Estatísticas do Infosiga SP também apontam redução de 11% nos acidentes com vítima no comparativo de janeiro de 2021 com 2022
De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo teve queda de 10% em mortes no trânsito na comparação entre os meses de janeiro de 2021 e 2022. Foram apontadas 362 ocorrências fatais no ano passado contra 326 no primeiro mês deste ano.
A queda também
ocorre no número total de acidentes com vítimas, que incluem ocorrências não
fatais, com uma diminuição de 11% na comparação entre janeiro de 2021 com 2022,
de 14.276 para 12.677 ocorrências.
Houve queda de 21%
nas mortes de motociclistas na comparação entre os meses de janeiro de 2021 e
2022. O número de 151 óbitos no trânsito no ano passado caiu para 119 neste
ano. Em relação às ocorrências fatais com ciclistas, em janeiro de 2021 foram
apontados 26 casos contra 19 óbitos registrados no mesmo período em 2022, queda
de 27%. Também foi registrada redução de 3% nos óbitos de pedestres, de 69
ocorrências em janeiro de 2021 para 67 no mesmo período deste ano. Em relação
às ocorrências fatais com ocupantes de automóveis, foi registrado pequeno
aumento nas fatalidades no trânsito, de 87 em janeiro de 2021 para 88 em
janeiro de 2022.
Capital
e Região Metropolitana
A cidade de São Paulo também registrou queda no número de mortes no trânsito no comparativo de janeiro de 2021 com o primeiro mês deste ano. Foram contabilizados 75 óbitos por acidentes de trânsito em janeiro do ano passado contra 61 em 2022, queda de 19%. Já na comparação entre os acidentes com vítima entre os meses de janeiro de 2021 com o mesmo período deste ano, houve uma redução de 5% nas ocorrências, de 3.156 para 3.008.
Já na
Região Metropolitana, as fatalidades no trânsito tiveram uma queda de 6%. Foram
130 óbitos no trânsito em janeiro de 2021 e 122 em janeiro de 2022. Os
acidentes com vítima caíram de 5.583 (janeiro de 2021) para 5.038 (janeiro de
2022), diminuição de 10%.
Sobre o programa Respeito à Vida
Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida
também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil,
que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito
nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de
parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do
terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a
realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
Diversas medidas
têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias do Estado
de São Paulo. Entre elas, algumas de maior impacto podem ser destacadas.
Velocidade
no atendimento
A redução no tempo
de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%.
Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente
dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente
e, em situações mais graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas
chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante
para as estatísticas de salvamentos de acidentes de trânsito.
Iluminação
em trechos urbanos
Estudos indicam
forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram
iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao
impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas
concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto
de segurança no banco traseiro
Uma
pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP)
em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não
usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa
prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas
educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade
em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos
dianteiros.