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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Como fica a questão do direito do consumidor na venda de máscaras de proteção no Brasil?


Advogada especialista em Direito do Consumidor e consultora da Máscara Delivery fala sobre as necessidades urgentes do comércio de máscaras de proteção no Brasil e indaga: as pessoas sabem o que estão comprando?


A pandemia da covid-19 trouxe à tona uma necessidade urgente, a do comércio de máscaras de proteção. No Brasil, a lei que garante o direito a sabermos mais sobre as máscaras que estão sendo vendidas é o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Toda vez que uma máscara é vendida, há uma relação de consumo. Mas as pessoas sabem o que estão comprando?

De acordo com o artigo 6º do CDC, é direito básico do consumidor o acesso à informação verdadeira, clara e precisa sobre as características dos produtos. E, uma vez que estamos falando de um produto necessário para a contenção de uma pandemia, o fornecedor de máscaras deve seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e informar o consumidor sobre as características do produto. Esta informação deve de preferência vir em etiqueta fixa ou destacável na própria máscara, mas, caso não seja possível, deve constar da embalagem a informação, como quantas camadas ela possui e de que matérias-primas ela é produzida.

De acordo com a Anvisa, é recomendável que a máscara manufaturada tenha três camadas: uma camada de tecido não impermeável na parte frontal (externa), tecido respirável no meio (normalmente um tecido fundido ou filtro) e um tecido de algodão na parte em contato com a superfície do rosto (parte interna).

Infelizmente, existe hoje no Brasil uma total desinformação a respeito destes produtos, especialmente porque há pessoas que sequer perceberam que ao vender uma máscara, elas se tornam fornecedoras e estão sob a égide do Código de Defesa do Consumidor. E não são apenas as pessoas jurídicas que são fornecedoras. Qualquer pessoa que entrega um produto mediante remuneração se torna fornecedora, como determina o artigo 3º do mesmo Código.

Levando em conta as determinações da Anvisa para a produção de máscaras faciais para uso civil, podem ser utilizados algodão, combinações de algodão com materiais sintéticos, e Tecido Não Tecido (TNT), desde que respeitadas as três camadas e que o tecido não cause alergia, sendo adequado para uso humano, como é o caso das máscaras Pradix de tripla proteção disponibilizadas no www.mascaradeliveryoriginal.com.br.

Devem ser evitados os tecidos que possam irritar a pele, como poliéster puro e outros sintéticos, o que faz a recomendação recair preferencialmente por tecidos que tenham praticamente algodão na sua composição. Com relação a isso, os fabricantes devem tomar cuidado para que o tecido de algodão utilizado não venha a causar desconforto respiratório, a fim de manter um fluxo respiratório saudável.

É preciso levar com consideração o nível de proteção oferecido por cada máscara. Neste gráfico, é possível verificar a relação entre Locais de Risco de Contágio de Covid-19 e Tipos de Máscaras:


Importante lembrar que o fornecedor deve cumprir a oferta feita. Dessa forma, se o vendedor informar que a máscara tem três camadas e é feita de determinado tecido, isso deve ser rigorosamente cumprido.

Acredito que o CDC já é bastante completo e serve para toda e qualquer relação de consumo. É uma lei moderna que traz princípios sobre a relação de consumo e, em conjunto com as determinações de Anvisa, é possível já saber como agir e também resolver possíveis problemas. Porém, tendo em vista a situação atípica de pandemia em que vivemos, um possível adendo à legislação contemplando a questão específica das máscaras de proteção viria em boa hora.

Para finalizar, de acordo com o artigo 39 do CDC, é considerada prática abusiva colocar no mercado de consumo qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes. Portanto, ainda que a Anvisa tenha denominado tais características como recomendações, tal denominação se enquadra para os casos em que as pessoas confeccionam as suas próprias máscaras. À medida em que elas são vendidas, ou seja, a partir do momento em que há objetivo de lucro, essas recomendações passam a ser determinações. E seu descumprimento é passível de sanções de acordo com a legislação vigente.





