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terça-feira, 27 de julho de 2021

Síndrome de Rett: Mesmo incomum, ela pode estar bem próxima de cada um de nó

 

Neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Rodrigues revela sinais que podem indicar se a criança nasceu com essa enfermidade e detalha mais sobre suas características que muitas famílias.

 

Desconhecida pela maioria das pessoas, a Síndrome de Rett merece atenção especial de pais e médicos. Afinal, esse distúrbio de desenvolvimento pode afetar precocemente a vida de muitas crianças, mas com um tratamento adequado é possível manter a qualidade de vida do paciente.

 

Segundo informações da Associação Brasileira de Síndrome de Rett (Abrete), a prevalência da Síndrome de Rett é de uma em cada 10.000-20.000 pessoas do sexo feminino. “Sim, as meninas são as principais portadoras dessa enfermidade”, revela o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu Rodrigues. “Ela é causada por um problema genético e ocorre quase que exclusivamente nas meninas. Além disso, tal condição afeta o desenvolvimento neurológico após o período de um ano do nascimento”.

 

As crianças portadoras da síndrome começam nessa fase a apresentar alguns sinais importantes que valem a pena serem observados pelos pais, explica o neurocientista: “declínio nas habilidades motoras, regressão da fala, esfregam muito as mãos uma na outra, bate palmas, apertam e balançam as mãos, além de gradualmente perderem a interação social, dentre outros sintomas, até a adolescência. Nesta época também podem desenvolver problemas de autonomia e alterações na respiração”, acrescenta.

 

Para quem não conhece, o gene da Síndrome de Rett foi encontrado em 1999 por cientistas e foi batizado de MECP2. Segundo Fabiano, ele é encontrado no cromossomo X e afeta a proteína Metilcitosina, “essencial para o funcionamento normal do cérebro, pois ela é encontrada nos neurônios. Sua mutação pode trazer danos para muitas áreas do cérebro, causando uma desordem neurológica no indivíduo”, detalha Abreu.

 

No entanto, a doença não é degenerativa e a expectativa de vida do paciente depende mais da gravidade dos sintomas e do quadro clínico apresentado, podendo variar de um caso para outro, observa o neurocientista. “Tudo isso pode ser determinado mediante avaliação médica. Alguns pacientes desenvolvem problemas no coração e isso pode, em alguns casos, levar à morte súbita prematura. Por outro lado, já foi observado que portadores da síndrome podem viver uma vida normal”, analisa.

 

Diante desse cenário, Fabiano de Abreu Rodrigues lembra que ainda não existe ainda uma medicação específica para a síndrome, “mas há o tratamento de suporte para lidar com os sintomas da paciente. O diagnóstico se dá após a avaliação clínica e investigativa dos pacientes com esses indícios característicos, seguidas de uma avaliação genética”, completa.

 

 

Créditos - Foto: Divulgação

MF Press Global


Vacinados podem se infectar e transmitir variante alfa do novo coronavíru

 Surtos de transmissão em dois asilos de Campinas mostram que mesmo imunizados com uma dose da vacina da AstraZeneca ou duas doses da CoronaVac ainda podem contaminar outros; casos foram assintomáticos ou leves e não demandaram hospitalização, mas alertam para a urgência de vacinação rápida, além de distanciamento social e uso de máscara mesmo para vacinados (imagem: CDC/Wikipedia)


Dois surtos de transmissão da variante alfa do novo coronavírus mostram que mesmo vacinados ainda podem transmitir o vírus e desenvolver COVID-19, mas que a vacinação previne casos graves. A conclusão é baseada no sequenciamento genético das cepas que contaminaram moradores e funcionários de duas casas de repouso de Campinas, no interior paulista. Os infectados, com média de idade acima de 70 anos, tomaram uma dose da vacina da AstraZeneca ou as duas da CoronaVac. Foi registrado um único óbito, de uma pessoa de 84 anos com Alzheimer.

O estudo, apoiado pela FAPESP, foi publicado na plataforma Preprints with The Lancet, ainda sem revisão por pares. “Os resultados mostram que pessoas que foram vacinadas podem se infectar com a variante alfa e, independentemente de ter a doença ou não, transmitir o vírus a quem ainda não foi vacinado. Isso é preocupante porque pode gerar um gargalo de seleção para linhagens que podem voltar a causar a doença mesmo em pessoas vacinadas. E mostra a importância de manter medidas de distanciamento social e o uso de máscara”, conta José Luiz Proença Módena, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), que coordenou o estudo.

Em um trabalho anterior, o grupo havia mostrado que o soro do sangue de pacientes vacinados com a CoronaVac criava menos anticorpos para a variante gama (P.1) do que para a linhagem original do vírus, indicando, portanto, que os vacinados poderiam potencialmente se infectar (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/35311/).

Estudo publicado em abril por pesquisadores da Universidade de Oxford mostra que a variante alfa pode infectar mesmo imunizados com as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca.

“Nosso trabalho é um dos primeiros relatos de uma dinâmica de transmissão de uma variante de preocupação do SARS-CoV-2 em pessoas vacinadas. Ao mesmo tempo, com uma taxa de agravamento da doença muito baixa, muito menor do que esperaríamos de uma população com uma média tão alta de idade. Portanto, mostra um efeito protetor da vacinação para o desenvolvimento de COVID-19”, explica Módena.

