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quarta-feira, 27 de julho de 2022

JULHO AMARELO: UMA LUTA CONTRA AS HEPATITES VIRAIS


Dia 28 de julho data o Combate às Hepatites Virais. Uma luta que o Brasil tem desempenhado fortemente desde 2002, quando foi pioneiro na criação do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV). Até hoje, porém, milhares de brasileiros são afetados pela doença. De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 2020, há uma queda nos casos nos últimos anos. Contudo, essa redução ainda não é suficiente. O país tem a meta de reduzir pelo menos 90% dos casos e 65% das mortes até 2030, conforme compromisso firmado no Plano Estratégico Global das Hepatites Virais.  

Mas, afinal de contas, o que é hepatite?  

Hepatite é um termo bastante amplo que se refere a uma inflamação no fígado, causada por cinco tipos diferentes de vírus: A, B, C, D e E. Os tipos B e C são os mais frequentes e letais, e muitas vezes acabam por se tornar crônicos. O grande problema é que nem sempre a doença apresenta muitos sintomas e, geralmente, é silenciosa. Quando o paciente descobre a doença, normalmente ela já se encontra em estágio avançado.   

Atualmente, cerca de 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em todo o mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. O tipo B é essencialmente transmitido sexualmente e via placenta, de mãe para filho. Pode ser transmitido por contaminação sanguínea também – assim como o tipo C, ou seja, por meio de transfusão e uso coletivo de objetos cortantes.  

O tipo B já conta com vacina eficaz, que inclusive está disponível no calendário do Programa Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS). A hepatite A também já tem vacina. Esse tipo é geralmente benigno e acaba trazendo mais complicações para paciente mais velhos, com o contágio ocorrendo pela ingestão de alimentos mal lavados ou por más condições de higiene.   

A grande verdade é que a hepatite, no geral, é um desafio até para alguns profissionais da saúde. São muitos tipos, cada um com um comportamento diferente, modos de transmissão e fatores de risco também. Se é assim para a comunidade médica, imagina para a população em geral?   

Informação, vacinação e diagnóstico precoce: sem essa tríade, não conseguiremos vencer essa doença que, infelizmente, ainda afeta milhares de pessoas em todo o mundo.    

  

Ibrahim El Bacha - gastroenterologista, hepatologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 


Mitos e verdades sobre o câncer de bexiga

  No mês de conscientização da doença, especialista alerta para os sintomas e desmistifica as principais questões sobre esse tipo de tumor

 

Considerado o décimo tipo de câncer mais comum do mundo[1], o câncer de bexiga apresenta boas taxas de cura, mas seu diagnóstico precoce é um grande desafio, uma vez que, em fases iniciais, os sintomas se manifestam de forma branda e acabam sendo negligenciados pelos pacientes. 

Como o atraso na descoberta da doença e, consequentemente, no tratamento, pode aumentar a possibilidade de o tumor avançar e se tornar metastático (quando se espalha para outras partes do corpo)[2], o mês de julho é um marco para conscientizar a respeito do câncer de bexiga, expandindo o conhecimento da população com o objetivo de antecipar o diagnóstico. “Essa conscientização é fundamental para alertar as pessoas a respeito da importância de identificar a doença em estágio inicial para que o paciente comece o tratamento adequado o mais breve possível”, explica Paulo Lages, oncologista com foco em tumores geniturinários na Onco Vida, Instituto Especializado de Oncologia. 

O especialista ressalta que é fundamental ficar atento aos sintomas e procurar ajuda médica tão logo haja a percepção dos primeiros sinais. “É preciso observar a urina e ver se há presença de sangue, além de atentar-se à dor ou queimação na hora de urinar e a mudanças nos hábitos urinários, tanto em relação ao fluxo, como vontade de urinar mesmo com a bexiga vazia e aumento na frequência de idas ao banheiro”, esclarece. 

Abaixo, o médico revela alguns mitos e verdades a respeito da doença:

 

  1. Sangue na urina é o principal sintoma

VERDADE. O sangue na urina é o principal sintoma do câncer de bexiga, presente em 90% dos casos[3]. Porém, não é o único. Outras manifestações da doença podem incluir dor ao urinar, incontinência urinária, vontade de urinar frequente, cansaço, dor abdominal; dor lombar e perda de peso.[4][5] “Quando a urina fica com a coloração diferente, alaranjada, vermelha brilhante ou rosa, é mais fácil de notar. No entanto, nos estágios iniciais o sangue pode ser imperceptível, sendo constatado apenas em exames solicitados pelo médico”, relata Lages.

