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quarta-feira, 8 de junho de 2022

09 de junho - Dia da Imunização

Sua carteirinha de vacinação está em dia? 

Sami alerta adultos para que não deixem de se imunizar; Entre as vacinas indicadas estão hepatite B, difteria, febre amarela e pneumocócica

 

A pandemia, que colocou a população mundial em isolamento, acabou impactando consideravelmente o controle imunológico dos brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, por se sentirem inseguras em sair de casa, milhares de pessoas deixaram de se vacinar, o que fez com que doenças antes erradicadas voltassem a ser motivo de preocupação. Um comportamento natural para muitas famílias é acompanhar o calendário de vacinação das crianças, e há inúmeras campanhas de conscientização em prol disso. Mas e os adultos, precisam se imunizar? Há doses de reforço a serem tomadas? Quais são as vacinas que devem estar atualizadas em nossa caderneta? 

De acordo com o doutor Gustavo Landsberg, head de saúde populacional da Sami, operadora de planos de saúde com foco em PMEs e profissionais liberais, para garantir a saúde de todos e evitar a propagação de doenças - como a covid-19, por exemplo -, é fundamental adultos e idosos se atentarem às vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde, que são: 

  • Hepatite B - imunização conta com 3 doses para quem não chegou a tomar a vacina quando criança ou nunca teve a doença;
  • Difteria e Tétano (dT, dupla adulto) - precisa de reforço a cada 10 anos, portanto, mesmo quem tomou quando criança é necessário tomar novamente;
  • Febre amarela - administrada em dose única, é especialmente recomendada para adultos que vão viajar para regiões onde há incidência da doença;
  • Tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) - precisa de reforço a cada 10 anos, portanto, mesmo a quem tomou quando criança é necessário tomar novamente;
  • Influenza (Gripe) - dose única anual;
  • Pneumocócica - contra pneumonias, sinusite e meningites bacterianas, é indicada a partir dos 60 anos;
  • Covid-19 - são indicadas 4 doses da vacina para pessoas acima dos 50 anos


O head de saúde populacional da Sami lembra ainda que a
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) traz algumas recomendações adicionais de vacinas que não constam no Programa Nacional de Imunizações, mas podem ser tomadas em clínicas privadas de vacinação. “Em determinadas situações, imunizações adicionais podem ser necessárias (como em casos de imunossupressão ou doenças graves). Vale sempre conversar com seu médico de confiança para se informar melhor sobre suas necessidade”, conclui.


Sami


Namorados também devem fazer exames para detectar doenças sexuais, diz infectologista

 Pixabay 
Na véspera do dia deles, especialista explica importância dessa prevenção para uma relação saudável e segura para o casal 

 

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada no ano passado, aponta que cerca de 1 milhão de pessoas afirmou ter tido diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 12 meses, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos ou mais. O levantamento foi realizado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde.

Entre os indivíduos que tiveram relação sexual no ano anterior à data da entrevista, apenas 22,8% (ou 26,6 milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações sexuais. Ao menos 17,1% dos entrevistados afirmaram usar às vezes, e 59% em nenhuma vez. As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos que são sexualmente transmissíveis, dentre elas a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e C, podendo, dependendo da doença, evoluir para graves complicações.

Com a aproximação do Dia dos Namorados, a infectologista Juliana Barreto, que atende no centro clínico do Órion Complex, ressalta a importância dos exames conhecidos como pré-nupciais, que estão esquecidos. “A prevenção de doenças, como as ISTs, piorou com a pandemia da Covid-19. E mesmo antes, as pessoas já não estavam preocupadas com isso. Estão banalizando as doenças sexualmente transmissíveis, até entre os namorados”.

Apesar de ser chamado de exame pré-nupcial, a bateria de testes que detecta as doenças infecciosas é indicada para todos, e não apenas para quem vai se casar. A especialista ressalta que qualquer pessoa que tenha um relacionamento sexual é indicado ter um controle de exames sexuais, principalmente se não há uso de preservativo. “A importância de fazer esses exames é para a saúde sexual de cada um e para começar uma relação literalmente saudável entre ambos, uma relação segura. Se por acaso der alguma doença sexualmente transmissível, é importante tratar, porque tem tratamento”, explica Juliana Barreto.


*Os exames*

Juliana Barreto explica que o período ideal para se fazer os exames pré-nupciais para o casamento é de três a seis meses antes. “Porque se tiver qualquer doença dá tempo de tratar. Em caso de namoro, deve-se ver a estabilidade e fazer com uma certa periodicidade, isso tem que ser discutido entre o casal”, ressalta a infectologista, que explica que para os exames iniciais as mulheres devem procurar um ginecologista e o homem, urologista. “Eles fazem o diagnóstico, tratamento em geral vai seguir com infectologista e com o acompanhamento desses especialistas.”

A médica dá detalhes do check-up. “Os principais exames são de sífilis, HIV, hepatite B e C. É preciso fazer um exame físico também, tanto da parte genital feminina quanto masculina, verificar se não tem candidíase ou outras doenças venéreas. Os exames das doenças sexualmente transmissíveis servem para os dois”, explica Juliana Barreto.

