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domingo, 2 de setembro de 2018
Vai viajar ao exterior? Veja como o cartão pré-pago ajuda a controlar seus gastos
Realizar uma viagem internacional é o sonho de muitas pessoas. Contudo, a falta de um planejamento das despesas pode virar um pesadelo. Visitar outro país sempre acarreta custos elevados e até mesmo inesperados: qualquer erro na estratégia e você corre o risco de ficar sem dinheiro, em um destino que não conhece e sem qualquer conhecido por perto para te ajudar. Portanto, todo cuidado é pouco para controlar os gastos e poder aproveitar a experiência.
Após dois anos de crise econômica, os brasileiros voltaram a viajar mais ao exterior em 2017. Dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) mostram que o número de passageiros em voos internacionais subiu 11,7% em relação a 2016, com mais de 8,3 milhões de pessoas. Para garantir que essa experiência transcorra sem problemas, a recomendação é utilizar o cartão pré-pago para as compras no exterior. Confira quatro vantagens desta modalidade de pagamento para o controle de seus gastos lá fora.
Planejamento das despesas: com o cartão pré-pago, você consegue fazer todas as compras necessárias da viagem, incluindo pacotes aéreos e diárias de hotel. Isso facilita o planejamento porque centraliza todos os gastos em uma única modalidade de pagamento. Durante o período da viagem é importante fazer uma conta básica para ter uma média de quanto pode e deseja gastar por dia – já excluindo as despesas realizadas, como ingressos para atrações culturais. Pode acontecer de alguns dias você gastar um pouco mais, mas o ideal é sempre manter uma sobra para situações de emergência.
Segurança total: uma das vantagens desta modalidade de pagamento é justamente a tranquilidade que ela traz em viagens internacionais. Ao invés de ficar andando pelas ruas de um país que você não conhece com grandes quantias em cédulas, você usará apenas o cartão de plástico na carteira. O ideal é utilizar um cartão pré-pago com chip, que dá mais segurança para você e para o estabelecimento e é aceito na grande maioria das máquinas internacionais.
Câmbio controlado: compras internacionais feitas no cartão de crédito não levam em conta o valor do câmbio no momento da compra, mas sim no fechamento da fatura. Ou seja, se nesse intervalo de tempo a cotação do dólar aumentar, você pode ficar no prejuízo e perder totalmente seu planejamento. Com o cartão pré-pago não há esse problema: a conversão é feita no momento da compra realizada e diretamente na moeda do país em que você está. É uma modalidade bem mais transparente: a cada compra realizada, você só pagará a taxa de IOF (6,38%) e Markup (5%) – sem sustos com faturas gigantescas depois de algumas semanas.
Mobilidade e praticidade: além da segurança, a utilização do cartão permite uma facilidade a mais para o usuário. Afinal, se precisar de mais dinheiro, basta recarregar o cartão pré-pago com o valor necessário, em reais, sem precisar correr atrás de casas de câmbio ou caixas eletrônicos que aceitam o cartão de crédito do seu banco – você pode fazer isso pela Internet, com a facilidade da conversão na hora da compra. Ele também permite saques, caso o local não aceite cartões, e evita que o turista volte da viagem endividado graças ao controle financeiro de só gastar o que já tem de crédito no cartão.
Mateus Carvalho - Content Specialist da Acesso
Problema com bagagem? Saiba o que fazer para ser reembolsado
Conheça
os direitos do consumidor em caso de perda, quebra, violação e furto
No Brasil, todo passageiro que despacha sua mala no aeroporto, rodoviária e terminal marítimo tem direito a indenização caso aconteça extravio ou dano da bagagem. Para explicar todo o procedimento para o ressarcimento convidamos o advogado Fabrício Posocco.
Segundo o especialista em direito do consumidor do escritório Posocco & Associados Advogados e Consultores, a primeira coisa a se fazer é guardar o comprovante dado pela empresa de transporte ao passageiro ao despachar a mala. “Este documento é importante para provar que a mala foi transportada”, alerta o advogado.
