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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mal do século chama-se ansiedade



Conhecida como o mal dos tempos modernos, a ansiedade vem tomando conta da nossa sociedade de maneira impiedosa e rápida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 33% da população mundial sofre deste mal e o Brasil aparece no topo da lista de países mais afetados. 

Segundo o INSS, os distúrbios mentais já são a terceira maior causa de afastamento, o custo disso chega a quase R$ 200 milhões para os cofres públicos. A ansiedade traz alguns sintomas que podem atrapalhar a vida social e até no ambiente de trabalho. Os sintomas mais frequentes e comuns são dores e apertos no peito, podendo sentir palpitações, dores na região abdominal, tremores, roer unha, falar de forma rápida, preocupação, medo constante e uma grande sensação de que algo ruim vai acontecer. 

Quando apresentamos estes sintomas e sensações, o organismo mantém um sistema de defesa do corpo ativo, entrando no famoso estado de alerta. Diante destas situações, o sistema adrenal é ativado mantendo-nos mais “ ligados e espertos”, afinal estamos sempre com a sensação de que algo ruim vai acontecer.

Com essa adrenalina a mil, quem consegue desligar, descansar, ir ao banheiro com tranquilidade, dormir bem, se alimentar bem, manter seus hábitos saudáveis? Impossível dentro desta realidade.

A boa notícia é que existe uma técnica chamada Microfisioterapia, que foi desenvolvida por franceses como base na embriologia, a filogênese e a anatomia humana. O método permite avaliar o ritmo vital dos nossos órgãos e tecidos através de micro toques, procurando perdas de vitalidade e a causa desses desequilíbrios. Além disto, estimula o corpo para que se auto regule e assim possa reencontrar a saúde.

Essas agressões primárias deixam cicatrizes que ficam armazenadas nos tecidos, atrapalhando o funcionamento e desregulando o ritmo vital. O fisioterapeuta, através de micro palpações, procura pelo corpo onde essa “cicatriz” ficou armazenada e reconhece qual tecido (musculoesquelético, tecido do sistema nervo, pele ou até visceral) teve perda de vitalidade, afetando o funcionamento. O papel do profissional é, então, apresentar para o corpo onde estão localizadas essas feridas para que o próprio organismo as elimine.

A cicatriz patológica é o vestígio deixado pelo agente agressor no corpo, que até tenta reparar o problema, mas não consegue eliminar por uma deficiência do sistema imunológico ou porque a agressão foi muito forte. O resultado é um desequilibro de células e tecidos, atrapalhando suas funções e provavelmente gerando sintomas.

A Microfisioterapia possui um papel extremamente importante no tratamento da ansiedade, conseguindo analisar como está a carga adrenal, e assim, estimulando a eliminar a sobrecarga, ou seja, estimula nosso organismo a se equilibrar para que venha a reagir em busca da eliminação da informação que está causando tanto mal ao nosso corpo.

A experiência clínica mostra que e a ansiedade geralmente é um problema secundário, ou seja, é resultado de situações de impotência, desvalorização, estresse excessivo ocorridos no passado e que marcaram muito, culminando no estado de alerta.

Em alguns casos, foi detectado também que o problema advém de pessoas que não se encontravam no controle da situação, ou que os resultados não dependiam somente dela, criando assim frustrações e até sentimento de derrota.

A Microfisioterapia consegue identificar a causa primária (origem e fonte) em 80% dos casos tratados. Com esta técnica, o terapeuta atua na fonte ou causa e assim o paciente percebe que a ansiedade vai diminuindo gradativamente e de maneira significante. E a grande vantagem é que o tratamento não usa nenhuma droga ou medicamentos.







