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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Réveillon das Luzes no Terras Altas vai celebrar o Ano Novo com espetáculo de queima de fogos


Depois de um ano tumultuado e cercado de preocupações, nada melhor do que comemorar a chegada de 2021 cercado de luzes. Em meio à natureza exuberante da Mata Atlântica e com todo o conforto que uma excelente estrutura hoteleira pode oferecer, o Réveillon das Luzes do Terras Altas Resort & Convention Center colocará um ponto final em 2020 para saudar a chegada de um novo ciclo. Ceia da virada, música ao vivo, queima de fogos e outras surpresas já estão sendo preparadas para tornar as comemorações da virada do ano uma experiência inesquecível.

 

O resort criou três pacotes diferenciados para quem quiser festejar com segurança. Isso porque o Terras Altas, ao longo dos quatro meses em que teve de suspender as atividades, preparou-se para cumprir todos os protocolos de biossegurança indicados pelas autoridades sanitárias, como forma de garantir tranquilidade e segurança de seus hóspedes, visitantes e colaboradores neste momento de retomada. 

“Esta será mais uma grande festa de virada do ano com muita energia positiva e alto astral para dar as boas-vindas a 2021. Estamos preparados para receber a todos com total segurança, conforto e excelência, dentro dos protocolos sanitários dos órgãos de saúde. Nossa área de 250 mil metros em meio à Mata Atlântica permite que se mantenha a segurança dos hóspedes”, afirma o sócio e diretor-geral do hotel, Latif Abrão Junior. 

Os pacotes single, duplo (dois adultos) e triplo (três adultos) incluem - além da ceia de Réveillon - pensão completa, com café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. O check in deve ser realizado no dia 30 de dezembro, a partir das 14 horas. E o checkout, até as 18 horas do dia 1º de janeiro. Bebidas e gastos extras não estão incluídos, mas o hotel presenteará os hóspedes com uma garrafa de espumante para cada apartamento.

Além disso, a hospedagem será gratuita para uma criança de até 11 anos que permanecer no mesmo apartamento que o casal. Se o casal tiver dois filhos que permaneçam no mesmo quarto, pagará pela hospedagem da segunda criança 50% do valor da diária.  

A programação do Réveillon das Luzes contará com apresentação musical, ceia e um espetáculo pirotécnico de tirar o fôlego. A queima de fogos está programada para durar cinco minutos. Durante o dia, as crianças a partir de 4 anos e os adultos poderão realizar diversas atividades de lazer oferecidas pelos monitores do hotel. 

O Terras Altas oferece ainda passeios por trilhas ecológicas, piscinas, quadras poliesportivas (tênis, futebol e vôlei de areia) e academia, duas piscinas (uma externa com Cascata e bar exclusivo e outra aquecida), salão de jogos, videokê, playground, capela ecumênica, biblioteca e loja de conveniência. O empreendimento conta com 120 apartamentos equipados com ar-condicionado e calefação, bancada de trabalho, internet, cofre, TV a cabo e minibar; e é pet friendly: aceita cães de pequeno porte (até 10 kg) sem cobrança de taxa extra.  

“O empreendimento agrada tanto os hóspedes que buscam uma programação variada de esportes e entretenimento quanto os que querem apenas relaxar à beira da piscina e aproveitar o ar puro da natureza, seja lendo um livro ou percorrendo uma das nossas trilhas ecológicas”, destaca Latif.

 

Valores e formas de pagamento 

O valor para o pacote Réveillon das Luzes, com acomodação individual (1 adulto), é de R$ 2.400. Para um casal (dois adultos) o valor é de R$ 3.070 e a opção de acomodação tripla (3 adultos) sai por R$ 3.900. Lembrando que o hotel oferece cortesia para 1 (uma) criança de até 11 anos na mesma acomodação de dois pagantes e a segunda criança tem 50% do valor da diária.  

O valor pode ser parcelado em 10 vezes iguais no cartão de crédito (antecipadamente) com fechamento em agosto e setembro. Em 5 vezes no cartão de crédito (antecipadamente) com fechamento em outubro. E em 2 vezes iguais no cartão de crédito (antecipadamente) com fechamento em novembro e dezembro. 

