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sexta-feira, 14 de junho de 2024

Há solução para as enchentes, mas será que há vontade?

Entre o fim de abril e o início de maio de 2024, a maior tragédia climática da história se abateu sobre o Rio Grande do Sul. Várias cidades foram alagadas por uma chuva da ordem de 700 mm em um intervalo de apenas 15 dias. Um volume muito acima da média e, em especial, acima da marca registrada na histórica enchente de 1941.

Observando os registros do Instituto Nacional de Meteorologia, do Sistema de Alerta Rio, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e de vários outros órgãos que fiscalizam e registram precipitações ao longo da história, chuvas catastróficas são uma constante no Brasil e têm aumentado de frequência e volume nos últimos anos, como consequência das mudanças climáticas. Péssima notícia para o país como um todo.

Por outro lado, países como Holanda e Alemanha convivem desde sempre com cheias muito maiores do que as vistas no estado gaúcho, sem grandes consequências para sua população e economia. Como explicar essa diferença entre a situação catastrófica presenciada no Rio Grande do Sul e o sucesso de outros países na gestão de cheias?

Em primeiro lugar, vamos aos fator humano e como ele se comporta na Europa, contrastando com o cenário brasileiro. Boa parte da Holanda está cerca de um metro abaixo do nível do mar. Vários diques evitam que o mar avance e, na ocorrência de chuvas, bombas são acionadas para drenar a água que flui para esses locais. Por sua vez, na Alemanha, vários rios apresentam cheias anuais. O mais comentado é o rio Elba, cujo nível varia de mais de cinco metros todos os anos, alagando cidades como Dresden, que tem aproximadamente 550 mil habitantes.

A Alemanha adotou uma solução diferente da holandesa, com edificações preparadas para a cheia. O mercado de Dresden, por exemplo, chega ao inacreditável fato de, mesmo com o exterior submerso durante esse período, continuar funcionando normalmente em sua parte interna. Os clientes entram por um elevador e fazem suas compras normalmente, abaixo do nível do rio, enquanto, pelas janelas, vê-se a correnteza passando. No restante do ano, essas mesmas janelas mostram a rua.

No Brasil, vários estados convivem com enchentes aqui e ali. Curitiba, com o Rio Belém. São Paulo, com os rios Tietê e Pinheiros. O Rio de Janeiro, com as enchentes e alagamentos na região serrana. Esses são apenas alguns exemplos - e nem entrei no assunto dos bloqueios de rodovias. Na maioria dos casos, o professor e engenheiro que escreve este artigo diria que essas enchentes poderiam ser evitadas ou, ao menos, ter seu impacto reduzido.

A urbanização das cidades brasileiras foi feita, como regra, de forma desordenada e com pouco planejamento, levando à impermeabilização do solo e canalização (insuficiente, diga-se de passagem) de rios urbanos. Quando a chuva vem, o resultado só pode ser o alagamento das áreas que circundam esses rios. E quem sofre é a população.

Há solução? Há. Várias. Manutenção adequada das bombas que fazem a drenagem; redução do adensamento populacional; parques que possam ser usados como sumidouros quando o volume de chuva é grande demais; piscinões. Boa parte dessas soluções pode, inclusive, ser de grande benefício para a própria população, com o aproveitamento de espaços urbanos de forma mais inteligente. E mais: para viabilizar essas soluções não é necessário fazer investimentos faraônicos ou obras que durem para sempre. Curitiba é um exemplo disso. Na capital paranaense, os parques absorvem as águas de grandes chuvas. Quando não está chovendo, a população se apropria do espaço para lazer e atividades físicas.

Ora, se há solução de engenharia, a pergunta que fica é: há vontade política? Há vontade orçamentária? A cobrança precisa ser feita àqueles que detêm o poder de fazer as leis e aplicar os recursos de forma a prever que situações como essas podem ocorrer. A sugestão é que você escreva a seu representante eleito ou, ainda melhor, vá ao gabinete do seu vereador ou deputado estadual e pergunte: há vontade de resolver?


Alysson Nunes Diógenes - engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica, é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).


No mês de São João, CFQ alerta para cuidados com as fogueiras juninas


Comemoradas entre os meses de junho e julho, as festas juninas são marcadas por danças, músicas, comidas típicas, fogos de artifício e as tradicionais fogueiras. O Sistema CFQ/CRQs lembra que o fogo pode apresentar riscos se não for manuseado de forma correta.

Segundo o analista químico do CFQ, Diego Freitas, a fogueira da festa junina é feita a partir da queima da madeira, material rico em celulose, hemicelulose e lignina, compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. Quando submetida a altas temperaturas, a madeira inicia um processo de deterioração química.

“Na primeira fase da combustão, que é a queima da madeira, ocorre a evaporação e eliminação de água. Já na segunda fase, que ocorre em torno de 260°C, a madeira se degrada quimicamente, formando o carvão. Após essa fase, inicia-se a queima do carvão. A queima do carvão libera gases em temperaturas acima de 600°C e, dependendo da mistura gasosa do ar, se ele é rico ou não em oxigênio, essa combustão pode ser completa ou incompleta”, explica.

Para que uma fogueira seja feita de forma segura, alguns cuidados devem ser observados. Freitas destaca que a instalação da fogueira deve ser feita em lugares longe de materiais inflamáveis, como gasolina, botijões de gás, vegetações secas e cercas elétricas.

