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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Cientistas criam método que simplifica monitoramento de remédios no organismo

Mais rápida, barata e sustentável, técnica analítica pode ser importante aliada dos médicos no tratamento de diversos tipos de doenças


Um novo método desenvolvido por cientistas do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP promete simplificar o processo para detectar a presença e determinar a concentração de medicamentos no organismo de uma pessoa. Além de ser mais rápida e barata, a técnica exige uma quantidade bem menor de amostras de urina, sangue ou saliva de alguém que precisa passar por exames médicos. O procedimento pode ser um importante aliado dos profissionais da saúde no tratamento de pacientes acometidos por diversos tipos de doenças e até mesmo em perícias no caso de intoxicações por uso abusivo de fármacos ou mortes por overdose. Os resultados obtidos no trabalho geraram um artigo que foi publicado na Molecules, revista científica internacional da área de química. 

A metodologia foi aplicada em amostras de urina humana para identificar cinco tipos de antidepressivos e antiepiléticos muito utilizados no Brasil: Carbamazepina, Citalopram, Desipramina, Sertralina e Clomipramina. Segundo os cientistas, monitorar a concentração de medicamentos presentes no organismo é importante, por exemplo, para avaliar a eficácia de um tratamento. Se o paciente excreta uma porcentagem muito alta de certo remédio pela urina, isso pode explicar o fato do composto não estar surtindo efeito, permitindo que o médico mude a estratégia da terapia. Outro motivo que mostra a relevância de se realizar esse tipo de avaliação na área médica é que, nas últimas décadas, o uso excessivo de alguns fármacos para fins recreativos tem preocupado organizações de saúde em todo o mundo. Esse hábito pode causar graves problemas de intoxicação, o que demanda análises precisas dos medicamentos ingeridos pelo usuário no caso de algum incidente. 


Como funciona o método? - Primeiramente, a amostra a ser analisada passa por uma espécie de filtro para eliminar algumas impurezas que podem interferir no resultado. Depois disso, a porção de urina é colocada dentro de um equipamento (cromatógrafo líquido) onde um robô suga parte da amostra para que ela seja misturada com os solventes, compostos que ajudam a transportá-la até tubos bem finos, responsáveis por reter e separar os medicamentos. Após essa etapa, os fármacos são encaminhados para outro aparelho, chamado espectrômetro de massas, que realiza a identificação e quantificação dos remédios. Todo esse processo é desenvolvido, otimizado e repassado previamente pelos cientistas a um computador, que executa as tarefas de forma automática. 

“Diferentemente dos métodos tradicionais, que envolvem uma série de procedimentos manuais trabalhosos e demorados para preparar as amostras, nós conseguimos automatizar o processo, eliminando diversas etapas. Isso fez com que o tempo de análise caísse pela metade, passando de aproximadamente 16 minutos no método convencional para cerca de oito minutos com o nosso método. Além disso, é possível realizar e controlar todos esse passo a passo a distância, direto das nossas casas, por exemplo, tornando o procedimento muito mais flexível”, explica Edvaldo Vasconcelos Soares Maciel, autor do trabalho e doutorando do IQSC. 

O pesquisador conta que a nova metodologia pode ser adaptada para monitorar e detectar qualquer tipo de medicamento ou produto ingerível em outros tipos de fluidos biológicos, como a saliva e o sangue, e até mesmo ser utilizada em outras áreas, como meio ambiente e no ramo alimentício - os cientistas, inclusive, já testaram o método para avaliar a presença de agrotóxicos no mel produzido por abelhas e de toxinas no vinho. Outro benefício da técnica é que ela demanda uma quantidade bem menor de solventes e amostras para que a detecção dos compostos de interesse seja feita, barateando o processo: “Pensando em um exame que exige a coleta de sangue do paciente, ou seja, um procedimento invasivo, é interessante que retiremos a amostra rapidamente, na menor fração possível, evitando ao máximo qualquer desconforto. Já com relação aos solventes, com apenas uma gota já conseguimos realizar a análise, quantidade aproximadamente 100 vezes menor que a utilizada nos métodos tradicionais”.  

Um outro item que também possibilitou o barateamento das análises foi o desenvolvimento dos pequenos tubos utilizados durante o processo de separação, detecção e quantificação dos medicamentos. Feitos de óxido de grafeno e sílica (principal componente da areia), os dispositivos criados no IQSC são mais finos que os convencionais e possuem um custo bem menor que os encontrados no mercado. De acordo com o professor Fernando Mauro Lanças, docente do IQSC e orientador de Edvaldo, a redução de custos pode beneficiar, principalmente, a indústria, que muitas vezes realiza experimentos 24 horas por dia. Lanças afirma ainda que a utilização de quantidades menores de solventes, além de gerar benefícios econômicos, também contribui para o estímulo da sustentabilidade, já que o excedente desses compostos, que geralmente são nocivos e tóxicos ao meio ambiente, é descartado. “Muito maior do que o preço que se paga para comprar esses solventes são os gastos para dar um destino adequado a eles, que não podem ser jogados em qualquer lugar. Então, uma vez que nós trabalhamos com quantidades menores desses materiais, obviamente teremos menos produtos para descartar, deixando o processo mais ecológico”, explica.

Os testes com o novo método foram realizados em amostras brancas (limpas) de urina humana, nas quais foram adicionados os princípios ativos dos medicamentos que os pesquisadores pretendiam identificar. Os resultados comprovaram a eficiência na execução de todos os passos da análise, garantindo a separação, detecção e quantificação dos remédios. Também foram analisadas outras 10 amostras de urina, essas diretamente de doadores que concordaram em participar do trabalho. As amostras não passaram por nenhum tratamento específico e foram analisadas “às cegas”. Nos testes, foi detectada a presença de resíduos de citalopram na urina de um dos voluntários. 