O estudo ressalta, no entanto, uma dinâmica de transmissão sustentada do vírus. Os surtos foram contidos por conta de um diagnóstico rápido e o isolamento imediato dos infectados pelo Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Com isso, pouco mais da metade das populações estudadas foi infectada.

Os pesquisadores mediram a carga viral em vacinados infectados nos dois locais, mas não houve diferenças significativas entre as duas vacinas. Além disso, avaliaram a quantidade de anticorpos neutralizantes para a variante alfa nos que testaram positivo.

“Não encontramos correlação do quadro da doença com o título [quantidade] de anticorpos neutralizantes. Quem teve sintomas tinha mais anticorpos do que os assintomáticos, provavelmente uma resposta à infecção e não às vacinas. Isso quer dizer que a proteção não depende necessariamente apenas de anticorpos, mas de outros componentes da resposta imune induzida pela vacinação”, explica o pesquisador.


Casos leves e assintomáticos

A variante alfa, anteriormente chamada de B.1.1.7, foi detectada pela primeira vez no Reino Unido em setembro de 2020 e foi responsável pela segunda onda da pandemia naquele país e em outros da Europa. No Brasil, foi reportada pela primeira vez em dezembro de 2020 e sua presença comprovada em mais de dez Estados.

No estudo atual, foram sequenciados genomas do novo coronavírus de moradores e trabalhadores de dois lares de idosos de Campinas. O sequenciamento teve apoio do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), que é apoiado pela FAPESP.

Em um dos surtos, em um convento de freiras aposentadas, 15 das 18 residentes e sete dos oito funcionários foram vacinados com uma dose da vacina ChAdOx1, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A média de idade era de 73 anos. Foram 16 casos registrados, metade deles classificados como leves e a outra metade como assintomáticos. Não houve casos moderados ou severos e nenhum exigiu hospitalização.

No outro local, uma casa de repouso para homens e mulheres, 32 dos 36 residentes e dez dos 16 funcionários tomaram as duas doses da CoronaVac, do laboratório SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. Em 18 dos 22 casos (75%) o quadro foi assintomático e, nos outros quatro, leve. A média de idade dos pacientes era 77 anos.

No mesmo asilo, dias antes das coletas para o estudo, um residente de 84 anos com Alzheimer apresentou sintomas de COVID-19, depois confirmada, 21 dias depois de tomar a segunda dose da vacina. Ele morreu após cerca de 20 dias internado.

Os autores ressaltam que o resultado aponta, sim, uma proteção das vacinas para quadros graves de COVID-19, mas que é preciso vacinar a maior parte da população o mais rápido possível. Outra mensagem é que pessoas vacinadas devem continuar adotando medidas não farmacológicas, como uso de máscara e distanciamento social.

O artigo Clusters of SARS-CoV-2 lineage B.1.1.7 infection after vaccination with adenovirus-vectored and inactivated vaccines: a cohort study pode ser lido em: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3883263.

 

 

André Julião

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/vacinados-podem-se-infectar-e-transmitir-variante-alfa-do-novo-coronavirus/36415/


Reações dermatológicas às vacinas contra COVID-19

Frederik
Ainda que raras, as reações dermatológicas às vacinas podem ocorrer e se torna importante identificá-las e procurar atendimento médico adequado

 

O momento da vacinação contra a COVID-19 tem sido significativo para todo mundo, não só pela proteção que a imunização traz, mas também pelo aspecto psicológico. Pela eficácia já assegurada por autoridades sanitárias do mundo todo, a imunização é altamente recomendada. No entanto, peequenos efeitos adversos podem acontecer.

Segundo a médica dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Rosemarie Mazzuco, já são bem estabelecidas e relatadas as manifestações cutâneas relacionadas à infecção por coronavírus, mas no que se refere às reações adversas às vacinas ainda não há literatura ampla. Conforme mais pessoas vão sendo vacinadas, mais casos de reações são relatados. As reações adversas às vacinas contra COVID-19 vão desde uma leve dor de cabeça até quadros mais graves, com comprometimento da função de alguns órgãos. No âmbito das reações cutâneas, as mais comuns são as reações no local de aplicação da vacina: principalmente dor, mas também vermelhidão, inchaço e coceira.

“Esses efeitos adversos locais são relativamente comuns a todas as vacinas, principalmente após a segunda dose e a maioria é de gravidade leve ou moderada (ou seja, não impede as atividades diárias) e está limitada aos primeiros dois dias após a vacinação. A dor no momento da picada é variável e depende da sensibilidade individual. Algumas pessoas recorrem ao uso de pomada anestésica previamente à injeção. Porém, o efeito da pomada anestésica é apenas superficial, diminuindo a sensibilidade à picada, mas não à injeção do líquido no músculo”, explicou.

A médica acrescenta, ainda, que a anafilaxia (alergia grave, que põe a vida em risco) é um efeito adverso raro já relatado com a vacina da Moderna e da Pfizer, a uma taxa aproximadamente de 2,8 casos por milhão de doses com a Moderna e 5 casos por milhão da Pfizer. Relaciona-se o risco de anafilaxia devido às duas vacinas utilizarem tecnologia de nanopartículas lipídicas (LNPs), revestidas com polietilenoglicol (PEGuiladas), para transportar o RNA até as células. O polietilenoglicol é um composto que aparece em vários produtos farmacêuticos, incluindo alguns medicamentos para problemas intestinais e laxantes. Já em relação a vacina AstraZeneca foram relatados raríssimos casos de efeitos adversos cutâneos graves, como vasculites e Síndrome de Steven Johnsons.

