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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

11 Mitos e verdades da amamentação





Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta a população sobre a conscientização da importância do alimento para a saúde dos bebês

Com o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta e tira as principais dúvidas sobre o aleitamento materno, que além de nutrir, fortalece a relação entre mãe e bebê. Para o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Lima, o leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê e deve ser o alimento exclusivo até os seis meses de idade.
Conheça os mitos e verdades sobre a amamentação:
1. A criança pode ser amamentada até três anos de idade ou mais. VERDADE. Embora seja necessário introduzir outros alimentos após o sexto mês de vida, não há duração máxima para o aleitamento, sendo esta uma decisão da mãe.
2. É necessária a higienização das mamas antes e depois do aleitamento com água e gaze. MITO. Não há necessidade de qualquer preparo da mama antes de oferecer o leite materno ao bebê.
3. A química do cigarro e álcool podem ser transmitidas para o bebê pelo leite. VERDADE. Além do álcool e de substâncias presentes no cigarro, até mesmo medicamentos podem passar para o leite materno, e o uso de substâncias deve ser discutido com o médico de confiança.
4. Terapias alternativas, como floral, podem influenciar na qualidade do leite. MITO. Não existem evidências científicas confiáveis sobre isso.
5. Canjica e cerveja preta estimulam a produção de leite. MITO. Idem.
6. O colostro, o primeiro leite após o nascimento da criança, é rico em anticorpos e importante para o bebê. VERDADE. O colostro tem papel importante na saúde do bebê, pois transfere anticorpos da mãe para o bebê que podem protegê-lo de infecções enquanto seu sistema imunológico ainda está em formação.
7. Cada mãe produz um tipo de leite diferente. VERDADE. O leite de cada mãe é produzido de acordo com suas características corporais e hábitos de vida.
8. A alimentação e quantidade de água diárias influenciam na qualidade e quantidade de leite. VERDADE. O leite é elaborado a partir dos nutrientes ingeridos pela mãe.
9. A produção de leite é hereditária, se a mãe não conseguiu amamentar, a filha também terá dificuldade. MITO. A produção de leite depende do estado de saúde da mãe e da estimulação do bebê.
10. A amamentação reforça o vínculo entre mãe e bebê. VERDADE. O ato de amamentar aproxima a mãe do bebê, e é importante na formação do vínculo entre eles.
11. Amamentar dói. MITO. Embora em alguns casos a amamentação possa produzir algum incômodo inicialmente, essa queixa costuma desaparecer à medida que a mãe se acostuma. A persistência de dor pode significar algum problema e deve ser comunicada ao médico de confiança.

Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?
A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias. É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.

[É OURO!] ONG brasileira leva prêmio máximo em Festival Latino-Americano de publicidade




Campanha encontrou pedófilos e indicou tratamentos médicos; Ação ganhou destaques na América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia

O Movimento Bandeiras Brancas, ONG fundada em 2012 que busca com ações criativas de comunicação espalhar a paz, foi premiada com o troféu de Ouro na categoria Digital e Interactivo, na última sexta-feira (25), durante o "Festival de La Publicidad Independiente" (FePI), que ocorreu em Rosário, na Argentina.

A campanha “A Última Pesquisa”, idealizada e criada por Brunno Barbosa e pelos publicitários Ricardo Montenegro e Álvaro Carvalho e ao programador Lucas Barbosa, realizou uma ação para 'fisgar' possíveis pedófilos, a partir de uma publicação no site de humor Sensacionalista onde uma notícia fictícia de uma brasileira de 12 anos teria colocaria silicone para posar nua e conseguir dinheiro para viajar para Disney, nos Estados Unidos.

Nos primeiros dias, mais de 70 mil pessoas fizeram o acesso, cujo desfecho é surpreendente. O resultado desse trabalho acabou virando um documentário internacional, que pode ser assistido em: www.aultimapesquisa.bandeirasbrancas.com.br

Em agosto, a campanha, também foi uma das finalistas, entre mais de 17 mil concorrentes, no Festival AD STAR 2015, realizado na Coreia do Sul, quando ficou em destaque ao lado de grandes marcas como Samsung, Heinek.

O trabalho de relações públicas foi realizado pela equipe da Anunciattho Comunicação.

