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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Desmatamento no Cerrado cai 33% em 2024, mas área total preocupa pesquisadores

Mais de 700 mil hectares foram derrubados no último ano, área maior que o Distrito Federal

 

O desmatamento no Cerrado atingiu 712 mil hectares durante o ano de 2024, uma redução de 33% em relação a 2023, quando o bioma registrou 1 milhão de hectares derrubados. Apesar da desaceleração, pesquisadores reforçam que a área total – maior que o Distrito Federal – ainda é elevada e traz riscos para o bioma e seus moradores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado) desenvolvido pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). 

“A queda do desmatamento no Cerrado em 2024 possivelmente representa um efeito das políticas de combate e controle implementadas neste último ano. Apesar da redução, a área total desmatada segue nos patamares elevados quando comparamos com a série histórica e também com o desmatamento em outros biomas, como a Amazônia. Por exemplo, tivemos por volta de 700 mil hectares desmatados no Cerrado nesse último ano. Já na Amazônia foram 380 mil hectares desmatados no mesmo período. Quase duas vezes menos” afirma Fernanda Ribeiro, pesquisadora do IPAM e coordenadora do SAD Cerrado. 

Fundamentais para a conservação do bioma, áreas com CAR (Cadastro Ambiental Rural) privado concentraram 78% de toda a área desmatada no bioma: cerca de 555 mil hectares. Atualmente, cerca de 62% da vegetação nativa do Cerrado está dentro de propriedades rurais submetidas às regras do Código Florestal, que permitem o desmatamento de 80% da área total das propriedades do bioma fora da Amazônia Legal. Apesar do respaldo legal, o desmatamento de áreas privadas traz riscos tanto para a biodiversidade do bioma quanto para as próprias propriedades, que passam a sofrer com secas mais severas e clima mais extremo.
 

Matopiba ainda concentra o desmatamento do Cerrado 

A fronteira do Matopiba – região composta pelo Tocantins e partes dos Estados do Maranhão, Piauí e Bahia – concentrou 82% de todo o desmatamento no Cerrado em 2024, totalizando 586 mil hectares perdidos. Dentre os Estados da região, se destaca o Maranhão que, apesar de uma redução de 26% na área desmatada, foi responsável por 225 mil hectares perdidos, cerca de 31% de todo o Cerrado desmatado durante 2024. 

A mesma tendência pode ser observada nos outros Estados da fronteira agrícola. Tocantins, segundo Estado que mais desmatou na região, reduziu seu desmatamento do Cerrado em 26% em relação a 2023, mas ainda perdeu 171 mil hectares de vegetação nativa. No Piauí, por sua vez, foram derrubados 114 mil hectares, 12% a menos do que em 2023. Já na Bahia, Estado do Matopiba que menos desmatou o Cerrado, foram perdidos 72 mil hectares, uma redução de 54%. 

“O Matopiba é a região do Cerrado com maior número de propriedades privadas e remanescentes de vegetação nativa passíveis de serem legalmente desmatadas. Isso evidencia a necessidade de outros instrumentos que vão além das políticas de combate e controle. A mudança desse cenário depende de um maior engajamento com o setor privado, além de ações de ordenamento territorial e instrumentos econômicos e regulatórios como vemos na Amazônia”, destaca a pesquisadora.


Municípios do Cerrado com maior área desmatada
 

Todos os 10 municípios com maior área de Cerrado desmatada em 2024 estão no Matopiba, sendo cinco no Maranhão, três no Tocantins, dois no Piauí e um na Bahia. Somados, totalizam 119 mil hectares desmatados, ou 16,7% de tudo que foi derrubado no bioma em 2024. 
 

Estado

Desmatamento em 2024 (ha)

Alteração em relação a 2023

Maranhão

225.881

-26%

Tocantins

171.798

-26%

Piauí

114.604

-12%

Bahia

72.627

-54%

Minas Gerais

42.349

-39%

Mato Grosso

29.722

-32%

Goiás

26.655

-59%

Mato Grosso do Sul

23.352

-21%

No coração do Matopiba, a proximidade de municípios com mais desmatamento também chama a atenção. Juntos, os municípios vizinhos de Balsas (MA), Alto Parnaíba (MA), Mateiros (TO) e Ponte Alta do Tocantins (TO) são os quatro primeiros da lista com maior desmatamento registrado, totalizando 61 mil hectares desmatados, cerca de 10% da área desmatada no Matopiba. 

Balsas, cidade na primeira posição da lista, desmatou 17,6 mil hectares, uma redução de 37% em relação a 2023. O município vizinho de Alto Parnaíba, que ocupa a segunda posição na lista, desmatou 16,6 mil hectares, 29% a menos do que no período anterior. No Tocantins, Ponte Alta aumentou seu desmatamento em 61%, perdendo 15 mil hectares de vegetação nativa, enquanto Mateiros diminuiu 5,7% e chegou a 11,5 hectares derrubados. 

O quinto município com mais desmatamento do bioma é São Desidério, que já esteve na primeira posição da lista em anos anteriores. Em 2024, teve 12,5 mil hectares desmatados, uma redução de 65% em relação ao ano anterior.
 

Padrão fundiário do desmatamento do Cerrado 

Depois das áreas com CAR, os vazios fundiários – áreas sem posse ou mecanismos de governança definidos – são a segunda categoria fundiária mais desmatada, correspondendo a cerca de 10% dos alertas de desmatamento ou 70 mil hectares de vegetação nativa. 

