e  propileno glicol que podem originar substâncias cancerígenas depois de aquecidas. Além disso, a adição de nicotina em muitos deles, não vai diminuir a dependência dessa substância ”, observa.

No Brasil, os DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar), como são chamados os cigarros eletrônicos, são proibidos pela Anvisa por meio da resolução RDC 46/2009 justamente pela falta de evidências de que o uso desses produtos é seguro.


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