Problema mundial - Os transtornos mentais humanos, como depressão e ansiedade, podem ser classificados atualmente como um dos problemas que mais desafiam a medicina. Sem idade certa para afetar as pessoas, esses distúrbios causam tanto impactos econômicos como sociais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 4,4% da população mundial já tenha sofrido dessas patologias e a previsão é de que a depressão será o segundo transtorno humano mais prevalente em 2030. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 16,3 milhões de pessoas com mais de 18 anos sofrem de depressão no país, um aumento de 34,2% no período de 2013 a 2019. Os tratamentos envolvem psicoterapia cognitiva e, principalmente, a ingestão oral de antidepressivos e, em alguns casos, até de antiepilépticos, que também podem ser usados para tratar esses distúrbios, pois atuam como estabilizadores do humor. 

O método desenvolvido no IQSC já foi validado e está pronto para ser incorporado à indústria ou transferido para hospitais que desejarem utilizá-lo. O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

 


Henrique Fontes - da Assessoria de Comunicação do IQSC/USP


SENTINDO DORES NO JOELHO? ESPECIALISTA TRAZ DICAS DE TRATAMENTO

Do ponto de vista anatômico e funcional, a articulação do joelho é considerada a mais complexa do corpo humano e uma das áreas que mais sofrem lesão. Bastante vulnerável aos traumas diretos e indiretos, está no auge das ocorrências ortopédicas, de acordo com Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do Instituto Trata, unidade de Guarulhos. “Sobrecarga, sobrepeso, além de movimentos errados e em excesso são os principais motivos que levam desde atletas de ponta até donas-de-casa, ciclistas, jogadores de futebol e corredores de fim de semana, ao consultório. E tudo isso poderia ser evitado” – garante. 

O maior agravante é que geralmente essas pessoas não têm condicionamento físico, estão acima do peso e realizam os exercícios de forma inadequada.Por isso, Bernardo orienta que é preciso estar preparado para os impactos que o joelho podesofrer, naturalmente, ao longo da vida. Um movimento errado, uma compensação que o corpo faz em determinado momento e até mesmo a maneira de movimentar as pernas podem interferir na saúde dessa articulação e piora quando a pessoa é pouco ativa na maior parte do tempo e uma vez por semana vai jogar futebol, ou sai para correr para perder peso no sábado de manhã, por exemplo.  

A partir disso, o Instituto Trata, especializado em joelhos e quadris, criou um protocolo de fisioterapia que por meio de recursos tecnológicos faz uma análise da biomecânica e o padrão de movimento dos membros inferiores e sua relação com desequilíbrio musculares que podem estar causando uma lesão no joelho, ou predispondo a uma lesão no membro inferior. 

Por meio de um software internacional 2D, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso; uma esteira, e marcadores colados ao corpo de maneira estratégica, torna-se possível analisar como os ossos e músculos reagem ao esforço e quais músculos estão sendo ou não ativados e utilizados para a execução dos movimentos. “A vantagem da análise é que podemos identificar qual o desequilíbrio muscular que pode sobrecarregar uma articulação causando a lesão, se o paciente faz movimentos errados de um lado e compensa do outro” – explica Bernardo. 

Através de imagens gravadas no computador, durante uma simulação de corrida em uma esteira, é possível que o paciente tenha noção visual de como seu corpo se movimenta durante o exercício. “Quando mostramos a imagem no computador, fica mais fácil o entendimento do paciente relacionado a mudanças de comportamento e pisada. Assim podemos alinhar o posicionamento durante qualquer atividade física feita pelo paciente e prevenir lesões no joelho, mas tambem no quadril” – pontua o especialista em fisioterapia ortopedia, traumatologia e esporte. 

Após o exame, os pacientes ficam diante de um laudo e ouvem as avaliações dos profissionais, com isso, podem apenas fazer alguns ajustes ou começar um tratamento preventivo ou corretivo. Vale destacar que a análise cinemática 2D auxilia também atletas e profissionais do esporte, que veem na avaliação uma maneira de melhorar o rendimento.

 


BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo.Saiba mais em: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br

 

INSTITUTO TRATA

 www.institutotrata.com.br


Depois de tomar a vacina, ainda preciso usar máscara?


Para suspender as máscaras, é necessário que uma alta parcela da população esteja imunizada
Créditos: Envato


Alguns países ao redor do mundo já suspendem o uso de máscaras após avanço da vacinação; entenda como esse cenário não se aplica ao Brasil


Imagens simbólicas têm viralizado recentemente na internet com repórteres tirando as máscaras ao vivo ao noticiar que, nos Estados Unidos, o uso de máscaras não é mais obrigatório para a população já vacinada com as duas doses. Um gesto simples e tão esperado por milhões de pessoas ao redor do mundo que traz esperança de volta à normalidade. Mas, no Brasil, essa realidade ainda está distante. Confira abaixo alguns motivos pelos quais deve-se manter o uso de máscaras e o distanciamento social no Brasil mesmo com a vacinação.


Aumento constante no número de casos

Em mais de um ano de pandemia do novo coronavírus, o país vive o pior momento no número de contágios e mortes diárias por causa da Covid-19. São mais de 70 mil novos casos diários, enquanto nos Estados Unidos a curva de contágio tem diminuído conforme a vacinação avança no país. O infectologista do Hospital Universitário Cajuru, João Telles, explica que o aumento no Brasil se deve a três fatores principais. “A presença de variantes de cepas circulando no território nacional, somado ao baixo número de pessoas vacinadas com as duas doses e o aumento da circulação da população economicamente ativa acabam culminando no alto número de casos de Covid no Brasil”, diz. 


Baixo índice de vacinados no país

A suspensão do uso de máscaras entre os norte-americanos é resultado do alto número de pessoas já completamente vacinadas no país, que contempla inclusive adolescentes a partir de 12 anos de idade. Enquanto isso, o Brasil ainda vacina idosos e pessoas com comorbidades. 