Contudo, a infectologista salienta que existem os exames específicos para cada sexo. “A mulher deve coletar o preventivo, prevenir câncer de mama e câncer de colo de útero, além de fazer uma ultrassom da mama. Se ela está pré-nupcial, mas já está acima de 40 anos, é preciso fazer a mamografia, avaliar histórico de câncer na família. O homem, se estiver acima de 40 anos, deve fazer o PSA e avaliar a próstata, ver se não tem lesão genital também”, afirma.

 

Você cuida de mim e eu cuido de você!

O Dia dos Namorados está chegando e eu pergunto: como anda o seu cuidado e atenção com a saúde do seu parceiro ou parceira?  

 

A mulher que está atenta às formas de prevenção do câncer de mama está bem ciente que exames de rotina e autoexames são essenciais para ajudar a diagnosticar a doença ainda em estágio inicial e aumentar as possibilidades de cura. São ações práticas e que ajudam a aumentar as chances de salvar a vida de uma mulher em 95%. 

E nem é preciso um médico para sentir que algo pode estar errado. A simples palpação das mamas - todo mês, preferencialmente no período menstrual - pode anunciar o problema. Outros sintomas são perceptíveis aos olhos, como a mama com bico invertido ou com secreção, mamas de tamanhos muito diferentes ou, ainda, descamações ou alteração da coloração da pele do seio, por exemplo. 

São sinais de alerta para a mulher, mas que podem ser percebidos também pelo companheiro/companheira. Afinal, os casais costumam ter um grau próximo de intimidade, capaz de perceber até pequenas mudanças no corpo um do outro. Um caso curioso aconteceu no Reino Unido. Em 2019, o jornal local The Sun publicou a história de Louise Stephens-Pantoja. O comentário do marido de que o seio dela estava “um pouco esquisito” foi o que a motivou fazer exames, que confirmaram o diagnóstico de câncer de mama. Na época ela disse: “É melhor ser rude do que ficar em silêncio”. A britânica, mãe de dois filhos, foi submetida a uma mastectomia completa da mama esquerda e fez quimioterapia. 

Situação semelhante aconteceu por aqui e com gente famosa. A esposa do apresentador Marcos Mion e mãe dos filhos dele, Suzana Gullo, foi diagnosticada com câncer de mama em 2016 e passou por um tratamento para vencer a doença. Em um programa de televisão, Suzana disse que foi ele quem percebeu o nódulo no seio dela e relatou como foi primordial ter o câncer revelado precocemente e como a ajuda do marido foi importante para o processo de descoberta e cura.

Como Mion, há muitos homens que se mostram fiéis companheiros nestes momentos, mas não são todos que pensam e agem desta forma. Estima-se que 70% das mulheres com diagnóstico de câncer de mama são abandonadas pelos parceiros. O chocante índice é um dado da Sociedade Brasileira de Mastologia.

O apoio psicológico do homem nesse processo se faz fundamental, uma vez que é com ele que a paciente divide toda a intimidade e deposita total confiança. Obviamente, é natural que o homem se sinta psicologicamente abalado pelo problema de saúde da esposa. Por isso mesmo, em muitos casos, ele não consegue se adaptar ao novo momento e acontece o distanciamento. Por isso, a terapia se faz essencial para ambos e o acompanhamento deve acontecer desde o início.

O câncer é acompanhado de uma experiência de desamparo. Muitas vezes a paciente passa pelo medo da iminência de morte e há ainda mudança brusca de rotina, desconfortos e preocupações por conta de efeitos colaterais de medicações usadas para o tratamento, além de alterações da imagem corporal.

A Unaccam - União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama, preocupada com o paciente com câncer e seus familiares, oferece tratamento terapêutico gratuito aos casais. No tratamento psicológico, os pacientes e seus companheiros têm espaço para serem ouvidos sem julgamentos. É onde podem expressar sentimentos e angústias; a possibilidade de entender melhor o momento, compreender o papel de cada um no processo e ressignificar a doença e a vida.

Este acompanhamento psicológico deve ser mantido mesmo após cirurgias e finalização de tratamentos, como quimioterapia. Ele deve permanecer ao menos até o momento em que haja evidência de que o câncer de mama não existe mais. Tempo que pode durar até dez anos. Durante todo este período, homem e mulher podem reorganizar a vida, buscar perspectivas, criar novas metas e estar ciente de que pode haver recorrência. 

“Quem procura acha e quem acha cura” é o lema da Unaccam. E quando há apoio e cuidado fica mais fácil diagnosticar, tratar e curar.  

 


Clarisia Moniz Ramos - empreendedora social, Presidente da Unaccam - União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama, arquiteta, pós-graduada em Marketing, CEO da Comunicação Visual Ramos, Diretora de Marketing da CBFA, membro da CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários, Conselheira do Abrigo Reviver, Coordenadora do Grupo de Saúde da Virada Feminina, Membro da Academia de Saúde Integrativa, MBI em empreendedorismo e inovação, Certificate of Achievement Dale Carnegie Course, Cursando Pós em Gestão de Saúde e Tecnologia pela PUC Paraná, eterna apaixonada por fazer a diferença na vida das pessoas.


Junho Laranja: retomada das consultas pediátricas é essencial para o combate à leucemi

Dasa Genômica e Hospital Nove de Julho se unem para alertar sobre a importância da rotina de cuidados e do diagnóstico de precisão, que auxilia médicos a tomarem a melhor decisão de tratamento

 

Em todo o mundo, o câncer é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes. De acordo com estudo da Organização Pan-Americana da Saúde, estima-se ao menos 29 mil novos casos por ano em crianças menores de 19 anos na América Latina e no Caribe. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer já representa a primeira causa de mortalidade por doença nessa mesma faixa etária. 