Outro destaque foram as áreas desmatadas em unidades de conservação, que responderam por 5,6% do desmatamento do Cerrado em janeiro, totalizando 39 mil hectares suprimidos. As principais áreas protegidas atingidas também foram aquelas localizadas no Matopiba, como a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, que perdeu 12 mil hectares para o desmatamento, e o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, que teve 6,7 mil hectares desmatados.
 

Sobre o SAD Cerrado 

O Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado é um projeto de monitoramento mensal e automático que utiliza imagens de satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia. O SAD Cerrado é uma ferramenta analítica que fornece alertas de supressão de vegetação nativa para todo o bioma, trazendo informações sobre desmatamento no bioma desde agosto de 2020. 

A confirmação de um alerta de desmatamento é realizada a partir da identificação de ao menos dois registros da mesma área em datas diferentes, com intervalo mínimo de dois meses entre as imagens de satélite. O método é detalhado no site do SAD Cerrado. 

Os relatórios de alertas para o ano de 2024 e períodos anteriores estão disponíveis neste link. No painel interativo, é possível selecionar estados, municípios, categorias fundiárias e o intervalo temporal para análise. 

O objetivo do sistema é fornecer alertas de desmatamentos maiores de 1 hectare, atualizados mês a mês. Pesquisadores entendem que o SAD Cerrado constitui uma ferramenta complementar a outros sistemas de alerta de desmatamento no bioma, como o DETER Cerrado, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), otimizando o processo de detecção em contextos visualmente complexos. 

Acesse os dados georreferenciados clicando aqui.

 

Planejamento sucessório: desafios e soluções para um mundo cada vez mais conectado e digital

Advogada aponta possibilidades de proteção de herança digital; criação de cofre digital e uso de ferramentas de “contatos de legado” são opções
 

Com o crescimento dos ativos digitais, como criptomoedas, NFTs e contas monetizadas, a sucessão digital se torna um desafio cada vez mais relevante. A falta de acesso a senhas, autenticação em dois fatores e restrições impostas pelas plataformas dificultam o processo para os herdeiros, tornando essencial um planejamento prévio. 

Segundo Vanessa Paiva, especialista em Direito de Família e Sucessão, “algumas empresas, como Google e Facebook, já oferecem ferramentas para designação de "contatos de legado". Essas ferramentas permitem que o usuário escolha uma pessoa que poderá acessar suas contas após o falecimento, ou até mesmo permitir que o perfil seja transformado em memorial, com restrições de acesso, preservando a privacidade”. 

Algumas plataformas já oferecem ferramentas como "contatos de legado", que permitem a designação de herdeiros para a gestão de contas após o falecimento. “O Google, por exemplo, permite que o usuário faça um planejamento de contas inativas, estabelecendo ações automáticas após um período de inatividade. Essas práticas já ajudam a minimizar disputas e complicações para os herdeiros”, pontua a especialista. 

A tendência para 2025 é que as plataformas digitais aprimorem soluções para a sucessão digital, alinhando-se às legislações de privacidade, como a LGPD e o GDPR. A advogada faz um alerta para as famílias e testadores: “criem um inventário seguro de todas as senhas e acessos às contas digitais, utilizando cofres digitais ou serviços de gerenciamento de senhas confiáveis. Além disso, é importante registrar informações claras sobre como acessar as plataformas e serviços, incluindo a possibilidade de configurar contatos de legado ou herdeiros nas plataformas que ofereçam essa opção. As senhas devem ser compartilhadas com uma pessoa de confiança ou armazenadas de forma segura, como em um testamento digital ou em cofres físicos. É fundamental garantir que o planejamento esteja em conformidade com as políticas de privacidade e proteção de dados das plataformas, para evitar problemas legais.”

 

Vanessa Paiva - advogada especialista em Direito de Família e Sucessões; pós-graduada e mestre em direito; professora de Direito de Família; autora de obras jurídicas e sócia administradora do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados.
 


Fake News e desinformação entre os usuários são os maiores responsáveis por ataques cibernéticos no Brasil

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No dia 7 de fevereiro é comemorado o Dia da Internet Segura, com objetivo de alertar a sociedade sobre os riscos dos crimes virtuais

 

Idealizado em 7 de fevereiro de 2003, o Dia da Internet Segura (Safer Internet Day) tem objetivo de estimular o uso ético e seguro do ambiente virtual e as tecnologias presentes, como as redes sociais, por exemplo. A iniciativa está a cargo do programa Safer Internet Plus (Comissão Europeia), com unidade estabelecida no Brasil. 

A organização criou uma Central Nacional de Denúncias sobre Crimes Cibernéticos, tornando-se a principal fonte de apoio da população sul-americana. Os dados disponibilizados pela organização revelam que 2.500 denúncias são formalizadas, diariamente, envolvendo conteúdos indevidos.
 

Entre os principais crimes identificados no ambiente virtual, estão: pornografia infantil ou pedofilia, racismo, nazismo, intolerância religiosa, apologia e incitação a crimes contra a vida, homofobia e maus tratos contra animais.


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 Quais fatores influenciam os ataques cibernéticos? 