Dra. Tatiana Viola de QueirozAdvogada, sócia e idealizadora do escritório Viola & Queiroz Advogados. Pós-graduada e especialista em Direito do Consumidor, em Direito à Saúde e em Direito Bancário. Pós-graduanda no Transtorno do Espectro Autista. Integrante da Comissão de Saúde Pública da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Palestrante e Professora da OAB – Seção de São Paulo.


O setor de turismo está abalado perante pandemia


Muitas viagens foram prorrogadas ou até canceladas

Em tempos de quarentena e isolamento social, um dos setores mais afetados pela pandemia é o turismo. Alguns países adotaram o lockdown completo e fecharam suas fronteiras, a dúvida se o consumidor deve adiar ou cancelar a viagem tão esperada se tornou pertinente.

Além do possível cancelamento das viagens, passagens e hospedagens já adquiridas pelos consumidores, a preocupação reside também na perda das milhas acumuladas para o passeio que ainda não saiu do papel.

A fim de minimizar os prejuízos suportados pelos consumidores e incentivar o aquecimento futuro do setor de turismo, diversos programas de fidelidade estão estendendo seus prazos para o uso de pontos.

Com o futuro incerto em relação as viagens aéreas, um casal que havia comprado um pacote de viagem para este mês de maio, decidiu cancelar diante pandemia, foi pedido a devolução do dinheiro à companhia, entretanto a corporação apresentou que não poderia devolver o valor e ofereceu ao casal a oportunidade da viagem ser remarcada.

O casal decidiu que não gostaria de remarcar a viagem pois ela tinha um propósito que já havia passado, logo após eles entraram com uma ação no juizado especial requerendo seus direitos, e ganharam. A advogada Sabrina Rui explica, “O juiz entende que como o consumidor não deu causa, ele tem o direito a ser ressarcido, entretanto, em razão da pandemia é necessário se ter um olhar para as companhias também, que não podem ser obrigadas a devolverem o dinheiro em uma parcela só, já que a crise afeta todos”. Ressalta-se que, antes do COVID-19 se o consumidor entrasse com uma ação pedindo a devolução do dinheiro, este processo deveria ser realizado de imediato.

Sabrina apresenta, “Não se olvida que o cenário atual obriga um olhar ainda mais atento à situação de ambas as partes e é justamente por esta razão que à companhia aérea será deferido prazo dilatado para o reembolso, período este que permitiria a atenuação de seus prejuízos”. Neste caso específico, ficou determinado que o valor do pacote fosse devolvido em 12 vezes para o casal que perdeu a viagem.

Este momento, com certeza mudará a forma como as empresas operam, muitos detalhes precisam ser analisados para que não ocorra incidências de ilegalidades.

Se atendo ao lado das companhias, mesmo com as aeronaves paradas no aeroporto elas necessitam de manutenção regular, e junto a isso profissionais devidamente capacitados para realizar os ajustes. Aos consumidores, muitos utilizaram o dinheiro devolvido das viagens para quitar as dívidas que a quarentena fez surgir.

A advogada finaliza dizendo que é essencial o bom senso de se olhar por ambas as partes, e que a negociação pode ser a melhor opção neste momento, mesmo que não esteja claro o futuro, se replanejar valerá a pena.





Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário
SR Advogados Associados
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@sradvassociados
(41) 3077-6474
Rua Riachuelo, nº 102 - 20º andar - sala 202, centro – Curitiba.

Como separar as despesas pessoais das contas da empresa


Unir as contas pessoais com o do seu negócio pode causar muitos prejuízos, essa prática deve ser banida.

Manter uma organização financeira pode parecer uma tarefa difícil e por isso, “emaranhar” as contas pessoais com as dos negócios é um problema comum nas pequenas e médias empresas, entretanto esta prática pode ser perigosa e não deve ser levada adiante.

Gisele Machioski, contadora, explica ”O empreendedor acaba tirando dinheiro da empresa para pagar as contas pessoais e de casa, e a empresa pode enfrentar sérios problemas financeiros, até mesmo quebrar por esse motivo”.