O infectologista explica que, para suspender as máscaras, é necessário que uma alta parcela da população esteja imunizada. “Se tivermos um alto índice de vacinação, com uma curva baixa de contágios e baixa ocupação hospitalar, os riscos de transmissão comunitária são menores. É preciso que esses três fatores estejam andando juntos. Mas essa é uma realidade completamente diferente do Brasil, onde não temos uma grande parcela da população vacinada, com número de casos variando bastante e taxa de ocupação hospitalar muito alta, na maioria das cidades”, afirma. 


Crescimento de casos em jovens

Outro fator que justifica o constante uso de máscaras no Brasil é a queda de idade entre os casos mais graves da Covid-19. “Como a vacinação completa está entre as pessoas acima de 70 anos, eles têm menores chances de desenvolver o estágio grave da Covid se forem contagiados pelo vírus. Dessa forma, há uma tendência da curva aumentar entre a população mais jovem, além de serem as pessoas em maior circulação nas ruas devido à necessidade de voltar ao trabalho e também por causa das variantes que podem desenvolver casos mais graves em pacientes nessa nova faixa etária”, finaliza o infectologista.

A orientação dos médicos é, de acordo com a situação da pandemia no Brasil, que a população continue usando máscaras em ambientes abertos e fechados e mantenha o uso constante de álcool em gel e distanciamento social. Uma vez que a vacinação está no início, essas ainda são as formas mais efetivas de evitar o vírus da Covid-19. 

 


Hospital Universitário Cajuru


Os mitos sobre o uso de aparelhos ortodônticos

Especialista fala sobre idade, tipos de aparelho, tempo de tratamento e a importância dos cuidados e da manutenção


Muitas são as dúvidas que cercam o uso de aparelhos ortodônticos. Uma delas é sobre a idade recomendável para o início do tratamento. A cirurgiã-dentista, Luciana Iwamoto, presidente da Câmara Técnica de Ortodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) explica que a melhor idade para se colocar um aparelho é aquela em que se detecta o problema ortodôntico. “O ideal é que a correção seja feita durante o período de crescimento”, observa.

O tempo que uma pessoa precisa fazer uso do aparelho ortodôntico varia, em média, entre 6 e 36 meses. Contudo, variantes como a densidade óssea do paciente, sua força muscular, a presença ou não de hábitos viciosos (como a má postura lingual), os tipos de má oclusão envolvidos, a complexidade do caso, as condições periodontais, assim como fatores hormonais e a idade do paciente podem influenciar no tempo de tratamento.

“Além disso, o tempo dependerá do compromisso assumido pelo paciente em relação à sua higiene oral e à sua alimentação, a fim de evitar descolamento de peças no caso de aparelhos fixos, ou comprometimento e colaboração no uso de aparelhos removíveis”, alerta a profissional.

Luciana diz que é comum os casos de pacientes que faltam às consultas de manutenção e que não têm o devido cuidado, provocando a quebra sucessiva de componentes do aparelho, o que pode prolongar o tempo de tratamento. “Nesses casos, não temos como estipular prazos”, informa.

De acordo com a cirurgiã-dentista, não há um limite de tempo para ficar com o aparelho. Mas, ela alerta que permanecer com o aparelho sem as devidas manutenções e higienização pode acarretar problemas periodontais. “Esse longo período não deve prejudicar a arcada dentária, apenas se não houver acompanhamento, cuidados com higiene e planejamento adequado.”


Alinhadores invisíveis

Outro assunto em alta relacionado a tratamentos ortodônticos são os alinhadores invisíveis. Muitas pessoas têm sido atraídas pela promessa de um resultado rápido com o uso desse tipo de aparelho. Luciana esclarece que pequenas correções são possíveis de serem realizadas em um período de seis meses ou menos, porém, a estabilização requer maior atenção, sendo necessária uma contenção da correção, por exemplo. “É importante salientar que a biologia não mudou e é preciso certo cuidad o com profissionais que tentam conquistar o paciente alegando que resolvem o problema em menos tempo.”

Mesmo com a tecnologia, os dentes não “sabem” que tipo de aparelho está sendo utilizado para movimentá-los. Sendo assim, desde que a técnica seja bem utilizada, o tempo de tratamento é o mesmo, ainda que algumas tecnologias proporcionem maior conforto e facilidades. “Atualmente, todos os casos podem ser resolvidos com alinhadores e a escolha da técnica ortodôntica depende da habilidade do profissional, da complexidade do caso e do comprometimento do paciente”, reforça a especialista.


Como escolher entre os tipos de aparelho?

O Ortodontista é o profissional que pode direcionar a escolha do melhor aparelho para cada caso. Ele irá fazer uma análise criteriosa da situação, considerando qual é a técnica mais indicada e orientando o paciente sobre a aplicabilidade de cada uma delas. A consulta com o especialista é muito importante, pois ele tem dados clínicos e todos os conhecimentos necessários para auxiliar o paciente na condução do tratamento.

Luciana pondera que pacientes sem compromisso com o uso de recursos removíveis, deveriam optar por aparelhos fixos, com a finalidade de obter os melhores resultados. Já pacientes tolerantes a aparelhos removíveis e que necessitam de estética podem optar pelos alinhadores. E, aqueles que necessitam de estética e não tem comprometimento com alinhadores, podem optar pela técnica ortodôntica lingual em que o aparelho também é fixo, porém colado na parte de dentro dos dentes.

Os aparelhos ortodônticos necessitam de manutenções. Normalmente elas são feitas a cada 28 dias, no caso de aparelhos fixos tradicionais, porém, dependendo da técnica empregada pode-se ter um período maior entre as manutenções.