Existem várias motivações para os ataques dos cibercriminosos, contudo, o aumento de empresas operando no modelo e-commerce, despertou o interesse de grupos mal-intencionados. Uma pesquisa divulgada pela consultoria Big Data Corp revelou que em 2023, o número de lojas online brasileiras chegou a 1,9 milhões. No mesmo período, as tentativas de ataques aumentaram em 106%. 

Além dos problemas com ataques virtuais e vazamento de dados dos cidadãos, a sociedade tem mais um desafio a enfrentar: a proliferação de desinformação verificada nas redes sociais, na forma de fake news. De modo resumido, o termo inglês é usado para explicar uma mentira divulgada em forma de notícia. 

Nesse sentido, é importante destacar os resultados verificados por uma pesquisa do Instituto Locomotiva, solicitado pelo portal da Agência Brasil. Cerca de 90% da população confirma que já acreditou em algum tipo de conteúdo falso. Apesar do índice elevado, 62% dos entrevistados ressaltaram que têm capacidade de diferenciar informações falsas das verdadeiras. 

Em razão das informações citadas, os setores envolvidos (poder público, iniciativa privada, OSCs - Organizações da Sociedade Civil e instituições de ensino) têm a grande responsabilidade de esclarecer a população e orientar sobre as principais ações de prevenção.

O Senac EAD está comprometido com a formação profissional de especialistas em tecnologia, oferecendo um portfólio completo, na modalidade de graduação, confira os títulos: 

- Tecnologia em Banco de Dados

- Tecnologia em Redes de Computadores

- Tecnologia em Segurança da Informação

- Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

- Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação

- Tecnologia em Sistemas para Internet 

A novidade fica por conta da graduação de Tecnologia em Segurança Cibernética que está com matrículas abertas e início das aulas confirmadas para 3 de fevereiro. Se você deseja construir uma carreira na área de proteção das informações digitais, acesse o site do Senac EAD e avalie os diferenciais dos cursos.

 

A qualidade da mão de obra profissional na indústria e no segmento elétrico é de chocar

Com os muitos anos de vivência no setor eletroeletrônico temos constatado a carência de mão de obra capacitada nos processos de seleção e contratação. Em nossos contatos e entrevistas para oportunidades profissionais, não reconhecemos perfis que se alinham a nossa demanda. Portanto, fica claro que há uma lacuna principalmente na formação técnica ou profissionalizante para o segmento eletroeletrônico. 

Diante de milhares de lamentos e reclamações diárias na internet de um grupo específico, juvenil ou denominado como da ‘Geração Z’ em relação à falta de empregos, chega-se a estranhar este lamento, de “falta de oportunidades’. A realidade é que não se encontram com facilidade profissionais com o mínimo de base necessária. O problema central dos trabalhadores que estão iniciando no mercado de trabalho verdadeiramente é em maior medida o descomprometimento com dia a dia da operação de uma indústria, lidar com a hierarquia, procedimentos e ter a humildade para querer aprender parecem requisitos básicos de quem está iniciando um processo de aprendizagem, entretanto, há uma ausência desta consciência com posturas completamente inadequadas. 

Atualmente, nossa empresa tem realizado um esforço enorme para encaminhar recém contratados e jovens para cursos técnicos, literalmente complementando sua formação acadêmica e não só com treinamentos específicos, mas investindo em cursos de profissionalização na operação de máquinas e equipamentos, e por vezes em legislação e normas de segurança do trabalho. Há sempre questionamentos e dúvidas se estão efetivamente preparados para as necessidades reais do empregador do setor elétrico. 

O que é notório é que se as empresas não fizerem investimentos regulares nos contratados, na capacitação deles para desempenhar suas funções de forma satisfatória, quase sempre os resultados para os contratantes não serão positivos. Além disso, diversos funcionários mesmo em início de carreira já chegam com vícios graves em sua formação, muitas vezes com visões distorcidas a partir de culturas organizacionais bem diferentes daquelas de outras empresas do mercado que são a maioria. 

Uma dificuldade comum é o tempo gasto para agregar valor no trabalho, tanto para o jovem quanto para empresa. Muitas vezes precisamos contratar o profissional inacabado, e fica evidente a grande carência de conhecimentos e capacidade, e a também a presença de deficiências entre esses novos profissionais. 

Nas diversas categorias ocupacionais o perfil do chamado operário de ‘chão de fábrica’ onde o problema é mais frequente. O entrave da educação básica aqui também é notório. Há pessoas que nunca tiveram um plano de saúde, nem sabem como são seus respectivos benefícios e as normas contratuais e neste perfil de trabalhador durante o processo seletivo, por absurdo que pareça, descobrimos que estamos concorrendo com benefícios. 

Por outro lado, dentro da fábrica eles não entendem como um protetor auricular é importante para sua audição e saúde geral. Não compreendem que a falta do equipamento pode prejudicá-lo ao longo da sua vida, além de contrariar a legislação da segurança do trabalho. Há alguns que não conseguem enxergar a importância do uso de uma bota de proteção contra acidentes.   

Vários deles não entendem que o uniforme tem que estar em dia e que ele reflete na sua aparência e marca pessoal. Portanto, muitos não percebem os conceitos essenciais para sua formação como ser humano, que abarcam sua instrução, organização, dress code, ou seja, a vestimenta do dia a dia, além de outros aspectos cotidianos. 