Ao mesclar as contas o empreendedor pode perder o controle das finanças da empresa e ainda sentir que a mesma não está faturando o suficiente, ou de que o sócio não tira nada do negócio. Além disso, o trabalhador perde a visão dos gastos e não os consegue gerenciar.

Saber como separar finanças pessoais das empresariais é algo a que todos devem ficar atentos desde o princípio da criação do seu negócio.

Gisele apresenta 5 dicas de como resolver essa questão de uma vez por todas:


 1 - Pague as suas despesas pessoais pela sua conta bancária ou com o seu dinheironunca leve suas despesas de casa para a empresa, nem o contrário.


2 –Tenha uma conta corrente separada: Não tem problema “misturar” os valores se você for organizado e separar o que é a da empresa e o que é pessoal por meio de planilha ou caderno por exemplo, mas o ideal é ter contas separadas para cada atividade.


3 – Defina seu salário e suas retiradas da empresa: o valor não deve ser definido pelo que o empresário precisa, todo o lucro da empresa não deve ir para o bolso do dono!

O controle do que entra, do que sai e do que sobra é fundamental para definir o “salário” ou a retirada que o dono pode ter.


4 – Busque ajuda: Se você não se sente seguro para controlar as finanças e fazer tudo sozinho, contrate um profissional ou um sistema que possa ajudar. É preciso ter informações claras para saber onde está o problema e poder resolver. 


5 – Caso utilize o mesmo carro, mesmo aluguel, mesmo celular e mesma energia elétrica: é preciso separar o que é da empresa e o que é pessoal, por exemplo 40% pessoal e 60% da empresa. Mesmo que as contas sejam únicas, deve haver esse isolamento e também o “reembolso” pelas partes. O importante é deixar bem especificado o que é gasto com a empresa e o que é gasto com as despesas pessoais.

Neste momento delicado de crise, se faz de extrema importância que o empreendedor saiba gerenciar as contas que possui e assim levar os negócios adiante, “Montar um sistema de organização para as finanças da empresa é o primeiro e mais importante passo a se dar” finaliza a contadora.




Machioski Contabilidade
Gisele Machioski - Contadora
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Estudo mostra que brasileiros pretendem continuar enviando dinheiro ao exterior, mesmo com a crise


Pesquisa do Grupo Croma encomendada pela fintech Remessa Online aponta ainda que renda informal não é impeditivo para as transferências acontecerem


Um levantamento feito pelo Grupo Croma a pedido da Remessa Online, plataforma brasileira de transferências internacionais, mostra que boa parte dos brasileiros pretende intensificar as remessas internacionais ainda este ano. Apesar da atual conjuntura, a expectativa é que as operações de envio de dinheiro ao exterior cresçam 31% e as de recebimento de dinheiro internacional tenham um aumento de 42% até o final do ano. 

A pesquisa, que ouviu mais de 1.000 pessoas de todas as regiões do Brasil que realizaram alguma transação para fora do país nos últimos 12 meses, aponta outras curiosidades sobre remessas internacionais. Entre elas aparece que a baixa renda não é um impeditivo para realizar as movimentações. Além disso, o levantamento mostra que a maioria das remessas ocorre sem planejamento prévio, além de haver uma diferenciação por gênero - sendo o público feminino o que faz operações de envio e recebimento de dinheiro do exterior com maior frequência.

O estudo revela que apenas metade dos entrevistados possui uma situação de trabalho estável (profissionais empregados em período integral) e que a renda sem previsibilidade não impede as transações -  que acontece é que elas acabam sendo realizadas por um ticket médio anual mais baixo. A maioria realiza até 6 operações por ano, movimentando até R$ 5 mil em cada uma. “Com as relações de trabalho cada vez mais globalizadas, modelos remotos em que os processos acontecem mesmo com o empregador e o prestador de serviço estando em diferentes países estão ficando cada vez mais comum, o que impacta diretamente no fluxo de valores transacionados” comenta Alexandre Liuzzi, co-fundador e diretor de estratégia da Remessa Online. 