Além disso, sangue na urina também pode ser sinal de outras enfermidades menos graves, por isso são necessárias outras análises laboratoriais para chegar no diagnóstico.4

 

  1. Câncer de bexiga só acomete os homens

MITO. Apesar da incidência maior em pessoas do sexo masculino - de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA)[6], a previsão é que o câncer de bexiga tenha atingido cerca de 10.640 brasileiros em 2020, sendo 7590 pacientes homens -- as mulheres também podem apresentar o tumor. “Ainda que os homens continuem entre os pacientes mais prevalentes, a incidência da doença em mulheres vem aumentando nos últimos anos muito provavelmente por causa de mudanças no estilo de vida como tabagismo e ganho de peso”, enfatiza o oncologista.

 

  1. Tabagismo é a principal causa

VERDADE. Popularmente associado ao câncer de pulmão, o tabagismo também é o principal fator de risco para o câncer de bexiga[7], estando presente em 50-70% dos casos.[8] Os fumantes têm até quatros vezes mais chances de apresentar a doença em comparação aos indivíduos que não fumam.6 “Sabemos que o cigarro pode liberar um número muito grande de compostos cancerígenos no organismo e esses podem atacar as células do revestimento da bexiga, originando os tumores. Mesmo quem apenas inala a fumaça, ou seja, é fumante passivo, corre risco de desenvolver a doença”, afirma. Outra causa importante é a exposição a agentes químicos, como ocorre com as pessoas que trabalham nas indústrias têxtil e siderúrgica, entre outras.7 

 

  1. Todos os cânceres de bexiga são iguais

MITO. Muitas pessoas desconhecem que o câncer de bexiga é causado por diversas mutações genéticas que variam de pessoa para pessoa. Cerca de um em cada cinco pacientes com metástase tem uma alteração no gene do FGFR (Fibroblast Growth Factor Receptor)[9],[10], por exemplo. Trata-se de uma família de receptores que, quando sofrem alterações genéticas, levam a um pior prognóstico, acelerando o crescimento e a sobrevivência do tumor8,9. “Por isso o médico deve pedir um teste, cujo resultado indicará exatamente em qual gene é a alteração, o que, consequentemente, fará o paciente ser encaminhado para o tratamento mais apropriado”, explica o Dr. Paulo Lages. As principais opções de tratamento para o câncer de bexiga são cirurgia, terapia intravesical (quando os medicamentos são administrados diretamente na bexiga por meio de um cateter), quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia alvo[11]. Atualmente, as ‘terapias-alvo’ são cada vez mais personalizadas e atacam precisamente as células mutadas, como é o caso de erdafitinibe, para pacientes que não responderam ou tiveram recaída após tratamento prévio com quimioterapia e apresentam a alteração no gene do FGFR. O especialista reforça que, ao escolher o tratamento, o médico vai se basear nas características do tumor e nas particularidades de cada paciente para determinar a opção mais adequada. 

 

  1. Câncer de bexiga tem cura.

VERDADE. Como a maioria dos cânceres, o câncer de bexiga tem cura, principalmente se for detectado no início. “O diagnóstico precoce é muito importante para aumentar as chances de cura, por isso deve-se procurar ajuda especializada desde os primeiros sintomas. A partir do relato do paciente, o médico investiga a presença da doença por meio de exames e, dependendo da agressividade, é possível fazer a remoção do tumor via cirurgia, aumentando muito as chances de cura”, conclui.

 

Entendendo a doença

 

Assim como a maioria dos cânceres, a doença se desenvolve em fases e de maneira progressiva. Quando o tumor fica limitado ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. No entanto, as células tumorais podem penetrar as camadas mais profundas da parede da bexiga, invadindo a parede muscular e, eventualmente, espalhando-se até os órgãos próximos, gânglios linfáticos ou órgão mais distantes, momento que a doença se torna metastática1,2 

As opções de tratamento vão depender da extensão e do grau de evolução da doença. Existem três tipos de cirurgia que podem ser realizadas: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a construção de um novo órgão para armazenamento da urina posteriormente)2.

Além da cirurgia, a radioterapia pode ser adotada nos tumores mais agressivos como tentativa de preservação da bexiga, e também pode ser necessária a aplicação de quimioterapia, que pode ser administrada na forma intravenosa ou ainda intravesical, quando é aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra. 2Já na categoria de terapias-alvo, existem também medicamentos orais, que aumentam a comodidade posológica para esses pacientes, evitando a necessidade de deslocamentos frequentes para os centros de tratamento.

 

 

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[1] Oncoguia. Disponível em: Link. 

[2] Ministério da Saúde. INCA, Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Link Acessado em 05/07/22. 

[3] Portal da Urologia. Sociedade Brasileira de Urologia. Acessado em: 04/07/2022. Disponível em Link

[4]NHS. [Internet; cited 2019 April 5]. Available from: here

[5]Fight bladder cancer. [Internet; cited 2019 April 5]. Available from: here

[6] Instituto Nacional do Câncer. Acessado em 22/06/2020. Disponível em : Link;

[7] Murta- Nascimento C, Schmitz-Drager BJ, Zeegers MP, Steineck G, Kogevinas M. Epidemiology of urinary bladder cancer: from tumor development to patient s death. Wordl J. Urol. 2007; 25 (3) : 285-95. doi : 10.1007 / s00345-007-0168-5.