Fábio Akiyama - Atua na área da saúde desde 2009. É fisioterapeuta e trabalha com a Microfisioterapia, terapia que estimula a auto cura através do toque, ou seja, faz com que o corpo reconheça seu agressor e inicie o processo de reprogramação celular. É pós-graduando em técnicas osteopáticas e terapia manual, além da formação em Osteopatia estrutural e visceral, Posturologia Clinica e Equilíbrio Neuro Muscular. Possui curso na área de tratamento da articulação temporomandibular (ATM) e introdução ao Método Rosen. Em 2014, realizou um curso de especialização em prevenção e tratamento de lesões de membros inferiores e análise biomecânica de corrida, pela The Running Clinic no Canada. Atua desde 2012 também como instrutor de Pilates e Treinamento Funcional. Em 2015, foi monitor no Instituto Salgado de Saúde Integral nos módulos avançados do curso de formação em Microfisioterapia. Para saber mais, acesse www.mindtouch.com.br




Dia internacional de luta contra o câncer na infância




Especialista do Grupo Oncologia D’Or fala sobre a importância da detecção precoce da doença



Em algumas casas, os vilões saem da TV e invadem a vida de muitas famílias. É o caso de quem enfrenta o diagnóstico do câncer infantil que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), poderá afetar 12,6 mil crianças brasileiras em 2017. Por ser capaz de aumentar as chances de cura em até 75%, a detecção precoce é considerada uma das principais armas no combate a esse mal.

Para conscientizar a população sobre a doença, nasceu o Dia internacional de luta contra o câncer na infância, comemorado no dia 15 de fevereiro. Um dos objetivos da data é alertar pais – e até mesmo a comunidade médica – para a importância de reconhecer os sintomas da neoplasia o quanto antes, já que muitas vezes eles podem ser confundidos com outros problemas frequentes nessa fase da vida.

Entre os tipos mais comuns da doença em crianças, Sergio Perlamagna, onco-hematologista infantil da Central Clinic, clínica do Grupo Oncologia D’Or em São Paulo, destaca as leucemias – neoplasia dos glóbulos brancos de causa ainda desconhecida. “Em geral, a leucemia pode apresentar febre, palidez, cansaço, manchas arroxeadas pelo corpo, entre outros”, explica.

Estar atento a estes sinais é o primeiro passo para a identificação do câncer. Desta forma, será possível dar início ao melhor tratamento. Ainda segundo Perlamagna, a quimioterapia é – atualmente - a primeira opção de terapia, sendo considerado o transplante de medula em casos mais agressivos.

Além dos cuidados médicos, o paciente precisa contar com o apoio e carinho da família. Entre os 8 e 10 meses após o diagnóstico, a criança tem uma mudança de rotina brusca, não podendo frequentar a escola, festas e locais fechados em geral. A alimentação ainda fica restrita devido a possíveis infecções. “Quando o paciente entra em fase de manutenção da doença, ele começa a retornar às suas atividades normais. Por isso, é preciso um pouco de paciência durante esse período”, finaliza Sergio Perlamagna.

Principais sinais e sintomas da leucemia


Muitos dos sintomas da leucemia em crianças podem ser confundidos com qualquer outra patologia. Entretanto, é importante estar atento e comunicar ao médico os problemas identificados. Abaixo, o especialista Sergio Perlamagna destaca os principais sinais e sintomas da doença. 
  1. Fadiga e palidez;
  2. Infecção e febre;
  3. Dor nos ossos ou nas articulações;
  4. Inchaço no abdome;
  5. Perda de apetite e perda de peso;
  6. Aumento dos linfonodos;
  7. Tosse ou dificuldade para respirar;
  8. Inchaço do rosto e braços;
  9. Dor de cabeça, convulsões e vômitos;
  10. Erupções cutâneas, problemas de gengiva;
  11. Fadiga e fraqueza.




Sinais precoces de ansiedade e depressão podem ser identificados nos cérebros de recém-nascidos





Exames cerebrais logo após o nascimento preveem sintomas posteriores


Os primeiros fatores que permitem prever a ansiedade e a depressão podem ser observados no cérebro logo após o nascimento, sugere um estudo publicado na edição de fevereiro de 2017 do Jornal da Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente (Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry - JAACAP), publicado pela Elsevier.

Analisando exames cerebrais de recém-nascidos, pesquisadores descobriram que a força e o padrão das conexões entre a amígdala e certas regiões cerebrais podem prever a probabilidade dos bebês desenvolverem maiores sintomas de internalização, tais como tristeza, timidez excessiva, nervosismo ou ansiedade de separação até os dois anos de idade. Tais sintomas estão sendo associados à depressão clínica e transtornos de ansiedade em crianças mais velhas e adultos.