Assim como pode ocorrer com qualquer vacina, há também relatos de edema (inchaço) em áreas onde foi previamente injetado preenchedor com ácido hialurônico. Esse edema é reversível e não acarreta nenhum risco para a saúde do paciente. Vale ressaltar que pessoas que têm implantes faciais ou corporais podem receber as vacinas normalmente.

 


Marcelo Matusiak


Coronavírus: 19% das brasileiras perceberam alterações no ciclo menstrual após se vacinarem

Principalmente as mulheres dos 40 aos 44 anos, com 35% das entrevistadas.


A alteração no ciclo menstrual após a vacinação contra a Covid vem sendo relatada em todo o mundo, como exemplo, no Reino Unido, o governo já identificou 958 casos de irregularidades no ciclo, de acordo com o jornal científico British Medical Journal. Ademais, pesquisadores já estão buscando entender melhor a relação entre a vacinação e as mudanças no ciclo menstrual.

E conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 19% das brasileiras perceberam alterações no ciclo, depois que foram vacinadas contra Covid. Principalmente as mulheres dos 40 aos 44 anos, com 35% das participantes; E as entrevistadas dos 45 aos 49 anos, com 27% delas. Já entre as mulheres dos 30 aos 35 anos, o percentual é um pouco menor, 15% das participantes.

Além da vacinação, outro aspecto que tem impactado no ciclo menstrual das mulheres, é a infecção pelo vírus. Tendo em vista que, 26% das brasileiras perceberam alterações no ciclo depois que contraíram o vírus. Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 30% das entrevistadas; e dos 40 aos 44 anos, com 36% das participantes.

Os dados por estados demonstram que o Distrito Federal é o estado em que mais mulheres apresentaram alterações, com 64% das entrevistadas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro pelo menos 24% das participantes perceberam seus ciclos diferentes após infecção por coronavírus. Já o Sergipe e Amazonas são os estados em que menos entrevistadas perceberam diferenças, com 13% das mulheres.


Os avanços da reprodução assistida

Do primeiro "bebê de proveta" até o modelo de embriões feitos em laboratórios anunciado na última semana, especialistas da Nilo Frantz comentam evolução da medicina reprodutiva no mundo

 

Há mais de 40 anos, o nascimento do primeiro bebê através de fertilização in vitro (FIV), conhecido popularmente como "bebê de proveta", marcava a história da medicina. O nascimento da inglesa Louise Brown, prestes a completar 42 anos em julho deste ano, foi um importante passo dentro da reprodução humana. De lá para cá, muitos processos evoluíram e no último mês de março, a revista científica britânica Nature, anunciou mais uma conquista nesta área: os primeiros modelos de embriões humanos feitos em laboratório.

Cientistas dos Estados Unidos e da Austrália criaram os primeiros modelos de embriões humanos em placas de Petri, uma receita bioquímica, mostrando como células embrionárias humanas ou células reprogramadas de adultos podem formar estruturas semelhantes aos primeiros embriões humanos, e foram batizados de blastoides.

Segundo Maite del Collado, Coordenadora Científica da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo, o experimento pode ser um grande passo para auxiliar os estudos de problemas de início do desenvolvimento embrionário, como abortos de repetição e questões relacionadas à infertilidade.

"Os blastóides produzidos a partir de células tronco, que se mostraram muito semelhantes aos blastocistos, possuem potencial para mudar este panorama. Se a Sociedade Internacional para Pesquisa com Células Tronco flexibilizar a utilização dos blastóides na pesquisa, o número de dados científicos que poderemos obter em pouco tempo será inconcebível e colocará a biologia reprodutiva em outro patamar. Muito possivelmente, nos próximos anos serão adquiridos conhecimentos que poderão ser aplicados na medicina clínica, como por exemplo nos casos de infertilidade que afetam cada vez mais casais no mundo", explica a especialista.

 

Inteligência artificial e outras tecnologias

A inteligência artificial também tem sido utilizada na medicina reprodutiva, para suporte nas avaliações clínicas em escolhas de embriões ou na escolha do melhor tratamento aos pacientes, ajudando os profissionais a tomarem decisões clínicas como as que se referem a aplicação de doses de medicação. Além disso, a IA pode ser usada na seleção de embriões para uma FIV ou para se indicar a melhor técnica que pode aumentar a chance de uma paciente engravidar.

A tecnologia Time Lapse, recentemente chegada ao Brasil, disponível na unidade da Nilo Frantz, em São Paulo, aumenta as taxas de sucesso das fertilizações in vitro proporcionando a observação contínua do embrião através de fotos feitas a cada cinco minutos. Segundo Nilo Frantz, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, o Time Lapse transforma a sequência destas fotos em vídeo mostrando a evolução completa e detalhada do embrião.

"Com o Time Lapse a observação pode ser feita 24 horas por dia através do computador sem necessidade de retirar o embrião da estufa, o que ocorre no método tradicional. Desta forma, conseguimos selecionar os melhores embriões para a transferência ao útero no momento mais adequado, aumentando assim as taxas de sucesso das fertilizações in vitro", explica Dr. Nilo Frantz.