Por essa razão, quase sempre nossa empresa precisa ajudar a formar a pessoa para depois formar o profissional. O que presenciamos no cotidiano é um esforço muito grande para treinar além do escopo profissional, ou seja, na prática edificar um cidadão mais completo. 

Lamentavelmente, cursos técnicos, profissionalizantes, de aperfeiçoamento ou de capacitação, além da própria formação dentro de casa, têm gerado um grupo de cidadãos muito limitados. Isso em geral nem é culpa da própria pessoa, mas na verdade do nosso conjunto de alternativas para formação e qualificação.  Há vários indivíduos que não possuem a consciência da importância dele e do que ele faz. 

Precisamos, portanto, pensar melhor sobre a necessidade da educação básica para a indústria e na formação do indivíduo e do profissional. 

Outro ponto, é a necessidade de refletir também como fazer com responsabilidade, por exemplo, a transformação de um trabalhador rural para torná-lo um eletricista de rede de distribuição. É altamente arriscado treinar um eletricista em apenas três meses para trabalhar numa rede elétrica. Isso tem de ser muito bem analisado. Vivenciamos recentemente inúmeros problemas elétricos, qualquer chuva, intensa ou não tem causado transtornos e prejuízos significativos. São os produtos que são ruins? Não, são mal instalados, porque a qualidade da mão de obra é insuficiente e os produtos não são corretamente aplicados. 

Um outro aspecto é que, em empresas com perfis de pequeno e médio porte, é preciso também que o colaborador seja um generalista na função e muitos jovens têm dificuldades em exercer o trabalho com esse posicionamento. Também porque não estão habituados a usar tudo aquilo que, teoricamente, aprenderam. A questão é que boa parte dos jovens profissionais iniciantes entende que tem de ser sempre específicos e por essa razão este trabalhador iniciante apresenta muitas dificuldades em exercer tarefas mais diversificadas. O fato é que profissional que se destaca é aquele que consegue agregar várias habilidades. 

Uma contradição é que a educação profissional focada na indústria tem se destacado em todo o mundo, principalmente com o avanço tecnológico acelerado e a demanda crescente por competências específicas no mercado de trabalho. Como consequência, é preciso pensar na formação, treinamento e educação como um todo. 

Segundo a Unesco, aproximadamente 10% dos estudantes do ensino secundário no mundo estão matriculados em cursos técnicos e profissionais. Em países como Alemanha, esse número é muito mais alto, chegando a 50%, refletindo a forte parceria entre instituições educacionais e indústrias. 

Até o ano que vem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), prevê que, o Brasil vai precisar de aproximadamente 9,6 milhões de profissionais com capacitação específica em áreas tecnológicas e de engenharia. No entanto, apenas cerca de 8% dos estudantes do ensino médio estão matriculados em cursos técnicos e profissionalizantes, ou seja, muito abaixo de países desenvolvidos. 

O Sistema S (Senai, Senac, entre outros) tem papel fundamental na oferta de cursos técnicos, profissionalizantes ou de capacitação para preparar mão-de-obra para setores específicos do comércio, indústria e serviços, mas ele não alcança a educação dentro de casa, também chamada de educação parental (parenting). É ela que trata da criação dos filhos, com todas as práticas, cuidados e orientações que os pais e mães deveriam fornecer para o desenvolvimento e bem-estar de suas crianças. 

Talvez seja preciso que os sistemas de apoio profissional (sistema S), as empresas ou ONGs educativas reflitam com mais atenção nesse ‘público anterior’ que está dentro de casa, recorrendo a educadores especializados em ‘andragogia’, que é a metodologia de educação para adultos, e é desenvolvida a partir do compartilhamento de experiências entre aluno e professor. 

Este deveria ser a discussão séria a ser tratada na esfera que engloba todos os atores que tratam da educação básica e do trabalhador e não uma discussão que já se inicia com uma mentira que que é a dita “jornada 6x1” afinal 44 horas semanais, são 5 dias e meio de trabalho por um e meio de descanso.

 


Marcelo Mendes - gerente geral da KRJ Conexões ( https://krj.com.br/ ). É economista e executivo de marketing e vendas do setor eletroeletrônico há mais de 15 anos, com atuação inclusive em vários mercados internacionais.


Como serão os consumidores da Geração Beta?

Mais uma geração surgindo. Os primeiros dias de janeiro foram marcados pelo nascimento daqueles que irão compor a chamada Geração Beta, em mais um ciclo demográfico que se estenderá até 2039. Assim como as anteriores, seus membros podem trazer perfis, comportamentos e demandas bem diferentes e alinhadas à imersão tecnológica que vivemos atualmente, demonstrando tendências ao mercado que já podem ser analisadas a fim de se prepararem para seus futuros consumidores.

Este conceito de gerações inclui um grupo de pessoas cujas características compartilhadas são influenciadas pelo contexto histórico, social e econômico nos quais crescem. No caso da Beta, por mais que estejamos ainda muito no início dessa nova fase, muito provavelmente, ela terá seus anseios e comportamentos moldados pela enorme imersão nos recursos tecnológicos que já temos hoje como, especialmente, a inteligência artificial (IA).

Enquanto, por exemplo, a geração Z apresenta um comportamento mais proativo e empenhado em correr atrás de seus objetivos e desejos, os membros da Beta podem não apresentar a mesma preocupação. Afinal, com ferramentas robustas como, por exemplo, o ChatGPT, basta fazer a pergunta certa sobre o assunto de interesse que ela fornecerá todas as informações necessárias. Isso pode levar essas pessoas a se esforçarem menos para aprender algo, uma vez que precisarão apenas saber, exatamente, o que perguntar a essas ferramentas.