“Essa fogueira tem que ser feita de forma contida, de modo que o isolamento evite que o fogo se alastre descontroladamente. O ambiente deve ser aberto e arejado para evitar que as pessoas ao redor se intoxiquem pelos gases e vapores emitidos pelo processo de combustão”, alerta.

Por possuírem alto poder de combustão, substâncias como álcool, gasolina ou querosene não são recomendadas para acender fogueiras. Em abril de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) voltou a proibir a comercialização de álcool 70% na forma líquida. A proibição da venda está relacionada ao fato de o produto oferecer riscos à saúde pública devido a acidentes por queimaduras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a queimadura é considerada a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. Cerca de 180 mil pessoas morrem por ano devido a acidentes causados por queimaduras.


Lembre-se de apagar a fogueira

Ao final das festas, também é necessário apagar a fogueira. Durante essa etapa, de acordo com o analista químico, outros cuidados devem ser levados em consideração.

“Para que uma fogueira seja apagada, você pode utilizar equipamentos adequados, como extintores classe A, que são específicos para queimas em madeiras e papéis. Ou você pode utilizar, de forma alternativa, baldes de água ou pás de areia, para abafar a chama e permitir o resfriamento e a extinção das brasas que geram a combustão”, orienta Freitas.


Conheça as 16 soft skills necessárias para liderança feminina

Habilidades são fruto de estudo de 5 meses com 40 das maiores líderes da América Latina

 

Quais são as soft skills necessárias para que uma mulher chegue a um cargo decisório? Com o objetivo de apoiar empresas a acelerar carreiras femininas, a startup Todas Group realizou um estudo durante 5 meses com 40 das maiores líderes da América Latina, o que resultou no mapeamento das 16 habilidades mais transformadoras para a liderança feminina. Veja quais são abaixo:

  • Autoconfiança: uma das mais críticas para líderes a autoconfiança, esta habilidade pode ser trabalhada por meio de estudo de fundamentos neurológicos e comportamentais, além de exercícios de autoconhecimento, gerenciamento de autocrítica e autorreconhecimento.
  • Adaptabilidade: também crucial para líderes, a adaptabilidade é essencial no mercado atual, especialmente em ambientes digitais de constante mudança.
  • Alta performance emocional: as emoções são como dados e informações, e estão diretamente ligadas à razão. É importante que uma mulher em cargo decisório saiba fazer o gerenciamento emocional.
  • Autoralidade e protagonismo: ser autoral vai muito além de criar algo do zero, é possível ser pioneira a partir de referências e de um estudo bem estruturado. Além disso, para ser protagonista da sua própria história, a mulher precisa  fazer mudanças e posicionamentos internos.
  • Foco e atenção plena: para elevar a performance e alcançar resultados mais precisos nas tarefas diárias, é preciso fazer o gerenciamento da atenção. Consciência, gestão de estresse, exercícios de respiração, empatia e comunicação consciente são importantes ferramentas para melhorar o foco e atenção.
  • Inovação: inovar é humano e temos capacidades neurológicas de nos adaptar ao novo. A inovação está ligada à criatividade e é preciso criar para inovar. É importante buscar métodos e fazer exercícios para estimular essa capacidade.
  • Liderança: liderança é, acima de tudo, uma prática de autoconhecimento e de autoconfiança. É importante para a mulher líder identificar a si mesma em sua equipe e assim potencializar as qualidades.
  • Networking: fazer amizade com colegas de trabalho é apenas a ponta do iceberg. O networking é uma habilidade social que traz resultados práticos no desempenho no trabalho, além de ser sinal de maturidade da profissional, uma habilidade que se desenvolve ao longo dos anos. É importante que as mulheres líderes estejam cercadas de semelhantes para uma maior rede de apoio.
  • Pensamento crítico: o pensamento crítico é importante na medida em que a líder feminina consegue tomar decisões mais eficazes ao analisar cada situação posta. É a capacidade de lidar com desafios de forma estratégica e confiante.
  • Desenvolvimento de equipes: é um processo multifacetado que exige uma combinação de habilidades interpessoais, autoconhecimento, comunicação eficaz e estratégias práticas para enfrentar desafios. É um exercício que pede um mix de várias soft skills aplicadas no cotidiano.
  • Comunicação estratégica: envolve um entendimento profundo da neurociência, a construção de conexões significativas, o uso de comunicação não-violenta e a importância da preparação. Essa combinação de elementos é essencial para desenvolver uma comunicação eficaz e impactante. Para as lideranças femininas, é importante a sensibilidade e o local de escuta, principalmente com lideradas mulheres.
  • Disciplina positiva: uma ferramenta libertadora e essencial para as lideranças femininas, destacando a importância do autoconhecimento, consistência, pequenas metas diárias, e o equilíbrio entre trabalho e descanso. A prática da disciplina deve ser prazerosa e adaptável, promovendo bem-estar e sucesso contínuo.
  • Posicionamento estratégico: sempre há lupa sobre o que uma mulher diz ou faz. É essencial calcular cada passo e se colocar eficientemente nas situações.
  • Maternidade e carreira: a gravidez é um processo natural que muda o corpo e a mente de uma mulher. As mulheres que já gestaram possuem características humanas próprias e que ajudam a construir um ambiente de trabalho mais harmônico.
  • Marca pessoal: autoconhecimento é uma base, mas não é tudo. A marca pessoal alia isto com a capacidade verbal de explanar seus talentos, virtudes. É uma afirmação. No caso das mulheres, é um empoderamento.
  • Negociação e influência: é o manejo correto das emoções na hora de tocar uma negociação. É mais uma faceta da estratégia com a autoconfiança. É guiado não só pelos resultados, mas pelos processos.