[8] Ministério da Saúde. INCA, Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Tipos de Câncer. Disponível em Link 

[9] Helsten et al. The FGFR Landscape in Cancer: Analysis of 4,853 Tumors by Next-Generation Sequencing. Clin Cancer Res. 2015 ; 22 (1) : 259-267. 

[10] Tomlinson et al. FGFR 3 protein expression and its relationship to mutation status and prognostic variables in bladder cancer. J Pathol. 2007;213 (1) : 91-98. 

[11] Oncoguia. Disponível em: Link.

Coração: que órgão é esse?


“O coração tem razões que a própria razão desconhece”. “Eu sei essa música de cor”. “Só se vê o bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. Poderíamos citar inúmeras frases, reflexões e poemas envolvendo o coração, órgão que muitos relacionam diretamente ao amor e às emoções. Mas o coração vai muito além da emoção; ele é fundamental para a nossa sobrevivência. 

45 segundos. Esse é o tempo que o sangue demora para percorrer todo o organismo, fruto da batida do coração. Sem o sangue circulando não conseguimos manter a oxigenação celular, não mantemos a temperatura do corpo e, portanto, não nos mantemos vivos. Ainda que seja composto por tecido muscular, o correto é dizer que o coração é um órgão e não apenas músculo. Ele está localizado no centro da cavidade torácica, levemente inclinado para a esquerda, em uma região denominada mediastino. Sim, você leu corretamente: o coração fica no centro do peito, contrariando a famosa música que diz que “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”. A forma anatomicamente correta seria “amigo é coisa pra se guardar no mediastino do peito”, mas talvez a licença poética permite esse “erro”. 

Dividimos o coração em quatro partes: dois átrios e dois ventrículos, sempre usando a denominação direita e esquerda para melhor compreensão. Na metade direita deste órgão circula apenas sangue venoso (rico em dióxido de carbono e pobre em oxigênio) e na parte esquerda circula apenas sangue arterial (rico em oxigênio a ser transportado ao resto do corpo). A distribuição e passagem correta desses dois tipos de sangue é coordenada por meio de válvulas que abrem e fecham em um meticuloso “ballet” que permite que os sangues não se misturem e nem sejam distribuídos erroneamente. 

E ainda que seja um órgão aparentemente simples, é complexo em suas funções e vital para a nossa sobrevivência. E ainda assim, tão negligenciado: a cada 90 segundos morre no Brasil uma pessoa decorrente de problemas cardíacos. Muitos deles, evitáveis. Esse é um dado que temos o poder de mudar e para isso basta mais cuidado. Cuidado com a alimentação, com o estresse, com a qualidade do sono. Cuidado com a atividade física (sempre tão deixada de lado). 

Autocuidado e alto cuidado. O coração agradece e pulsa. Por você e pra você. Cuide bem dele.

 Dr. Jeffer de Morais - diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius.


Reposição hormonal: entenda os benefícios em relação à saúde da mulher

 Com o passar dos anos o organismo feminino passa a dar sinais de envelhecimento e entre os principais sintomas estão ondas de calor (fogachos), suor excessivo, variações de humor, alterações do sono, entre outros. Todos esses aspectos estão associados à queda da produção hormonal e, naturalmente, a chegada da menopausa que ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos.

A menopausa traz muitas dúvidas para as mulheres, sobretudo, em relação ao tratamento de reposição hormonal. É justamente neste período que algumas mulheres sofrem com alterações psicológicas, irritabilidade, insônia, depressão, ganho de peso e até perda de memória. “Na prática, a questão é indecifrável: existem mais de 100 hormônios no corpo que regem uma orquestra complexa feminina que precisa ser levada em consideração na hora de quebrar a cabeça nessa prescrição médica hormonal”, explica a Dra. Fabiane Berta, ginecologista, especialista em Ginecologia Endócrina.

É neste momento que os ovários, responsáveis pela produção de hormônios importantes tais como o estrogênio, progesterona e androgênios - conhecidos como esteroides sexuais - diminuem seu funcionamento até parar completamente. Neste caso, a reposição hormonal é a terapia indicada para restabelecer o equilíbrio desses hormônios no organismo e garantir a qualidade de vida da mulher.

 

Mas, afinal, quais são os benefícios da reposição hormonal?

Um dos principais benefícios da reposição hormonal é a diminuição dos sintomas relacionados à menopausa. Além disso, contribui para prevenção da osteoporose e possíveis males à saúde. Isso porque a ausência de hormônios afeta o metabolismo feminino podendo causar queda de cabelo, sobrepeso, principalmente, na região abdominal, enfraquecimento das unhas e ressecamento da pele. Também ajuda a melhorar o desejo sexual da mulher.

