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sábado, 20 de junho de 2015

CIGARRO, O PRAZER QUE ARRUÍNA E MATA



É proibido fumar em locais fechados e até nas calçadas em que há mesas de bar - agora é lei; aliás, debaixo de qualquer toldo a fumaça não se dilui e está vetada; fumódromos foram eliminados das empresas; não se pode fumar nos meios de transporte público nem nos táxis. Nos Estados Unidos e em alguns países europeus é proibido também fumar nos parques públicos e até em calçadas.
As restrições vão se alastrando, o cerco se fecha, transformando os fumantes em cidadãos de segunda classe ou portadores de doença contagiosa, pois passivos também podem sofrer as consequências. Sem falar daquelas ilustrações assustadoras estampadas nos maços de cigarro.
Cheiro de fumaça desagrada aos mais sensíveis, principalmente ex fumantes, temerosos de voltar ao vício; em casa, geralmente, nada é proibido. Mas a reação da família costuma ser tão severa, que o melhor é sair à rua para umas baforadas; essa reação costuma ser mais irada por parte dos mais jovens, que hoje em dia recebem as informações mais cedo.
E assim o mundo vai ficando cada vez menor e mais restrito para os fumantes, que não devem se queixar de perseguição ou de preconceito. Trata-se apenas de uma natural manifestação da Humanidade pela preservação da vida. E os próprios viciados sabem disso.
No último dia 31 de maio foi celebrado mais um Dia Mundial sem Tabaco, data criada em l987 pela OMS – Organização Mundial da Saúde, com foco também nos danos que a produção e o uso do tabaco provocam no meio ambiente, na exploração do trabalho infantil e nas consequências do fumo passivo. No Brasil, o tema foi “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro Planeta”. 
Uma pesquisa feita pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde mostrou que aproximadamente 25 milhões de brasileiros com mais de 15 anos fumam derivados de tabaco. Pior: 93% dos fumantes declararam ter ciência dos males do fumo e 67% perceberam campanhas antitabaco nos meios de comunicação. Apesar disso, apenas 52% tinham planos de parar e só 7% queriam pôr a ideia em prática no mês seguinte à pesquisa.
Como se vê, a luta entre a vontade de parar e a dependência dos componentes químicos do cigarro é de vida ou morte. Alguns medicamentos e uma boa terapia hoje são mais eficientes no combate ao tabaco. Porém, o milagre da cura só depende mesmo da força de vontade do fumante.
Uma ajuda importante certamente está no livro do professor Paulo Frigério, “A insuperável alegria da vitória – Como nocautear o cigarro e evitar tragédias”, da Scortecci Editora. Pouco mais de cem páginas de uma emocionante vitória sobre o vício.
Pois, afinal, os números são alarmantes, segundo a OMS; a cada ano cerca de cinco milhões de pessoas morrem por fatores ligados ao tabaco; em duas décadas, podem ser oito milhões, a maioria em países com menor renda. Alerta da OMS: “O tabaco mata mais que tuberculose, Aids e malária juntas”. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, 11% das mortes são atribuídas ao cigarro. Entre as provocadas por câncer de pulmão, traqueia e brônquios, 72% devem-se ao tabagismo.
Números semelhantes podem ser relacionados às mortes provocadas por doenças do coração, como AVC`s, hipertensão, ataque cardíaco, aterosclerose e outras. A fumaça do cigarro é uma mistura de mais de 4.700 substâncias tóxicas, todas com alto poder de destruição, como monóxido de carbono, alcatrão ou nicotina.
Por mais que o fumante tenha prazer no seu vício, ele precisa saber que, aos poucos, está também a caminho de um enfarte. O Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos Estados Unidos relacionou algumas causas de doenças cardíacas provocadas pelo fumo:
-- Espessamento do sangue, o que dificulta o transporte de oxigênio às extremidades do corpo por meio da circulação;
-- Aumenta a pressão e o ritmo cardíaco, o que força o coração a trabalhar mais;
-- Reduz as taxas de colesterol bom (HDL) e aumenta o colesterol ruim (LDL) na corrente sanguínea;
-- Provoca ritmo cardíaco anormal e aumenta a reação inflamatória do corpo, o que favorece o aparecimento de placas de gorduras nas artérias;
-- Endurece as paredes das artérias, deixando-as mais estreitas e dificultando assim o bombeamento de sangue pelo músculo cardíaco.
Esses são os perigos, embora os males comprovados nem sempre tenham sucesso na luta antitabaco. Esse dado também preocupa: um levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira mostrou que quase dois terços (65%) dos fumantes atendidos ali não conseguem largar o cigarro. Mesmo com o diagnóstico de tumor.
A verdade é que esse corredor é muito estreito e perigoso - não vale a pena entrar nele. Poucos conseguem atravessá-lo, muitos são abatidos antes por alguma doença; quem insiste sabe que terá terríveis desafios pela frente, com poucas chances de sucesso, pois nada neste caminho favorece – e o final é quase sempre de tristeza. Portanto, arme-se de força de vontade e fuja desse vício enquanto é tempo.
Afinal, viver bem e com boa saúde ainda é a melhor escolha.