 

Congelamento de óvulos

Outro procedimento que vem dentro da evolução da medicina reprodutiva no mundo é o congelamento de óvulos, tratamento para preservar a fertilidade de mulheres acima dos 35 anos, que ainda não sabem se querem engravidar ou em casos de tratamento oncológico, no qual, a paciente precisa preservar a sua fertilidade ao se submeter a procedimentos como quimioterapia e radioterapia.

"A técnica de vitrificação oocitária é reconhecida como um dos passos mais importantes da medicina reprodutiva nos últimos anos, pois ela oferece autonomia para mulheres que ainda não escolheram se querem ser mães, preservando seu potencial reprodutivo por indicação médica ou desejo pessoal", finaliza Dr. Nilo Frantz.

 



Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

Endereço: Av. Brasil, 1150 - Jardim América - São Paulo

Instagram: @nilofrantz

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https://www.youtube.com/user/nilofrantz


A origem psicológica do mau hálito

 

Conheça uma das fontes dessa condição


O mau hálito é uma condição que afeta 40% da população mundial, segundo a OMS. Embora muitas vezes se pense que esse problema está relacionado somente à falta de higiene bucal, ele também pode estar ligado aos problemas emocionais.

Segundo a cirurgiã dentista presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, “o estresse é uma das grandes causas da halitose. Apesar do desconhecimento sobre isso, o mau cheiro bucal ligado ao estresse é decorrente da diminuição na produção salivar”. Assim, nem sempre a ocorrência do mau hálito está ligada a algo que foi consumido ou a uma falha de higienização.

Isso ocorre porque momentos diários que possam ser estressantes ou deixar a pessoa nervosa, ocasionam a boca seca pela descarga de adrenalina no organismo. Desse modo, com a pouca salivação, ocorre a descamação das células epiteliais da mucosa bucal, que podem ser depositadas na parte posterior da língua e ali sofrem uma decomposição por bactérias que existem neste dorso lingual, causando o mau hálito.

Dessa forma, a Dra. explica que “em outras palavras, o estresse causa a boca seca e a boca seca causa a alteração de hálito”. Assim, para evitar o mau hálito em decorrência do estresse, é importante combater a boca seca. Para isso, beber bastante líquidos diariamente e mascar chicletes sem açúcar para estimular a salivação pode ajudar.

Não só beber mais líquidos, é essencial também que se reduza ao máximo o consumo de bebidas como café, álcool e chá, já que promovem a desidratação. Para finalizar, a cirurgiã dentista ainda relembra que o básico funciona: “cuidar da higiene bucal escovando os dentes após todas as refeições, usando o fio dental ao menos uma vez ao dia e higienizando corretamente a língua são atitudes que tendem a manter a saúde bucal e o hálito agradável”.

 


Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose

Presidente da Associação Brasileira de Halitose

https://www.bomhalitocuritiba.com.br/

Rua da Paz, n° 195, Sala 102, Mab Centro Médico, Centro/ Alto da XV, Curitiba- PR

Whatsapp: (41) 99977-7087

Instagram: @Claudiacgobor

Facebook: @ClaudiaCGobor

Youtube: Claudia Gobor


Conheça cinco problemas identificáveis pelo ultrassom da pele

Marcelo Matusiak
Tecnologia ajuda a avaliar corretamente lesões de pele benignas e malignas na derme, epiderme e no tecido subcutâneo. É um exame realizado por médicos radiologistas

 

Embora muita gente ainda desconheça, o ultrassom de pele é um aliado fundamental no diagnóstico e tratamento de uma série de doenças dermatológicas. Por meio da ultrassonografia dermatológica de pele e subcutâneo é possível avaliar doenças inflamatórias na pele e o melanoma, o mais grave câncer de pele. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Analupe Weber, o exame também permite estudar os gânglios linfáticos com diagnóstico de aumento destas estruturas.

A ultrassonografia é utilizada na dermatologia desde os anos 70, para avaliar o espessamento cutâneo. Porém, com o desenvolvimento de novas tecnologias nos últimos anos, tem havido um uso crescente da ultrassonografia na área diagnóstica em dermatologia. As inovações permitem uma ampliação do espectro de aplicações do seu uso, incluindo a possibilidade de estudo das camadas da pele. Hoje, o exame é capaz de identificar e avaliar muitos tipos de problemas na derme.

Confira abaixo a lista:

1. Tumor na pele. Lesões benignas e malignas. Conseguimos avaliar o tamanho da lesão, profundidade e vascularização. A ultrassonografia ajuda muito na avaliação pré operatória destas lesões, para que seja feito um adequado planejamento cirúrgico;

2. Lesões da epiderme e derme por exemplo, abscessos e infecções cutâneas;

3. Lesões ungueais nas mãos e pés (leito ungueal);

4. Dermatologia estética. O ultrassom permite verificar a diferenciação de alguns tipos de preenchedores cutâneos. A técnica consiste na aplicação sob a pele de materiais específicos, como ácido hialurônico, hidroxiapatita de cálcio, ácido polilático e polimetilmetacrilato. Este procedimento é realizado por um profissional especializado e busca corrigir contorno e volume do rosto, a fim de corrigir assimetrias ou tratar o envelhecimento cutâneo;

5. Avaliação diferencial de lesões não dermatológicas.

Além de buscar informações e se inteirar sobre sua saúde, é indispensável procurar o  dermatologista para avaliar lesões na pele.