Atualmente, a Medicina dispõe de tratamentos eficazes para realização da reposição hormonal bioidêntica, ou seja, semelhantes aos hormônios originais. A reposição de hormônios deve ser indicada para as mulheres que apresentam sintomas desconfortáveis em decorrência da falta dessas substâncias no organismo.

Normalmente, a dose de hormônios é proporcional ao histórico de cada paciente e deve seguir rigorosamente as prescrições médicas.

 

O papel dos implantes hormonais

 A terapia de reposição hormonal tem como propósito corrigir eventuais desequilíbrios do organismo proporcionando bem-estar ao paciente.

O tratamento com implantes hormonais é realizado por meio da implantação subcutânea de um segmento de tubos de silicone semipermeáveis. Esses tubos medem de 4 a 5 cm e comportam cerca de 40 a 50 mg de uma substância hormonal pura, que pode ser estradiol, testosterona bioidêntica ou progestínico.

Após a implantação, o hormônio é liberado gradativamente na corrente sanguínea, de maneira segura e com dosagem personalizada, por um período de seis meses a um ano, a partir de substâncias idênticas aos hormônios naturais.

Entre os benefícios desta terapia estão aumento da disposição física, melhora do humor, alívio da ansiedade e sintomas de depressão, aumento do desejo sexual, diminuição de gordura corporal, aumento de massa muscular, entre outros.

Não existe idade certa para repor nossos hormônios. Não tem necessidade aguardar chegar na estaca zero para começar a se cuidar com longevidade, mas certamente, todas as mulheres que repõe seus hormônios de forma bioidênticas são beneficiadas na proteção de doenças do envelhecimento feminino” afirma a Dra. Fabiane.

 

 Dra. Fabiane Berta - Médica há 10 anos, com especialização pela Santa Casa -SP em Ginecologia Endócrina. Pós -graduanda em Endocrinologia clínica, Longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético. Bioquímica e fisiologia hormonal metabólica, Neurociência e comportamento. Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano. hormonal.

https://www.instagram.com/dra.fabianeberta/?hl=pt-br


Você mediu sua pressão recentemente?

Hipertensão, hipertensão resistente, hipertensão do jaleco branco: condições diferentes para uma doença que atinge mais de 38 milhões de brasileiros e leva a problemas graves de saúde

 

A hipertensão arterial – popularmente conhecida como pressão alta – é uma doença que atinge, segundo dados do Ministério da Saúde, 38 milhões de brasileiros. Só em 2019 – e apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizadas mais de 28 milhões de consultas na Atenção Primária e registradas 52 mil internações relacionadas à hipertensão. A doença, quando não tratada adequadamente, leva a quadros graves de saúde, porque interfere diretamente na condição cardiovascular e cerebrovascular e atinge os rins – só para citar as situações mais comuns.

E o que muitas pessoas não sabem é que, além da hipertensão arterial sistêmica comum, que é identificada pela elevação da pressão arterial, existem outros tipos de hipertensão arterial, como a hipertensão resistente e a hipertensão do jaleco branco.

 

Entendendo a hipertensão arterial

 

Segundo a Dra. Priscilla Gianotto Tosello, cardiologista com especialização em Imagem Cardiovascular pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a hipertensão arterial pode ser definida como um aumento anormal da pressão, que prossegue por um longo período. É essa pressão a responsável por fazer o sangue transitar pelas artérias do corpo. Ao longo do dia, é comum que as pessoas tenham variações na pressão, porque quando estão em repouso ela fica mais baixa e quando se movimentam, ela sobe. “Mas é preciso ver durante quanto tempo ela permanece alta”, explica a médica.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e há consenso médico sobre quanto ela pode chegar. Quando – na maior parte do tempo – a pressão fica maior ou igual a 14 por 9, ela é considerada alta e a pessoa, hipertensa. E é a partir daí que outros problemas podem ser desencadeados, como o infarto, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), a miocardiopatia hipertensiva e a arritmia.

Muitas vezes, os sintomas aparecem porque a hipertensão já está mais avançada. Por isso, é importante sempre estar com o os exames em dia, principalmente se há algum fator de risco para o paciente. Entre esses sintomas, pode haver dor de cabeça, falta de ar, visão borrada, zumbido no ouvido, tontura e dores no peito.

O principal fator de risco para a hipertensão é a genética. Como não é possível saber de qual parte da família vem a genética de cada pessoa, é fundamental que, tendo parentesco com um hipertenso, cada um se mantenha em alerta, fazendo exames anualmente.

Mas existem também outros fatores de risco, como obesidade, poluição, estresse, sono irregular, menopausa, excesso de bebida alcoólica, tabagismo, alto consumo de sal, sedentarismo, diabetes, doenças renais, apneia do sono e hipertireoidismo que podem causar o problema. “Quando avaliado por um médico e diagnosticado como hipertenso, o paciente será medicado. Mas, muitas vezes, é necessário também que ele mude alguns hábitos de vida e comece, por exemplo, a praticar atividade física. Além disso, ele pode precisar adotar uma dieta com menos sódio e perder peso”, afirma Priscilla.