Américo Tângari Jr. - médico cardiologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Consulado da Venezuela de verde amarelo em repúdio ao tratamento dado aos senadores brasileiros




Movimento Acorda Brasil faz ato em frente ao Consulado  Venezuela, pintando o asfalto nas cores da bandeira brasileira

A ideia do movimento é ressaltar o desconforto e a forma nada diplomática que nossos representantes governamentais foram recebidos em vista a Venezuela, quando pretendiam visitar o líder opositor venezuelano Leopoldo López, detido há mais de um ano na prisão militar de Ramo Verde. Os senadores também pretendiam ver de perto como está a situação política do país, que vive um momento de profunda instabilidade política.
Apesar do pedido do Itamaraty por esclarecimentos ao governo venezuelano, o Movimento Acorda Brasil relembra da negativa da presidente Dilma Rouseff em receber a esposa de Leopoldo López, Lilian Tintori, além do fato de quando o senador boliviano Roger Pinto Molina foi retirado da Bolívia pelo diplomata Eduardo Saboia, a presidente Dilma criticou e puniu duramente o diplomata por ter colocado em risco a vida do senador boliviano. Ontem, oito senadores brasileiros correram risco de vida e não obtiveram o mesmo tratamento. “A postura da presidente é de quem claramente apoia a ditadura”, comenta Danilo Amaral, um dos organizadores do Movimento Acorda Brasil.



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Hora de tirar os cobertores e blusas do armário? Confira algumas dicas para evitar a alergia




Mais comuns durante o inverno, as crises alérgicas podem ser desencadeadas pelo uso de roupas e cobertores que estavam guardados durante o verão
Cobertores, blusas de frio, cachecóis... Tudo isso costuma ser guardado bem no fundo do guarda-roupa quando chega o verão. O problema é que quando o inverno chega, muita gente sofre com alergias decorrentes dos ácaros que se acumularam ao longo dos meses. Segundo a Dra. Silvia Rodrigues, pneumologista que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, esses sintomas são comuns, mas podem ser evitados com alguns cuidados.
De acordo com a médica, a reação alérgica acontece como uma resposta do organismo aos ácaros que se acumulam nos tecidos guardados. Eles se alimentam de fragmentos da pele humana, e se reproduzem aos milhões quando o ambiente está propício, ou seja, com umidade, pouca luz e sem ventilação.
O primeiro passo para evitar as reações alérgicas é lavar todos os materiais de uso diário, como roupas, travesseiros, ursos de pelúcia e cobertores, antes de armazená-los. “Muita gente se esquece de lavar bem os tecidos antes de guardar, e isso acaba favorecendo ainda mais a proliferação dos ácaros”, reforça a médica.
Além disso, caso não haja a opção de armazenar os tecidos em local mais ventilado e aberto, é importante então envolvê-los em algum material impermeável, como plástico, evitando assim que a umidade comprometa sua conservação.
Dra. Silvia ainda lembra que tanto roupas, como cobertores guardados por muito tempo devem ser lavados, ou colocados ao sol por algumas horas assim que forem retirados do local em que estavam armazenados.
Quem quer mesmo ficar longe das alergias deve tentar manter as portas e janelas da casa abertas quando possível, e se atentar a infiltrações e pontos que podem causar mofo. “Outras coisas presentes no nosso dia a dia também são fontes de ácaros, fungos e poeiras prejudiciais ao nosso sistema respiratório. Alguns especialistas afirmam que depois de cinco anos de uso, um travesseiro pode chegar a ter até 10% de ácaros”, salienta a médica.
As pessoas que já sofrem com alergias, rinites e asma costumam ser as mais afetadas quando entram em contato com materiais comprometidos pelos ácaros. “É preciso se atentar a crises mais intensas, principalmente nos asmáticos. Se os sintomas persistirem por muitos dias e causarem espirros, prurido nasal, coriza, falta de ar, tosse ou chiado no peito, um médico deve ser consultado”, reforça a pneumologista. 