Entre as operações mais realizadas estão o uso do cartão de crédito no exterior em primeiro lugar (53%), seguido por recebimento de dinheiro (52%), câmbio de moeda (48%) e envio de dinheiro ao exterior (27%). O dólar foi a principal moeda movimentada, usado em mais de 70% das transações, e os Estados Unidos foi o país mais mencionado nas operações de envio e recebimento de valor (mais de 59%), seguido por Portugal (mais de 13%), Inglaterra (mais de 12%) e Espanha (mais de 8%). 

Outro fator curioso levantado pela pesquisa foi o não-planejamento das operações: para 55%, as remessas acontecem conforme a necessidade, sem organização prévia. “O caráter consultivo e de avaliador das melhores oportunidades de mercado que dispomos para auxiliar o usuário é essencial para a concretização das operações internacionais. Oferecendo uma transação sem amarras e com estímulo ao planejamento, os usuários voltam, estabelecendo assim uma relação genuína e assertiva” complementa Liuzzi.  

A pesquisa mostra também a força do digital - em especial nas operações de envio e de recebimento entre contas, em que 75% dos que enviaram dinheiro e 84% dos que receberam dinheiro do exterior realizam a operação online. A experiência no ambiente online pautada pela praticidade e segurança em concretizar a operação sem amarras, de qualquer lugar, é a chave do sucesso para o serviço financeiro digital. 


Diferenças por gênero

A pesquisa constatou ainda uma diferenciação baseada no gênero, mostrando que os homens realizam mais operações de câmbio e de uso do cartão de crédito se comparado às mulheres (2x mais operações de câmbio e 1,5x mais uso do cartão de crédito fora do Brasil) e transacionam valores maiores (de 50 a 300% mais, dependendo da operação). No entanto, o público feminino é mais representativo nas operações de envio de dinheiro do exterior, sendo as operações mais realizada por 55% delas, e também quando se trata do percentual dos que têm interesse em abrir conta no exterior (32% dos interessados são mulheres e 23% homens).  

A pesquisa foi conduzida pelo Grupo Croma com mais de 1.000 entrevistados do Brasil, homens e mulheres com 20 anos ou mais, entre os dias 24 a 31 de março de 2020.




Remessa Online


Pós-pandemia: Novas tensões socioculturais exigem novas respostas por parte das marcas


Empresas devem ajudar a criar produtos e serviços que abordem essas necessidades que surgiram durante a quarentena


Quase chegando à marca dos três meses de quarentena, o Brasil vislumbra uma possível flexibilização. A vida durante o lockdown alterou coisas que considerávamos garantidas e fundamentalmente afetando nossos valores e comportamentos. Ainda assim, a maioria das marcas está se comunicando de forma homogênea. “As marcas precisam entender essa nova realidade e precisam 'consertar' seu ponto de vista dentro dela para poderem ser ouvidas”, afirma Luis Bosisio, diretor de atendimento e planejamento e responsável pela área de Brand da Kantar Brasil.

Para entender esse novo cenário e as tensões identificadas, a Kantar explorou o isolamento e a criatividade usando a EVA, plataforma de análise de imagem nas redes sociais, e especialistas em insights culturais:
  • Foi analisada uma amostra de mais de 20 mil posts no Instagram;
  • Eles foram reunidos pela tecnologia de reconhecimento de imagem da EVA para revelar grandes códigos e temas sobre o tópico;
  • Esses temas foram analisados para entender como eles refletem as tensões humanas e o que isso significa para as marcas.


Tensão 1: Produtividade vs. Bem-estar

As pessoas foram forçadas a rever os significados de sucesso e progresso e a buscar realizações de outras formas. Com isso, as marcas têm a oportunidade de “recalibrar” o conceito de sucesso e oferecer produtos e serviços de acordo.


Tensão 2: Comunidade vs. Desigualdade

Na mídia, vimos muitos conteúdos sobre a crise unindo as pessoas e fortalecendo as comunidades. Mas a realidade da COVID-19 é brutal e evidencia as desigualdades gritantes entre diferentes grupos da nossa sociedade. A oportunidade está em enfrentar essas divisões, se posicionar e assumir um papel relevante em relação à responsabilidade social.


