Análise global da
Kaspersky aponta que a transição das aulas online e o isolamento social
influenciaram a mudança de comportamento dos jovens
Desde o início da pandemia do coronavírus, as crianças no mundo inteiro
passaram a acompanhar mais notícias, usar com maior frequência as redes sociais
e a jogar menos pelo computador. É o que revela o
levantamento global Kids On Web (ou Crianças na Internet), realizado
pela Kaspersky e que apurou as principais atividades das crianças quando estão
online. Os dados são do Kaspersky Safe
Kids¹ e
foram processados de forma anônima .
De acordo com os
resultados, em janeiro - antes do início do surto nos países do Ocidente -, as
crianças dedicavam, em média, 5% do seu tempo à leitura de notícias, 22% aos
fóruns e redes sociais e 15% aos jogos eletrônicos. Em março, quando muitos
países já estavam em isolamento social, o tempo gasto pelos menores no acesso a
notícias subiu para 7%, enquanto o período dedicado aos games caiu para 13%
(índice que se manteve estável até o fim de maio). As redes sociais e os fóruns
tiveram seu pico em abril, quando as crianças no mundo passaram 27% do seu
tempo na internet nessas plataformas.
A análise da
Kaspersky relaciona a mudança de comportamento dos jovens ao fato de o
computador ter se tornado a sua principal ferramenta de estudo durante a
pandemia. Com o fechamento das escolas, as aulas passaram a ser concedidas
online e, consequentemente, as crianças estão usando mais a internet de casa
para fazer as lições.
"O menor interesse em
jogos em computadores pode ser explicado pelo aumento da necessidade de usá-los
para outras atividades. Por exemplo, é mais fácil participar do processo
educativo em computadores do que em dispositivos móveis. Nós observamos que,
embora as crianças estejam passando grande parte de seu tempo em casa, elas usam os computadores
sensatamente e não sentem necessidade de mergulhar nos games", comenta Anna
Larkina, especialista em análise de conteúdo web da Kaspersky .
A queda no interesse
das crianças em jogos refere-se somente ao Windows, pois elas ainda estão mais
propensas a jogar em computadores com esse sistema operacional do que em Macs.
Provavelmente, isso ocorre porque a maioria dos jogos de computador são
lançados para o Windows: por exemplo, nas mais conhecidas lojas de jogos on-line,
como o Steam, há um volume bem menor de jogos
disponíveis para macOS.
Brasileiros acessam
mais notícias e jogam mais
O levantamento
revelou também que, na média dos últimos 12 meses, as crianças brasileiras
passaram cerca de 17,5% de seu tempo na internet em sites de jogos, e 7%
acessando notícias. O índice supera a média global - que é de cerca de 16% e
5%, respectivamente - e coloca o País na quinta posição global em ambos os
quesitos.
As crianças
brasileiras também se dedicaram mais às conversas em fóruns e redes sociais do
que a média mundial. Enquanto os jovens do País passaram cerca de 26% do seu
tempo online nessas plataformas, no mundo, a média foi de 24%.
Para oferecer uma
experiência positivas às crianças com os jogos online, os especialistas da
Kaspersky dão as seguintes dicas:
• Incentive as
crianças a avisar sempre que houver algo que as faça sentir desconfortáveis ou
incomodadas enquanto estiverem jogando. Observe que nem todas as emoções
negativas têm, necessariamente, conotações negativas, e a experiência pode
levar até mesmo a um bom aprendizado. Por exemplo, se uma criança não conseguir
fazer algo e continuar tentando acertar, pode melhorar sua paciência .
• Se perceber que a
criança está passando muito menos tempo jogando no computador durante o período
de isolamento, tente descobrir o motivo. Converse com ela e procure entender
sua percepção sobre o momento atual, assim como as dificuldades que pode estar
enfrentando. Talvez seja hora de verificar se ela não está sobrecarregada com o
trabalho da escola.
• Arrumar um tempo
para jogar no computador com as crianças ajudará a fortalecer sua relação e a
entender melhor o que elas fazem em seu tempo livre .
• Contar com o Kaspersky Safe Kids ajuda a equilibrar o tempo online das crianças ao
determinar limites e horários, além de ter avisos sobre potenciais atividades
on-line perigosas ou inapropriadas, mas sem desrespeitar a privacidade dela. A
solução também oferece recomendações práticas para ajudar as crianças a se
comportar de maneira segura on-line .
Para saber mais
sobre as o levantamento da Kaspersky, acesse o relatório completo em Securelist.com (em inglês).
¹ A fonte dos dados
é o Kaspersky Security Network (KSN) presentes nos dispositivos dos usuários do
Kaspersky Safe Kids nas plataformas Windows e macOS. A KSN consiste em uma
complexa infraestrutura em nuvem desenvolvida pela Kaspersky e dedicada ao
processamento inteligente de fluxos de dados para oferecer proteção aos
clientes por meio do envio de detecções em tempo real a milhões de
participantes voluntários de todo o mundo.
Kaspersky
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