NOVA SÚMULA DA ANS PROÍBE A RECUSA DE IDOSO, DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA OU DE DOENÇA GRAVE PELOS PLANOS DE SAÚDE




Recentemente foi publicada no Diário Oficial a Súmula Normativa nº 27 da Agência Nacional de Saúde (ANS), na qual a agência reconhece a ilegalidade cometida por muitas operadoras de planos de saúde, que consiste na recusa de determinados consumidores em suas apólices.
Todos aqueles que trabalham na área da saúde suplementar conhecem tal prática. Muitas vezes, a negativa de ingresso do beneficiário em razão de idade ou deficiência não é claramente expressa, mas sabemos que ela ocorreu por esse exato motivo. Há casos até de corretores de planos de saúde que confidenciaram receber orientações de algumas operadoras para não admitir pessoas com idade acima dos 65 anos.
Dessa forma, a agência reguladora adotou a seguinte orientação:
É vedada a prática de seleção de riscos pelas operadoras de plano de saúde na contratação de qualquer modalidade de plano privado de assistência à saúde.
Nas contratações de planos coletivo empresarial ou coletivo por adesão, a vedação se aplica tanto à totalidade do grupo quanto a um ou alguns de seus membros. A vedação se aplica à contratação e exclusão de beneficiários.
Porém, vale fazer uma ressalva: não tem nada de novo a recém-publicada disposição, pois ela somente reforça o que já estava escrito no artigo 14 da Lei que trata sobre os planos de saúde (9.656/98): Em razão da idade do consumidor, ou da condição de pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde.
Essa regra já vinha sendo reconhecida pelo poder judiciário há muito tempo, fortalecendo ainda mais as disposições do Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto do Idoso. Foi um bom passo dado pela ANS, mas é uma pena que tenha sido necessário reproduzir uma regra que já estava em vigência desde o ano de 1999. Ou seja, ela somente veio reafirmar o que já estava dito.
Esperamos, de outro lado, que além da edição de regras que protejam os direitos dos consumidores de planos de saúde, a ANS exerça devidamente o seu papel fiscalizador e cobre das operadoras de planos de saúde o efetivo respeito à legislação.

Armênio Jouvin - bacharel em Direito pela Universidade Estácio de Sá e pós-graduado em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Armênio é sócio fundador da Almeida & Jouvin, escritório de advocacia especializado em legislação da saúde.

Festas juninas: fogos de artifício são um perigo para a audição




Barulho causado pelo estouro de fogos e rojões pode gerar danos irreversíveis à saúde auditiva; é importante manter distância dos artefatos
Tradicionais nas épocas de festas juninas, os fogos de artifício, rojões e bombas - artefatos barulhentos que ajudam a animar os festejos - também são um perigo para os ouvidos e podem causar danos irreversíveis à audição.
Além dos riscos com a manipulação incorreta dos fogos, o som muito forte produzido por alguns deles pode acarretar uma perda auditiva severa, um trauma acústico com perda de audição uni ou bilateral, temporária ou - nos casos mais graves - irreversível.
Geralmente a perda de audição é unilateral (em um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo.
 “O grande problema é a intensidade do barulho dos fogos, em especial do rojão. Em caso de exposição a um impacto sonoro muito forte, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se o dano auditivo causado pelos fogos é temporário ou irreversível”, esclarece a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
A perda auditiva acontece porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células da cóclea. Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130dB. 
Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal é manter-se distante do local da queima de fogos. Em meio a festa, no entanto, se for inevitável ficar próximo aos fogos, Isabela Carvalho, que é especialista em audiologia, aconselha o uso de protetores de ouvido.
"Se a pessoa estiver nestas áreas, é importante que se afaste o máximo possível ou use protetores de ouvido, conhecidos como atenuadores. Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente. Dessa forma, é possível continuar aproveitando a festa, de forma segura", recomenda.
Existem no mercado vários tipos de protetores. Os da Telex, por exemplo, são leves e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, diminuem o barulho em aproximadamente 15 ou 25 decibéis, de acordo com o desejo do usuário e podem proteger a capacidade auditiva em até 10 anos.
Estima-se que 10% da população mundial têm algum grau de perda auditiva. O envelhecimento é um fator natural que reduz o limiar auditivo progressivamente. As células do ouvido envelhecem, morrem e não há reposição. Mas, pior do que isso, é a perda de audição que vem ocorrendo, cada vez mais cedo, por causa da exposição contínua a sons elevados, como o dos rojões, por exemplo.

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