 

Todas Group
todasgroup.com.br


‘Você tem uma nova mensagem’: Detran-SP notifica quem iniciou venda de carro pela CDT para fazer a transferência a jato pelo celular

 

Departamento de Trânsito paulista reforça vantagens da Transferência Digital de Veículos (TDV) por meio de e-mail e WhatsApp, permitindo que a conclusão do negócio seja feita a distância, sem burocracia e em questão de minutos

 

Não se surpreenda se um dia o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) enviar um e-mail ou mensagem pelo Whatsapp para dar os parabéns por seu carro novo. Não é golpe. É um novo meio de divulgação da Transferência Digital de Veículos (TDV), recurso lançado em março pelo órgão. Muita gente usa a Carteira de Trânsito Digital (CDT) na hora de adquirir um veículo, já que se trata de um documento nacional e bastante conhecido, mas ainda não sabe que a operação iniciada na CDT já pode ser concluída a distância, com praticidade e em pouco tempo, com a TDV. A integração entre os dois aplicativos, o da CDT, que recebe a comunicação de compra e venda (tela abaixo), e o da TDV, que permite a transferência de propriedade, foi realizada no final de maio. É para divulgar a novidade que, neste início de junho, o Detran-SP passa a informar aos novos compradores, por meio de mensagens, sobre esse atalho eletrônico.

 


A tela mostra os passos que o comprador ou vendedor deve seguir na CDT, para comunicar a comercialização de um automóvel. A CDT é nacional. 

Após essa etapa, a transferência da propriedade do veículo, no estado de São Paulo, se dá em uma unidade do Poupatempo (atendimento presencial) ou, desde março deste ano, pela TDV, recurso digital lançado pelo Detran-SP. 

Como a CDT, a TDV pede uma conta .gov.br ouro ou prata

 

“Detran-SP informa”, abre o texto. “Olá. Parabéns pela sua nova aquisição! Para finalizar o processo de compra de veículo iniciado na Carteira Digital de Trânsito, utilize a Transferência Digital de Veículos (TDV) do Detran-SP. Rápido, seguro e eficiente! Acesse o guia passo a passo abaixo.” A mensagem termina com votos de viagens seguras e agradáveis no novo veículo e dois links: um para um vídeo com o passo a passo mencionado no texto, uma forma de ajudar o motorista na transferência, e outro vinculado à página da internet dedicada à TDV. 

 

 

O objetivo é difundir o uso do recurso, que já fez com que o processo de transferência de propriedade veicular, antes de até dez dias, caísse para questão de segundos. Hoje, cerca de 600 comunicações de compra e venda de veículos são feitas por dia, por cidadãos do estado de São Paulo, via CDT. Muitos, por ainda desconhecer o serviço da TDV, se deslocam até uma unidade do Poupatempo para finalizar a operação de transferência de propriedade. Mas isso já pode ser resolvido pelo celular, na palma da mão, em qualquer lugar e a qualquer hora do dia entre as 6h e as 22h – e não apenas em horário comercial, como no atendimento presencial.

 

Passo a passo da TDV após a CDT


Confira abaixo um guia visual da transferência digital de veículos:

Sobre o Detran-SP

O Detran-SP, órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD), do governo paulista, trabalha incessantemente para prevenir sinistros e preservar vidas, com a meta de organizar um trânsito mais seguro e harmonioso entre todos os modais. O órgão segue comprometido em oferecer serviços de excelência aos cidadãos, baseados em valores como respeito, integridade, segurança e eficiência. 


Atualmente, está implementando a transformação digital para melhorar a qualidade de vida dos paulistas, facilitando o acesso aos serviços públicos. Cerca de 93% dos atendimentos realizados nas unidades do Detran-SP integradas ao Poupatempo são feitos de forma digital. 


Como o maior órgão executivo de trânsito do país, o Departamento de Trânsito Paulista é responsável por 28% da frota brasileira, com mais de 34 milhões de veículos registrados e mais de 25 milhões de motoristas habilitados em todo o estado. Mensalmente, emite aproximadamente 400 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e 1,2 milhão de Certificados de Registro e Licenciamento Veicular (CRLVs). Em média, são emitidos mais de 136 mil documentos por dia.



Ofensa nas redes sociais: como agir nesses casos?

A internet não é terra sem lei. Por isso, é importante ter em mente que ofender alguém online pode resultar em consequências legais. Com o aumento massivo do uso da internet e das redes sociais ao redor do mundo, as interações online tornaram-se uma parte essencial da vida cotidiana de milhões de pessoas, aumentando as chances de enfrentar situações de ofensa ou assédio digital.

Essas ofensas podem ter um impacto profundo na saúde mental das vítimas, levando a problemas como ansiedade, depressão e até mesmo pensamentos suicidas. No contexto legal brasileiro, podem se enquadrar em três principais tipos penais.

Há a difamação, que consiste em atribuir a alguém um fato ofensivo à sua reputação; a injúria, sobre ofender a dignidade ou o decoro de alguém; e a calúnia, relacionada a acusar alguém falsamente de um crime. Além desses, comentários racistas, homofóbicos, sexistas ou que promovam discursos de ódio contra grupos específicos são severamente punidos pela legislação brasileira.