 

Protocolos de Segurança 

“Nossos programas de Segurança Sanitária e Alimentar sempre foram muito rigorosos, então apenas ajustamos os cuidados indicados por conta da pandemia”, explica o sócio e diretor-presidente do resort, Latif Abrão Jr. Entre os protocolos adotados: a medição de temperatura no check-in, uso obrigatório de máscara nas áreas comuns, novo layout dos espaços dos restaurantes, salas de reunião e de eventos, áreas comuns e espaços de trabalho, em conformidade com a recomendação de se manter a distância mínima de 2 metros entre as pessoas. Além disso, para evitar aglomerações na recepção, o check in agora pode ser feito antecipadamente via aplicativo e dispensers de álcool gel estão espalhados pelo resort.

 

Saiba mais em: lazer@hotelterrasaltas.com.br, pelo WhatsApp (11) 98644-0077. www.hotelterrasaltas.com.br.

 

 

 

 


Santana Parque Shopping realiza Campanha de Doação de Sangue

Redução em até 50% de doações faz empreendimento realizar ação em parceria com o projeto Amor se Doa


  O Santana Parque Shopping realiza, nos dias 10 e 11 de setembro, mais uma campanha social de doação de sangue em parceria com o projeto Amor se Doa, já que as doações de sangue registram queda de 50% nos últimos meses.

  Recebendo uma carreta de coleta de sangue, o empreendimento segue todas as normas de higiene, controle de fluxo e distanciamento social orientadas pela prefeitura. Para isso, o centro de compras disponibiliza um espaço para a doação, localizado na entrada Eco 4, dedicado exclusivamente para os interessados em ajudar pessoas que precisam de transfusões, independentemente do tipo sanguíneo.

  A coleta acontece das 10h às 15h, mediante a agendamento prévio que pode ser realizado por meio do link linktr.ee/amorsedoa. O objetivo é arrecadar em torno de 100 bolsas de sangue por dia, que serão destinadas para o Banco de Sangue Paulista.

  Todos que doarem terão isenção do estacionamento!

  Para ser um doador, o voluntário deve ter entre 18 e 65 anos, desde que a primeira doação tenha acontecido até os 60 anos, além de estar dentro dos requisitos necessários:

  • Boas condições de saúde
  • O peso deve ser superior a 53 kg para homens e 50 kg para mulheres
  • Se homem, deve ter doado há mais de 60 dias
  • Se mulher, deve ter doado há mais de 90 dias; não estar grávida; não estar amamentando; já ter passado pelo menos 3 meses de parto ou aborto
  • Não ter tido Hepatite após os 10 anos de idade
  • Não ter histórico de contato com o inseto barbeiro, transmissor da Doença de Chagas
  • Não ter histórico de malária ou se esteve em região de malária nos últimos 6 meses
  • Não ter realizado Endoscopia / Colonoscopia nos últimos 6 meses 
  • Não tem ou teve Sífilis
  • Não ter tatuagens e/ou piercings recentes (menos de 1 ano)
  • Não ter recebido transfusão de sangue ou hemoderivados no último ano
  • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação
  • Estar alimentado e com intervalo mínimo de 2 horas após a última refeição 
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que antecedem a doação
  • Não ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses
  • Não ter fumado na última hora que antecede a doação
  • Não possuir comportamento de risco para HIV tais como: não usar preservativos em relações sexuais com parceiros novos ou ocasionais, ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses ou ser usuário de drogas ilícitas

Antes da coleta, o doador deve apresentar documento oficial com foto e passar por uma breve entrevista de triagem.