 


Marcelo Matusiak


Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais: entenda como essas doenças afetam a saúde bucal

 Pacientes hepáticos requerem cuidados bucais adicionais


Na quarta-feira (28/7), é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos, tratamento e prevenção da doença. Todos os anos, as hepatites virais causam a morte de cerca de 1,7 milhão de pessoas no mundo, de acordo com a OMS.

No Brasil, existem cinco vírus hepatotrópicos, responsáveis pelas hepatites A, B, C, D e E. Ao todo, de 1999 a 2019, foram notificados 673.389 casos confirmados de hepatites virais no país, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Para a Odontologia, as hepatites virais são um fator de preocupação tanto para os cirurgiões-dentistas quanto aos pacientes que necessitam do atendimento odontológico, devido ao controle da infecção, problemas de sangramento e intolerância a alguns medicamentos.

“A prevalência da infecção por VHB (Vírus da Hepatite B) é maior em profissionais da saúde, sendo que, dentre eles, os cirurgiões-dentistas apresentam o maior risco de infecção”, informa o Dr. Celso Augusto Lemos Júnior, membro da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).  

“A incidência da doença entre os profissionais de saúde aumenta com a idade e tempo de prática clínica, sobretudo em decorrência do uso irregular de equipamentos de proteção individual (EPIs) e contato prévio com sangue infectado. Esse cenário tem se modificado com o uso rigoroso de EPIs e da disponibilidade de vacinas para a Hepatite B”, explica o cirurgião-dentista.  

O paciente infectado por uma hepatite viral pode ser assintomático ou apresentar febre, mal-estar, náuseas, vômitos, dores musculares e coloração escura na urina. Nos casos em que os vírus B, C e D desenvolvem formas crônicas de hepatite, há o risco elevado de cirrose hepática e câncer de fígado, devido à alta replicação viral.


Efeitos da hepatite na saúde bucal e tratamentos

A doença também traz complicações à saúde bucal, como o aparecimento de petéquias (manchas vermelhas ou marrons aglomeradas) na boca, hematomas na mucosa oral, além de sangramento gengival espontâneo. Por isso, a interação do cirurgião-dentista com a equipe multidisciplinar é indispensável para o conhecimento do estado geral de saúde e do dano hepático causado ao paciente, fatores importantes para a elaboração do plano de tratamento odontológico.

Recomenda-se que tratamentos odontológicos somente sejam realizados em portadores de hepatites virais agudas após o período de recuperação. Durante o quadro agudo, apenas tratamentos de urgência devem ser realizados. “Na Adequação do Meio Bucal (AMB), o cirurgião-dentista deve orientar o indivíduo quanto à higiene bucal, uso do fio dental e dieta adequada. Também deve ser realizada a escavação e selamento em massa das cavidades abertas, além do tratamento periodontal básico e do ajuste de próteses”, detalha o Dr. Celso.

Para os casos de transplante hepático, o tratamento odontológico é dividido em três fases: o pós-transplante imediato, o período em que o paciente transplantado permanece estável e, por último, se o paciente apresentar rejeição.  Em todas as fases, é essencial que o cirurgião-dentista seja consultado caso apareça alguma alteração na cavidade oral.

“O tratamento odontológico nos pacientes pós-transplantados tem como objetivo a manutenção e motivação de uma boa saúde bucal, com a detecção e tratamento precoce de infecções orais, além do reconhecimento e intervenção em lesões orais associadas. Acompanhamentos periódicos para avaliação oral de rotina devem ser estabelecidos, reforçando a importância da escovação oral e uso do fio dental”, completa.

 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Pesquisa revela que coronavírus infecta e se replica em células das glândulas salivares

Vírus como o da herpes, catapora, caxumba e mononucleose são exemplos de transmissores que também usam a saliva como forma de contágio
Créditos: Envato


Pesquisadores pretendem avaliar se boca pode ser uma porta de entrada direta da Covid-19; outras doenças virais já têm a cavidade bucal e saliva como canais de contágio


Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que o Sars-CoV-2, vírus responsável pela covid-19, infecta e se replica em células das glândulas salivares, responsáveis pela produção e liberação de saliva na cavidade bucal. A pesquisa ajuda a explicar o motivo pelo qual o coronavírus se faz presente em grandes quantidades na saliva de pacientes infectados, possibilitando, inclusive, a realização de testes a partir desse material. 

Nos últimos meses, várias pesquisas têm revelado a presença e recorrência do coronavírus na boca de pessoas infectadas e também a prevalência de complicações da Covid-19 em pacientes com problemas bucais. Um estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology, a revista da Federação Europeia de Periodontologia (FEP), analisou 500 pacientes que foram infectados pelo coronavírus e concluiu que aqueles com problemas gengivais tinham 3,5 vezes mais possibilidade de serem internados por complicações da covid-19 e a probabilidade 4,5 vezes maior de precisarem de um ventilador mecânico. Outra pesquisa, realizada por profissionais da Residência em Periodontia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), revelou ainda que o biofilme - placas de bactérias que se acumulam sobre os dentes - pode ser um reservatório de SARS-CoV-2.