Já os aparelhos removíveis têm suas ativações específicas. Por exemplo, a troca de alinhadores, dependendo da fase do tratamento, pode ser quinzenal ou semanal. “O mais indicado é consultar o profissional que acompanha o tratamento ortodôntico e perguntar qual a frequência correta para cada caso. Só não se deve negligenciar o tempo indicado para atingir os resultados”, orienta Luciana.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Mudanças de temperatura expõem aos riscos de infecções respiratórias

Nos meses em que os termômetros mais oscilam, é preciso atenção redobrada com a imunidade e cuidados preventivos para se livrar das doenças mais comuns do período

 

"Ao primeiro sinal de mudança de temperatura, meu nariz começa a coçar", o relato é da professora aposentada Gleice Kruker Mosele, de 74 anos, que mora em Caxias, no Rio Grande do Sul.

"Por aqui, o clima é geralmente agradável, mas de maio a agosto, esfria bastante. Em alguns dias as temperaturas chegam perto do 0 grau nas primeiras horas da manhã e eu já aprendi a lição: tiro do armário a minha bolsa de água quente pra manter o corpo aquecido, reforço o agasalho, capricho no chá e em bebidas mais quentes". A declaração da gaúcha, que há anos vive uma rotina de adaptações às mudanças climáticas, e se soma às queixas de tantos outros pacientes que buscam por atendimentos médicos país afora para tratar as doenças típicas desta fase do ano.

"Gripes e resfriados são os mais comuns, mas na lista das doenças respiratórias que se agravam nos meses mais frios tem ainda a sinusite, rinite, asma, pneumonia e otite", destacou o médico infectologista do Grupo Sabin, Dr. Alexandre Cunha, em recente encontro virtual que debateu o diagnóstico laboratorial das infecções respiratórias virais.

O médico destacou que isso acontece porque as quedas de temperatura deixam o ar fica mais seco favorecendo a circulação de vírus e bactérias "e como as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados, elas acabam se mais aos riscos de contágio", explica. Além disso, deu detalhes sobre a parcela da população que costuma sofrer mais com as mudanças no termômetro. "Idosos e crianças apresentam mais chances de sofrer com estas doenças porque elas têm sistemas respiratório e imunológico mais fragilizados. Para estes, dias frios costumam chegar acompanhados de nariz congestionado, tosse, dores no corpo e febre".

Outro ponto de atenção destacado pelo infectologista é o calendário vacinal. "A vacina contra a gripe protege contra os diferentes tipos do vírus Influenza e está disponível nas redes pública e privada. Ela ajuda o corpo a desenvolver imunidade contra a gripe e ainda combater complicações como pneumonia e outras doenças do sistema respiratório. Além de ser um aliado de quem quer fugir de unidades de saúde e hospitais - em tempos de Covid 19, qualquer forma de proteção e prevenção contra exposição à lugares com aglomerações deve ser levada em conta", orientou.

Indicada para crianças a partir dos 6 meses, adultos, idosos, grávidas, pessoas com sistema imune comprometido, portadores de doenças crônicas, por exemplo, a vacina requer aplicação todos os anos porque o vírus que provoca as doenças sofre muitas mutações. "Sendo assim, as vacinas de anos anteriores perdem a eficácia e por isso é necessária uma nova formulação da vacina todos os anos", esclarece. Outra orientação importante é quanto ao intervalo entre as aplicações da vacina de gripe e Covid 19. De acordo com o infectologista, a recomendação é respeitar o espaço de 14 dias entre as doses. "Pacientes que tomaram as vacinas contra a COVID-19, que precisam de 2 doses - como é o caso da Pfizer e Coronavac - devem primeiro receber as duas aplicações dessa vacina e só depois a da gripe, respeitando o intervalo de 2 semanas após a 2ª dose. Se o paciente recebeu vacinas que precisam de um intervalo maior entre as doses - como a AstraZeneca -a vacina da gripe pode ser administrada entre as 2 doses, desde que seja respeitado o período de 2 semanas a partir da 1ª dose", orientou.

Além da vacina, o médico listou no encontrou outras orientações importantes para enfrentar os vilões da saúde em períodos mais frios:

• Como o vírus causador da gripe costuma circular em ambientes fechados, é essencial manter os espaços ventilados e arejados;

• Nos dias mais frios, os ácaros, aqueles agentes que provocam as alergias respiratórias, se proliferam com mais facilidade, por isso é importante dedicar horas a mais do dia na higienização de tapetes, sofás, pelúcias;

• Se alimentar de forma adequada e investir em uma dieta rica em frutas e verduras, além, é claro de se manter hidratado, bebendo cerca de 2 litros de água por dia;

• Se precisar sair de casa, não deixar para trás máscaras, os casacos e ter em mãos álcool gel sempre.



Grupo Sabin

Para conferir onde há vacinas disponíveis no Grupo Sabin, acesse: http://www.sabin.com.br


7 dicas para uma imunidade fortalecida no inverno

Nutricionista fala sobre como hábitos de vida e alimentação podem

potencializar a imunidade

 

Há um mês do inverno, torna-se necessário reforçar os cuidados com a saúde para prevenir doenças respiratórias, que se intensificam nessa época do ano. Isso porque as baixas temperaturas e o tempo mais seco prejudicam o funcionamento dos mecanismos de defesa das vias aéreas, deixando o organismo mais suscetível a gripes e resfriados. “Para ajudar o corpo a manter uma boa imunidade, é essencial que haja uma nutrição adequada, com equilíbrio entre macro e micronutrientes – o que pode ser alcançado com uma dieta variada”, aponta a nutricionista ortomolecular Claudia Luz, da Via Farma. 