Relembre a notícia:
São Paulo, março de 2015 - O simples fato de compartilhar nas redes sociais ou via aplicativos para celulares vídeos ou fotos com conteúdo sexual envolvendo menores de idade pode resultar em uma pena de três a seis anos de prisão, além de multa. Segundo dados da Safernet, ONG que combate crimes virtuais, o Brasil é o principal consumidor do mundo de pornografia infantil na internet.
O código penal brasileiro considera crime a relação sexual ou ato libidinoso contra menores, e isso não é novidade. O artigo 241-B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) também é muito claro quanto “adquirir, possuir, compartilhar ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente", passível de prisão para quem tomar essas atitudes.
Mas além de crime, você sabia que a pedofilia está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os transtornos da preferência sexual? É o que mostra a campanha mundial da ONG Bandeiras Brancas, que luta contra todas as formas de violência e a favor da cultura de paz no Brasil.
Informação e reação contra abusos
Brunno Barbosa, publicitário, jornalista e idealista da ONG resolveu reagir, testar e informar pessoas de diversos lugares do País sobre o compartilhamento de conteúdos impróprios que estao circulando nas redes sociais e em aplicativos de mensagens de celular. Ele decidiu fazer uma campanha contra o consumo de material pornográfico infantil com usuários da internet para entender qual é o perfil das pessoas que se interessam por esse tipo de conteúdo, conscientizá-las e encaminhá-las para tratamento adequado. Mais de 123 mil pessoas foram impactadas na primeira fase da campanha.
“O maior desafio com esse tipo de campanha é, de fato, impactar os usuários que possuem algum distúrbio, e diferenciá-los de eventuais curiosos”, afirma Barbosa.
Noticia falsa e procura por pedófilos
Em parceria com o portal humorístico Sensacionalista foi publicada uma notícia fictícia de uma menina brasileira de 12 anos que colocaria silicone para posar nua e conseguir dinheiro para viajar à Disney, nos Estados Unidos. A curiosa "matéria" dizia que ela teria feito isso com uma grande promessa de dinheiro e somente apareceria em uma revista russa local, porém, as fotos teriam vazado e estavam disponíveis online para usuários brasileiros. No final do texto, havia um link para as supostas imagens.
Nos primeiros dias, aproximadamente 60 mil pessoas clicaram no link, que redirecionava para uma página onde mostrava a foto do usuário atrás das grades, com o seguinte aviso: “Cuidado, ser voyeur de criança é crime. Não alimente essa indústria criminosa”.
Barbosa conseguiu acesso ao nome, e-mail e fotos dos usuários e, analisando este banco de dados, encontrou pessoas de todos os gêneros e idades. “Essa primeira amostra era muito genérica. Eu precisava chegar a quem realmente faz a busca por conteúdo pornográfico infantil, não somente os curiosos que caíram com a nossa notícia em sua timeline”, explica o idealizador da campanha. Parte da missão estava cumprida: informar ao público em geral.
Quem continuou a procurar por pornografia infantil?
Com a viralização da notícia fictícia, a campanha seguiu conforme a estratégia traçada e a matéria acabou aparecendo primeiro lugar em sites de buscas quando pessoas buscavam "fotos de garotas nuas". Isso serviu como carapuça e finalmente começou a atingir o público alvo. Porém, veio a surpresa, antes de completar 1 mês, cerca de sete mil pessoas buscaram, acessaram a matéria e foram atrás do link com as fotos. O perfil mudou e passou a ser de homens com idades entre 25 e 55 anos. “Entendi que esse era o público-alvo da campanha, era para essas pessoas que eu precisava direcionar os meus esforços”.
Ele coletou, filtrou os dados obtidos e entrou em contato com essas pessoas através de uma página que criou no Facebook. Assim, teve a oportunidade de conversar com mais de 1.600 desses usuários e endereçou-os para clínicas especializadas ou pessoas que poderiam tratar esse tipo de distúrbio. As reações foram diversas.
Informação para diagnóstico e tratamento
Além de crime, pedofilia é um sério transtorno psiquiátrico que precisa ser diagnosticado e tratado corretamente, explica Antonio de Pádua Serafim, psicólogo e coordenador do Núcleo Forense do IPq - Instituto de Psiquiatria HC. “Caracteriza-se por impulsos sexuais muito intensos, fantasias e/ou comportamentos não convencionais recorrentes, capazes de criar alterações desfavoráveis na vida familiar, ocupacional e social da pessoa por seu caráter compulsivo e causam sofrimento ou prejuízo na vida do indivíduo e ao outro”. 
De acordo com o especialista em psiquiatria, nem todos os portadores do transtorno são criminosos. “Estudos mostram que a maioria dos portadores de pedofilia pode manter seus desejos em segredo durante toda a vida sem nunca compartilhá-los ou torná-los atos reais. No entanto, se transportam a fantasia para a prática, esta condição se torna potencial fator de risco para a ocorrência de violência sexual”, orienta.
O tratamento é interdisciplinar, envolvendo uma equipe de médicos e psicólogos. “Os médicos vão avaliar a necessidade do uso de medicação, como no caso de pessoas portadoras de pedofilia que apresentam quadros de ansiedade ou impulsividade. Já os psicólogos ajudarão os pacientes a desenvolver estratégias de enfrentamento dos impulsos e desejos sexuais. Mas tudo depende muito da pessoa ter a noção do crime e da violência que está cometendo, estar disposta a se tratar, além de receber a participação ativa da família”.
Impacto e reações
Brunno se diz satisfeito com os resultados que a campanha trouxe. “Tenho recebido até hoje feedbacks de usuários que procuraram médicos e estão em processo de tratamento, agradecendo o apoio. A notícia foi a terceira mais lida do portal em 2014, e um ano após o lançamento da campanha, ainda se encontra em destaque no Google, pessoas acessam diariamente e continuam sendo impactadas”, finaliza o idealizador da campanha.
Depoimentos de usuários impactados pela campanha:
“A curiosidade me levou a procurar fotos e vídeos de crianças, após algum tempo virou obsessão. A campanha me fez repensar essa grande indústria que traumatiza diversas crianças pelo mundo. Vou repensar meus atos”.
“Nunca soube de fato as origens das fotos, depois da campanha, sei que por trás de cada foto houve um crime. E até então, eu estava colaborando para que isso continuar. Parabéns pela grande iniciativa . Vou tentar seguir as suas recomendações”.
“Eu quase me divorciei por causa dessa doença. Com o tempo e o acompanhamento que venho levando, estou me curando. Sou muito grato a vocês. Muito obrigado”.
“No tratamento, acabei sabendo como garantir que não se repita mais minhas ações e agradeço a Deus por esse evolução mental e espiritual”.

Serviço:
Vídeo da campanha internacional: http://thelastsearch.bandeirasbrancas.com.br/

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