Por um lado, essa imersão tecnológica pode trazer frutos muito positivos para nosso dia a dia, tornando nossas rotinas mais ágeis e facilitadas. Não à toa, no Brasil, a proporção de pessoas com 10 anos ou mais que utilizaram a Internet passou de 84,7% em 2021 para 87,2% em 2022, segundo dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Contudo, toda moeda tem seus dois lados.

Conforme informações divulgadas no relatório “Privacidade de Dados em 2025”, um terço dos brasileiros já foram vítimas de perda ou roubo de dados. Há uma linha muito tênue entre o bom ou mau uso dos avanços tecnológicos, principalmente, naqueles que não souberem como se proteger diante dessas tentativas de crimes digitais, o que pode se acentuar ainda mais em uma geração que tenderá a crescer ainda mais imersa nessas ferramentas.

Mercadologicamente, essa inserção tecnológica também se refletirá nos hábitos de consumo dessa geração. Além de poderem preferir muito mais as compras online do que presenciais – cuja presença digital será determinante para a sobrevivência das empresas – esses membros poderão ser muito mais fiéis a uma marca do que a um produto em si, com pouca probabilidade de passar a comprar de outra empresa.

Ao mesmo tempo em que essa fidelidade pode ser algo extremamente positivo, também eleva a competitividade do mercado em busca de novos consumidores. Afinal, como atrair um cliente que já é altamente adepto a uma marca, se os produtos, em si, tendem a não ser mais suficientes neste poder de escolha? Criando experiências marcantes e atendendo a desejos de maneira assertiva.

Os vendedores do futuro não deverão focar apenas nas qualidades e diferenciais de seus produtos, mas em como eles podem atender as necessidades desse público-alvo, na forma pela qual irá ajudar no dia a dia de cada um desses consumidores. Isso demandará uma forte reinvenção das marcas, criando jornadas que captem sua atenção e os vislumbrem. Assim, mesmo diante de outra empresa que ofereça algo similar, as chances de se deslumbrarem pelo concorrente e trocarem de marca serão reduzidas.

A virtualização do mercado é um fato incontestável. Em suas mãos, essa geração terá acesso a uma extensa quantidade de informações de forma rápido e fácil. Então, além de se apegarem cada vez mais ao online, a geração beta poderá ser bem mais crítica quanto às marcas que quiserem se envolver. Caberá a cada empresa, dessa forma, se reinventar e assegurar um atendimento excepcional às necessidades de seus clientes, proporcionando experiências que cativem e retenham esses futuros consumidores.

 


Luiz Correia - head comercial na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de VoiceBot, SMS, e-mail, chatbot e RCS.

Pontaltech


Famílias de baixa renda poderão ter incentivo para energia solar com novo PL

Proposta visa reduzir a conta de luz e estimular energia limpa, mas instalação segura dos equipamentos é fundamental, alerta entidade


O Projeto de Lei (PL) 624/2023, em tramitação no Senado, tem como objetivo aliviar a conta de luz de todos os brasileiros e incentivar a produção de energia limpa para cerca de 17 milhões de famílias de baixa renda. O projeto propõe a substituição gradual da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) pelo programa Renda Básica Energética (Rebe), que prevê a construção de pequenas usinas solares para abastecer essas residências. 

O financiamento para as usinas virá da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que já é paga por todos os consumidores. Isso poderá, a médio prazo, reduzir o valor da conta de luz, já que os custos da Tarifa Social deixarão de ser repassados. O PL foi aprovado na Câmara dos Deputados e o próximo passo é a Comissão de Assuntos Sociais (CAS). 

Apesar dos benefícios, é essencial garantir que a instalação dos sistemas de energia solar seja feita com equipamentos certificados e por profissionais qualificados. O crescimento exponencial do uso da energia solar no Brasil trouxe também um aumento no número de incidentes, muitos deles causados por falhas na instalação e manutenção dos sistemas, alerta a Associação Brasileira da Avaliação da Conformidade (Abrac). 

Visando reduzir esses riscos, a Portaria nº 140/22 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), exige a etiquetagem compulsória – ou seja, obrigatória para serem importados e comercializados no mercado brasileiro – de todos os módulos, controladores, baterias e inversores para sistemas fotovoltaicos. 

Esse selo garante que os produtos passaram por testes rigorosos de segurança e eficiência, indicando seu desempenho e oferecendo ao consumidor poder de escolha. Porém, segundo o assessor da superintendência da Abrac, Walter Laudisio, a ausência de inspeções obrigatórias durante e após a instalação representa um dos principais fatores de risco. "Defendemos a criação de uma inspeção obrigatória, realizada por profissionais devidamente qualificados, que avalie a segurança do sistema antes de seu funcionamento", destaca. 

"Garantir a segurança é tão importante quanto promover o acesso à energia limpa, ou até mais. Equipamentos de qualidade e instalação correta, conforme as NBRs (Normas Brasileiras), são fundamentais para proteger as famílias e o meio ambiente", conclui Walter Laudisio.


Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade - Abrac


Cidades avançam na transformação digital: modernização de serviços públicos ganha força

 

Iniciativas inovadoras em administrações municipais prometem reduzir burocracia e aproximar o governo do cidadão


Em uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Digital (IBGD) em 2024, 82% dos cidadãos afirmaram que a digitalização dos serviços públicos poderia melhorar significativamente o atendimento, enquanto 74% reconheceram a importância de adotar processos digitais para reduzir a burocracia. Esses dados evidenciam a crescente demanda por soluções tecnológicas que facilitem o acesso e a eficiência na prestação dos serviços públicos.

Outra pesquisa, conduzida pelo Observatório da Inovação Urbana, revelou que municípios que implementaram sistemas digitais no atendimento ao cidadão conseguiram reduzir o tempo de espera em até 35%, além de aumentar a transparência e a agilidade nos processos. Esses resultados reforçam o potencial transformador da tecnologia na modernização da gestão pública.

A transformação digital nos serviços públicos tem ganhado força em diversas cidades do país, que buscam soluções inovadoras para reduzir a burocracia e oferecer um atendimento mais ágil e eficiente aos cidadãos. Administradores municipais investem em tecnologia e na capacitação dos servidores, promovendo a modernização das rotinas e a aproximação entre o governo e a população.

Em Taubaté, a administração municipal reimplantou o sistema de atendimento ao cidadão com o objetivo de transformar um modelo tradicional, marcado por processos confusos e demorados, em uma estrutura digital que elimina a necessidade de deslocamentos e filas. Essa iniciativa faz parte do compromisso da gestão em criar um governo 100% digital e mais acessível a todos.

O prefeito de Taubaté, Sérgio Victor, reforçou a importância dessa mudança, afirmando, "Acreditamos que a tecnologia é uma ferramenta poderosa para melhorar a vida das pessoas e reduzir custos." Essa declaração ressalta a convicção de que a inovação digital pode ser a chave para aprimorar a qualidade dos serviços públicos e, consequentemente, a satisfação dos cidadãos.

Além da atualização tecnológica, a reestruturação do atendimento envolveu a reciclagem dos servidores, que passaram a operar com novos processos otimizados e treinamentos especializados, garantindo um atendimento humanizado e eficiente. Essa mudança contribui para que as solicitações sejam processadas de forma rápida e sem a burocracia que caracterizava o modelo anterior.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia, Inovação e Turismo de Taubaté, Danilo Velloso, destaca, "Com o novo modelo de atendimento, estamos tornando a prefeitura mais próxima do cidadão e empresário, oferecendo serviços de qualidade de forma rápida, eficiente e principalmente, reduzindo custos. Isso irá melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos a nossa cidade." Essa abordagem evidencia que a modernização não só beneficia os munícipes, mas também estimula a economia local.

Os benefícios esperados com a transformação digital em Taubaté são significativos. A modernização trará a redução do tempo de espera, eliminando as longas filas e permitindo que os processos sejam realizados com maior agilidade. A comodidade e a acessibilidade serão ampliadas, pois os cidadãos poderão acessar os serviços da prefeitura de onde estiverem, sem a necessidade de se deslocar fisicamente.

Outro ponto importante é a transparência. A digitalização possibilita que os cidadãos acompanhem, de forma online, o andamento de suas solicitações, promovendo um relacionamento mais aberto e confiável com a administração pública. Além disso, a redução de custos operacionais permite que os recursos economizados sejam direcionados a outras áreas prioritárias, fortalecendo o desenvolvimento sustentável da cidade.

A experiência de Taubaté reflete uma tendência crescente em diversas administrações municipais, que enxergam na tecnologia uma solução para os desafios históricos dos serviços públicos. O movimento em direção a um governo digital mostra como a inovação pode ser o caminho para tornar as cidades mais eficientes, competitivas e preparadas para os desafios do futuro.

Apesar dos avanços, os gestores ainda enfrentam desafios como a necessidade de ampliar a infraestrutura digital e garantir que todos os cidadãos tenham acesso às novas ferramentas tecnológicas. Superar essas barreiras é fundamental para que a transformação digital seja efetiva e inclusiva.

Em síntese, a modernização do atendimento ao cidadão, exemplificada pela experiência de Taubaté, demonstra que o investimento em tecnologia e capacitação pode revolucionar a administração pública. Com o apoio de líderes comprometidos e a adoção de práticas inovadoras, as cidades brasileiras estão caminhando para um futuro mais ágil, transparente e conectado com as necessidades da população.

 

Trump assina ordem executiva para restringir cidadania por nascimento, mas medida enfrenta desafios legais

Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, analisa os impactos da decisão e aponta contradições que podem levar à sua suspensão pela Suprema Corte


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou seu novo mandato com uma medida polêmica: a assinatura de uma ordem executiva que visa encerrar a concessão automática de cidadania para filhos de imigrantes indocumentados nascidos no país. Embora tenha gerado apoio entre seus eleitores, a decisão também levantou preocupações jurídicas significativas. 

Segundo Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, a medida enfrenta barreiras constitucionais e pode ser revogada pela Suprema Corte. “A ordem executiva de Trump desafia diretamente a 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que desde 1868 garante cidadania automática a qualquer pessoa nascida em solo americano”, revela. 