O frio, aliás, costuma despertar o apetite por alimentos mais calóricos e gordurosos, o que também deve ser um ponto de atenção. “Nesse momento de pandemia, muitas pessoas não estão praticando exercícios como antes. Por isso, é importante ficar atento ao peso corporal, já que a obesidade é um fator de risco para a Covid-19”, diz Claudia. Um dos motivos para esse risco aumentando é que o excesso de peso eleva a reação inflamatória do organismo, prejudicando as defesas. “Além disso, o tecido adiposo produz substâncias que atrapalham o trabalho das células imunes, deixando o corpo mais propenso a infecções”, afirma.    

Assim, cuidar da alimentação e da forma física é um dos segredos para manter a imunidade em alta, mas outros bons hábitos também devem completar a lista de cuidados. Confira abaixo as sete dicas da nutricionista Claudia Luz para passar pelo inverno com saúde:

 

1. Não esqueça da água

Nos dias mais frios, é comum sentir menos sede. Isso porque, com as baixas temperaturas, a maioria das pessoas diminui o ritmo, o que se reflete na vontade de beber água. No entanto, as necessidades de hidratação continuam as mesmas e devem até ser reforçadas nos dias mais secos. Além de ter papel essencial nas reações químicas do organismo, a água regula a temperatura corporal e ajuda na eliminação de toxinas, fatores essenciais para um sistema imunológico saudável.

 

2. Conte com o poder dos alimentos

Uma alimentação variada e colorida é essencial para garantir a ingestão de todos os nutrientes essenciais para uma saúde fortalecida. Alimentos como frutas cítricas, vegetais verde-escuros, leguminosas, oleaginosas e fontes de proteínas animais e vegetais são ótimos para deixar a imunidade “tinindo”. Além disso, também é importante não exagerar na quantia: como o corpo gasta mais energia para se manter aquecido no frio, a fome pode aumentar. Nesse caso, o ideal é não abusar dos carboidratos e apostar em alimentos naturais.

 

3. Fique firme nos treinos!

O frio não é desculpa para burlar a rotina de exercícios físicos. Principalmente porque além de ser essencial para manter uma boa composição corporal, a atividade moderada ainda é benéfica para o sistema imunológico. E para quem busca emagrecimento, mais um motivo para pular da cama e treinar mesmo nos dias mais frios: as baixas temperaturas estimulam o metabolismo, devido à necessidade do corpo em produzir mais calor, estimulando os mecanismos de queima de gordura e potencializando a perda de peso.

 

4. Não abra mão do descanso

Um boa noite de sono é um dos grandes pilares para uma boa saúde. É durante a noite que o organismo regula o metabolismo, liberando hormônios importantes para a reparação de tecidos e renovando as energias para o dia seguinte. Nesse processo, também é feita a manutenção do sistema imunológico, com a restauração das células de defesa. Apenas uma noite mal dormida já é capaz de afetar esse equilíbrio – por isso, a hora do sono é sagrada!

 

5. Conte com ativos naturais  

Quando indicada por um especialista, a suplementação pode ser uma excelente opção para manter a saúde fortalecida no inverno. O nutricionista pode auxiliar na escolha de fórmulas personalizadas, com nutrientes essenciais para manter a imunidade em dia. A combinação entre própolis verde, zinco, vitamina C e cogumelo Agaricus blazei (Imunovitae), por exemplo, é uma boa opção, já que os ingredientes se completam para oferecer ao organismo os principais nutrientes essenciais para o desenvolvimento das células de defesa.

 

6. Tome sol

A exposição ao sol estimula a produção de Vitamina D e é a principal “fonte” do nutriente para o organismo, embora ele também seja encontrado em alguns alimentos. Dentre muitas funções que tornam essa vitamina indispensável ao organismo, está também a modulação do sistema imunológico, como sugerem alguns estudos. Assim, aproveitar o sol ameno da manhã também é importante para manter a saúde em dia durante o inverno.

 

7. Passe longe do álcool e do cigarro

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são hábitos que afetam diretamente as defesas do organismo. Isso acontece porque ambos interferem no funcionamento das células responsáveis por identificar os “invasores”, prejudicando a resposta do corpo a infecções. Além disso, o cigarro ainda provoca danos nos pulmões, deixando o  indivíduo mais propenso a infecções respiratórias.


Na pandemia, total de exames de diagnóstico de glaucoma cai 30% aumentando risco de complicações que podem levar à cegueira

Cirurgias para reverter e tratar a doença também foram impactadas 

As restrições para receber pacientes em hospitais, a transferência de leitos para o tratamento da covid-19 e o medo de pacientes de procurar ajuda médica por conta da pandemia derrubaram o número de exames para detecção precoce da principal causa de cegueira evitável no mundo: o glaucoma. Dados levantados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), com o suporte da consultoria 360° CI, indicam queda de quase 1,6 milhão de exames com essa finalidade diagnóstica somente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa queda prejudicou a investigação de possíveis casos novos da doença, contribuindo para o atraso no tratamento, e o acompanhamento de situações confirmadas, que exigem monitoramento para evitar seu agravamento. "Um dos grandes desafios no diagnóstico do glaucoma é que nem sempre apresenta sintomas. Por isso, alertar sobre o assunto é sempre muito importante e buscar um oftalmologista para examinar os olhos é fundamental", explica José Beniz Neto, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Segundo ele, os números refletem o afastamento dos pacientes das unidades de saúde durante a pandemia, o que pode prejudicar o cenário da saúde ocular no Brasil no futuro. Os dados são divulgados pela entidade médica às vésperas da realização do projeto 24 horas pelo glaucoma, organizado pelo CBO, em 22 de maio (sábado).

A intenção é sensibilizar os brasileiros para importância da prevenção e do tratamento precoces contra essa doença. "O glaucoma pode ser motivo de perda visual irreversível, isso porque quando a pressão intraocular aumenta - principal causa da doença - o nervo óptico é lesionando, levando à diminuição do campo visual", conta Cristiano Caixeta Umbelino, vice-presidente do Conselho. "É como se o cabo de transmissão de informações de uma câmera para o computador fosse danificado (função do nervo ótico) ", exemplifica.