O câncer em crianças e adolescentes representa cerca de 3% de todos os casos de câncer no Brasil e é considerado raro, se comparado ao volume em adultos. Os tipos mais comuns na faixa etária de 0 a 19 anos são leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas. Das 2.554 mortes por câncer em 2019 nesta faixa etária, 842 foram por algum tipo de leucemia, aponta levantamento no Atlas de mortalidade por câncer, do Inca. 

Esses são alguns dados que mostram a relevância do Junho Laranja, mês de conscientização sobre doenças ligadas ao sangue, em especial a leucemia, por meio do diagnóstico precoce. O tema torna-se ainda mais importante se considerado que não há prevenção primária ou rastreamento para o câncer infantil e que os fatores externos não são tão relevantes para o desenvolvimento da doença. Em crianças e adolescentes, a maior parte dos casos é decorrente de alterações no DNA ainda na formação do embrião ou no início da vida, a chamada mutação genética adquirida. 

“Por isso o diagnóstico precoce é tão importante”, alerta Ana Claudia Carramaschi, pediatra e hematologista pediátrica da Dasa Genômica, braço de genômica da Dasa. Durante a pandemia, 8,4 milhões de consultas pediátricas deixaram de ser feitas, uma redução de 67%, de acordo com dados apresentados no mais recente Congresso Brasileiro de Pediatria. “Imagina o que isso pode representar em números de casos de câncer não diagnosticados. É preciso retomar a rotina de cuidados!”, afirma a médica. 

Carramaschi explica que é na consulta, quando o médico levanta a história clínica detalhada e faz um bom exame físico, que muitas doenças são diagnosticadas ainda no início. Quando há alguma suspeita de câncer, alguns exames se fazem necessários. “Ao palpar o abdômen, se o pediatra sente um aumento de volume, uma massa, na região, pode pedir um exame de imagem, por exemplo”, diz. 

Também o diagnóstico de leucemias e outras doenças onco-hematológicas, pode ser suspeitado devido ao surgimento de sintomas como febre, palidez, manchas roxas e sangramentos e passa por alterações em exames de sangue, como o hemograma. Quando eles apontam anormalidades, como aumento ou redução dos leucócitos de forma inexplicada, redução dos glóbulos vermelhos e plaquetas, o médico pode suspeitar de leucemia aguda ou linfoma. O próximo passo é a realização do mielograma, que é o exame na qual são avaliadas no microscópio as células da medula óssea. Em havendo alterações no mielograma, há uma série de exames de precisão que ajudam a estabelecer o diagnóstico e definir o melhor tratamento para cada paciente. 

A Dasa Genômica contribui para a medicina individualizada e de precisão. Para diferentes tipos de leucemias, há testes genéticos que auxiliam no diagnóstico e/ou no prognóstico, como o Painel para Neoplasias Mieloides Completo, o PCR Qualitativo para BCR-ABL1 e o FISH LLA-Painel 2. Eles podem ser realizados a partir da coleta de sangue periférico ou de punção aspirativa de medula óssea, sendo alguns deles cobertos pelos planos de saúde. 

“Há exames que ajudam a identificar a Doença Residual Mensurável (DRM), caracterizada por uma quantidade muito pequena de células cancerígenas, não detectáveis em exames convencionais, mas que podem ser identificadas quando usamos métodos como a citometria de fluxo”, explica Monika Conchon, Head de Onco-Hematologia da Dasa Genômica. Para esse exame, a Dasa Genômica segue o protocolo Euroflow®, o que aumenta ainda mais a acurácia do teste. 

“Detectar a presença de DRM é muito importante na leucemia linfoblástica aguda (LLA). O resultado vai determinar se há ou não necessidade de seguir ou modificar o tratamento e orientar qual o melhor caminho a seguir. Nos ajuda, por exemplo, a decidir entre fazer ou não um transplante de medula óssea (TMO)”, afirma Celso Arrais, onco-hematologista do Hospital Nove de Julho.

 

Sintomas e tratamentos

A maioria dos cânceres infantis pode ser curada com tratamentos como quimioterapia, cirurgia e radioterapia, de forma individualizada e de acordo com protocolos estabelecidos nacional e internacionalmente. Estima-se que 80% das crianças acometidas pela doença possam ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas adequadamente. 

Arrais reforça a importância do diagnóstico precoce: “Para a maioria das neoplasias, incluindo as leucemias agudas, quanto antes começamos a tratar, menores são os riscos e maiores as chances de cura. Isso vale para adultos e crianças”, diz. 

Os sintomas mais comuns nas leucemias são palidez, manchas roxas ou sangramento e febre. Para linfomas, atenção para caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção. No caso dos tumores de sistema nervoso central, os sintomas principais são dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias). 

“É importante ouvir e valorizar as queixas das crianças e adolescentes e de seus pais. A maior parte dos sintomas do câncer infantojuvenil pode ser confundida com os de outras doenças comuns nessa faixa etária, por isso a visita ao pediatra é tão importante”, finaliza. 

