O dia 1 de outubro é conhecido como o Dia do Idoso, e dar cuidados especiais aos idosos é importante como parte da conscientização. A prática de exercícios físicos é bem vinda, pois oferece diversos benefícios de saúde física e mental. Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), criador do método Performance+, explica a importância dessa prática, confira:
Segundo ele, primeiramente, é importante entender que: “a primeira verdade é sobre envelhecimento é que todos envelhecem, a segunda verdade é que todos envelhecem de forma diferente” (Spirduso, 2005). De modo geral, o exercício físico vai além da estética, ele também previne e ajuda no combate a doenças como câncer, hipertensão, diabetes, ansiedade, problemas cardiovasculares. Além disso, ele também promove o aumento de força para o idoso, aumento da massa óssea, diminuindo a possibilidade de quedas e ainda fortalece o sistema imunológico.
As atividades
físicas mais adequadas para os idosos envolvem principalmente a musculação.
“É claro que podem realizar outras atividades, sim, entretanto é a musculação,
a única que será capaz de promover e atrasar os ‘problemas’ do avançar da idade
e na tentativa de eliminar os perigos do sedentarismo para um idoso como:
fragilidade, sarcopenia, dinapenia, entre outras”, comenta Matheus. As razões
que justificam um idoso na musculação são inúmeras e são elas: prevenção de
quedas e aumento da massa óssea, aumento de força, fortalecimento das
articulações, tendões e ligamentos, redução do peso corporal, prevenção de
doenças arteriais e articulares.
Regulação dos hormônios para envelhecimento saudável
De acordo com Sofia Pereira, médica atuante em neuroendocrinologia do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais)/Cabo Frio, a prática regular de exercícios físicos é crucial para a regulação de hormônios como cortisol e insulina. “Exercícios moderados ajudam a reduzir os níveis cronicamente elevados de cortisol, que estão associados ao estresse e à inflamação, fatores que aceleram o envelhecimento. Além disso, o exercício melhora a sensibilidade à insulina, diminuindo o risco de diabetes tipo 2 e facilitando o controle dos níveis de glicose no sangue, o que é fundamental para o envelhecimento saudável”, comenta.
A atividade física também favorece o equilíbrio de outros hormônios, como hormônios tireoidianos e a testosterona e o estrogênio, que influenciam a massa muscular, densidade óssea e bem-estar geral.
Os exercícios físicos atuam diretamente na regulação do sistema neuroendócrino, ajudando a manter o equilíbrio hormonal e a função cognitiva. Em idosos, eles podem estimular a liberação de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, que afetam o humor e a cognição, além de estimularem fatores neurotróficos. Exercícios físicos estimulam a função da tireoide, aumentando a produção de T3 e T4, hormônios que ajudam a regular o metabolismo energético. Isso pode levar a uma maior queima de calorias e à manutenção de um peso corporal saudável. Para os idosos, os exercícios físicos são vitais para a manutenção da massa muscular, da densidade óssea e da saúde cardiovascular.
“Na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, há melhora no fluxo sanguíneo cerebral, favorecendo a neurogênese (formação de novos neurônios) e a plasticidade cerebral, que são fundamentais para a memória e o aprendizado. O exercício também promove a liberação de fatores neurotróficos, como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que protege as células nervosas e melhora a conectividade entre elas. Esses efeitos contribuem para a redução do declínio cognitivo e o risco de doenças neurodegenerativas”, diz Sofia.
Já a vida
sedentária na terceira idade aumenta o risco de distúrbios hormonais e
metabólicos, como resistência à insulina, obesidade, dislipidemia e aumento
crônico dos níveis de cortisol. Esses fatores contribuem para o desenvolvimento
de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. A
inatividade também pode acelerar a perda de massa muscular e óssea, levando à
sarcopenia e osteoporose e aumentando o risco de fraturas. A prática regular de
atividade física ajuda a prevenir esses problemas, melhorando o metabolismo,
regulando os hormônios e fortalecendo músculos e ossos, além de promover uma
melhor saúde mental.
Cuidados a serem tomados
Alguns cuidados e precauções são necessários ao planejar um programa de exercícios para idosos, porém, Matheus ressalta que são cuidados iguais para qualquer outro indivíduo. Entretanto vale lembrar que esses cuidados só podem ser vistos em um processo de avaliação, ou seja, não existe prescrição de exercícios sem a devida avaliação. Para o idoso, além de avaliação física antropométrica que são capazes de identificar medidas corporais, % de gordura, avaliação postural, também é possível realizar uma bateria de testes que irá testar a capacidade funcional deste idoso, conhecida também como: Sênior Fitness Test.
A adaptação de exercícios para atender às necessidades individuais e limitações físicas dos idosos também pode ser necessária, e isso se faz por meio de uma boa avaliação física funcional para entender seus objetivos, necessidades e preferências. Apenas com uma boa avaliação e análise de movimento correta será possível realizar qualquer tipo de adaptação para o treinamento.
A atividade física
pode contribuir para a saúde mental e emocional dos idosos pois é capaz não
apenas de proporcionar a redução de dores, mas também na promoção do sistema de
recompensa, alteração no humor, efeito ansiolítico, sensação de bem estar,
diminuição do estresse, interação social e na prevenção de doenças mentais como
Alzheimer, Parkinson, entre outras.
FONTES:
Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), criador do método Performance+. Com o objetivo de cuidar não apenas da capacidade física, mas também da saúde mental, o método promete resultado em até 12 semanas e visa ajudar os alunos que desejam chegar até a alta performance do corpo sem se machucar. Matheus é graduado em Educação Física pela Universidade Estácio de Sá, pós graduado em Ciência da Performance Humana pela UFRJ e aluno de mestrado no Programa de Pós Graduação e Pesquisa em Medicina Radiologia Clínica - Departamento de diagnóstico por imagem - Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (DDI/EPM/UNIFESP). O professor acumula experiência nas áreas de reabilitação de lesão e performance.
Sofia Pereira, médica atuante em neuroendocrinologia do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais)/Cabo Frio. Pós graduada em endocrinologia e metabologia pela faculdade IPEMED de Ciências Médicas. Pós graduada em neurologia - IBCMED. Em sua prática clínica, atende homens e mulheres que buscam saúde, performance física, longevidade e bem-estar, além de cuidados com a saúde mental e neurotransmissores. CRM 52-996181.
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