 


Serviço
Campanha Doação de Sangue – Santana Parque Shopping
Data:
10 e 11 de setembro
Horário: Das 10h às 15h
Local: Eco 4
Mais informações: (11) 2238-3002
www.santanaparqueshopping.com.br
Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 – Santana – São Paulo – SP
Mais informações: 11 2238-3002 – www.santanaparqueshopping.com.br


Exercício físico reverte atrofia muscular provocada por câncer e pode aumentar sobrevida de pacientes


 Estudo realizado em ratos por pesquisadores do Brasil, EUA e Noruega mostrou os efeitos do exercício físico na condição conhecida como caquexia do câncer. Análise sugere o treinamento como terapia auxiliar para pacientes oncológicos (imagem: células musculares tratadas com meio condicionado de células tumorais. O modelo in vitro de caquexia do câncer, foi utilizado nas últimas etapas do estudo; imagem: acervo dos pesquisadores)


A prática de exercício físico pode ser favorável para pacientes oncológicos. Estudo realizado em modelo animal por equipe internacional de pesquisadores comprovou que o treinamento regular de atividades aeróbicas, além de melhorar a capacidade física, também reverteu perda de massa muscular, normalizou a função contrátil do músculo e, sobretudo, prolongou em 30% a sobrevida de ratos com tumores.

Artigo, publicado na revista Molecular Metabolism, descreve pesquisa realizada em ratos com caquexia decorrente do câncer e que recuperaram funções perdidas do músculo esquelético por meio do exercício físico. Alguns dos resultados obtidos em experimentação animal foram reforçados por meio da análise de tecidos musculares de pacientes com câncer de pulmão.

O estudo, apoiado pela FAPESP, por meio de um Projeto Temático sobre câncer e coração e do programa de mobilidade Sprint/FAPESP, mostrou que o exercício físico pode reverter essa ação do câncer de alterar a expressão de algumas proteínas do músculo esquelético.

“Pacientes oncológicos tendem a apresentar atrofia muscular, a chamada caquexia do câncer. Isso porque, para o tumor se desenvolver, ele precisa interagir com o organismo e o músculo esquelético pode se tornar uma fonte de reserva de energia. Basicamente, o tumor vai produzir vários fatores para tentar extrair toda a proteína guardada no músculo esquelético para crescer. Nesse processo, perde-se força e massa”, explica Christiano Alves, um dos autores do estudo.

Alves foi bolsista da FAPESP e atualmente realiza pesquisa de pós-doutorado na Universidade de Harvard (Estados Unidos).

No estudo, a comparação em modelo experimental de ratos com câncer e caquexia severa mostrou que os animais com tumores e que realizaram treinamento físico – semelhante à corrida e caminhada em esteiras adaptadas – apresentaram sobrevida 30% maior do que aqueles com caquexia do câncer que permaneceram sedentários.

“Ao analisar o músculo isoladamente, observamos que o treinamento físico reduziu o estresse oxidativo e melhorou as funções do músculo esquelético, como a capacidade de contração”, diz.

No rastro das proteínas

Para investigar os efeitos dos tumores no músculo esquelético, os pesquisadores realizaram inicialmente uma análise proteômica (variação na expressão de proteínas) no músculo de três grupos: animais com tumores e caquexia que realizaram exercício, animais com câncer e caquexia que permaneceram sedentários e animais saudáveis.

“Buscamos identificar proteínas musculares alteradas na caquexia do câncer e que fossem alvo terapêutico pelo exercício físico, ou seja, que pudessem ter a sua expressão modificada novamente, por meio do exercício físico, chegando a um estado próximo dos animais sem câncer. Nosso estudo não buscou um fármaco, pois sabemos que o exercício físico pode trazer várias mudanças e benefícios, inclusive um estilo de vida mais saudável, e configura uma terapia de baixo custo”, diz Patricia Chakur Brum , professora titular de fisiologia do exercício da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) e orientadora.

Entre as várias proteínas alteradas pelo câncer que foram identificadas na análise proteômica, 12 tinham a expressão modificada em sentido oposto ao câncer pelo exercício físico, sendo a proteína COPS2 (também nomeada como TRIP15/ALIEN) a mais proeminente delas.

Muito estudada – embora nunca tenha sido relacionada especificamente ao músculo esquelético –, essa proteína é essencial para a manutenção de todo tipo de célula. Na análise, a expressão da COPS2 estava claramente diminuída no modelo de câncer, sendo posteriormente recuperada pelo exercício físico.