 

Outros tipos de pressão alta interferem no tratamento adotado 

E quando se fala em tratamento, é fundamental entender todos os tipos de pressão alta que podem acometer um paciente.

A classe de medicamentos utilizada nos quadros de hipertensão é chamada de anti-hipertensiva. Existem inúmeros medicamentos nesta categoria, de laboratórios variados, e os médicos os adotam conforme o perfil dos pacientes (se a hipertensão é mais leve ou mais severa, conforme a idade e condição clínica, entre outros parâmetros) e de acordo com as diretrizes do Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Assim, quando existe um caso de hipertensão ‘comum’, podem ser adotados medicamentos isolados ou combinados, dependendo de cada caso.

Na existência de um caso de hipertensão arterial resistente, a medicação adotada é ainda mais adaptativa do que nos quadros de hipertensão ‘comum’. A hipertensão resistente é definida, segundo a mais recente diretriz brasileira, quando se mantém elevada mesmo com o uso de três classes diferentes de anti-hipertensivos. Isso significa que, após o uso de três medicamentos diferentes, a pressão se manteve alta.

Essa associação entre os medicamentos inclui um bloqueador do sistema renina-angiotensina (IECA ou BRA), um bloqueador dos canais de cálcio (BCC) de ação prolongada e um diurético tiazídico (DT). Todos eles são de longa duração e devem ser utilizados na dose máxima ou o quanto for tolerado pelo paciente. Tendo isso como base, é muito importante que os fármacos sejam tomados corretamente, exatamente da maneira que forem prescritos pelo médico. E, para obter sucesso no controle dessa pressão arterial, os médicos muitas vezes precisam trabalhar em cima de tentativas.

“Normalmente, o tratamento é feito com uma complementação das diferentes classes de remédios com doses otimizadas. O profissional inicia o tratamento com uma medicação e percebe que a pressão não foi controlada. Então, ele associa a uma segunda classe e, caso não tenha sucesso, com uma terceira classe – e assim sucessivamente”, ressalta a cardiologista.

Essa associação só pode ser considerada a partir do momento que já tenha atingido a dose máxima da medicação ou tolerada pelo paciente e mesmo assim não obteve a pressão arterial controlada. Além disso, as classes precisam ser distintas, não podem se repetir, para que cada elemento atue em lugares diferentes e consigam, juntos, controlar a pressão.

“Para que a hipertensão arterial resistente seja diagnostica, é necessário acompanhar os níveis da pressão enquanto o paciente está em tratamento. Mas, além disso, é fundamental excluir outras condições que podem acarretar em um falso quadro da doença”, esclarece Dra. Priscilla.

Uma dessas condições pode ser a hipertensão arterial do jaleco branco, também conhecida como efeito do avental branco. Ele se caracteriza por pessoas que ficam nervosas enquanto estão no consultório médico. Então, por mais que a pressão arterial se mantenha controlada em casa, o quadro muda quando a medição é feita pelo médico. Isso pode resultar em um falso diagnóstico, dando a entender que não há controle mesmo com o uso de remédios, quando na verdade o aumento acontece por conta do nervosismo.

O tratamento da hipertensão do jaleco branco não é feita com aumento dos medicamentos anti-hipertensivos, mas com técnicas que permitam que o paciente relaxe nas consultas, de forma que sua pressão não aumente na medição. Isso pode incluir conversas fora do consultório ou do ambiente hospitalar, acompanhamento de pessoas da confiança do paciente, medição da pressão em horários alternativos, uso de técnicas de relaxamento e outras alternativas que permitam ao médico saber o quadro de saúde real do paciente, sem que ele precise ter a dose do medicamento aumentada.

 

A vida com a pressão arterial controlada 

Dra. Priscilla Gianotto Tosello alerta que pessoas cada vez mais jovens estão desenvolvendo a hipertensão arterial e a condição pode propiciar condições que levam até ao óbito. “Infartos e AVC´s podem ser fulminantes e o principal fator de risco para eles é a hipertensão arterial, uma doença silenciosa, mas que quando controlada, permite uma vida plena, sem restrições severas de atividades”, garante a médica.

Ela sugere que todas as pessoas passem por um check-up cardiológico anualmente e, para quem já tem a doença, um checku-up a cada seis meses. “Essa é a melhor forma de garantir a saúde cardiovascular e, assim, prevenir doenças graves”, finaliza.

  

Clínica Tosello


Volta às aulas, o peso da mochila não pode ser superior a 10% do peso da criança

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70% dos problemas de coluna na fase adulta tem como causa o efeito cumulativo do excesso de peso carregado na infância e adolescência. Especialista aponta os riscos das mochilas pesadas

 

Lição de casa, livros didáticos, estojo, cadernos, tudo isso dentro das mochilas e, quase sempre, nas costas das crianças. Neste início de ano letivo, uma dúvida frequente é sobre qual mochila é a ideal para as crianças e adolescentes e qual o peso que eles podem carregar sem causar prejuízos para a coluna. 