Prevenção - De acordo com o levantamento do CBO, oito tipos diferentes de exames realizados no SUS são utilizados pelos oftalmologistas para diagnosticar o glaucoma. Quatro deles são específicos para casos suspeitos (campimetria computadorizada ou manual com gráfico; curva diária de pressão ocular (CDPO); gonioscopia; e o teste de provocação de glaucoma).

Outros quatro podem diagnosticar não só o glaucoma, mas também outras doenças da visão: mapeamento de retina; retinografia colorida binocular; retinografia fluorescente binocular; e tomografia de coerência óptica. De acordo com a análise do CBO, em 2019, a produção desses exames na rede pública chegou a 5,9 milhões de procedimentos. Durante a pandemia, no entanto, essa produção em nível nacional teve uma queda de 27%. Em oito estados, a redução superou os 50%.


Distribuição - Ao avaliar os números do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS, o CBO identificou que, em 2020, a redução de exames preventivos para glaucoma afetou todas as Regiões brasileiras. Em valores absolutos, o impacto foi mais sensível em São Paulo (348,6 mil a menos), Bahia (-202,4 mil) e Rio Grande do Sul (-122,5 mil). Em termos percentuais, a redução foi mais significativa no Amazonas (-67%), Piauí (-67%) e Acre (-64%).

Nas capitais, a quantidade de exames também diminuiu 542.238 nas capitais, o que representa uma redução de 33%, se comparado ao ano anterior. "Os números revelam que o descuido com a saúde aumentou durante o período de pandemia, tanto na prevenção com idas ao médico para acompanhamento das doenças e prevenção pelos exames, como pelos cuidados com uma vida mais saudável", ressaltou Beniz Neto.

Ainda segundo o levantamento, todas as faixas etárias tiveram redução no número de exames. Entre o público com mais de 60 anos, a queda foi de 700 mil exames. Na faixa que vai entre 20 e 59 anos, a redução foi de 551,5 mil exames em 2020. Entre crianças e adolescentes, o impacto foi de 168,7 mil procedimentos. Entre os pacientes do sexo feminino, a redução foi de 29% nos exames preventivos, enquanto no sexo masculino a queda foi de 25%.


Tratamento em queda - Pelo menos 6,5 mil cirurgias que são indicadas pelos oftalmologistas para tratar ou reverter o glaucoma também deixaram de ser realizadas no SUS em 2020. A queda, segundo números analisados pelo CBO, foi de 22%. Com a flexibilização do isolamento social na maior parte do País e a retomada das operações, os oftalmologistas temem alta expressiva da demanda e pacientes com a doença em estágio agravado.

"O maior problema é o agravamento da condição dos pacientes, que pode ter consequências irreversíveis", aponta Caixeta Umbelino. "O sistema público já tem filas enormes de atendimento. Com o represamento das cirurgias, infelizmente haverá aumento das filas", avalia.

Foram analisados quatro tipos diferentes de cirurgias realizadas no SUS e que são utilizadas para tratamento do glaucoma: iridectomia cirúrgica, iridotomia a laser, trabeculectomia e fototrabeculoplastia a laser. De acordo com a análise, todas as Regiões registraram redução no número de procedimentos. Só no Sudeste, houve diminuição de quase 3,7 mil (cerca de 27%) dos procedimentos para tratamento do glaucoma em 2020.

São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram os estados que tiveram maior queda absoluta. Proporcionalmente, a redução foi mais significativa no Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Piauí. Na contramão da maior parte do País, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina foram os únicos estados que aumentaram o número de cirurgias no período.


 

Tempo seco exige mais cuidado com a saúde respiratória

Quadros de doenças respiratórias são mais comuns durante o período seco e frio que se estende de maio a outubro. Semelhanças de sintomas com a Covid-19 exigem atenção e cuidados redobrados


Maio já é conhecido pelos goianos como o período de início do tempo seco e frio durante a noite. De acordo com informações do Climatempo, a expectativa é de que as menores taxas de umidade do ar fiquem entre 20% e 25% até o final do mês de maio. Essa situação agrava uma série de problemas respiratórios, como rinite e asma, levando pacientes a terem mais cuidado com a saúde nesta época, que pode se estender até outubro.

De acordo com a pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira, que possui um consultório no Órion Complex, em Goiânia, a baixa umidade do ar funciona como um agressor das vias aéreas, já que uma das funções do nariz é umedecer o ar inspirado. “Com o ar inspirado seco, o nariz não consegue umidificá-lo adequadamente e ele chega aos pulmões sem a umidade necessária, o que pode causar danos aos bronquios”, explica a pneumologista.

Ela ainda destaca que as pessoas portadoras de doenças respiratórias crônicas, como a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e rinossinusites, costumam ter uma piora no quadro clínico durante esses períodos do ano em que as temperaturas ficam mais baixas e o ar mais seco. Ela destaca que esses fatores podem prejudicar ainda mais o funcionamento do aparelho respiratório. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), a previsão é de que as temperaturas alcancem uma mínima de 13ºC no dia 25 de maio. 

Para superar esse tempo seco e frio pelas manhãs característico dos meses de maio a outubro, Oliveira detalha que algumas medidas simples podem ser adotadas para melhorar a qualidade de vida e não sofrer com problemas respiratórios. “A pessoa deve se manter bem hidratada, não tomar banhos muito quentes, usar soro fisiológico nas narinas e não realizar atividades ao ar livre entre 10h e 16 horas nos dias em que a umidade estiver abaixo de 30%”, orienta.