 

Referências:


Saiba como o uso de telas pode prejudicar o sono infantil

Crianças de 0 a 2 anos são as mais afetadas pelo uso excessivo de telas, segundo Dra. Ana Jannuzzi, médica especializada em Pediatria e Estudos do Sono.

 

Seja pela televisão, ipad, computador ou smartphone, o fato é que as crianças, assim como os adultos, estão passando cada vez mais tempo em frente às telas. Não à toa, o Brasil lidera hoje o ranking de países com mais “tempo diário na internet”, com mais de 10 horas de uso. O dado foi divulgado por uma pesquisa da plataforma britânica Lenstore, em 2021 -- feito durante a pandemia. Na contramão desse movimento em crescimento, são inúmeros os profissionais de saúde infantil e as evidências científicas que alertam sobre o impacto negativo do uso intenso e precoce de telas para as crianças. 

A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que crianças menores de 2 anos de idade não tenham qualquer acesso a telas ou eletrônicos, mas na prática a realidade é diferente. Para a médica com especialização em Pediatria e Estudos do Sono , Dra. Ana Jannuzzi, o excesso de telas também pode ser prejudicial ao sono dos pequenos. 

“Existem estudos que trazem estatísticas alarmantes sobre o uso excessivo de telas na infância, com cerca de 70% das crianças, com idade entre 0 e 2 anos, à frente de algum dispositivo. Um dos grandes motivos para não expor as crianças a isso é o impacto que essas telas têm no sono. Sabemos que o sono infantil é um dos quesitos mais preocupantes para as famílias. Contudo, muitas não conseguem identificar que as são grandes possíveis vilãs para as noites interrompidas”, explica Jannuzzi, mãe de duas pequenas de 1 e 3 anos de idade e famosa nas redes sociais por abordar assuntos sobre saúde materno infantil e sono. 

Segundo a especialista, o fator mais determinante para interferência dos dispositivos no sono das crianças são as luzes brancas e azuis presentes nas suas telas, que atrapalham a produção da melatonina. Esse hormônico é um dos principais responsáveis por regular o sono e é produzido em maior quantidade a noite, quando o sol baixa. “Estudos indicam que o uso de telas também acelera a degradação e a quantidade de melatonina no organismo das crianças. A falta de controle dos pais sobre a exposição das crianças as telas é fator que pode desencadear despertares noturnos, pesadelos e terror noturno nas crianças. Isso porque, como elas não sabem distinguir esses conteúdos, podem interpretar com angustiantes e violentos”, acrescenta Jannuzzi. 

Mas a médica especializada em pediatria esclarece que não é preciso suspender totalmente as telas da rotina das crianças, mas sim usá-las com moderação e equilíbrio. “Não podemos ser radicais em um mundo cercado por telas. Podemos ter estratégias práticas para limitar o uso dos aparelhos, ou seja, fazer um uso consciente das telas, em especial para não prejudicar o sono das crianças”, comenta Jannuzzi. Para ajudar nessa tarefa, a médica com especialização em Pediatria aponta algumas dicas que podem ajudar os pais no uso consciente da tela com os filhos:

 

  1. Fique de olho nos horários e no tempo de uso: 

“Se for necessário usar telas, dê preferência ao horário da manhã e, sempre que possível, longe do sono noturno. Também estabeleça um limite de uso para não deixar a criança tempo demais à frente de um dispositivo. Na hora de dormir, tolerância zero. Nesse período, também seria importante ficar atento a exposição indireta a telas de adultos, como ter a criança em um ambiente com a TV ligada”, explica Ana Jannuzzi.

 

  1. Saia de casa após o uso prolongado de telas: 

“Sempre que possível, saia de casa ou fique perto do áreas (parquinhos e pracinhas) após o uso prolongado de telas com as crianças. Isso diminui as chances dos pequenos ficarem irritados”.

 

  1. Fique de olho no conteúdo: 

“Sempre escolha o conteúdo para as crianças. Nunca permita que ela tenha livre acesso ao controle para escolher seus próprios canais. Estudos mostram que 8% das famílias não têm qualquer controle sobre o conteúdo que as crianças assistem. Essa estatística também expõe que crianças com 2 anos ou mais já assistem conteúdos violentos. Dê preferência a desenhos mais calmos, com menos transição entre imagens e com o som mais baixo. Evite os muito acelerados e a troca constante de conteúdo quando a criança estiver entediada, porque isso impacta demais no seu sistema de recompensa e faz com que ela fique cada vez mais insatisfeita. E nada de redes sociais para as crianças. As mídias podem ser extremamente prejudiciais para a formação do imaginário infantil. Em especial por conta da hiper sexualização e referências inadequadas.”, alerta Jannuzzi.

 

  1. Invista na contação de histórias: 

“Conte histórias o seu pequeno e depois grave, assim você terá um acervo de áudio-histórias para a criança ouvir nos momentos em que ela quer usar eletrônicos. Isso estimula a criatividade sem dar tanta informação como as telas. Também podem ser usados os audiolivros”, orienta a médica especializada pediatria.

 

  1. Não se culpe: 

“Não se culpe como mãe ou pai, caso precisa estender um pouco o uso das telas em m determinado dia ou perder o controle por algum motivo especial. O importante é ter a consciência de que estão fazendo o melhor possível para evitar a exposição a telas”, consola Ana Jannuzzi, especialista em sono infantil.