O fisioterapeuta Cadu Ramos aponta os riscos que correm as crianças ao carregar essas mochilas tão pesadas. Um dos problemas agravados pelo excesso de peso na mochila é a escoliose ─ quando a coluna apresenta uma curvatura em forma de "S" ─, a cifose e a lordose são outros problemas que, dependendo do grau de gravidade, podem demandar sessões de fisioterapia ou, em casos extremos, levar até a intervenções cirúrgicas. De acordo com o especialista, o peso das mochilas não deve ser superior a 10% do peso do indivíduo ─ isso significa que, se a criança pesa 50 quilos, a mochila não pode ter mais do que cinco. 

"O excesso de peso, além das complicações citadas, pode interferir também no crescimento das crianças e jovens, uma vez que elas tendem a se curvar para suportar o peso da mochila e, com isso, vão acostumando mal a coluna", destaca Cadu: “O peso sobre músculos, tendões, nervos e articulações pode causar dores e inflamações que, com o passar do tempo, tornam-se mais graves e desencadeiam outras doenças e problemas. Segundo o fisioterapeuta, isso acontece porque na tentativa inconsciente de tentar equilibrar a carga, muitas crianças acabam se curvando ou pendendo o corpo para um dos lados e assim, desalinham totalmente a postura. 

Pescoço, ombros, braços e costas são sempre os primeiros a serem afetados. “Os ombros sofrem os primeiros sinais do excesso de peso que sobrecarrega a musculatura e as articulações da região, causando processos inflamatórios e, em casos mais graves, até artrose, alerta o fisioterapeuta. 

Além de respeitar os limites de peso recomendados, é importante distribuírem o peso das mochilas, utilizando sempre as duas alças aos ombros e ainda vale evitar carregar todo o material no dia a dia, deixando os que não serão utilizados na escola ou em casa.

"Uma alternativa saudável para as crianças e adolescentes seria utilizar as mochilas com puxadores de mão e rodinhas, para evitar que o sobrepeso das malas cause problemas nas costas, relembrando que os pais devem, nos casos das mochilas com puxadores, observar a altura da mala em relação ao filho. Porque a criança não deve se curvar para um lado enquanto tenta puxar a mochila", conclui.

 

Cadu Ramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 130030. Especialista em Fisioterapia e Traumatologia - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório - Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria -- trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo.


Para além do juramento de Hipócrates: a ética na prática médica

“Passarei a minha vida e praticarei a minha arte pura e santamente. Em quantas casas entrar, fá-lo-ei só para a utilidade dos doentes, abstendo-me de todo o mal voluntário e de toda voluntária maleficência e de qualquer outra ação corruptora, tanto em relação a mulheres quanto a jovens.” (Juramento de Hipócrates).


O nauseante episódio do anestesista contra uma paciente vulnerável reuniu a totalidade da reprovação possível entre médicos, trabalhadores da saúde, operadores do direito e todo o resto da nação. Como pode um profissional de tão nobre carreira transgredir tão ostensivamente qualquer tipo de razoabilidade comportamental? Como é possível que tal pessoa tivesse a confiança dos colegas e da instituição para lá estar trabalhando?

Como professor e cirurgião, também me surpreende como uma pessoa com tal desvio de caráter conseguiu terminar o seu curso e receber um diploma de médico. E, mais ainda, completar um curso de residência, período em que os jovens estão expostos ao escrutínio estreito dos mestres, sendo exigidos nos limites da resistência pessoal em plantões noturnos, casos complexos, estudos extensos e, portanto, sendo testados seguidamente em seus limites emocionais e comportamentais.

É preciso lembrar que toda profissão da saúde tem essa natureza que franqueia aos médicos acesso à intimidade dos pacientes, incluídas aí a intimidade física, psicológica, familiar e até financeira. Tal exposição exige retidão de conduta absoluta por parte do médico e equipe, respeitando os princípios da bioética, quais sejam a beneficência, a não maleficência, a autonomia e a justiça. Frutos desses princípios se seguem temas práticos da formação dos alunos, como o sigilo, a omissão de socorro, o consentimento, o respeito à terminalidade e muitos outros.  Ainda mais exigente é o respeito à sexualidade. Se o médico não se conduzir em discrição obstinada nesse assunto, fica inviabilizado o acesso dos pacientes aos tratamentos, pelo receio de, estando vulneráveis, serem vitimados por aqueles que seriam seus protetores.