Se ao chegar ao destino, o passageiro perceber que sua mala foi extraviada ou algo de dentro dela foi furtado, ele deve informar imediatamente a empresa aérea, de ônibus ou marítima. “Para isso, vá até ao balcão de atendimento da companhia na área do desembarque. Comunique o fato por escrito e guarde uma cópia”, indica o especialista.
Quando a mala sofre avaria ou é violada, o passageiro de transporte aéreo tem até 7 dias após o recebimento da bagagem para comunicar por escrito a prestadora de serviço.
Em seguida, vá até a delegacia mais próxima – o aeroporto costuma ter uma unidade policial para atendimento ao público – para fazer o boletim de ocorrência. “O B.O. serve como prova quando a empresa não reembolsa o passageiro, que recorre ao judiciário em ações de danos materiais e morais”, revela Posocco.
Tempo para retorno
Avião – Após o aviso de sinistro, a empresa tem até 7 dias para encontrar e devolver a bagagem em voos domésticos, e até 21 dias em voos internacionais. Se a bagagem não for restituída nesses prazos, a companhia deve indenizar o passageiro em até 7 dias. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as regras contratuais aceitas no momento da compra da passagem estabelece a forma e os limites diários do ressarcimento.
“Quando o passageiro está fora do seu domicílio, a empresa deve ainda reembolsar as suas despesas em até 7 dias contados da apresentação dos comprovantes de compras com produtos de higiene e vestuário”, exemplifica Posocco.
Se a mala está quebrada, a companhia aérea deve reparar o dano ou substituir a bagagem em até 7 dias do protesto. Da mesma forma, deve indenizar a violação nos mesmos 7 dias.
Ônibus – Após a reclamação registrada pelo passageiro, a empresa de ônibus interestadual tem até 30 dias para efetuar o pagamento de indenização por dano ou extravio de bagagem, conforme indica a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Navio – Em linhas gerais, não há regras específicas, com prazos e sanções para extravios ou danos à bagagem em transporte aquaviário. Entretanto, por se tratar de uma relação de consumo, os fornecedores (agência de viagem e transportador) são obrigados à reparação do dano, independentemente de quaisquer eventuais cláusulas excludentes de responsabilidade ou ausência de contratação de seguro.
“Em todos os casos, se houver recusa à indenização integral, muita demora na resposta ou transferência de culpa do ocorrido a terceiro, o passageiro pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor ou ao judiciário”, indica o advogado Fabrício Posocco.
Posocco & Associados Advogados e Consultores
sábado, 1 de setembro de 2018
CONSCIENTIZADORES DIGITAIS: ONDE ESTÃO VOCÊS?
Balela essa história toda de influenciadores digitais, além de ser
muito chato ficar lendo quantas bobagens incutem na cabeça dos coitados e
coitadas que os seguem cegamente. Ou melhor, vidrados nas telas das maquininhas
que teclam desesperados e esparramam não sabem nem mais o que, para onde. Crias
artificiais, espalham vento, à base de muita grana e contando que a internet
aceita tudo. Quero ver nascer os conscientizadores digitais, fundamentais em um momento tão importante como esse agora
Você pega uma bacia,
enche de água quente, joga umas ervas aromáticas. Chá? Para beber? Faz bem à
saúde? Nãoooo!
É para, digamos, sentar em cima, para fazer uma tal vaporização genital. Tem
ainda quem pague até 50 dólares (o que na nossa moeda daria uns 200 contos)
para que alguém faça para ela esse tal “tratamento”, já que deve ser mesmo
muito difícil ferver uma água e jogar matinhos cheirosos dentro. Para o que
serve além da chance de queimar os fundilhos ainda não descobri.