  

Ana Jannuzzi - médica, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em pediatria pela Universidade Cândido Mendes, e pós-graduação em estudos do sono, pela UniBF, do Paraná. Mãe de duas pequenas (1 ano e 3 anos de idade), é ainda autora do best-seller “O ano de Ouro”, obra com mais de 8 mil exemplares vendidos, um guia para mães e famílias sobre o 1 ano do bebê. Com milhares de seguidores no Instagram (@drajannuzzi), a médica também é referência em Educação em saúde materno-infantil na área de sono do bebê e da criança. É autora da capacitação em “Sono e Rotina”, em parceria com a Faculdade de Brasília, único curso do Brasil vinculado à uma Faculdade certificada pelo Ministério da Educação (MEC) sobre o assunto. Atualmente, cursa pós-graduação em “Sono na Infância e Adolescência” pela Escola Superior de Saúde Cruz Vermelha.


Ar seco piora o ceratocone

Levantamento mostra que ar seco faz a alergia ocular passar neste período do ano de 50% para 70% entre pessoas com ceratocone.

 

Junho é o mês de combate ao ceratocone e a principal recomendação para evitar a doença é evitar coçar ou esfregar os olhos. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto presidente do Instituto Penido este hábito fragiliza as fibras de colágeno da lente externa do olho, a córnea, que afina e vai tomando o formato de um cone conforme a doença progride.  O problema é que um levantamento realizada por Queiroz Neto com 315 portadores de ceratocone mostra que 50% apresentam alergia nos olhos.  No frio esta  ar seco aumenta esta  incidência para 70% aumentando o risco de progressão do ceratocone “Outros fatores que podem agravar a neste período são a maior incidência da gripe, resfriado, sinusite, rinite e asma que provocam irritação nos olhos. Por isso, quem tem ceratocone deve redobrar os cuidados com a covid que voltou a ter aumento de casos” afirma. A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que os vírus respiratórios são um importante fator de risco da alergia nos olhos.

A dica do oftalmologista para alívio imediato de uma crise alérgica é aplicar compressas de água fria sobre os olhos. Caso a coceira não desapareça, orienta consultar um oftalmologista. O tratamento é feito com colírio antialérgico ou com corticoide nos casos mais graves. Independente da fórmula, colírio só deve ser usado com prescrição e acompanhamento médico porque são medicamentos e o uso incorreto pode causar outras doenças nos olhos

 

Sintomas e diagnóstico preventivo

A falta de acompanhamento médico faz com que no Brasil o ceratocone responsa por 7 em cada 10 transplantes de córnea.  O problema é que o ceratocone pode ser confundido com astigmatismo.” Os sintomas similares fazem muitos pacientes chegarem ao consultório usando óculos para astigmatismo, mas na reavaliação oftalmológica são diagnosticados com ceratocone, porque os sintomas são similares”, salienta.  Os principais sintomas do ceratocone são:

      Troca frequente do grau dos óculos.

      Visão de halos noturnos.

      Fotofobia ou aversão à luz do sol

      Maior fadiga visual nas atividades online

      Coceira, vermelhidão e olho seco

O maior diferencial sintomático e a troca frequente de óculos no ceratocone. A boa notícia é que hoje é possível melhorar o prognóstico da doença através da tomografia que examina milhares de pontos das duas faces da córnea – externa e interna. 

O oftalmologista conta que através deste exame já detectou casos de ceratocone em crianças. “É muito importante o  diagnóstico na infância porque a progressão é mais rápida em criança, pode limitar o tratamento e aumentar o risco de  transplante de córnea.

 

Correção

Queiroz Neto ressalta que inicialmente a correção da visão é feita com óculos. Já nas fases mais avançadas requer adaptação de lente de contato rígida que aplana a córnea e melhora a correção da visão. O problema, comenta, é que nem todos conseguem se adaptar às lentes rígidas. Para estas pessoas as lentes esclerais que ficam apoiadas na esclera, parte branca do olho são a melhor opção. Este tipo de lente, comenta permite maior estabilidade na superfície do olho, reduz a evaporação da lágrima e, portanto, o olho seco, retém menos impurezas e tem boa adaptação até em córneas bastante irregulares.

 

Tratamentos

O oftalmologista ressalta que a única terapia capaz de interromper a progressão do ceratocone é o crosslink. A cirurgia é ambulatorial e feita com anestesia local. Associa vitamina B2 (riboflavina) com radiação ultravioleta para aumentar em até 3 vezes a reticulação das fibras de colágeno da córnea. O tratamento é indicado para ceratocone progressivo, só pode ser aplicado em córneas sem cicatrizes com, no mínimo, 400 micras de espessura e em pacientes que não sejam portadores de glaucoma 

“Além da lente escleral, outra  alternativa para livrar quem tem ceratocone avançado do transplante de córnea  é o anel intracorneano”, salienta. A cirurgia é realizada com o implante de dois arcos na córnea. O especialista explica que o dispositivo faz uma pressão que aplana a curvatura da córnea, melhorando a adaptação às lentes de contato. Na maioria dos casos, comenta, a visão também melhor. 

A dica de oftalmologista ao pais é observar se a criança tem hábito de coças ou esfregar os olhos e levar para uma consulta para evitar um mal maior. Prevenir é sempre melhor e a única forma de prevenir a progressão de ceratocone é diagnosticas a doença logo no início para estabelecer o tratamento adequado, conclui.