Os mecanismos de controle de tais condutas abusivas não podem se resumir às delegacias e aos conselhos de medicina com seus processos formais e muitas vezes sujeitos a recursos que criam obstáculos. A comunidade profissional em cada ambiente de trabalho tem papel insubstituível e não pode se eximir de continuamente estar observando o profissional ao seu lado, no melhor sentido da proteção dos doentes. Tal responsabilidade precisa ser semeada em cada aluno de graduação durante o curso, esclarecendo-os sobre as razões históricas e formais do comportamento profissional. Acima de tudo, é necessário que eles compreendam seu papel social na proteção dos pacientes vulneráveis, incluindo crianças, idosos, inconscientes e até as pessoas de educação mais simples.

Desafios modernos para atingir tal formação passam pelos novos formatos das universidades, com grande número de alunos por turma, aulas a distância, e avaliações em provas objetivas, com poucas oportunidades de se acompanhar os alunos de maneira individualizada. A medicina é uma arte que se aprende de muitas fontes, mas todo aluno deveria ter um tutor ou equivalente, que lhe inspire e molde sua personalidade no sentido ético profissional, de modo a preservar o respeito que a profissão merece, sem banalizações e sem tolerância para as condutas abusivas.

 

 

Ermelino Franco Becker - médico cirurgião oncologista, médico legista no IML de Curitiba e professor de Bioética e Ética Profissional do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).

 

Covid Longa já afeta 23% dos pacientes em recuperação

Especialista em medicina integrativa explica que os sintomas característicos desta condição costumam persistir por mais de três meses, com prevalência em mulheres

 

Mesmo mais de dois anos após o início da pandemia do COVID-19, o vírus ainda é motivo de diversas incógnitas para a comunidade científica, mas o que tem chamado a atenção dos pesquisadores mundo a fora neste momento é a persistência de sintomas decorrentes da contaminação pelo vírus, o que chamam de Covid Longa. A nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira afirma que qualquer um que já teve PCR positivo para COVID pode sofrer com as sequelas do vírus.

De acordo com um estudo da Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos, 23% daqueles que já tiveram a doença, desenvolvem o quadro, o equivalente a milhões de pessoas por todo o globo. Segundo a nutróloga, Dra. Esthela Oliveira são comuns entre paciente que já testaram positivo para COVID a presença de sintomas como confusão mental, problemas de memória e concentração, fadiga excessiva, dores articulares, queda de cabelo e até ganho de peso.

“Quando esses e outros sintomas persistem por mais de três meses depois da contaminação pelo vírus, podemos considerar que o paciente pode estar com a chamada Covid Longa, especialmente quando descartadas outras patologias como diabetes e disfunções da tireoide, por exemplo. É preciso uma avaliação mais completa para identificar os sintomas e suas causas”, explica a especialista.

Anteriormente a Fiocruz, já havia publicado um estudo demonstrando que 50,2% dos brasileiros infectados relatavam sintomas característicos da Covid Longa. Em paralelo, avaliando perfis de mais de 1 milhão de britânicos infectados pelo vírus há alguns meses, pesquisadores da University College London, identificaram ao menos 200 sintomas que afetam os sistemas de órgãos importantes do corpo e maior prevalência da síndrome em pessoas de 35 a 60 anos, com saúde mental e física já fragilizadas antes da pandemia e com histórico de déficits imunológicos.

“Pacientes com obesidade, que apresentaram durante a contaminação pelo vírus queda de cabelo, dores de cabeça, garganta e articulações tendem a ter sintomas mais persistentes, pelo que observamos nos estudos até o momento. Além disso, mulheres costumam ser mais afetadas pela Covid Longa. Acredita-se que essa diferença entre os sexos seja em decorrência de alterações no sistema imunológico feminino, que embora apresente respostas inumes mais rápidas ao vírus, são mais vulneráveis a doenças autoimunes prolongadas”, destaca a nutróloga.

A especialista em medicina integrativa afirma que ainda não existe um teste específico para detectar a Covid Longa e que o tratamento costuma ser sintomático, ou seja, pode variar de acordo com os sintomas relatados pelo paciente. “Ainda é necessário mais tempo de pesquisa sobre o vírus para entendermos os fatores de risco e como evitar os sintomas a logo prazo, mas para diagnosticar e indicar o tratamento mais assertivo para cada caso é necessária uma bateria de exames primeiro. É importante reforçar que o tempo de tratamento também varia de acordo com a resposta imunológica de cada paciente”, conta.

A Dra. Esthela Oliveira ressalta que um acompanhamento médico periódico e multidisciplinar após a contaminação pelo vírus também é fundamental para que o paciente possa tratar os sintomas antes que se tornem crônicos e voltar a vida normal o quanto antes. 

 

Esthela Oliveira - Médica do esporte (RQE 76855), membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte e médica do corpor clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Instituto de ensino e pesquisa Albert Einstein. Em 2019 Realizou curso de Mind Body Medicine na Universidade de Harvard.

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Surto de meningite nos Estados Unidos preocupa médicos no Brasil

Registros da doença ocorreram no estado da Flórida, uma das regiões com maior número de brasileiros

 

Um surto de casos de meningite na Flórida, estado da costa leste dos Estados Unidos, está deixando médicos do Brasil em alerta. A região tem uma grande incidência de brasileiros, entre residentes e visitantes, e o risco da doença migrar para o país pede atenção redobrada. 