Tensão 3: Introversão vs. Extroversão

A quarentena evidenciou os comportamentos desses dois grupos. Enquanto os introvertidos investiram mais em atividades como desenho, leitura ou meditação, os extrovertidos buscaram novas formas criativas de socializar e ganhar energia por meio de interações virtuais. Com isso, as marcas precisam planejar uma estratégia de marketing e mídia para alcançar os diferentes perfis e pensar em produtos e serviços que possam ser mais adaptáveis.

O entendimento dessas tensões permite que as marcas lidem com essas novas necessidades enquanto continuam fiéis ao propósito central delas. “Posicione-se.  As pessoas esperam que as marcas ajudem se puderem, comportem-se de forma responsável e ofereçam novos produtos/serviços relevantes para essas grandes mudanças”, diz Bosisio.



Kantar

Crianças leem mais notícias e jogam menos online durante o isolamento


Análise global da Kaspersky aponta que a transição das aulas online e o isolamento social influenciaram a mudança de comportamento dos jovens

Desde o início da pandemia do coronavírus, as crianças no mundo inteiro passaram a acompanhar mais notícias, usar com maior frequência as redes sociais e a jogar menos pelo computador. É o que revela o levantamento global Kids On Web (ou Crianças na Internet), realizado pela Kaspersky e que apurou as principais atividades das crianças quando estão online. Os dados são do Kaspersky Safe Kids¹ e foram processados de forma anônima . 
De acordo com os resultados, em janeiro - antes do início do surto nos países do Ocidente -, as crianças dedicavam, em média, 5% do seu tempo à leitura de notícias, 22% aos fóruns e redes sociais e 15% aos jogos eletrônicos. Em março, quando muitos países já estavam em isolamento social, o tempo gasto pelos menores no acesso a notícias subiu para 7%, enquanto o período dedicado aos games caiu para 13% (índice que se manteve estável até o fim de maio). As redes sociais e os fóruns tiveram seu pico em abril, quando as crianças no mundo passaram 27% do seu tempo na internet nessas plataformas.
A análise da Kaspersky relaciona a mudança de comportamento dos jovens ao fato de o computador ter se tornado a sua principal ferramenta de estudo durante a pandemia. Com o fechamento das escolas, as aulas passaram a ser concedidas online e, consequentemente, as crianças estão usando mais a internet de casa para fazer as lições.
"O menor interesse em jogos em computadores pode ser explicado pelo aumento da necessidade de usá-los para outras atividades. Por exemplo, é mais fácil participar do processo educativo em computadores do que em dispositivos móveis. Nós observamos que, embora as crianças estejam passando grande parte de seu tempo em casa, elas usam os computadores sensatamente e não sentem necessidade de mergulhar nos games", comenta Anna Larkina, especialista em análise de conteúdo web da Kaspersky .
A queda no interesse das crianças em jogos refere-se somente ao Windows, pois elas ainda estão mais propensas a jogar em computadores com esse sistema operacional do que em Macs. Provavelmente, isso ocorre porque a maioria dos jogos de computador são lançados para o Windows: por exemplo, nas mais conhecidas lojas de jogos on-line, como o Steam, há um volume bem menor de jogos disponíveis para macOS.