Além disso, a importância do cuidado com a saúde bucal já era demonstrada na prevenção de outras doenças. “Por ser uma abertura ampla do corpo, e que tem muito contato com objetos externos, como a comida, as mãos, talheres e copos, a cavidade bucal se torna um caminho fácil para a entrada de vírus. E, mais do que isso, por ser um espaço de absorção de nutrientes e canal direto para o interior do corpo, ela também é um local sensível, vulnerável para o acometimento de doenças”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva na Neodent, João Piscinini. 


Boca como porta de entrada

Muito antes da chegada da covid-19, outras patologias já tinham acesso ao corpo humano pela boca. Vírus como o da herpes, catapora, caxumba e mononucleose são exemplos de transmissores que usam a saliva como forma de contágio. “Já está  claro para a sociedade que até mesmo a gripe comum pode ser transmitida pela cavidade bucal. Porém, o que esperamos com as descobertas feitas com relação à covid-19 é poder evidenciar, ainda mais, o quanto é importante olharmos para a boca, e também para a saúde bucal, como parte do cuidado do corpo como um todo”, ressalta Piscinini. 

Além das doenças virais, diversas outras complicações podem indicar alertas pela boca. A sífilis, leucemia, anemia, diabetes, cirrose e até diabetes são exemplos de enfermidades que podem dar sinais por meio da boca. De acordo com Piscinini, além de porta de entrada, a boca também é um espelho do corpo. “Em uma análise da cavidade bucal, profissionais da odontologia conseguem identificar anormalidades que podem revelar a presença de muitos outros problemas de saúde, isso a partir de sintomas como mudança de coloração na mucosa, textura da língua, sangramento nas gengivas, enfraquecimento dos dentes, entre outros”, conta. 

Por isso, além da necessidade de manter a saúde bucal em dia, o acompanhamento com profissionais da odontologia também pode garantir a descoberta precoce de doenças mais graves. “Estudos como esse da USP, que investigam o papel da boca como transmissora e local de proliferação de vírus e bactérias, nos ajudam a conscientizar ainda mais sobre a importância de a população manter as consultas frequentes ao dentista”, reforça Piscinini 

A próxima etapa da pesquisa dos profissionais da USP pretende identificar se os tecidos presentes na boca, como mucosas e gengivas, podem também facilitar a entrada do vírus para o corpo. “A boca é uma cavidade muito maior que a nasal e, caso os tecidos internos sejam uma abertura direta do vírus para o organismo, as medidas de cuidados devem ser ainda mais relevantes”, ressalta o especialista em Saúde Coletiva na Neodent.

No estudo da Universidade de São Paulo, as células das glândulas salivares foram descobertas como local de replicação do vírus da covid-19. Realizada por meio da análise de amostras de três tipos de glândulas salivares de pacientes que morreram em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus, a pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e os resultados foram publicados no Journal of Pathology

 


Neodent®


Vacina contra o câncer existe?

Nos últimos anos, a internet e os demais meios de comunicação têm propagado diversos artigos sobre uma possível vacina contra o câncer. O quanto disso é real ou ficção e o quão perto está do uso no nosso dia a dia?

A ideia central de uma vacina contra o câncer é semelhante ao de uma vacina contra outras doenças já conhecidas (gripe, tétano, poliomielite, etc). O indivíduo recebe aplicação de uma substância que irá estimular seu sistema imune contra aquela doença — neste caso, o câncer. Importante salientar que o uso da vacina pode ser preventivo (antes do surgimento do câncer) ou terapêutico (após o indivíduo ser diagnosticado com o câncer).

Assim como existem diversas vacinas, uma para cada tipo de doença infecciosa, também na área da oncologia estão sendo estudadas diversas vacinas, uma para cada tipo de câncer. E por enquanto é pouco provável que haja uma só vacina que combata todos os tipos de câncer.

Para fins preventivos, a principal vacina disponível é contra o vírus HPV. Esse organismo é responsável por causar quase a totalidade dos tumores de colo uterino e a introdução da vacina pode reduzir drasticamente a incidência desta neoplasia. Atualmente essa vacina está disponível pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos.

Para fins terapêuticos existem apenas duas vacinas aprovadas para uso, uma para câncer de próstata e outra para melanoma. Ambas estão disponíveis apenas nos Estados Unidos e sem previsão de chegar ao Brasil. A eficácia de ambas é animadora, mas ainda inferior aos principais tratamentos que temos em oncologia (cirurgia, quimioterapia, imunoterapia…). Para outros sítios tumorais, há diversos estudos em andamento, mas ainda sem comprovação de eficácia que justifique seu uso disseminado.

Embora a vacina contra o câncer exista sim e já seja utilizada, apenas a vacina contra o HPV tem eficácia bem validada, e para a prevenção. Quanto às vacinas terapêuticas, esta é uma modalidade que ainda está sendo aperfeiçoada e atualmente tem uso limitado. Nos próximos anos, a vacina (tanto preventiva quanto terapêutica) deve ganhar espaço entre as principais terapias em oncologia, mas por enquanto os pacientes devem manter seu tratamento com o arsenal disponível — quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia, hormonioterapia, radioterapia, entre outros.