“Costumava-se creditar ao músculo esquelético as funções de sustentação, locomoção e também de armazenamento de proteínas importantes para o metabolismo e que servem como um substrato energético para o organismo. Hoje sabemos que o músculo esquelético apresenta outras funções. Ele funciona como um órgão endócrino que libera proteínas ali sintetizadas e que podem agir em diferentes tecidos do organismo”, diz Brum.

A pesquisadora ressalta ainda outro fator importante: as proteínas liberadas pelos músculos (miocinas) agem a distância. “O que estamos tentando fazer com esses estudos é produzir conhecimento e mostrar a necessidade da prática de exercício físico também para pacientes oncológicos. O exercício físico aumenta a produção dessas miocinas, servindo como um instrumento terapêutico. Quando extrapolamos isso para o paciente com câncer, o exercício físico se torna fundamental”, diz Brum.


Análise de caso

Paralelamente ao estudo de proteômica realizado nos animais, os pesquisadores analisaram o tecido muscular de seis pacientes com câncer de pulmão – em tratamento no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) sob a supervisão de Gilberto de Castro Jr., que colaborou no projeto – e compararam a variação de proteínas com a de quatro indivíduos saudáveis.

“Observamos que, assim como ocorreu no modelo animal, a expressão da proteína COPS2 também decaiu muito em pacientes com câncer de pulmão e caquexia. Os dados dos pacientes são ainda preliminares, pois é um número reduzido de indivíduos estudados, no entanto, se apresentam como uma prova de conceito do que foi avaliado em modelo animal”, afirma Alves.

O grupo de pesquisadores ainda investigou quais mecanismos estão envolvidos no processo de perda de massa do músculo esquelético em consequência do câncer e como o exercício físico surge como uma forma de recuperá-lo. Para isso, foram realizadas análises em cultura celular de camundongos e humanos.

As análises mostraram que, a despeito do aumento da proteína COPS2 não ter alterado o fenótipo e o metabolismo da célula muscular, a sua redução foi benéfica por regular a F-actina, importante proteína muscular contrátil relacionada ao estresse oxidativo.

“Por meio de técnicas de biologia molecular, foi possível inativar ou superexpressar a proteína COPS2 para avaliar o metabolismo do músculo. No conjunto da obra, nosso estudo mostrou que a redução da COPS2 na caquexia é um mecanismo compensatório do músculo esquelético. Isso significa que a proteína surge como um sinalizador de que algo não está bem no músculo, de que está ocorrendo caquexia”, diz Alves.

Nessa equação, o estudo comprovou que o exercício físico consegue, inclusive, viabilizar a expressão da proteína COPS2. “O exercício traz o músculo de volta para um estado normal e ao regularizá-lo não é mais necessário haver a sinalização da COPS2. Analisando diretamente, o exercício reduz o estresse oxidativo no músculo que se reflete na sua função primordial, que é contrair e relaxar. Isso resulta ainda em uma melhora completa, inclusive no metabolismo do indivíduo”, afirma Brum.

O artigo Exercise training reverses cancer-induced oxidative stress and decrease in muscle COPS2/TRIP15/ALIEN (doi: 10.1016/j.molmet.2020.101012), de Christiano R. R. Alves, Willian das Neves, Ney R. de Almeida, Eric J. Eichelberger, Paulo R. Jannig, Vanessa A. Voltarelli, Gabriel C. Tobias, Luiz R. G. Bechara, Daniele de Paula Faria, Maria J. N. Alves, Lars Hagen, Animesh Sharma, Geir Slupphaug, José B. N. Moreira, Ulrik Wisloff, Michael F. Hirshman, Carlos E. Negrão, Gilberto de Castro Jr, Roger Chammas, Kathryn J. Swoboda, Jorge L. Ruas, Laurie J. Goodyear, Patricia C. Brum, pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212877820300867?via%3Dihub#! .