Brasileiros acessam mais notícias e jogam mais
O levantamento revelou também que, na média dos últimos 12 meses, as crianças brasileiras passaram cerca de 17,5% de seu tempo na internet em sites de jogos, e 7% acessando notícias. O índice supera a média global - que é de cerca de 16% e 5%, respectivamente - e coloca o País na quinta posição global em ambos os quesitos.
As crianças brasileiras também se dedicaram mais às conversas em fóruns e redes sociais do que a média mundial. Enquanto os jovens do País passaram cerca de 26% do seu tempo online nessas plataformas, no mundo, a média foi de 24%.
Para oferecer uma experiência positivas às crianças com os jogos online, os especialistas da Kaspersky dão as seguintes dicas:
• Incentive as crianças a avisar sempre que houver algo que as faça sentir desconfortáveis ou incomodadas enquanto estiverem jogando. Observe que nem todas as emoções negativas têm, necessariamente, conotações negativas, e a experiência pode levar até mesmo a um bom aprendizado. Por exemplo, se uma criança não conseguir fazer algo e continuar tentando acertar, pode melhorar sua paciência .
• Se perceber que a criança está passando muito menos tempo jogando no computador durante o período de isolamento, tente descobrir o motivo. Converse com ela e procure entender sua percepção sobre o momento atual, assim como as dificuldades que pode estar enfrentando. Talvez seja hora de verificar se ela não está sobrecarregada com o trabalho da escola.
• Arrumar um tempo para jogar no computador com as crianças ajudará a fortalecer sua relação e a entender melhor o que elas fazem em seu tempo livre .
• Contar com o Kaspersky Safe Kids ajuda a equilibrar o tempo online das crianças ao determinar limites e horários, além de ter avisos sobre potenciais atividades on-line perigosas ou inapropriadas, mas sem desrespeitar a privacidade dela. A solução também oferece recomendações práticas para ajudar as crianças a se comportar de maneira segura on-line .
Para saber mais sobre as o levantamento da Kaspersky, acesse o relatório completo em Securelist.com (em inglês).

¹ A fonte dos dados é o Kaspersky Security Network (KSN) presentes nos dispositivos dos usuários do Kaspersky Safe Kids nas plataformas Windows e macOS. A KSN consiste em uma complexa infraestrutura em nuvem desenvolvida pela Kaspersky e dedicada ao processamento inteligente de fluxos de dados para oferecer proteção aos clientes por meio do envio de detecções em tempo real a milhões de participantes voluntários de todo o mundo.



Kaspersky

Pesquisa aponta diminuição de atendimentos e perdas financeiras nos hospitais com a pandemia


Levantamento divulgado pelo SindHosp e FEHOESP – Sindicato e Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo e realizado pelo IEPAS - Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde traçou um panorama de como os hospitais privados estão lidando com a pandemia. Objetivo foi conhecer as principais dificuldades do público pesquisado e as percepções dos gestores do segmento saúde sobre o momento atual e o futuro. Uma das conclusões é que a grande maioria dos hospitais (86,4%) teve diminuição do número de atendimentos e procedimentos em decorrência da pandemia de Covid-19.


Perdas financeiras

A pesquisa com os hospitais privados de São Paulo avalia que 100% dos entrevistados contabilizam perdas financeiras em razão, principalmente, da suspensão ou cancelamento de procedimentos e cirurgias eletivas. Apenas 14,3% dos hospitais afirmaram estar realizando cirurgias eletivas de acordo com a agenda pré-estabelecida antes da pandemia. 33,3% dos respondentes afirmaram estar avaliando caso a caso e 28,6% só estão realizando cirurgias em casos de urgência/emergência.

As perdas financeiras também são atribuídas por 27,6% dos entrevistados à queda de movimento porque pacientes não procuram os serviços de saúde e outros 27,6% apontam aumento dos custos operacionais e dificuldades de negociação com as operadoras de saúde.

Apesar da crise, 47,6% dos estabelecimentos de saúde devem manter o quadro de colaboradores estável, enquanto 42,86% avaliam a necessidade de contratação para o enfrentamento da pandemia. 59,1% dos hospitais já registraram casos de Covid-19 entre seus colaboradores.


Sumiço de EPIs e aumentos abusivos

100% dos hospitais afirmam que os preços dos insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aumentaram. Máscaras, de todos os tipos, são os itens que mais sofreram aumento, segundo 44,4% dos hospitais. Mais da metade dos entrevistados (54,5%) afirma estar com dificuldades para repor estoques de insumos e EPIs. 63,6%  negociam essa reposição diretamente com os fornecedores.


Leitos

Segundo o levantamento, 73,7% dos hospitais acreditam possuir leitos em número suficiente para atender aos casos de Covid-19. 68,2% disseram ter atendido a pelo menos um caso de Covid-19 por dia. 18,1% afirmaram atender entre 11 e mais de 20 casos diários de suspeitas de Covid-19.