 


Lucas Sant'Ana - médico oncologista do OncoCenter Dona Helena, de Joinville (SC)


Roupas em excesso podem facilitar a candidíase durante o inverno, alertam especialistas do HSPE

Divulgação
Excesso de roupas dificulta a ventilação e a entrada de luz na região genital e facilita a ocorrência da infecção causada pelo fungo candida albicans


A candidíase também pode ser recorrente no inverno devido ao abafamento das áreas genitais causado por roupas utilizadas para proteger contra o frio. Elas mantêm a temperatura do corpo, porém dificultam a ventilação e a entrada de luz na região íntima. O aumento do ph da região genital, consequência do consumo em excesso de carboidratos, guloseimas e álcool, também é fator que colabora para a proliferação do fungo da cândida causador da infecção.

De acordo com a ginecologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Emybleia Meneses, é possível minimizar o problema evitando tecidos sintéticos, justos e úmidos durante o inverno. "Mudanças simples ajudam a evitar a infecção, como evitar excessos de roupa, dietas ricas em açúcar, alimentos processados e farinha branca, sono irregular, automedicação e sedentarismo", explica a especialista reforçando que a candidíase pode ocorrer em homens e mulheres.

Os sintomas da candidíase são ardência, prurido e secreção esbranquiçada principalmente na glande do pênis ou na vulva da vagina, podendo atingir boca, virilha e dedos. Há também relatos de incômodo ao urinar. O tratamento é feito com medicamentos por via oral ou pomada cutânea. Enfermidades que podem baixar a imunidade, como gripe, resfriado e covid-19, também podem contribuem para o quadro clínico.

A especialista pontua também que a pandemia da Covid-19 pode abalar a imunidade e facilitar a ocorrência de candidíase. "O medo de desenvolver a doença, ansiedade e tristeza pela instabilidade e morte de pessoas queridas são responsáveis também pela redução da imunidade e predisposição a uma série de doenças, incluindo a candidíase".




Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe


Dor de cabeça e queixas visuais podem indicar glaucoma juvenil

Metade dos pacientes apresenta miopia



O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível em todo o mundo. Há vários tipos de glaucoma, entre eles o juvenil. Estima-se que até 2040, os casos de glaucoma irão praticamente dobrar. O aumento previsto é de 48%.
 
Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, o glaucoma juvenil é uma neuropatia óptica, que costuma se manifestar em crianças a partir dos cinco anos, adolescentes e em jovens adultos.
 
“Primeiramente, é importante dizer que glaucoma é o termo geral que denomina uma série de condições que podem causar danos ao nervo óptico. O principal fator de risco para desenvolver a patologia é o aumento da pressão intraocular (PIO)”, explica.
 
A prevalência do glaucoma juvenil é relativamente pequena, 1 caso em cada 44 mil pessoas. Mas, as consequências da falta de diagnóstico e tratamento podem ser devastadoras.

 

Sem sintomas

A especialista reforça que, a princípio, o glaucoma juvenil não causa sintomas. “Por isso, o diagnóstico, em muitos casos, acontece nos exames oftalmológicos de rotina. Infelizmente, a presença de sintomas pode indicar um estágio mais avançado da doença”.
 
O aumento da pressão intraocular (PIO) causa danos no nervo óptico. Por sua vez, esses danos podem afetar o campo visual e levar à perda da visão.
 
“É muito comum recebermos para consultas de rotina crianças e adolescentes com queixas de dor de cabeça e alterações na visão. Embora, na maioria dos casos esses sintomas não estão ligados ao glaucoma juvenil, é exatamente nesses exames que o diagnóstico é feito”, conta Dra. Maria Beatriz.
 
Outro ponto de atenção é que a miopia afeta 50% das crianças e adolescentes com o diagnóstico de glaucoma juvenil.

“Esse é um fator importante. Sempre que o oftalmologista detectar a presença de miopia em crianças e adolescentes, é recomendado realizar um exame para avaliar a pressão intraocular e o nervo óptico”.

 

Histórico Familiar deve ser sinal de alerta

O glaucoma tem um componente genético muito importante. Isso quer dizer que pessoas com histórico familiar da doença precisam fazer um acompanhamento periódico com um oftalmologista.
 
“Quando há casos de glaucoma em parentes de primeiro grau, como pais e irmãos, o ideal é procurar um oftalmologista ainda no primeiro ano de vida e realizar o acompanhamento de forma regular ao longo da adolescência e da vida adulta”, ressalta Dra. Maria Beatriz.
 


Mutação genética
 
Atualmente, estudos apontam que o glaucoma juvenil está ligado a uma mutação genética cujo resultado seria uma alteração no funcionamento da malha trabecular. Essa estrutura é responsável pela drenagem do humor aquoso.
 
“A drenagem do humor aquoso deve ser constante para manter a pressão intraocular (PIO) equilibrada. Entretanto, quando há alguma alteração no escoamento da substância, ela se acumula e leva ao aumento da pressão intraocular (PIO). O resultado de uma PIO alta é a destruição das células do nervo óptico”, relata Dra. Maria Beatriz.
 
O nervo óptico é responsável pela ligação entre o olho e o cérebro. Quando há lesões nessa área, as informações visuais captadas pelos olhos não podem ser transmitidas para o processamento cerebral. Além disso, as lesões são irreversíveis. Portanto, a cegueira causada pelo glaucoma é definitiva.

