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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Cinco mitos e verdades sobre procedimentos da Medicina Nuclear

  

A Medicina Nuclear é uma especialidade que gera muitas dúvidas no público em geral. A falta de conhecimento sobre como é utilizada, qual a ação efetiva e possíveis reações favorece a disseminação de informações incorretas. Desta forma, surgem mitos e suposições que não condizem com a realidade. Para começar a esclarecer algumas dessas questões, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) elencou 5 mitos e verdades sobre a especialidade:
 

1 - Existem riscos no uso de substâncias radioativas para procedimentos de saúde?

Não! Diferente do que se pode imaginar, a quantidade de radiação utilizada na medicina nuclear é muito pequena e a injeção aplicada é raramente ligada a qualquer efeito colateral ou adverso. Por esta razão, o procedimento chega a ser até menos arriscado do que tomar um comprimido para dor de cabeça.

 

2- A exposição a exames da área aumenta o risco de surgimento de câncer?

Os exames da Medicina Nuclear utilizam baixas dosagens de substâncias radioativas, que são expelidas pelo corpo pouco tempo após a realização do mesmo. Vale lembrar que o organismo é capaz de responder a qualquer dano por vários mecanismos de defesa, reparo ou eliminação.
 

A radiação pode tornar-se um problema quando administrada de forma intensa e em doses altas, o que não ocorre nos exames nucleares. Não existem dados que confirmem a hipótese de que as doses de radiação dos radiofármacos de diagnóstico causam danos a quaisquer órgãos de mulheres ou homens!
 

3 - A Radiologia e a Medicina Nuclear exercem o mesmo papel?

Não! As duas especialidades têm semelhanças. Elas utilizam a radiação para obter imagens, mas a Radiologia utiliza imagens anatômicas e estáticas, já na Medicina Nuclear não. O paciente nuclear recebe uma substância radioativa, os chamados de radiotraçadores ou radiofármacos, e passa por máquinas que detectam essa radiação, o que permite uma análise das alterações funcionais das estruturas internas do corpo da pessoa examinada. As especialidades médicas que atuam em imagem são complementares e trabalham em harmonia.

 

4- Alérgicos a iodo podem fazer radioiodoterapia?

A radioiodoterapia é uma abordagem utilizada para tratar o câncer de tireoide depois do procedimento cirúrgico e consiste na administração, por via oral, do iodo-131, que é um elemento radioativo. Seu preparo inclui uma dieta pobre em iodo por aproximadamente duas semanas antes da realização desse procedimento e o aumento de um hormônio chamado TSH. O iodo radioativo consegue encontrar as células cancerígenas da tireoide que eventualmente escaparam do tratamento cirúrgico. A tireoide e o câncer de tireoide captam o iodo. Assim, o iodo-131 leva radiação diretamente às células tumorais, causando sua destruição.

Alérgicos a iodo podem sim fazer radioiodoterapia. A quantidade de iodeto, íon de iodo encontrado nos frutos do mar e no sal de cozinha, é muito pequena no composto de radioiodoterapia, então não gera restriçã

 

5- Mulheres grávidas ou lactantes podem fazer exame de Medicina Nuclear?

Os exames da especialidade não são recomendados para mulheres com suspeita ou confirmação de gravidez. Pode haver liberação em casos excepcionais, em que o médico responsável pelo acompanhamento avaliará a relação entre risco e benefício. 

Já as lactantes devem consultar o médico antes de realizar o procedimento, pois há possibilidade de realização do exame desde que o leite seja descartado até que o radiofármaco seja totalmente eliminado do corpo. Este tempo varia de acordo com o procedimento realizado uma vez que cada radiofármaco tem uma meia-vida específica.


Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear – SBMN  


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