A pandemia diminuiu a taxa de ocupação dos leitos hospitalares. Antes do novo coronavírus, 54,6% dos hospitais informaram uma taxa de ocupação de leitos superior a 70%. Com a pandemia, apenas 27,2% dos hospitais afirmam estar com uma taxa de ocupação de leitos superior a 70%. 

O público participante do Levantamento IEPAS é formado quase que em sua totalidade por hospitais privados voltados ao atendimento da saúde suplementar (95%).  Mais de 76% dos que responderam ao questionário ocupam cargos de decisão dentro dos hospitais.



Como identificar os 4 principais riscos cibernéticos dos aplicativos de rastreamento de infecção pela COVID-19


Os pesquisadores da Check Point alertam para o cuidado com a instalação de aplicativos de rastreamento de contatos, pois seria possível rastrear dispositivos, comprometer a segurança de dados pessoais confidenciais e até gerar relatórios de saúde falsos


O combate à COVID-19 prossegue, especialmente para prevenir infecções e uma nova onda de disseminação do vírus. Para fazer isso, existem muitas empresas e governos no mundo que desenvolvem aplicativos móveis com os quais podem rastrear as pessoas que tiveram resultado positivo para o vírus. No entanto, os pesquisadores da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, alertam para os riscos da instalação desses tipos de aplicativos de serviços e indicam os quatro principais riscos cibernéticos à privacidade de usuários proveniente deles: 
  1. Os dispositivos podem ser rastreados: alguns desses aplicativos de rastreamento exigem o uso do Bluetooth Low Energy (BLE) para funcionar, permitindo que os dispositivos emitam faixas de sinais que facilitam a identificação do contato com outros dispositivos. No entanto, se não for implementado corretamente, um cibercriminoso pode rastrear o dispositivo de uma pessoa mapeando-o e seus respectivos pacotes de sinais de identificação.
  2. A segurança dos dados pessoais pode ser comprometida: obviamente, os aplicativos armazenam registros de contatos, chaves de criptografia e outros dados confidenciais nos dispositivos. Essas informações devem ser cifradas e armazenadas na sandbox de proteção de segurança do aplicativo e não em locais compartilhados. No entanto, mesmo dentro do local seguro na sandbox, se um cibercriminoso obtiver permissões de root ou acesso físico ao dispositivo pode comprometer a privacidade dos dados, especialmente se forem armazenadas informações sensíveis como a localização do GPS, que podem expor dados, como viagens feitas pelo usuário ou locais onde ele esteve nos dias ou semanas anteriores.
  3. Interceptar o tráfego de aplicativos: os usuários podem ser suscetíveis a ataques "Man-in-the-Middle", o que permitiria a um cibercriminoso interceptar todo o tráfego de dados entre o dispositivo e o servidor de aplicativos, caso essa comunicação não esteja corretamente cifrada.
  4. Receber grandes quantidades de informações falsas sobre relatórios de saúde: Os pesquisadores da Check Point alertam que é importante que os aplicativos de contato se autentiquem quando as informações são enviadas para seus servidores, como quando um usuário envia seu diagnóstico e registro de contatos. Sem a devida autorização, pode ser possível inundar os servidores com relatórios de integridade falsos, questionando a confiabilidade de todo o sistema.

"A sociedade ainda não sabe o quão confiáveis ​​e seguros são os aplicativos de rastreamento de contatos. No entanto, após uma revisão inicial, esses tipos de serviços levantaram algumas preocupações sérias para nós. Os aplicativos de rastreamento de contatos devem encontrar um sutil equilíbrio entre privacidade e segurança, pois a aplicação incorreta dos regulamentos de segurança pode comprometer os dados dos usuários. Portanto, ao instalar ou usar esses serviços, é essencial saber quais dados são coletados, como são armazenados e , finalmente, como eles são distribuídos", explica Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Brasil. 