Isso é só um exemplo das
bobagens indicadas pelos tais influenciadores, e que os portais ainda têm a
pachorra de publicar com destaque e passar para a frente todos os dias, e o que
é pior, tudo isso figura sempre entre os itens mais lidos – mesmo quando o
mundo está se acabando. Reparou, né?
As tais blogueiras de
moda, influenciadoras, por exemplo, essas então se divertem, ganhando muito
dinheiro e tudo para indicar produtos, o que fazem com a cara mais lavada ou
pintada do mundo. Uma hora dizem que o quente é usar maiô; depois o quente é
usar de novo a asa delta dos anos 70 – mas que seja mais profunda, fique bem
aqui em cima, tipo o estilo que o Borat usa. Não, esquece! Agora a onda já é
usar a parte de cima do biquíni ao contrário. “As famosas estão usando” – é o
mote. Peraí, que enquanto eu escrevia, mudou tudo: o legal agora é usar biquíni
branco. Atenção, que isso também já pode ter mudado enquanto você lê. Quem paga
mais?
Papai, sábio papai
caboclo velho, sempre dizia que tem otário para tudo. E dizia isso sem saber
que as coisas na internet estavam muito piores do que as que via no mundo real.
As pessoas gostam, praticamente pedem, imploram, para serem enganadas,
ludibriadas, “influenciadas”, guiadas. Miolo mole, papai definia, seguido de um
palavrão e um resmungo: “papagaios de botina”
– já escrevi sobre essa expressão. (https://marligo.wordpress.com/2010/05/22/artigo-os-nomes-das-coisas-e-as-coisas-dos-nomes/)
Visto de forma um pouco
mais poética, essas coisas me fazem lembrar de O Flautista de Hamelin, dos Irmãos Grimm.
Contratado para acabar com uma infestação de ratos na cidade, o flautista os
hipnotizou e os afogou, mas na hora de receber o que tinha sido combinado pelo
serviço, desconversaram. Ele não teve dúvidas: tocou sua flauta de novo, só que
desta vez hipnotizou e sumiu com todas as crianças da vila, que o seguiram la-la-lá alegremente,
sendo trancafiadas numa caverna.
Aqui, os tais
influenciadores – palavra que já está ficando chata de tanto ouvir - tocam suas
flautas incessantemente. E o som se expande pelas redes sociais: são notícias
mentirosas, pesquisas manipuladas, celebridades e subcelebridades fotografando,
filmando e divulgando até os gases que aspiram. Centenas de agências juram que
podem ensinar – com dicas óbvias, mas dadas como se fossem o maior segredo de
Estado - a quem pagar, certamente, para também ser flautista. Mesmo que isso
custe a própria dignidade como vimos essa semana em denúncia recente na área
política. Já não são só mais robôs que manipulam informações; são gentinhas que
recebem um trocado. Para trair atraindo.
O mundo verde e amarelo
dos dedos tamborilantes precisa agora urgente da ação de um maior número de
conscientizadores, didáticos, que falem sobre as histórias que viveram. Levante
a blusa, mostre as cicatrizes se for o caso. Fale dos livros que não pôde ler,
dos filmes e peças de teatro que não pôde ver porque tudo era proibido,
censurado. Trate das dificuldades que enfrentou, e lembre principalmente do
quanto isso atrasou a sua vida, tempo irrecuperável, quase tanto quanto o desse
momento que agora nos castiga. Recorde a eles os planos econômicos
enlouquecedores. Você pode provar tudo o que fala.
Recortes de jornais,
velhas gravações, arquivos gerais. Muito bom espaná-los sempre com ares
democráticos frescos. Só assim serão todos senhores de seus ouvidos. E de suas
decisões.
Precisamos, agora,
urgente, nos precaver: resguardar as nossas conquistas para que, aconteça o que
acontecer, não mais sejamos atingidos tão brutalmente. Por ninguém.
Marli Gonçalves -
jornalista – Cadê vocês? – apareçam. Prometo: vou curtir, seguir,
compartilhar.
Setembro, finalmente.
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