Câncer x Cigarro eletrônico: dispositivos são tão prejudiciais quanto cigarro tradicional, aponta oncologista

Especialista em tumores de pulmão comenta sobre impactos do tabagismo à saúde e maiores chances de desenvolver doenças respiratórias e câncer como consequência do hábito 

 

O aumento do consumo de cigarros e dispositivos vape vem levando a intensos debates entre a comunidade médica e científica quanto aos riscos de retrocesso nos índices de incidência de diversas doenças relacionadas ao hábito de fumar, incluindo vários tipos de câncer, como é o caso do de pulmão, fígado, estômago, pâncreas, rins, ureter, cólon e reto, bexiga, ovários, colo do útero, cavidade nasal e seios paranasais, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e leucemia mieloide aguda, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Entre os mais jovens, o cigarro eletrônico tem sido sensação. Justamente por vir “disfarçado”, jovens têm preferido os dispositivos e acreditam ser menos danosos à saúde. Diferente da versão convencional, os sabores e aromas agradáveis acabam mascarando e tornando os riscos invisíveis para o grupo.

De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Inca, o cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro. Além disso, o levantamento reforça ainda que o cigarro eletrônico eleva as chances de iniciar o uso do cigarro tradicional para aqueles que nunca fumaram. 

"Há cerca de 30 anos, o cigarro convencional era visto como sinônimo de status e isso não tem sido diferente para o cigarro eletrônico, principalmente entre os mais jovens. Apesar de na última década o Brasil ter diminuído 40% o número de fumantes, não devemos fechar os olhos para um problema que, mesmo tendo um outro formato, faz parte da narrativa atual", comenta a Dra. Mariana Laloni, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.


Tabagismo aumenta incidência de câncer do pulmão

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o Inca, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar.

Apenas no Brasil, é estimado que durante o triênio 2020-2022 cerca de 30.200 casos da doença sejam descobertos a cada ano. A maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório. “Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz.


Contratempos

Aproximadamente, 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista. E, apesar dos avanços, o vício afeta mais de 20 milhões de pessoas no país. "Quando falamos do cigarro eletrônico, o Ibope Inteligência aponta que o problema dobrou em apenas um ano, passando de 0,3% para 0,6% da população no Brasil", explica a oncologista. Dentro desse cenário, especialistas estimam que cerca de 600 mil pessoas fazem uso do dispositivo.

Apesar de proibidos desde 2009 pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 46 da Anvisa, os cigarros eletrônicos atraem cada vez mais usuários. "Os vapes ou e-cigarretes passaram a ser mais socialmente aceitos em diversos ambientes, além de serem mais atrativos devido sua tecnologia. Mas, podem fazer tão mal quanto o cigarro tradicional, apesar de uma imagem distorcida. Eles possuem várias substâncias tóxicas que, quando combinadas, acabam mascarando os efeitos prejudiciais à saúde. Contudo, é importante lembrar que elas existem e podem causar enfisema pulmonar, doenças respiratórias e até mesmo câncer", reforça Mariana Laloni. 

O aditivo de aromatizantes, como mentol, chocolate, chiclete, entre outros, é usado para atrair um maior público. Quanto à fumaça liberada pelos vapes, é possível encontrar elementos que vão além da nicotina, como: chumbo, propilenoglicol, glicerol, acetona, sódio, alumínio, ferro, entre outros. 


Risco invisível

Além das substâncias presentes no dispositivo serem mais viciantes, algumas pesquisas sobre o tema apontam que o cigarro eletrônico, assim como o convencional, pode afetar não só o sistema respiratório, como também desregular alguns genes do organismo. O estudo realizado por um professor da USC Ahmad Besaratinia, mostrou que esse impacto ocorreu nos genes mitocondriais e chegou a interromper vias moleculares que fazem parte da imunidade e resposta inflamatória. Ou seja, os elementos que compõem os dispositivos podem futuramente desencadear doenças autoimunes e atrapalhar na recuperação de outros distúrbios do corpo.

"Na tentativa de deixar o tabagismo, é preocupante que muitos usuários ainda usem os cigarros eletrônicos. Essa apelação pode torná-los usuários duplos e fazer com que o vício ocorra em ambas as frentes. Por isso, é preciso ter muita força de vontade e saber pedir e aceitar ajuda. O fumante precisa transformar seus hábitos e estilo de vida. De duas a 12 semanas sem cigarro há a melhora da função pulmonar e da circulação, entre 1 e 9 meses a tosse e falta de ar diminuem e em 10 anos a mortalidade por câncer de pulmão chega a ser a metade da de um fumante. É possível superar o vício e apostar em uma nova vida sem o cigarro, seja ele eletrônico ou tradicional", explica Mariana Laloni.


Vida nova

Para a oncologista, parar de fumar é a forma mais eficaz de prevenir o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela Covid-19.

"Deixar o hábito de lado é dar uma segunda chance aos pulmões. Lá na frente, as pessoas que abandonaram esse vício irão se deparar com diversos benefícios ao organismo, como um menor risco de desenvolver vários tipos de cânceres e ainda a recuperação de sequelas adquiridas pelo tabagismo. Entretanto, antes de remediar, é fundamental que as neoplasias sejam prevenidas. Ou seja, a melhor alternativa é sempre parar de fumar e alertar a população de forma geral, principalmente os mais jovens, sobre os riscos que o cigarro tradicional e eletrônico podem causar", finaliza.  