“O fato de podermos identificar esses padrões de conectividade no cérebro logo após o nascimento ajuda a responder a uma questão crítica sobre se eles poderiam ser responsáveis pelos sintomas precoces ligados à depressão e ansiedade ou se os sintomas em si levam a alterações no cérebro”, disse Cynthia Rogers, mestre e professora assistente de psiquiatria infantil. “Nós descobrimos que já no nascimento, as conexões cerebrais podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de problemas posteriores, ao longo vida”.

Inicialmente, a Dra. Rogers e sua equipe se propuseram a identificar as diferenças na conectividade cerebral funcional – isto é, a coordenação de atividades em diferentes partes do cérebro – entre bebês nascidos prematuramente e bebês nascidos a termo. Eles realizaram exames de ressonância magnética funcional em 65 recém-nascidos a termo, e 57 recém-nascidos prematuros nascidos pelo menos dez semanas antes do tempo. Os últimos foram examinados na data do nascimento, ou próximo dela. Os pesquisadores buscaram diferenças nos padrões de conectividade de várias regiões do cérebro, na esperança de encontrar evidências para explicar por que os bebês prematuros enfrentam um maior risco de desenvolver problemas psiquiátricos – incluindo depressão e ansiedade – mais tarde em suas vidas. Em particular, a equipe se concentrou na maneira como uma estrutura envolvida no processamento de emoções, chamada amígdala, se conecta com outras regiões do cérebro.

Primeiro, eles descobriram que os bebês saudáveis, nascidos a termo, tinham padrões de conectividade entre a amígdala e outras regiões do cérebro semelhantes aos padrões registrados em estudos anteriores realizados em adultos. Embora houvesse padrões semelhantes de conectividade nos bebês prematuros, a força de suas conexões entre a amígdala e outras regiões cerebrais era reduzida.

Ainda mais interessante, eles observaram que os padrões de conexão entre a amígdala e outras estruturas – como a ínsula, que está relacionada à consciência e às emoções, e o córtex pré-frontal medial, que desempenha funções no planejamento e na tomada de decisões – aumentaram o risco de sintomas precoces relacionados a depressão e ansiedade.

Quando os bebês completaram dois anos de idade, um subconjunto deles foi submetido a avaliações de acompanhamento para buscar sintomas precoces de ansiedade e depressão. Os pesquisadores avaliaram 27 crianças nascidas prematuramente, e 17 nascidas a termo.


“As crianças nascidas prematuramente não apresentaram maior probabilidade de exibir sinais precoces de ansiedade e depressão do que as crianças nascidas a termo”, disse a Dra. Rogers. “Parte disso pode ter sido devido ao fato de que algumas crianças nascidas a termo já corriam o risco de apresentar sintomas devido a fatores socio-demográficos, tais como viver na pobreza ou ter uma mãe com depressão clínica ou transtorno de ansiedade. Além disso, a gravidade destes sintomas de ansiedade precoce foi correlacionada com padrões de conectividade observados nos bebês de ambos os grupos”.

Os pesquisadores também pretendem avaliar novamente todas as crianças que participaram do estudo ao completarem 9 a 10 anos de idade, para saber se as conexões cerebrais continuam a influenciar o risco de depressão e transtornos de ansiedade. “Temos uma subvenção sob análise para convocar de volta todas as crianças nascidas prematuramente quando estiverem mais velhas, juntamente com as crianças nascidas a termo, e pretendemos estudar como seus cérebros se desenvolveram ao longo do tempo”, observou a Dra. Rogers.

“Queremos determinar se elas ainda possuem muitas das mesmas diferenças na conectividade, se houve alguma mudança nas conexões estruturais e funcionais de seus cérebros e como tudo isso se relaciona com o fato delas terem - ou não - sintomas de transtornos psiquiátricos”.






JAACAP  - Jornal da Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente (Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry - JAACAP)
www.jaacap.com



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