Xingar alguém na internet pode ser considerado crime principalmente nos casos que se enquadram como injúria, que é quando há a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

No Brasil, a injúria racial é um crime inafiançável e imprescritível, conforme o Artigo 140, §3º do Código Penal. Além disso, dependendo do conteúdo das palavras e da forma como são ditas, podem também configurar difamação ou até calúnia, que são igualmente considerados crimes contra a honra.

Outro ponto é que a legislação brasileira aborda ofensas na internet principalmente através do Código Penal e do Marco Civil da Internet. Essas leis estabelecem as bases legais para o tratamento de crimes cometidos no ambiente digital, incluindo ofensas e ataques à honra.

Além de conhecer o regramento jurídico, também é necessário saber o que fazer quando é ofendido nas redes sociais. Uma das melhores orientações é não retribuir a ofensa. Manter a calma é crucial. Retribuir a ofensa pode agravar a situação e complicar uma eventual ação legal.

Outra cautela importante é registrar as evidências do ocorrido. Isso consiste em guardar provas das ofensas como capturas de tela. Além disso, é fundamental reportar a ofensa à plataforma em questão e registrar um boletim de ocorrência em casos mais sérios.

Vale lembrar que, para denunciar ofensas nas redes sociais, a vítima precisa agir rapidamente. Ela tem até seis meses para formalizar a queixa na delegacia, apresentando um boletim de ocorrência. Este é o primeiro passo para iniciar o processo.

Dentro de 30 dias, os fatos são avaliados e o tipo de delito é definido. Em seguida, uma denúncia criminal é apresentada. O processo e o julgamento ocorrem no Juizado Especial Criminal. A vítima também pode entrar com uma ação de reparação civil para buscar indenização por difamação.

Por fim, a gestão da reputação online tornou-se essencial. Ofensas podem danificar reputações pessoais e profissionais de forma rápida e extensa. 

 

João Valença - advogado do escritório VLV Advogados, referência no país área criminal.

 

Hora de exportar: dados do Google Analytics 3 serão excluídos em julho

A partir do dia 1º, o Universal Analytics terminará, dando espaço ao GA4


A partir de julho de 2024, o Google Analytics Universal (GA3) deixará de existir, restando apenas o Google Analytics 4 (GA4). Essa mudança representa um marco significativo para empresas que utilizam a ferramenta para análise de dados.
 
O Google iniciou o desenvolvimento do GA4 com o objetivo de integrar a jornada do usuário entre sites e aplicativos. No entanto, a crescente preocupação com a privacidade dos usuários e novas regulamentações, como a GDPR na Europa e a LGPD no Brasil, exigiram adaptações significativas. A desativação completa do GA3 acontecerá em julho deste ano. A partir dessa data, todos os usuários perderão acesso ao GA3 e seus dados serão excluídos permanentemente, sem possibilidade de recuperação via API.
 
Com o foco integral no GA4, o Google começou a desativar gradualmente funcionalidades do GA3, como o Relatório em Tempo-Real. Isso incentiva a migração e a familiarização com a nova ferramenta, que promete maior integração e melhores insights de dados. Essas desativações foram um claro sinal de que o Google deixará de prestar suporte a esta versão, ao mesmo tempo que será um grande incentivo a toda comunidade para se familiarizar com a nova ferramenta e aprender como tirar o melhor proveito dela. 
 
Empresas que utilizam o GA Universal há anos possuem um vasto histórico de dados valiosos. Esses dados são cruciais para a criação de modelos avançados de Machine Learning e para a geração de insights estratégicos com a ajuda de Inteligências Artificiais Generativas (GenAIs).
 
Com a iminente desativação do GA3, as empresas devem agir rapidamente para exportar e armazenar seus dados históricos. Embora o Google ofereça integração com o BigQuery, essa solução pode não estar disponível para todos, especialmente para aqueles que não utilizam a versão paga do GA3.
 
Uma alternativa é utilizar conectores e ferramentas desenvolvidas especificamente para a extração e armazenamento de dados do GA3. Essas soluções visam garantir a preservação dos dados mais relevantes, devolvendo o controle às empresas de maneira rápida e eficaz. Isso inclui a visibilidade sobre os principais dados, como volume de usuários, sessões, conversões (e-commerce e metas), detalhes de produtos, e relatórios de aquisição (origem, mídia, campanha), entre outras informações.
 
Além da preservação dos dados, a migração para o GA4 traz novas funcionalidades que melhoram a análise de dados. O GA4 oferece uma visão unificada do usuário, combinando dados de sites e aplicativos em uma única plataforma. Ele é baseado totalmente em eventos, permitindo um acompanhamento mais detalhado do comportamento do usuário. A capacidade de previsão baseada em IA, disponível no GA4, ajuda as empresas a anteciparem tendências e tomar decisões mais informadas.
 
Sabemos que são tempos desafiadores. Muitas mudanças de parVFadigmas estão acontecendo nos últimos anos e ainda continuarão acontecendo nos próximos. É por isso que é muito importante ter parceiros estratégicos nessa jornada, que estarão sempre acompanhando e se atualizando para oferecer soluções alternativas para a resolução dos problemas da atualidade.


 
Nícolas Santos - Data Strategy Manager & Associate Partner da Cadastra, empresa global de estratégia, tecnologia, dados e marketing.



Conheça vantagens e desvantagens antes de começar a investir em imóveis

Quando você decide investir em um imóvel, o melhor jeito é começar bem devagar. De preferência, sendo sócio de alguém que entende mais do assunto e que possa te ensinar os caminhos. No entanto, se decidir iniciar esse processo por conta própria, prefira investir em imóveis pequenos, que consigam gerar mais liquidez que imóveis grandes.