 

Sob controle

O tratamento do glaucoma tem como principal objetivo controlar a pressão intraocular (PIO) para evitar danos no nervo ótico. O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado.
 
“O glaucoma juvenil pode ser tratado colírios para controlar a pressão intraocular. Em outros casos, pode ser necessário realizar procedimentos cirúrgicos para melhorar a drenagem do humor aquoso para controlar a pressão intraocular. Mas, cada caso é avaliado e tratado de forma individual”, reforça a médica.
 
Por fim, a recomendação da especialista é que os pais adotem uma rotina de prevenção desde o nascimento.

“O ideal é levar o bebê ainda no primeiro ano de vida para uma consulta oftalmológica de rotina. Quando houver histórico familiar de glaucoma, o acompanhamento também deve ser regular. É importante ainda prestar atenção nas queixas de dor de cabeça e cansaço visual e levar a criança para ser avaliada”, finaliza Dra. Maria Beatriz.


Alimentos saborosos, mas nocivos à saúde, podem afetar também a audição

Pesquisas apontam que o excesso de doces, chocolate, sorvete e até bebidas alcoólicas podem causar perda auditiva


Que a má alimentação é prejudicial à saúde todo mundo sabe, mas que também afeta a audição, você sabia? A falta de uma dieta equilibrada, no longo prazo, bem como o consumo em excesso de álcool e tabaco, podem causar perda auditiva, zumbido e tontura. Isso foi comprovado em estudo conduzido pela médica Sharon Curhan e outros pesquisadores da Universidade Harvard (EUA).

Os pesquisadores verificaram a alimentação e a capacidade auditiva de quase 80 mil mulheres durante duas décadas e concluíram que dietas saudáveis diminuem em até 30% a possibilidade de a audição sofrer prejuízos com o passar dos anos. Eles compararam o menu diário das participantes com três estilos famosos de alimentação, entre eles a dieta mediterrânea, que demonstrou grande potencial para proteger a capacidade auditiva. A dieta mediterrânea indica o consumo abundante de azeite, hortaliças, peixes e oleaginosas, e pouca carne vermelha e doces. Os resultados foram publicados no periódico Journal of Nutrition .

De acordo com o médico Fernando Ganança, ex-presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvio-Facial (ABORL-CCF), quem consome muito açúcar corre risco de comprometer a audição. "O açúcar tem glicose e, em excesso, causa aumento da insulina, que tem uma função importante na regulação de íons presentes no ouvido interno. Se o indivíduo come grande quantidade de doces, chocolate, sorvete, bala, refrigerante, pode prejudicar sua saúde auditiva", diz o otorrinolaringologista, que complementa: "Erros alimentares prejudicam os três principais sintomas otoneurológicos: perda auditiva, zumbido e tontura - as famosas labirintites".


Diabetes

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Niigata, no Japão, também descobriram que o diabetes pode causar perda de audição, dentre outras complicações. Eles reuniram informações de 13 estudos anteriores em que foram examinadas 7.377 pessoas com diabetes e 12.817 sem diabetes. E concluíram que os portadores de diabetes tinham 2,15 vezes mais chances de perder a audição do que as pessoas sem essa condição. O Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism publicou a pesquisa.


Álcool e tabagismo

Os males causados pela ingestão de álcool em excesso vão além dos já conhecidos, como o risco de cirrose hepática. Pesquisadores da Universidade de Ulm, na Alemanha, examinaram usuários de bebida alcóolica, tanto os dependentes como os que bebem socialmente, para checar o nível de danos causados na mente e audição. O estudo revelou que a bebida alcóolica afeta consideravelmente a capacidade auditiva. Outra pesquisa, esta realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), revelou que pessoas que fumam pelo menos cinco cigarros por dia há mais de um ano têm quatro vezes mais chances de sofrer com zumbido. E na Universidade de Antuérpia, na Bélgica, um estudo também comprovou que pessoas que fumam regularmente, por mais de um ano, têm audição pior do que quem não fuma. E quanto mais se fuma, maior é o nível de perda auditiva.

"As células ciliadas, que ficam na cóclea, logo à frente do labirinto, e são responsáveis pela audição sensorial, não se regeneram caso sejam danificadas. Com isso, o indivíduo vai perdendo a audição ao longo dos anos, dependendo das situações a que se submete. Má alimentação e exposição constante a sons altos, entre outros fatores, podem agravar o problema", diz a fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo da Telex Soluções Auditivas.

O zumbido, que pode ser o primeiro sinal de perda de audição, afeta 278 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O sintoma geralmente é o mesmo: um ruído constante que a pessoa não sabe de onde vem, nem como acabar com ele. "Em alguns casos, o incômodo é parecido com o barulho de insetos; em outros, com o som de uma cachoeira. Alguns se assemelham ao apito de uma panela de pressão. Quanto antes o problema for tratado, mais claro será o diagnóstico e maiores serão as chances de fazê-lo desaparecer ou pelo menos minimizá-lo", pontua a fonoaudióloga.

Além de melhorar o acesso aos sons para quem tem perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos também é indicado para as pessoas que lidam diariamente com o zumbido. A ferramenta Tinnitus SoundSupport™, presente nos aparelhos auditivos da Telex Soluções Auditivas, fornece sons do oceano e várias outras opções de sons a fim de levar alívio e conforto para quem enfrenta o zumbido.


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