Para o advogado, essa emenda tem raízes históricas profundas, inclusive ligadas à abolição da escravidão e à igualdade racial. “Mudar algo tão fundamental exige uma nova emenda constitucional, o que implica a aprovação de dois terços do Congresso e a ratificação por três quartos dos estados. Esse nível de apoio é extremamente improvável”, explica.

Toledo destaca ainda que a jurisprudência da Suprema Corte é amplamente conservadora quanto à interpretação da 14ª Emenda. “As decisões anteriores reforçam o princípio de cidadania por nascimento, tornando difícil justificar uma mudança com base apenas em uma ordem executiva. A equipe jurídica de Trump parece ter utilizado argumentos frágeis, especialmente relacionados à jurisdição, para sustentar a medida”, afirma.


Jurisdição e contradições legais

O principal argumento da ordem executiva é que filhos de imigrantes indocumentados não estão sob jurisdição total dos Estados Unidos, o que justificaria a exclusão do direito à cidadania. No entanto, Toledo aponta inconsistências nesse raciocínio. “Se o território americano não tem jurisdição suficiente para conceder cidadania a essas crianças, como poderia exercer jurisdição para deportar ou punir seus pais? Essa contradição mina a base jurídica da medida”, avalia.

Segundo o advogado, o conceito de jurisdição territorial se baseia na presença física de uma pessoa no território, o que, por analogia, tornaria essa argumentação insustentável. “A medida cria um dilema. Se os EUA não têm jurisdição para reconhecer direitos, não podem exercer deveres punitivos. Isso coloca em risco outras políticas de imigração, como deportações e prisões realizadas pelo ICE”, alerta Toledo.

A Suprema Corte dos Estados Unidos já se pronunciou em decisões anteriores, como no caso United States v. Wong Kim Ark, que estabeleceu um precedente ao confirmar que a 14ª Emenda garante a cidadania para todas as pessoas nascidas em solo americano, independentemente da situação imigratória de seus pais. “Essa decisão consolidou o princípio do jus soli, garantindo que nenhuma interpretação presidencial pudesse restringir direitos fundamentais assegurados pela Constituição”, explica o especialista. 

Além disso, ações judiciais recentes, como o processo movido pela ACLU, destacam que alterações na concessão de cidadania por nascimento excedem os poderes presidenciais e são prerrogativas exclusivas do Congresso. Esses argumentos reforçam a tendência de que a Suprema Corte rejeite qualquer tentativa de redefinir o escopo da cidadania automática nos Estados Unidos.


O provável destino da medida

Embora a ordem executiva já esteja em vigor, Toledo acredita que sua aplicação será temporária. “A medida será inevitavelmente questionada judicialmente e, com base no histórico da Suprema Corte, a chance de ser derrubada é alta. Para fazer essa mudança de forma constitucional, Trump precisaria seguir os trâmites legislativos adequados, algo que demanda um apoio político que ele não tem no momento”, conclui.

Apesar de discordar da abordagem legal adotada, Toledo reconhece que o debate sobre o uso estratégico da cidadania por nascimento é legítimo. “É preciso haver um controle mais eficaz, mas a solução deve ser construída com base em medidas legais sólidas, e não em decisões executivas que geram mais dúvidas do que resultados práticos”, afirma.

Para o advogado, o episódio serve como um lembrete de que mudanças em questões constitucionais exigem rigor técnico e diálogo político. “Medidas precipitadas como essa criam instabilidade jurídica e alimentam conflitos que poderiam ser evitados com uma abordagem mais estruturada”, conclui. 





Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 430 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR. Para mais informações, acesse o site.



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Valentine’s Day é época para redobrar atenção a golpes de relacionamento

 Fingindo ser amigo ou ter interesse romântico, os golpistas enganam as pessoas por meio de bate-papo, enquanto tentam roubar dinheiro

 

Dia 14 de fevereiro comemora-se o Valentine’s Day ao redor do mundo. É um momento em que golpistas aproveitam para aplicar o “pig butchering”, em que as vítimas são atraídas para relacionamentos falsos e depois manipuladas para esquemas de investimento falso. 

Os golpes extorquiram valores altos das vítimas nos últimos anos, deixando um rastro de devastação financeira e emocional. Somente em 2023, o Internet Crime Complaint Center (IC3) do FBI relatou quase 18 mil casos de golpes de confiança e romance nos Estados Unidos, com perdas superiores a US$ 652 mil. “Nesta época de Valentine’s Day, é importante lembrar que os criminosos que se aproveitam das emoções podem acabar custando grandes quantias às pessoas. Esses golpes são longos e habilmente elaborados, em que os golpistas se aproveitam das emoções das vítimas para criar confiança antes de apresentar falsas plataformas de investimento em criptomoedas”, explica Marcelo Bezerra, especialista em cibersegurança da Proofpoint América Latina. 

Confira alguns golpes recentes de pig butchering para ficar atento:

  • Os golpistas não apenas destroem corações, mas também contas bancárias. Proofpoint especialistas da têm identificado que os golpistas usam táticas psicológicas detalhadas, construindo uma confiança de meses com as vítimas antes de atacar.
     
  • Os golpistas evoluíram o esquema de golpe romântico para atingir públicos mais amplos, até mesmo visando indivíduos financeiramente inseguros por meio de golpes de emprego – que geralmente se dá por um contato não solicitado via mídia social ou aplicativo de mensagens, como sendo um recrutador de emprego oferecendo uma oportunidade de trabalhar em casa. “Fundamentalmente, não se trata de um problema técnico, mas de um problema emocional e social. Esses hackers são muito bons em engenharia social, ou seja, hackear efetivamente o cérebro das pessoas para fazê-las se sentir de uma determinada maneira e tomar decisões imprudentes”, destaca Marcelo.
     