Antes de mais nada, vamos lembrar do mantra do mercado imobiliário. O mais importante fator para o investimento em imóvel ter chance de sucesso: localização, localização e localização! Se errar nesse ponto, a chance de dar certo é pequena.

Acredito que o melhor é dar preferência por imóveis que sejam destinados para locação. Nesses casos, é possível usar a experiência de outros locadores na região em que o imóvel está localizado. Desta forma, você descobre facilmente qual é o valor do aluguel de imóveis semelhantes e já define o aluguel que vai cobrar, o que facilita.

Devo frisar que esse investimento, assim como qualquer outro, não dá lucros da noite para o dia. Inclusive, é difícil estimar um tempo específico para que comece a dar um retorno, pois pode variar conforme a localização, o tipo de imóvel escolhido e o atual ciclo de mercado. Em geral, o prazo é de 5 a 10 anos para ver uma valorização significativa.

Porém, para que dê certo e você realmente tenha ganhos com esse investimento, é preciso saber prevenir alguns problemas, como por exemplo, fazer uma análise detalhada do imóvel e da região antes de decidir investir o seu dinheiro. É fundamental verificar a infraestrutura, a segurança e o potencial de valorização.

Além disso, é sua obrigação realizar uma inspeção minuciosa do imóvel (e do condomínio), para identificar problemas estruturais ou de manutenção, a fim de consertá-los o mais rápido possível. Também é seu dever verificar toda a documentação do imóvel para garantir que está em ordem e sem pendências legais.

Neste sentido, vale ter uma reserva financeira para cobrir as parcelas do financiamento, períodos de vacância, manutenção inesperada e outras despesas. Isso vai permitir que você não comprometa o seu orçamento, tendo que desembolsar altas quantias de dinheiro com gastos inesperados, que podem acontecer durante o processo.

O fato é que investir em imóveis não é tão fácil assim, sendo necessário empenho para que seja funcional e gere um bom retorno financeiro com o passar do tempo. Analisando este  cenário, decidi fazer uma lista com as vantagens e as desvantagens do investimento em imóveis, para que você possa decidir se é a melhor opção no momento.


Vantagens:

  1. Valorização do patrimônio: alguns imóveis tendem a valorizar ao longo do tempo, especialmente em regiões em desenvolvimento;
  2. Renda passiva: alugar imóveis pode gerar uma fonte de renda estável;
  3. Segurança: imóveis são considerados investimentos relativamente seguros, menos voláteis do que ações, por exemplo;
  4. Diversificação: adicionar imóveis ao seu portfólio de investimentos ajuda a diversificar riscos;
  5. Proteção contra a inflação: imóveis se valorizam conforme a inflação avança, então acompanhando a inflação, tornam-se uma espécie de “seguros” a seu favor. 


Desvantagens:

  1. Liquidez baixa: imóveis não são facilmente convertidos em dinheiro rápido;
  2. Despesas: manutenção, impostos, inadimplência de inquilinos e possíveis períodos de vacância podem reduzir a rentabilidade;
  3. Complexidade: gerir um imóvel pode ser trabalhoso e requer tempo e esforço;
  4. Riscos de mercado: o mercado imobiliário pode ser afetado por crises econômicas, mudanças nas políticas governamentais e outros fatores externos.

 

João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e especialista em finanças pessoais. Com uma carreira bem-sucedida, busca contribuir para que as pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos e carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Com seminovos em alta, especialista da Omni dá 5 dicas para evitar transtornos na compra

Saiba o que fazer na hora de escolher modelo e forma de pagamento de seu automóvel

 

O mercado de automóveis usados continua crescendo no Brasil. O aumento de 4,9% nas vendas no primeiro trimestre do ano foi apontado no levantamento feito pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias e distribuidoras de veículos no Brasil.1

Para Patrícia Lindner, superintendente de veículos leves da Omni, referência no segmento de financiamento de automóveis usados no país, um dos motivos desse crescimento nas vendas é o valor do veículo novo quando comparado ao usado. “Ao optar por um veículo usado, o comprador adquire parcelas mais acessíveis, possibilitando uma melhor gestão financeira. Em um cenário de instabilidade econômica, o consumidor passou a buscar alternativas econômicas e confiáveis para não comprometer a sua renda mensal. Além disso, o seguro também tende a ser mais em conta, proporcionando uma economia contínua e tranquilidade aos proprietários”, explica Lindner.

O poder de negociação também é um fator a ser considerado quanto ao crescimento nas vendas dos usados. “É uma oportunidade de, dentro de um determinado orçamento, adquirir um bem durável com opcionais e acessórios que, provavelmente, esse cliente não conseguiria caso comprasse um veículo zero quilômetro”, diz a executiva. 

Porém, a cautela deve ser uma prioridade no cenário da compra. “Na hora de escolher o veículo é preciso fazer contas e avaliar o perfil e as necessidades de quem utilizará aquele carro”, alerta Lindner. A executiva também destaca outras dicas que podem ajudar na hora da escolha:

1- Pesquise com calma: busque informações sobre os modelos disponíveis, considerando suas necessidades e preferências. Concentre seu foco em escolher um modelo que atenda a frequência e finalidade de uso do veículo.

2- Confira a quilometragem e confirme a procedência: verifique cuidadosamente a quilometragem do veículo, comparada ao ano de fabricação. Carros com baixa rodagem tendem a ter um melhor estado de conservação e menor necessidade de manutenção. Busque informações sobre o histórico do carro, informações sobre acidentes, danos estruturais, roubo ou problemas de documentação.