5 dicas para prevenir o Burnou

 

Uma das síndromes que mais assola os trabalhadores, pode ser evitada; Confira 5 dicas feitas pela médica Monik Moura

 

Um dos grandes problemas que temos na sociedade atual é a síndrome de burnout. Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, pressão por resultados e acúmulo de funções, essa doença tem acometido muitas pessoas. De acordo com um levantamento da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem desse problema. 

“É um problema que acomete vários profissionais e muitas vezes, só é identificado e tratado quando já foram causados danos na vida profissional e pessoal do trabalhador. O ideal é que as empresas atuem de forma preventiva”, comenta Monik Moura, CEO da Vem Prevenir. 

A fundadora da Vem Prevenir, que é especialista em Medicina Preventiva e Social (RQE 4302) e fundou seu negócio focado na prevenção de problemas de saúde, inclusive da síndrome de burnout. 

A médica disponibilizou 5 dicas para prevenção do burnout, em seu ambiente de trabalho:

 

Estabelecer uma boa comunicação interna

Um dos problemas que geram grandes confusões em ambientes de trabalho, é o ruído entre mensagens internas. Uma comunicação efetiva e respeitosa, diminui a possibilidade de conflitos e gera melhores resultados. A escuta ativa da equipe, permite identificar e resolver problemas antes que eles causem maior desgaste e preocupação.
 

Liderar com empatia

Importar-se com o bem-estar do colaborador, permitir acesso à estrutura e aos equipamentos adequados para o trabalho, valorizar os esforços das equipes, traz maior motivação e evita insatisfação.

O funcionário sente-se à vontade para reportar ao seu superior, tanto coisas boas ou ruins, e isso o ajuda em sua estadia profissional.
 

Estimular um bom relacionamento entre os colegas

Por vezes, ter um mau relacionamento com seus colegas de trabalho pode acarretar enormes dificuldades. A empresa precisa auxiliar neste convívio, promovendo uma boa interação entre os colegas de equipe, gerando cooperação e menos exclusão e isolamento.
 

Promover cuidados em saúde

Possibilitar o fácil acesso a cuidados em saúde traz tranquilidade para o colaborador, A busca por resultados, pressão por desempenho, tudo isso afeta a mente do trabalhador, que por vezes já vem um pouco conturbada por problemas pessoais, e acaba-se misturando. Dar essa oportunidade ao funcionário, evita doenças e permite tratá-las precocemente quando já instaladas. Manter um ambiente de trabalho seguro previne agravos à saúde.
 

Valorizar momentos de pausa e descanso

Todo mundo gosta de ter um momento para descansar, ou conversar com o seu colega de trabalho. Proporcionar essas pausas adequadas de repouso e relaxamento, facilitar o contato com arte e atividades culturais, assim como estimular a prática de esportes, são medidas que contribuem para o bem-estar físico, mental e social dos colaboradores.

 

5 momentos para procurar o terapeuta ocupacional

Quem sofreu um AVC, lesão nervosa ou qualquer outra limitação de movimentos pode reaprender ações da vida diária com apoio do profissional  

 

As tarefas da vida diária podem passar despercebidas para quem está saudável, mas não para as pessoas que estão sofrendo com alguma limitação de movimentos. Se você ou um familiar passou recentemente por um AVC, lesão nervosa ou mesmo tem sintomas de Parkinson, reumatismo ou outra patologia, é provável que o médico o encaminhe para o terapeuta ocupacional.

E o que faz o terapeuta ocupacional? Esse é o profissional que auxilia pacientes com problemas físicos, sociais, motores e sensoriais que afetam a realização de ações rotineiras, tão importantes para o bem-estar e a autonomia de todos nós.

A terapeuta ocupacional Syomara Szmidziuk, que atua há 32 anos no apoio a pacientes com diversas patologias, conta que tem percebido bons resultados com o uso de metodologias inovadoras, com destaque para o Método Perfetti e seus equipamentos adaptados. “Toda dor ou alteração no corpo leva a uma alteração cognitiva, e é nesse campo que a técnica atua”, ela explica.

Veja abaixo alguns dos momentos em que a terapia ocupacional poderá ajudar você e sua família:


1 – Pacientes em tratamento pós-AVC

O acidente vascular cerebral, conhecido como derrame, ou AVC, não se restringe à terceira idade, e tem acometido muitos jovens com longa vida ativa pela frente. Seja na idade em que o paciente estiver, a terapia ocupacional ajuda na recuperação do AVC e possíveis sequelas. “O mais frequente é a pessoa desanimar após alguns meses de tratamento, e aí entra a empatia do terapeuta e a habilidade em indicar a melhor técnica caso a caso”, explica a terapeuta. Na reabilitação neurocognitiva, é possível reeducar os movimentos, enxergar resultados e voltar a acreditar na melhora.


2 – Paralisia cerebral

Seja qual o motivo causador da paralisia cerebral na criança ou no adulto, ela pode trazer perda do equilíbrio, afetar o andar, a fala, trazer incoordenação motora e até movimentos involuntários. O tratamento com terapeuta ocupacional ensina que o corpo é um todo, através do cognitivo, o que estimula mais a área lesionada e reeduca o cérebro.