  • Com o aumento da IA generativa, os golpistas talvez não precisem de ajuda humana por muito mais tempo. Ferramentas como o ChatGPT, o Bing Chat e o Google Gemini estão anunciando uma nova era de chatbots capazes de compreender o contexto, mostrar raciocínio e até mesmo tentar persuadir.

“A coisa mais importante que podemos fazer é educar as pessoas sobre esse tipo de ameaça e garantir que elas tenham empatia e compreensão. Pode ser humilhante e traumatizante passar por isso, o que pode impedir as pessoas denunciarem. Quanto mais falarmos sobre essa atividade, mais as pessoas poderão se conscientizar e evitar que seus amigos e familiares sejam vítimas dela”, completa Marcelo.

Lembre-se: conselhos financeiros legítimos raramente vêm embrulhados em propostas românticas. Neste Valentine’s Day, proteja-se sendo cauteloso, informado e vigilante – seu coração e sua carteira agradecerão.

 


Proofpoint, Inc.
www.proofpoint.com/br


Oito dicas para se preparar para as perguntas de um processo seletivo

FreePik

Diretor da Prepara Cursos ensina técnicas que podem auxiliar o candidato em entrevistas de emprego

 

 No mercado de trabalho, que hoje é considerado competitivo, destacar-se em uma entrevista de emprego é essencial. Uma das melhores maneiras para que isso aconteça é estar bem-preparado para responder às perguntas feitas durante o processo seletivo. De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pelo LinkedIn, três em cada cinco profissionais brasileiros planejam buscar um novo emprego em 2025. O estudo ainda mostra que, neste ano, o perfil de quem tem interesse por novas oportunidades no mercado de trabalho varia de forma considerável entre as gerações. Neste caso, a Geração Z lidera as intenções de procurar um novo emprego, com 68% planejando iniciar essa jornada, seguida pelos Millennials, com 65%, Geração X com 51% e os Boomers com 41%. 

Para ajudar os candidatos que querem ter um bom aproveitamento em entrevistas de emprego, Camilo Carvalho, diretor da Prepara Cursos – rede de cursos de ensino profissionalizantes, reuniu algumas dicas práticas que podem fazer a diferença na hora de conquistar a vaga dos sonhos.

 

1. Conheça a empresa e a vaga

Antes da entrevista, dedique um tempo para pesquisar sobre a empresa e entender a cultura, os valores e o setor de atuação. Visite o site oficial, leia notícias recentes e confira as redes sociais da organização. Entender os detalhes da vaga também é fundamental: revise a descrição do cargo e identifique as habilidades e competências mais valorizadas.

 

2. Prepare-se para as perguntas comuns

Algumas perguntas aparecem frequentemente em entrevistas, como: "Fale um pouco sobre você"; "Quais são seus pontos fortes e fracos?"; "Por que você quer trabalhar aqui?" ou "Conte sobre uma situação desafiadora que enfrentou no trabalho e como lidou com ela". Pense nessas questões com antecedência e formule respostas claras, destacando experiências e habilidades que se alinhem à vaga.

 

3. Use a Técnica STAR

Para perguntas que envolvem situações específicas, utilize a técnica STAR. Esse método ajuda a estruturar respostas de forma objetiva e convincente.

  • Situação: descreva o contexto.
  • Tarefa: explique qual era seu papel ou responsabilidade.
  • Ação: detalhe as ações que você tomou.
  • Resultado: apresente os resultados alcançados.


4. Esteja pronto para perguntas inesperadas

Alguns recrutadores podem fazer perguntas inesperadas ou criativas, como: “Se você fosse um animal, qual seria e por quê?” ou “Por que eu não devo te contratar?”. Essas perguntas avaliam sua capacidade de pensar rapidamente e demonstrar aspectos da sua personalidade. Mantenha a calma e use a oportunidade para mostrar criatividade e autenticidade.

 

5. Pratique com simulações

Realizar simulações de entrevista com amigos, familiares ou até um consultor de carreira pode ser uma excelente maneira de se preparar. Além disso, grave suas respostas para identificar pontos a melhorar, como clareza, tom de voz e postura.

 

6. Prepare perguntas para o entrevistador

Demonstrar interesse pela empresa também é importante. Prepare perguntas como: “Como será o dia a dia dessa função?” ou “Quais são os principais desafios dessa posição?”.
Isso mostra que você está realmente interessado na vaga e atento às expectativas da empresa.

 

7. Revise seu currículo

Tenha seu currículo à mão e esteja preparado para discutir qualquer detalhe, como experiências anteriores e projetos realizados. Seja honesto e evite exageros, pois os recrutadores podem pedir exemplos específicos.

 

8. Controle o nervosismo

Por fim, lembre-se de que as entrevistas são uma via de mão dupla: você também está avaliando se a empresa é adequada para seus objetivos. Durma bem na noite anterior, vista-se adequadamente e pratique técnicas de respiração para controlar a ansiedade. 

Com essas dicas, você estará mais confiante e preparado para enfrentar as perguntas do processo seletivo. Boa sorte!





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