Dicas para garantir a segurança dos dados ao usar esses aplicativos

Esse tipo de serviço coleta uma grande quantidade de dados; assim, para preservar o máximo de anonimato, a Check Point recomenda não vincular qualquer identificador pessoal (número de telefone, dados pessoais e outros dados) a esses aplicativos. Além disso, a empresa também orienta: 
  1. Fazer o download de aplicativos apenas de lojas oficiais: como vários aplicativos falsos já foram detectados durante a pandemia, a recomendação da Check Point para os usuários é instalar aplicativos de rastreamento de contato para o controle da COVID-19 somente através de lojas oficiais de aplicativos, uma vez que eles permitem que apenas as agências governamentais autorizadas publiquem esses aplicativos.
  2. Usar soluções de segurança móvel: fazer o download e instalar uma solução de segurança móvel para analisar aplicativos e proteger o dispositivo contra malware, além de verificar se o dispositivo não foi infectado.

Nesse sentido, a Check Point possui soluções de segurança como o ZoneAlarm Web Secure Free (oferece aos usuários proteção 100% gratuita contra ataques de phishing, downloads maliciosos e sites perigosos), e o SandBlast Mobile (uma solução contra ameaças móveis avançadas com a infraestrutura de proteção de rede no dispositivo e que verifica e controla todo o tráfego de rede do dispositivo para impedir o roubo de informações através de aplicativos, e-mail, SMS, iMessage e aplicativos de mensagens instantâneas).

No Wikipedia há uma lista desses tipos de aplicativos por país, incluindo um do Brasil:





 Check Point Software Technologies Ltd.
 Check Point Blog:https://blog.checkpoint.com/



Overdose de reuniões virtuais: até quando?


“Minha avó do computador”. É assim que minha sobrinha-neta Laura de quatro anos, se refere à sua avó paterna que mora nos Estados Unidos. Elas se vêem fisicamente uma ou duas vezes ao ano e várias vezes por semana, via zoom. Vá saber o que se passa na cabeça de uma criança dessa idade sobre o que é relacionamento.

Na nossa cabeça de adulto, esse termo anda meio confuso nos últimos meses, devido à overdose de tele reuniões. Realizar vários encontros assim ao longo do dia é fazer relacionamento? Uma amiga minha do Rotary pede para reservar a sala de reunião digital com antecedência de um mês para evitar choque de agendas. Uma loucura!!!

Antes da pandemia em um dia de trânsito normal em São Paulo, ou seja, com congestionamentos, dava para agendar duas reuniões por dia. Uma pela manhã na zona sul e outra à tarde na zona leste. Com muita sorte era possível agendar um terceiro compromisso de fim de tarde, desde que no mesmo bairro da reunião anterior.


Uma rotina virtual

Agora com o confinamento, opção para quem quer preservar a sua saúde em meio à pandemia, parece ter aumentado a “produtividade”.

Tenho um amigo advogado que consegue fazer uma reunião atrás da outra e pasmem: conseguiu outro dia 8 encontros. As reuniões não passam de uma hora de duração. Os resultados para ele, no entanto, em termos de fechamento de novos negócios, são praticamente os mesmos de antes.

Já um outro amigo da área de seguros disse que está sofrendo com tudo isso porque prefere o olho no olho, sentir a expressão corporal do cliente ou do colega de trabalho, perceber as reações a cada assunto abordado. 
Há os radicais que acham que quando a pandemia passar, tudo será virtual, que o home office será total e que haverá andares inteiros às moscas em prédios comerciais.


 O “novo” normal

E você, o que acha que vai acontecer no “novo normal”? Na overdose de lives hoje acompanhei uma bela apresentação do diretor do Centro Nacional de Investigação sobre Evolução Humana, professor espanhol José Maria Bermúdez de Castro. Ele nos ajuda a encontrar o caminho do meio ao afirmar: “os humanos têm a necessidade de viver em grupos presencialmente por um motivo científico: nosso genoma é quase igual ao dos primatas, que precisam andar em grupos para sobreviver”.

O bom senso parece ser a chave para um bom relacionamento. Presencialmente quando necessário e virtual quando recomendável. Como no caso da pequena Laura.





Roberto Souza - jornalista, diretor presidente da agência de Comunicação RS PRESS

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