3- Peça a opinião de um mecânico: se possível, tente conseguir a opinião de um mecânico de confiança. Isso é importante para identificar se o carro já sofreu alguma batida, danos estruturais ou reparos de baixa qualidade.

4- Faça um test drive: teste o carro em diferentes condições de direção, verificando seu desempenho, conforto e funcionalidades, além de identificar possíveis ruídos ou problemas de funcionamento.

5- Encontre um vendedor de confiança: prefira lojas especializadas em veículos usados ou concessionárias de renome, que ofereçam garantias e transparência na negociação, evitando fraudes ou problemas futuros.





Omni&Co


Referência:
1 - https://www.fenabrave.org.br/portalv2/Noticia/17445


Intensos combates em El Fasher, no Sudão, estão provocando o fechamento de hospitais e danificando unidades de saúde, afirma Médicos Sem Fronteiras

Fugindo da violência, milhares de pessoas estão indo para o acampamento de deslocados de ZamZam, onde uma crise de desnutrição já atinge a população

 

Há 13 dias, El Fasher, no estado de Darfur do Norte, no Sudão, está sob intensos combates entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças Conjuntas e as Forças de Apoio Rápido. À medida que o conflito continua a devastar El Fasher, os hospitais da cidade são danificados e fechados. Enquanto isso, milhares de pessoas estão fugindo em busca de segurança, com muitas chegando ao acampamento de deslocados de Zamzam, onde já existe uma crise aguda de desnutrição. As equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão adaptando sua resposta de saúde para manter o fornecimento de assistência médica à medida que as necessidades aumentam e o acesso aos cuidados diminui.

Dos três principais hospitais em El Fasher, apenas o Hospital Saudita permanece operacional. O hospital pediátrico Babiker Nahar foi danificado em 11 de maio, quando um ataque aéreo realizado pelas Forças Armadas Sudanesas atingiu uma área a 50 metros de distância da unidade. Desde 24 de maio, o Hospital Sul foi atingido por morteiros e tiros diversas vezes, matando duas pessoas e ferindo quatorze. O ataque fez com que MSF e o Ministério da Saúde evacuassem os pacientes. Em 8 de junho, o Hospital Sul foi completamente fechado após ser invadido e saqueado pelas Forças de Apoio Rápido, que dispararam tiros dentro da instalação.

"Felizmente, a maioria dos pacientes já havia sido evacuada do Hospital Sul antes do ataque das Forças de Apoio Rápido, e os pacientes e profissionais restantes conseguiram escapar", diz Michel-Olivier Lacharité, chefe de emergência de MSF. "Mas o fato é que os hospitais não foram poupados por ninguém. Agora, apenas o Hospital Saudita tem capacidade cirúrgica para atender toda a área de El Fasher. Tememos pela segurança da unidade de saúde e pelas pessoas que precisam de cuidados. É responsabilidade das partes em conflito poupar as instalações médicas e respeitar seu status de proteção. "

MSF está apoiando o Hospital Saudita, onde os feridos estão chegando. Originalmente, o hospital era uma maternidade, que precisou ser adaptada para receber feridos e vítimas em massa, enquanto continua a fornecer cuidados para mulheres e recém-nascidos. Por vários dias, o Hospital Saudita não teve eletricidade suficiente para realizar cirurgias, mas as equipes da organização ajudaram a restaurar o fornecimento. MSF também está ajudando a organizar a sala de emergência e está avaliando as necessidades de suprimentos e materiais médicos. De 10 de maio a 11 de junho, 1.418 feridos chegaram ao Hospital Sul e, posteriormente, ao Hospital Saudita; 226 pessoas vieram a óbito.

"Estamos fazendo o nosso melhor para fornecer suporte, mas a situação em El Fasher é caótica", diz Lacharité. "A cidade inteira é insegura e a comunicação geralmente cai, tornando extremamente difícil se movimentar, avaliar as necessidades e organizar suprimentos e suporte. Nossa equipe também foi deslocada pelos combates, e alguns colegas também perderam suas casas no bombardeio. Então todos estão tentando lidar com a situação."

MSF está transferindo seus serviços de cuidados maternos e neonatais do Hospital Sul para o hospital de campanha da organização no acampamento de Zamzam, a 15 km da cidade. Mesmo antes do fechamento do Hospital Sul, cada vez menos mulheres conseguiam ir à unidade devido aos fortes combates na região.

As pessoas também estão fugindo de diferentes partes da cidade em busca de segurança. As equipes de MSF têm visto pessoas chegando em Zamzam e em áreas mais distantes, como Sortoni e Rokero, em Jebel Marra.

"Nossas equipes têm visto fluxos de pessoas na estrada, fugindo de partes da cidade e indo em direção a Zamzam", diz Lacharité. "Ainda não temos uma estimativa clara de quantas pessoas deixaram El Fasher, mas parece que dezenas de milhares estão saindo."

No acampamento para pessoas deslocadas em Zamzam, onde cerca de 300 mil já residiam, MSF tem respondido a uma crise catastrófica de desnutrição, fornecendo cuidados por meio de duas clínicas e um hospital de campanha. Pesquisas nutricionais realizadas em janeiro e novamente em março e abril revelaram que as taxas de desnutrição eram o dobro do limite de emergência entre crianças, com descobertas semelhantes entre mulheres grávidas e lactantes, sinalizando uma crise massiva e com risco de vida no acampamento de Zamzam.