Pandemia

Diante do cenário de pandemia, os cuidados devem ser ainda mais redobrados. De acordo com a pneumologista, qualquer síndrome gripal e infecciosa deve ser avaliada para se descartar uma hipótese de Covid-19. “Caso o indivíduo apresente febre, dores de cabeça e pelo corpo, alteração do olfato e/ou paladar, tosse seca e cansaço, apesar de serem sintomas comuns a outras doenças, é necessário avaliar se se trata de Covid”, alerta. 

“Um dado que fala contra a hipótese do indivíduo estar com Covid é quando a tosse tem secreção amarelada ou o peito chia. Esses sintomas são mais comuns nas infecções bacterianas”, destaca a pneumologista, que ainda aconselha sempre buscar acompanhamento médico.

 


Fernanda Miranda de Oliveira – Pneumologista


Redução de carboidrato evita e combate doenças metabólicas

Macronutriente é digerido em açúcar, que em excesso no sangue é responsável por doenças como diabetes tipo 2 e síndrome metabólica


Todo carboidrato é digerido em glicose (açúcar) no corpo humano. Robustas evidências científicas já demonstraram os efeitos deletérios ocasionados na saúde das pessoas pelo excesso de açúcar no sangue. Logo, de acordo com médico, diretor-presidente da Associação Brasileira Low Carb (ABLC), José Carlos Souto, uma dieta que tenha como diretriz a redução do consumo de carboidratos é altamente benéfica para o tratamento de diabetes tipo 2, obesidade e síndrome metabólica – uma junção das outras duas doenças, combinada com diversos outros males, como a esteatose hepática (gordura no fígado).

No que se refere ao diabetes tipo 2, uma estratégia alimentar que reduza a ingestão de carboidratos é positiva à saúde porque tal doença é caracterizada pelo excesso de glicose no organismo humano. Souto explica que no diabetes tipo 2 as células se tornam resistentes à insulina, hormônio responsável pelo controle do açúcar no sangue. Devido à importância da substância, o corpo reage aumentando sua produção, o que acaba por prejudicar ainda mais o seu funcionamento, contribuindo para o descontrole da glicose e seu consequente acúmulo no organismo.

A redução da insulina pela diminuição do consumo de carboidratos também está atrelada ao emagrecimento e tratamento da obesidade. Isto porque outra função do hormônio é sinalizar o armazenamento de gordura no corpo. Nesse sentido, de acordo com Souto, quando a insulina aumenta, o tecido adiposo também tende a aumentar; quando seu estímulo diminui, favorece a redução do estoque de gordura do organismo.

A relevância da dieta com menos carboidratos no tratamento da obesidade se dá ainda por conta do aumento do consumo de proteína e gordura que passam a ser compensadores – principalmente a gordura – nesse tipo de dieta no sentido de gerarem energia para o metabolismo das células. “A preferência por tais macronutrientes, que são fontes mais ricas de nutrição do que carboidratos, acarreta uma maior saciedade, fazendo com que se coma menos, gerando, por sua vez, manutenção ou perda de peso”, explica Souto.

Mais uma condição cujo tratamento pode ser feito através de uma estratégia alimentar com diminuição de consumo de carboidratos é a síndrome metabólica. Conforme Souto, a síndrome se caracteriza quando a pessoa apresenta três ou mais das seguintes alterações: obesidade abdominal; triglicerídeos e pressão arterial elevados; colesterol HDL baixo; glicose em jejum elevada; e diabetes tipo 2. “Dificilmente uma pessoa é apenas obesa. Ou apenas hipertensa. Ou tem apenas triglicerídeos elevados. Normalmente, estas e outras anormalidades ocorrem em conjunto, constituindo para a síndrome”, diz

Outras doenças associadas à síndrome metabólica são: esteatose hepática, ácido úrico elevado, gota, cálculos renais, cálculos de vesícula biliar, Alzheimer, transtornos psiquiátricos, doenças autoimunes tais como artrite reumatoide e psoríase etc.

A maioria delas, de acordo com Souto, tem como causa reconhecidamente a resistência à insulina e os níveis consequentemente elevados desta substância no organismo. “Se o problema é a insulina elevada, para tratá-las, basta reduzir o hormônio. E, de fato, uma dieta de baixo carboidrato é capaz de melhorar e mesmo eliminar completamente a síndrome metabólica em sua totalidade”, argumenta.

Evidências científicas recentes corroboram a eficácia da estratégia alimentar com restrição de carboidratos no combate à síndrome metabólica. Estudo clínico realizado pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, publicado no Journal of Clinical Investigation Insight mostrou o que ocorre com pessoas obesas portadoras doença quando aderem a uma dieta com baixa quantidade do macronutriente.

Ao todo foram pesquisados 16 pacientes (10 homens e 6 mulheres) portadores da doença, que durante quatro semanas se alimentaram com dietas que restringiram o consumo de carboidratos em níveis baixos, moderado e alto. Durante esse intervalo, suas dietas contiveram calorias objetivando manter o peso estável. O resultado foi que após o período de estudo mais da metade dos pesquisados (cinco homens e quatro mulheres) apresentou reversão do quadro de síndrome metabólica.


O que consumir

Conforme Souto, uma estratégia alimentar que se defina pela restrição de carboidratos deve priorizar a ingestão da chamada “comida de verdade” (alimentos naturais ou minimamente processados) e evitar o consumo de açúcar, alimentos processados e ultraprocessados. “Assim, coma carne, peixes, ovos, vegetais e frutas de baixo amido e cozinhe com gorduras naturais como banha, manteiga, óleo de coco ou azeite de oliva. Evite o consumo de açúcar e alimentos ricos em amido.”

Entre os tipos de alimentos que devem ser evitados, Souto destaca os refrigerantes açucarados, doces, sucos de frutas doces, bebidas energéticas, bolos, tortas, sorvetes e cereais. Além disso, restringir carboidratos significa evitar farináceos como pães, biscoitos e massas.