 


Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/exercicio-fisico-reverte-atrofia-muscular-provocada-por-cancer-e-pode-aumentar-sobrevida-de-pacientes/34075/


Preconceitos podem fazer pessoas com epilepsia omitirem a doença

Estigmas relacionados à doença impactam na qualidade de vida dos pacientes que se sentem inseguros devido à imprevisibilidade da ocorrência de crises e precisam lidar com a falta de compreensão das pessoas sobre o tema

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo, com estimativa de que 3,5 milhões não recebem ou não fazem o tratamento adequado. A falta de informações e estigmas associados à doença impactam na qualidade de vida dos pacientes que, muitas vezes, não procuram ajuda, encontram dificuldades para se inserir na sociedade ou até mesmo conseguir um emprego. Para mudar essa perspectiva, datas como o Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização sobre Epilepsia, comemorado no dia 9 de setembro, são importantes formas de chamar atenção para o tema e alertar a respeito de especificidades da doença.

A epilepsia é caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises epiléticas. "É como se alguma área do cérebro tivesse um curto circuito, um desarranjo na parte elétrica", explica a neurologista Irina Raicher, gerente médica da Zodiac. Um dos sintomas mais conhecidos, e que costuma assustar quando presenciado, é a convulsão, marcada por movimentos rítmicos involuntários de membros, braços e pernas, mordedura da língua e salivação intensa. Mas a neurologista alerta: "não necessariamente uma pessoa que tem uma convulsão é epiléptica. Para o diagnóstico, é preciso ter pelo menos duas crises epilépticas não provocadas em um intervalo maior de 24 horas ou diagnóstico clínico feito pelo médico. Lembrando que as crises também podem ser sutis, mais fracas, como breves desligamentos como em uma parada comportamental, na qual a pessoa fica um tempo sem responder, com o olhar parado, por exemplo".

É justamente a imprevisibilidade da ocorrência das crises que causa insegurança em quem apresenta a doença. Esse fator somado ao preconceito e os mitos que existem, faz com que muitos se privem de ter uma rotina comum. Mas, de acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia, até 70% dos indivíduos com epilepsia têm suas crises controladas com medicamentos antiepilépticos. "Dessa forma, a qualidade de vida é preservada, tornando possível acompanhar a escola normalmente, fazer um curso superior, se desenvolver em uma profissão, como todos os outros", afirma Irina. "Também existem casos mais graves da doença, em menor porcentagem".

Além disso, afirmações como "epilepsia é uma doença contagiosa", "pessoa com epilepsia não deve praticar atividade física, muito menos dirigir", "pacientes com epilepsia têm dificuldade mental" são grandes mitos que precisam ser desconstruídos. No que diz respeito às atividades físicas, por exemplo, desde que não envolvam esportes radicais, há estudos que comprovam os efeitos benéficos tanto físicos quanto psicológicos, podendo promover a recuperação da autoconfiança e eliminando o medo de que novas crises aconteçam. 



Tratamento da epilepsia

Ao contrário do que muitos dizem, alguns tipos de epilepsia têm cura e os sintomas podem ser controlados por medicamentos. Para o tratamento ser bem-sucedido, é necessário existir um comprometimento e um certo rigor do paciente. Segundo Irina, um modo de garantir uma maior eficácia é envolvê-lo nas tomadas de decisões clínicas, deixando que ele escolha a opção que melhor se adeque ao seu organismo, dia a dia e realidade. Entretanto, a construção dessa relação de decisão compartilhada entre paciente e médico requer que mais informações confiáveis sobre a doença estejam disponíveis para as pessoas. "Essa questão de participar das escolhas envolve tudo, desde saber os eventos adversos de cada medicamento até conhecer o quanto cada um pode proporcionar mais qualidade de vida. As decisões abrangem também o custo do tratamento, que é um importante fator de adesão ao tratamento", afirma Irina. 



O que fazer

Caso presencie uma crise, a primeira coisa a se fazer é colocar a pessoa de lado e afastá-la de possíveis perigos. Se possível, leve-a para um lugar seguro. Se não houver a presença de traumas, coloque um travesseiro embaixo da cabeça para evitar ferimentos. Caso identifique algum trauma, não movimente a região da cervical. Mantenha-se ao lado dela até ela acordar. Se o episódio durar mais que cinco minutos, chame um serviço de emergência. Não dê nenhuma medicação para a pessoa, isso deve ser feito por uma equipe de saúde especializada. E o mais importante, contrariando a sabedoria popular, não introduza nenhum objeto na boca da pessoa e nem tente segurar a língua.