"No caos atual criado pelo conflito, não somos capazes de reavaliar as taxas nutricionais no acampamento, avaliar novas necessidades ou determinar o número de novas pessoas que chegam", diz Lacharité. "O conflito impactou nossas equipes. Alguns foram evacuados e estão trabalhando remotamente, enquanto muitos dos que permaneceram também foram deslocados. Eles estão fazendo tudo o que podem para manter as atividades em andamento e abrir a nova maternidade, garantindo sua própria segurança e necessidades. Essa situação torna muito difícil obter informações atualizadas, mas, dadas as taxas anteriores de desnutrição, o aumento do deslocamento de pessoas e as novas dificuldades criadas pelos conflitos intensos no acesso a alimentos, a situação provavelmente será alarmante. Uma resposta em grande escala é certamente necessária.”

 

Expansão do uso de bodycams pela polícia do Estado de São Paulo reduz ocorrências de confrontos

Especialista em segurança destaca a eficácia das câmeras corporais, na transparência e segurança das operações policiais, apesar de recentes debates sobre seu uso
 


A utilização de câmeras operacionais portáteis, conhecidas como bodycams, está em expansão no estado de São Paulo. Essas câmeras, instaladas nos uniformes dos agentes de segurança, têm capacidade de gravação e transmissão de áudio e vídeo, além de possibilitar o acompanhamento em tempo real por uma central de monitoramento. O objetivo principal é monitorar as operações policiais e contribuir para a transparência e eficácia das ações. Recentemente, o uso das bodycams tem sido amplamente debatido e sua eficácia questionada por políticos e profissionais da área de segurança pública.

Dados da Polícia Militar do Estado de São Paulo mostram uma redução significativa nas ocorrências de confrontos e resistência a abordagens após a adoção das bodycams. Entre 2019 e 2021, houve uma diminuição de 87% nos confrontos e 33% nas resistências a abordagens policiais. A experiência de outros estados, como Santa Catarina, reforça a eficácia das câmeras, com uma queda de 61,2% no uso da força pelos agentes.

As câmeras corporais têm sido uma ferramenta valiosa na coleta de dados para a melhoria das ações de segurança pública. Além de inibir abusos e garantir a defesa dos agentes em caso de acusações, as imagens e áudios captados servem como provas em processos penais.

A Brako, distribuidora dessas câmeras, observa a importância dessa tecnologia para a segurança pública. Joelma Dvoranovski, conhecida como Dra. Segurança e CEO da Brako, destaca: "As bodycams não só aumentam a transparência das ações policiais, mas também melhoram a comunicação e o planejamento das operações, além de fornecerem provas visuais que aceleram a resolução de queixas".

O uso das câmeras corporais pela PM de São Paulo desde 2020, em batalhões específicos, foi respaldado por uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas e da USP de 2023. O estudo concluiu que as companhias da PM com câmeras tiveram uma redução de 57% nas mortes decorrentes de intervenção policial, sem comprometer a efetividade do trabalho.

A implementação das bodycams no Brasil reflete uma tendência global. Introduzidas na Inglaterra em 2005, essas câmeras são amplamente utilizadas em vários países, incluindo os Estados Unidos, onde contribuíram para a redução do uso da força e das queixas contra policiais. Em São Paulo, o programa de câmeras corporais surgiu em 2020, a partir da tese de doutorado de um coronel da reserva, e hoje está presente em 11 estados.

A Brako continua comprometida em fornecer tecnologias que promovam a segurança pública e a transparência nas ações policiais.

 


O divórcio após a morte e as disputas na Justiça

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, na primeira semana de junho de 2024, permitir a decretação do divórcio após morte em caso do falecimento de um dos cônjuges durante a tramitação do processo. Em unanimidade, o colegiado levou em consideração a anuência do divórcio ainda em vida.

No caso que resultou essa decisão, um homem ajuizou a ação de divórcio contra a esposa. Contudo, a mulher morreu durante a tramitação do processo. Após isso, o até então marido pediu a extinção do processo sem resolução do mérito. Ou seja, pediu a extinção do processo, pois a sentença que dissolveria o casamento ainda não havia sido proferida.

Contudo, o juízo de primeiro grau, isto é, a instância inicial de julgamento do sistema judiciário, decidiu que os herdeiros deveriam ser habilitados no processo e que o pedido de divórcio póstumo era procedente. Essa decisão, por sua vez, foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).

O homem, nesse sentido, alegou para o STJ que o acórdão do TJMA violava dispositivos legais, afinal, a esposa havia falecido e não tinha mais capacidade para fazer parte do processo. Além disso, opôs-se à habilitação dos herdeiros, pois alegou que o divórcio era um direito personalíssimo, ou seja, um direito estrito ao indivíduo.

A decisão confirmada pelo TJMA, no entanto, foi aceita pelos ministros do STJ. O relator do caso, ministro Antonio Carlos Ferreira, destacou que houve anuência em vida pela esposa e que, apesar da sentença não ter sido proferida antes de sua morte, o direito do divórcio chegou a ser exercido por ambos os ex-cônjuges. O ministro ainda ressaltou que a vontade da pessoa proclamada em vida tem guiado muitas jurisprudências em casos de matéria sucessória.

Desse modo, a decisão da Quarta Turma do STJ em permitir o divórcio post mortem evidencia a importância do Direito de Família brasileiro e reconhece, mais uma vez, o que já está previsto na Emenda Constitucional 66/2010 que estabelece o divórcio como um direito potestativo. Isto é, um direito que não depende da concordância do outro cônjuge para ser exercido.

