Levantamento da
consultoria Dubu revela que apenas 20% das pessoas se identificam com modelos
retratados nos anúncios do setor
Pesquisa da
consultoria Dubu, consultoria de estratégia para marcas e negócios, revela que
80% dos brasileiros não se reconhecem ou se reconhecem apenas parcialmente com
as pessoas representadas nos anúncios de marcas de moda e vestuário. Ao todo,
35% disseram não se identificar, enquanto 45% disseram se identificar de modo
parcial com os corpos representados na publicidade. Apenas 31% afirmaram que as
marcas desse setor oferecem produtos que respeitam seus corpos. Batizado de
“Sem Cabimento”, o estudo foi realizado com pessoas entre 16 e 50 anos em todo
o Brasil.
A pesquisa indicou ainda quais são as marcas de moda e vestuário que
melhor realizam trabalhos de aceitação dos corpos. Ao todo, Renner, Nike e
C&A receberam 12% das citações espontâneas cada, seguidos por Adidas com
10% e Riachuelo, com 8%. Mais de 40 marcas foram citadas no total.
“A presença de marcas de departamento entre as mais mencionadas indica
como o acesso – econômico e logístico - é importante para os brasileiros quando
o tema é moda”, pondera Ivan Scarpelli, sócio e cofundador da Dubu. “Estas
marcas estão mais presentes com suas lojas e ofertas digitais em todo o Brasil,
com portfolios variados que conectam os estilos dos consumidores, facilitando a
compra com oferta de crédito e parcelamentos”.
O levantamento nota a importância dos investimentos destas marcas no
mercado plus size, destacando esta estratégia como um caminho para democratizar
acesso e ampliar o reconhecimento de múltiplos corpos. “As varejistas de moda
apontadas na pesquisa apostam na diversidade como um caminho importante de
reconhecimento e fidelização”, destaca Anna Beatriz Azem, sócia e confudadora
da Dubu. “Este movimento é importante para um segmento que ainda é percebido de
forma muito conflituosa e que pede por mais investimentos para o bem-estar e
inclusão de seus consumidores”. De fato, a pesquisa indica como os brasileiros
percebem como setores de moda e vestuário afetam seus corpos positivamente e
negativamente na mesma proporção (38%), destacando espaços de oportunidade para
estes mercados.
Geração Z – Questionadas sobre quais são as marcas de moda e vestuário
prediletas da Geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, os
respondentes apontaram espontaneamente Riachuelo (14%), Nike (13%), C&A e
Renner (12% cada), Marisa (9%) e Adidas (8%). O índice de rejeição de marcas
nestes segmentos chegou a 42%, o maior entre todas as idades. “Verificamos que
92% destes jovens acreditam que a autoestima está associada com a aparência, o
que reforça a importância de um trabalho de aproximação que valorize
representações genuínas e o retrato dos corpos como são na realidade – algo que
é fundamental para esta audiência”, indica Scarpelli.
Sobre a pesquisa Sem Cabimento - A pesquisa “Sem Cabimento” é inspirada
em um experimento realizado pelo ginecologista Robert L. Dickinson e pelo
artista Abram Belskie em 1945. A dupla criou duas esculturas com o objetivo de
representar aqueles que seriam os corpos de um homem (Normman) e de uma mulher
(Norma) considerados comuns. Para a pesquisa, foram realizadas 500 entrevistas
quantitativas com pessoas de todo o Brasil, de ambos os sexos, com idades entre
16 e 50 anos. O índice de confiança é de 95%.
www.dubu.com.br
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