Zodiac Produtos Farmacêuticos

www.zodiac.com.br

 

Campanha Setembro Verde reforça a importância da biossegurança na odontologia


Nunca o tema da biossegurança foi tão importante como agora, quando o mundo enfrenta os desafios da pandemia de covid-19. Intitulada Setembro Verde, a Campanha de Conscientização da Biossegurança em Odontologia (SETBIO) ganha relevância especial no ano de 2020, sua segunda edição. A iniciativa, que conta com o apoio dos Conselhos Federais e Regionais de Odontologia, incluindo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), tem como objetivo estimular medidas para prevenção de acidentes e contaminações durante as consultas.

A biossegurança é um fundamento imprescindível na Odontologia, pois é o princípio da atenção à saúde geral do paciente e de toda a equipe de saúde bucal. Ela engloba muito mais do que a simples utilização de barreiras físicas para o atendimento. Mais do que isso, a biossegurança envolve conhecer microbiologia, epidemiologia e infecção. “É necessário também conhecer aspectos relacionados às vacinas obrigatórias e facultativas oferecidas à população, por exemplo. O cirurgião-dentista precisa ter em mente todos esses conhecimentos para fazer boas escolhas no cuidado odontológico de todas as pessoas envolvidas nos procedimentos, tanto pacientes quanto a equipe”, explica Mary Caroline Macedo, membro do Grupo de Trabalho de Biossegurança do CROSP.

A Odontologia, em comparação a outras áreas de saúde, tem como diferencial a grande proximidade física com que os cirurgiões-dentistas atendem seus pacientes, estando em contato com a saliva e com as vias aéreas superiores, o que reforça a atenção à biossegurança. “Por esta razão, é fundamental a troca de EPIs a cada paciente. O cirurgião-dentista pode realizar procedimentos que geram aerossóis e em alguns casos, quer sejam urgência ou emergência, correm risco de atender pacientes infectados com o coronavírus. Portanto, todo cuidado é pouco”, frisa Mary Caroline.  

Também é importante que haja tempo para a dispersão dos aerossóis e uma limpeza de superfícies com agentes descontaminantes capazes de assegurar que o ambiente possa ser reutilizado.

Os consultórios odontológicos estão preparados e equipados para receberem os pacientes, de acordo com todas as normas de biossegurança, o que mantém o risco de contágio em um patamar mínimo. “Campanhas são sempre bons momentos para se retomar princípios fundamentais. A SETBIO assegura que o assunto biossegurança, em toda a sua amplitude, possa ser repensado, reestudado e reorganizado”, reforça Mary Caroline.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Dente do siso: todo mundo precisa tirá-lo?

Cirurgião bucomaxilofacial explica em quais situações é importante fazer a sua extração


Os dentes do siso, também conhecido como "dente do juízo" pela idade que normalmente erupcionam na cavidade bucal, são os últimos dentes a aparecer na boca, e a sua extração é uma cirurgia que causa muito receio às pessoas e geram questionamentos se a remoção é sempre necessária.

De acordo com um estudo publicado na Revista Surgeon, no Reino Unido, aproximadamente 152 mil pessoas realizam essa cirurgia, no Brasil não existe um dado exato, mas seguindo a estimativa desta pesquisa, considerando o número de habitantes brasileiros, 480 mil pessoas realizam a cirurgia de extração do siso.

A sua principal função é aumentar a eficiência mastigatória dos alimentos mais sólidos e duros. No entanto, com as mudanças dos hábitos alimentares, a partir da introdução de alimentos cozidos e industrializados, que são mais fáceis de serem mastigados, esses dentes foram perdendo sua função e muitas pessoas nascem inclusive sem eles.