Casos em segunda instância, como em São Paulo, Minas Gerais e Maranhão, também seguem por esse caminho. No TJSP, por exemplo, o cônjuge vivo pediu a desistência da ação, mas a filha do falecido pediu homologação da medida. Assim, é comum que situações como essa cheguem à Justiça.

O cerne da questão é que, ao permitir o divórcio após a morte, o STJ possibilita a reorganização patrimonial e sucessória de acordo com a realidade antes do falecimento. Como viúvo, o cônjuge tem determinados direitos como o inventário. Já como divorciado, os bens são partilhados de acordo com o regime em comunhão.

Trata-se de um entendimento acertado de modo que, na extinção do processo, a vontade em vida do cônjuge que faleceu não é respeitada e as questões de herança e partilha não serão justas. No caso em julgamento, o casal estava em comunhão universal de bens. Logo, caso houvesse extinção do processo, o cônjuge vivo teria mais direitos no inventário do que na partilha de bens após divórcio.

Por fim, é positivo que essas decisões estejam em conformidade com o anteprojeto do novo Código Civil, em discussão no Senado. O divórcio post mortem reafirma o respeito à autonomia e vontade dos cônjuges em vida. O Direito de Família deve sempre ser adaptado à realidade das relações como eram antes do falecimento de um dos cônjuges.

 

 

Luiz Vasconcelos - advogado do escritório VLV Advogados, referência no país na área do Direito de Família.

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

 

Castello Branco tem tráfego lento nesta manhã de sexta-feira

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (14). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação Normal (5x3). A Rodovia Anchieta (SP-150) tem interdição do km 56 ao km 40 no sentido capital para operação especial de trânsito, no sentido litoral, tráfego normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), o tráfego é normal nos dois sentidos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido interior, apresenta tráfego intenso do km 96 ao km 98. No sentido capital há lentidão do km 61 ao km 60. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) o tráfego é normal nos dois sentidos.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta tráfego normal nos dois sentidos. Já na Rodovia Castello Branco (SP-280), o motorista encontra lentidão do km 14+460 ao km 13+700 e do km 29 ao km 24 no sentido capital, para quem segue sentido interior, lentidão do 21 ao km 26.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto apresenta lentidão do km 20 ao km 18, sentido capital.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Abrale e Abrasta incentivam a doação de sangue no Junho Vermelho


 

Neste #JunhoVermelho, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta) estimulam a doação de sangue em todo o país. 

Com o tema "Doe sangue e salve vidas. Sua atitude reflete em todos", a campanha desenvolvida pelas entidades busca sensibilizar a sociedade sobre o impacto positivo que doar sangue tem para toda a comunidade. 

Para doar, basta seguir alguns requisitos básicos: procurar um hemocentro na sua região, estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos), pesar no mínimo 50 kg e estar descansado, com pelo menos 6 horas de sono nas últimas 24 horas. 

Transfusões sanguíneas são vitais para pacientes oncológicos, pessoas com talassemia, vítimas de acidentes e pacientes cirúrgicos, além daqueles que enfrentam tragédias ambientais. 

No Brasil, apenas 14 a cada mil habitantes doam sangue regularmente. Esse número é preocupantemente baixo e se torna ainda mais crítico em situações de catástrofes climáticas, como as enchentes recentes no Rio Grande do Sul. Nessas circunstâncias, os bancos de sangue locais enfrentam ainda mais dificuldades para captar doadores, comprometendo o estoque de bolsas de sangue necessário para atender a demanda crescente.

 

“Convivo com a talassemia maior, um tipo de anemia hereditária, desde meu nascimento. Eu dependo das transfusões de sangue para sobreviver, elas são parte do meu tratamento e acontecem a cada 20 dias em média. Por isso, sei o quanto é importante que as pessoas coloquem em prática este gesto de amor. Além disso, é fundamental que, por meio da disseminação de informações, os tabus sejam quebrados e novos conhecimentos compartilhados. Assim como nossa campanha diz, nós somos espelho para a sociedade”, diz Eduardo Froes, presidente da Abrasta.  

A Abrale e a Abrasta são organizações sem fins lucrativos que se dedicam a oferecer suporte e mobilizar recursos para garantir que todas as pessoas com câncer do sangue e talassemia tenham acesso ao melhor tratamento possível. 

Reforçamos que as transfusões são uma parte essencial da terapia oncológica. Por exemplo, um paciente com leucemia pode necessitar de até 40 bolsas de sangue ao longo de seu tratamento. Já uma pessoa com talassemia major precisa de transfusões regulares, com uma média de quatro bolsas de sangue por mês para sobreviver.

Diante disso, a mensagem é clara: Doe sangue! Sua atitude salva vidas e reflete em todos. Cada doação é um ato de amor ao próximo. Vamos juntos, unidos, fazer a diferença e manter viva a chama da solidariedade e do cuidado com o outro.

 

Monumentos ficam vermelhos em alusão ao mês da doação de sangue à campanha da Abrale e Abrasta!

São eles:

·         FIESP – São Paulo

Dia 14/06, das 19h às 21h

·         Hemocentro de Ribeirão Preto

Dia 14/06, das 18h às 6h

·         Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto

Dia 14/06 das 18h às 6h

Acesse mais informações da campanha em: https://www.abrasta.org.br/junhovermelho



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