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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Consumidores brasileiros apontam falta de representatividade em marcas de moda e vestuário, aponta pesquisa

  

Levantamento da consultoria Dubu revela que apenas 20% das pessoas se identificam com modelos retratados nos anúncios do setor


Pesquisa da consultoria Dubu, consultoria de estratégia para marcas e negócios, revela que 80% dos brasileiros não se reconhecem ou se reconhecem apenas parcialmente com as pessoas representadas nos anúncios de marcas de moda e vestuário. Ao todo, 35% disseram não se identificar, enquanto 45% disseram se identificar de modo parcial com os corpos representados na publicidade. Apenas 31% afirmaram que as marcas desse setor oferecem produtos que respeitam seus corpos. Batizado de “Sem Cabimento”, o estudo foi realizado com pessoas entre 16 e 50 anos em todo o Brasil.

A pesquisa indicou ainda quais são as marcas de moda e vestuário que melhor realizam trabalhos de aceitação dos corpos. Ao todo, Renner, Nike e C&A receberam 12% das citações espontâneas cada, seguidos por Adidas com 10% e Riachuelo, com 8%. Mais de 40 marcas foram citadas no total.

“A presença de marcas de departamento entre as mais mencionadas indica como o acesso – econômico e logístico - é importante para os brasileiros quando o tema é moda”, pondera Ivan Scarpelli, sócio e cofundador da Dubu. “Estas marcas estão mais presentes com suas lojas e ofertas digitais em todo o Brasil, com portfolios variados que conectam os estilos dos consumidores, facilitando a compra com oferta de crédito e parcelamentos”.

O levantamento nota a importância dos investimentos destas marcas no mercado plus size, destacando esta estratégia como um caminho para democratizar acesso e ampliar o reconhecimento de múltiplos corpos. “As varejistas de moda apontadas na pesquisa apostam na diversidade como um caminho importante de reconhecimento e fidelização”, destaca Anna Beatriz Azem, sócia e confudadora da Dubu. “Este movimento é importante para um segmento que ainda é percebido de forma muito conflituosa e que pede por mais investimentos para o bem-estar e inclusão de seus consumidores”. De fato, a pesquisa indica como os brasileiros percebem como setores de moda e vestuário afetam seus corpos positivamente e negativamente na mesma proporção (38%), destacando espaços de oportunidade para estes mercados.

Geração Z – Questionadas sobre quais são as marcas de moda e vestuário prediletas da Geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, os respondentes apontaram espontaneamente Riachuelo (14%), Nike (13%), C&A e Renner (12% cada), Marisa (9%) e Adidas (8%). O índice de rejeição de marcas nestes segmentos chegou a 42%, o maior entre todas as idades. “Verificamos que 92% destes jovens acreditam que a autoestima está associada com a aparência, o que reforça a importância de um trabalho de aproximação que valorize representações genuínas e o retrato dos corpos como são na realidade – algo que é fundamental para esta audiência”, indica Scarpelli.

Sobre a pesquisa Sem Cabimento - A pesquisa “Sem Cabimento” é inspirada em um experimento realizado pelo ginecologista Robert L. Dickinson e pelo artista Abram Belskie em 1945. A dupla criou duas esculturas com o objetivo de representar aqueles que seriam os corpos de um homem (Normman) e de uma mulher (Norma) considerados comuns. Para a pesquisa, foram realizadas 500 entrevistas quantitativas com pessoas de todo o Brasil, de ambos os sexos, com idades entre 16 e 50 anos. O índice de confiança é de 95%.

 

Dubu
www.dubu.com.br


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