Especialista explica mitos e verdades em torno da perda auditiva

A perda de audição pode ser causada por diversos fatores, como envelhecimento, hereditariedade, uso frequente de remédios ototóxicos e hábitos ruins adquiridos ao longo da vida relacionados ao excesso de som em alta intensidade.

A exposição frequente a sons elevados, seja em casa, nas ruas, no carro, no trabalho, nos transportes públicos, é um grande risco para a audição, mas muita gente ainda não se deu conta disso. É melhor ficar alerta desde cedo para chegar na fase madura com a audição ainda em dia.

Preste atenção! A fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo na Telex Soluções Auditivas, analisou os principais mitos e verdades quando se trata de saúde auditiva. Saiba quais são:


1 - Escutar música alta em fones de ouvido pode causar perda auditiva

Verdade. Segundo a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia, a perda auditiva ocorre porque o hábito frequente de ouvir música em fones de ouvido e com o som muito alto pode causar danos às células ciliadas, responsáveis pela audição, que uma vez danificadas, não se regeneram. "O limite de exposição a sons é de 85 decibéis. Quanto maior o tempo e o volume do áudio, pior para as orelhas", alerta.


2 - Cera em excesso na orelha pode deixar surdo

Mito. O acúmulo de cera pode impedir o som de chegar ao tímpano. Entretanto, não causa surdez. "Esse problema pode ser resolvido com a remoção do excesso de cerume e, posteriormente, a pessoa conseguirá ouvir de forma adequada", esclarece Marcella Vidal. Mas cuidado com o uso de hastes de algodão flexíveis! Elas parecem inofensivas, mas podem ser perigosas quando usadas de modo impróprio para limpar as orelhas, danificando o tímpano e podendo levar à perda auditiva.


3 - Zumbido e sensação de tontura podem ser sintomas de perda auditiva

Verdade. Tanto o zumbido quanto a sensação de tontura podem ser indícios de problemas auditivos. "O ideal é procurar um médico otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto e saber o melhor tipo de tratamento. Em alguns casos, a indicação é o uso de prótese auditiva", pontua a fonoaudióloga da Telex.


4 - Perda auditiva não tem solução

Mito. Em grande parte dos casos, a dificuldade para ouvir pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos, adequados para cada grau de perda auditiva. Marcella Vidal explica que as próteses auditivas estão cada vez mais tecnológicas e modernas. "Elas são capazes de amplificar os sons relevantes, ajudando as pessoas no processo de reabilitação auditiva de maneira bastante eficaz", conta.


5 - Infecção na orelha pode causar perda de audição

Verdade. As infecções na orelha - otites -, podem trazer transtornos caso ocorram de forma repetitiva e sejam tratadas de forma errada. É necessário ficar atento, em especial no caso das crianças, que são mais suscetíveis a inflamações. Para evitá-las, o ideal é tratar rapidamente e de maneira adequada gripes, otites e dificuldades respiratórias, pois tudo isso pode afetar diretamente a audição. "A qualquer sinal de dor e incômodo e/ou dificuldades para ouvir, é importante procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação detalhada", recomenda a especialista.


6- Perda auditiva pode começar bem antes da Terceira Idade

Verdade. A diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, com a redução progressiva do número de células auditivas, começa aproximadamente aos 40 anos. "O primeiro sinal de que a audição não é mais a mesma vem quando a pessoa passa a ter dificuldade para entender o que os outros estão falando. Na maioria das vezes, o indivíduo perde a audição primeiro das frequências mais agudas, mas não percebe o problema porque continua a ouvir as frequências mais graves normalmente e tende a apresentar um bom desempenho auditivo, sem dificuldades, nos ambientes mais silenciosos. E esse é um dos motivos que faz com que as pessoas demorem a procurar a ajuda de um especialista", finaliza Vidal.


Shopping Center Norte recebe posto de vacinação contra a Covid-19

 No local, é feita exclusivamente a aplicação da primeira dose conforme o cronograma da cidade de São Paulo para os grupos prioritários e faixas etárias elegíveis


Em parceria com a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o Shopping Center Norte inaugurou na última quarta-feira, 19 de maio, um posto de vacinação de Covid-19 para aplicação exclusivamente da primeira dose. O atendimento acontece de segunda-feira a sábado, das 8h às 17h, por ordem de chegada, e é obrigatória a apresentação de documento com foto e CPF. O posto está localizado na entrada do Carrefour - próximo ao Outback - e o acesso ao local é feito a pé.

"Desde o início da pandemia, nossa preocupação é zelar pelo bem-estar, saúde e segurança de nossos públicos. A inauguração do posto temporário no Center Norte tem como propósito contribuir para acelerar a imunização da população contra a Covid-19 e oferecer aos moradores da zona norte de São Paulo, principalmente às comunidades no entorno do Shopping, mais um local de vacinação", diz Guilherme Marini, diretor executivo do Shopping Center Norte.

As informações sobre a campanha de imunização da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo podem ser obtidas através do link: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/coronavirus/index.php?p=307599. É recomendado realizar o pré-cadastro no site Vacina Já (http://www.vacinaja.sp.gov.br), do Governo do Estado de São Paulo. Vale ressaltar que o pré-cadastro não é um agendamento, mas contribui para agilizar o atendimento e melhorar a dinâmica dos serviços, evitando aglomeração nos locais.



Serviço

Posto de Vacinação Contra a Covid-19 no Shopping Center Norte

Onde: Shopping Center Norte (Entrada do Carrefour - próximo ao Outback)

Datas e horários: De segunda-feira a sábado, das 8h às 17h

Endereço: Travessa Casalbuono, 120 - Vila Guilherme - São Paulo/SP

http://www.centernorte.com.br/ 

 

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