O aumento de casos foi registrado ainda no mês de junho, quando pelo menos 26 infectados foram confirmados e ocorreram sete mortes pela doença. A situação levou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças - uma espécie de Anvisa dos Estados Unidos - a emitir um alerta sobre os riscos da transmissão da doença e a importância da vacinação.  

No comunicado emitido pela agência norte-americana, chamou a atenção o fato de as vítimas serem, majoritariamente, homens gays e bissexuais. De qualquer maneira, as precauções devem se estender para toda a população. 

 

Evolução rápida 

Uma das principais preocupações dos médicos é a rápida evolução da doença, que se não for combatida pode levar à morte em até 24 horas após os primeiros sintomas. Além do surto registrado nos Estados Unidos, outro fator que aumenta a apreensão em torno da doença meningocócica é a baixa adesão das pessoas à vacinação.  

O diretor técnico do Hospital Dia do Pulmão, Dr. Mauro Sérgio Kreibich, ressalta que a vacinação é a principal forma de prevenção ao contágio pela doença. “A doença meningocócica, em todas as suas formas, é preocupante porque pode evoluir para um quadro muito grave rapidamente. A imunização ainda é a principal maneira de evitar um desfecho trágico e é indicada para todas as faixas etárias”, aponta.  

A instituição disponibiliza atualmente duas vacinas que atuam contra a doença meningocócica: a ACWY e a B. A primeira atua contra meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y; a segunda atua contra a bactéria meningococo do tipo B.  

Ambos imunizantes têm indicação para várias faixas etárias e a orientação dos sistemas de saúde é que todas as pessoas estejam imunizadas com, pelo menos, um dos tipos - a ACWY é a mais comum, por conta da maior amplitude de cobertura.

Todas as orientações para a vacinação podem ser encontradas neste link

 

Hospital Dia do Pulmão (HDP)


Minha vitamina D está baixa. E agora?

Exposição solar, alimentação balanceada e suplementação ajudam a elevar os níveis da substância no organismo

 

Considerada um micronutriente, vitamina lipossolúvel e um pré-hormônio, a vitamina D apresenta benefícios para a saúde óssea, força muscular e redução de quedas dos idosos. Já os baixos níveis de vitamina D estão relacionados com o aumento do risco de doenças e da mortalidade em geral. 

A hipovitaminose D está associada a alguns grupos e fatores de risco, como idosos, pessoas com pouca exposição solar, pele escura, osteoporose, fraturas recorrentes, obesos, pós-cirurgia bariátrica, doenças autoimunes. A lista é composta também por doenças crônicas (com diabetes, câncer, doenças renais e intestinais), uso de alguns medicamentos (anticonvulsivantes, glicocorticoides, antiretrovirais, etc.), gestantes e lactantes, entre outros. 

Atingir os níveis de vitamina D recomendados pelos especialistas médicos é fundamental para manter a saúde. Indivíduos saudáveis devem apresentar nível de vitamina D de 20-60 ng/ml. No caso de pessoas incluídas em grupo de risco, a quantidade ideal é entre 30-60 ng/ml. Níveis entre 40-60 ng/ml são favoráveis para ação imunomoduladora da vitamina D, ou seja, ajuda no fortalecimento sistema imunológico, prevenção de doenças respiratórias e melhora das doenças autoimunes. 

A maior parte (90%) da vitamina D3 é produzida pela pele após exposição à radiação solar e em pequena quantidade (10%) é obtida de alguns alimentos como, óleo de fígado de bacalhau, peixes gordurosos (salmão, atum, cavala), cogumelos e alimentos fortificados. 

“A pouca exposição solar é a principal causa da deficiência deste nutriente. Um exame de sangue pode detectar os níveis da vitamina D e o médico poderá recomendar a suplementação para melhorar a saúde do paciente”, alerta Odair Albano, ginecologista, obstetra e consultor em saúde.

 

O que fazer para recuperar a vitamina D 

Manter hábitos saudáveis principalmente ligados à exposição solar, pelo menos 15 minutos ao dia, entre 10h e 14h de preferência, sem protetor solar, mas sempre reforçando os cuidados com a pele e com o corpo, e o consumo de alimentos - como leite, fígado, peixes gordurosos e gema de ovos - são importantes fontes de vitamina D. Mas nem sempre a dieta equilibrada e a exposição ao sol são suficientes. 

Ao ser diagnosticado com a hipovitaminose D, o médico indicará a melhor opção para restaurar os níveis do nutriente. “Não é possível corrigir os níveis de vitamina D apenas por meio da alimentação. Os alimentos são responsáveis por apenas 10% da vitamina D presente no organismo e a suplementação contribui para normalizar os níveis dessa vitamina”, finaliza Albano.


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