3 – Reumatismo

O prolongamento da vida profissional traz a necessidade de prevenir e tratar o reumatismo ao mínimo sintoma. E o terapeuta ocupacional segue ao lado do paciente. Com exercícios neurocognitivos, é possível usar corpo e cérebro para achar soluções de reabilitação.


4 - Parkinson

Após o diagnóstico da doença de Parkinson, feita pelo médico por meio de avaliação neurológica, o terapeuta ocupacional pode ajudar o paciente a lidar com os tremores, diminuir a rigidez nas pernas, braços e tronco, bem como proporcionar a reeducação dos movimentos e postura e principalmente reorganizar suas atividades de vida diária.


5 - Lesões nervosas

O termo pode não ser de fácil compreensão, mas para quem passa por um trauma, seja por acidente de trânsito ou esportivo, por exemplo, a lesão nervosa traz sérias complicações e requer o apoio de um terapeuta ocupacional no reaprendizado de movimentos. Isso porque os nervos estão sujeitos a danos causados por ferimentos, estiramento, traumatismo, fratura, esmagamento e compressão, entre outros.

Seja em qual caso seu familiar se enquadre, é importante ajudá-lo a permanecer na terapia, realizar os exercícios adequadamente e nunca desistir.

 

 Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 32 anos como terapeuta ocupacional, e tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio para bebês, terapia infantil e juvenil, para adultos e terceira idade. Desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão, e possui treinamento em contenção induzida, Perfetti (introdutório), Imagética Motora (básico), Bobath e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.


Cinco mitos e verdades sobre procedimentos da Medicina Nuclear

  

A Medicina Nuclear é uma especialidade que gera muitas dúvidas no público em geral. A falta de conhecimento sobre como é utilizada, qual a ação efetiva e possíveis reações favorece a disseminação de informações incorretas. Desta forma, surgem mitos e suposições que não condizem com a realidade. Para começar a esclarecer algumas dessas questões, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) elencou 5 mitos e verdades sobre a especialidade:
 

1 - Existem riscos no uso de substâncias radioativas para procedimentos de saúde?

Não! Diferente do que se pode imaginar, a quantidade de radiação utilizada na medicina nuclear é muito pequena e a injeção aplicada é raramente ligada a qualquer efeito colateral ou adverso. Por esta razão, o procedimento chega a ser até menos arriscado do que tomar um comprimido para dor de cabeça.

 

2- A exposição a exames da área aumenta o risco de surgimento de câncer?

Os exames da Medicina Nuclear utilizam baixas dosagens de substâncias radioativas, que são expelidas pelo corpo pouco tempo após a realização do mesmo. Vale lembrar que o organismo é capaz de responder a qualquer dano por vários mecanismos de defesa, reparo ou eliminação.
 

A radiação pode tornar-se um problema quando administrada de forma intensa e em doses altas, o que não ocorre nos exames nucleares. Não existem dados que confirmem a hipótese de que as doses de radiação dos radiofármacos de diagnóstico causam danos a quaisquer órgãos de mulheres ou homens!
 

3 - A Radiologia e a Medicina Nuclear exercem o mesmo papel?

Não! As duas especialidades têm semelhanças. Elas utilizam a radiação para obter imagens, mas a Radiologia utiliza imagens anatômicas e estáticas, já na Medicina Nuclear não. O paciente nuclear recebe uma substância radioativa, os chamados de radiotraçadores ou radiofármacos, e passa por máquinas que detectam essa radiação, o que permite uma análise das alterações funcionais das estruturas internas do corpo da pessoa examinada. As especialidades médicas que atuam em imagem são complementares e trabalham em harmonia.

 

4- Alérgicos a iodo podem fazer radioiodoterapia?

A radioiodoterapia é uma abordagem utilizada para tratar o câncer de tireoide depois do procedimento cirúrgico e consiste na administração, por via oral, do iodo-131, que é um elemento radioativo. Seu preparo inclui uma dieta pobre em iodo por aproximadamente duas semanas antes da realização desse procedimento e o aumento de um hormônio chamado TSH. O iodo radioativo consegue encontrar as células cancerígenas da tireoide que eventualmente escaparam do tratamento cirúrgico. A tireoide e o câncer de tireoide captam o iodo. Assim, o iodo-131 leva radiação diretamente às células tumorais, causando sua destruição.

Alérgicos a iodo podem sim fazer radioiodoterapia. A quantidade de iodeto, íon de iodo encontrado nos frutos do mar e no sal de cozinha, é muito pequena no composto de radioiodoterapia, então não gera restriçã

 

5- Mulheres grávidas ou lactantes podem fazer exame de Medicina Nuclear?

Os exames da especialidade não são recomendados para mulheres com suspeita ou confirmação de gravidez. Pode haver liberação em casos excepcionais, em que o médico responsável pelo acompanhamento avaliará a relação entre risco e benefício. 

Já as lactantes devem consultar o médico antes de realizar o procedimento, pois há possibilidade de realização do exame desde que o leite seja descartado até que o radiofármaco seja totalmente eliminado do corpo. Este tempo varia de acordo com o procedimento realizado uma vez que cada radiofármaco tem uma meia-vida específica.


Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear – SBMN  


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