"60 a 70% da população são indicados para fazer essa extração, só no consultório onde eu atuo, são aproximadamente 100 exodontias por mês. Por isso é importante sempre fazer uma radiografia para verificar se eles realmente não estão presentes, pois podem estar dentro do osso e às vezes o paciente nem sabe da sua existência", comenta o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

Quando o siso começam a nascer, principalmente em pacientes em que os dentes são grandes para uma arcada dentária pequena, acontece de não ter espaço para eles saírem completamente e acabam ficando presos dentro da gengiva, e associados com a dificuldade de higienização por estarem localizados no fundo da boca, podem gerar um processo inflamatório no local, causando mau hálito, dor e inchaço.

"Esses dentes também podem estar associados ao aparecimento de cistos e tumores nos maxilares. Por isso, em muitos casos, a extração dos dentes do siso é recomendada. Entretanto, se caso o dente consiga erupcionar totalmente e o paciente consiga manter uma boa higienização, a sua extração não é obrigatória", explica o Dr. Fábio Sato.

A infecção na região é causada normalmente por acúmulo de restos alimentares abaixo da gengiva que recobre o dente, esse problema é chamado de pericoronarite e a principal preocupação é que ele pode evoluir para situações de maior gravidade, com infecções que podem inclusive levar a morte.

A idade ideal para a remoção é entre 16 a 20 anos, quando a raiz não está totalmente formada e o osso ainda apresenta menor rigidez, o que facilita a extração e evita possíveis complicações, como fraturas de mandíbula e parestesia, que é uma dormência persistente após a realização do procedimento cirúrgico por alguma lesão nos nervos da região.

"Muito da preocupação que se tinha no passado em relação ao procedimento cirúrgico é minimizada hoje em dia com a utilização de técnicas avançadas, que melhoram a recuperação no pós-operatório. Uma cirurgia para extração dos dentes do siso raramente ultrapassa 1 hora", afirma o cirurgião.

Além disso, ele complementa que os pacientes podem ser sedados, diminuindo o seu nível de ansiedade, tanto antes como depois da cirurgia, trazendo muito mais conforto. Isso possibilita a realização da extração dos quatro dentes do siso em uma única sessão. Em casos especiais, devido a algumas condições sistêmicas de saúde ou mesmo risco de fratura da mandíbula, esse procedimento pode ser realizado em ambiente hospitalar.

Em relação ao pós-operatório, ele costuma ser bem tranquilo, e depende muito da colaboração do paciente, respeitando as recomendações do profissional. A maioria das pessoas que passam por essa cirurgia relata praticamente ausência total de dor no pós-operatório.

"Para isso, é recomendado que nos primeiros três dias a dieta seja gelada e pastosa, e que atividades físicas mais intensas e a exposição ao sol sejam evitadas. Dessa forma, em poucos dias o paciente se recupera e já pode retornar às suas atividades normais do cotidiano", finaliza o Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

 



Dr. Fábio Sato - Formado pela Odontologia na USP, é mestre e doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial. Sua atuação é principalmente no tratamento da Disfunção Temporomandibular através de procedimentos minimamente invasivos, Cirurgia Ortognática para Correção das Deformidades Dentofaciais, além de outros procedimentos como Enxertos Ósseos, Implantes Dentários e demais relacionados à área.


Obesidade: a “pandemia” causada pelo sedentarismo

Médicos avaliam que a falta de exercício físico regular contribui para um aumento de peso que pode levar a complicações de doenças


O isolamento social mudou os hábitos da população ao redor do mundo. As rotinas não são mais as mesmas e o sedentarismo tomou conta da maioria das casas durante o período de pandemia. Agora, a preocupação de médicos e nutricionistas é que a humanidade enfrente outra pandemia: a da obesidade.

Segundo a endocrinologista do Hospital Brasília Jamilly Drago, a obesidade é uma doença crônica evolutiva, “, ou seja, quando não tratada, pode estimular outras doenças graves como a hipertensão arterial e o Diabetes Mellitus. Além disso, é um fator agravante para uma infecção mais severa de coronavírus.

A endocrinologista conta que, no começo da quarentena, já havia uma preocupação com o aumento do peso da população, pois o confinamento proporciona aumento de peso. Entretanto, de acordo com Drago, a alimentação inadequada não foi sozinha a causadora do excesso de peso. A falta de atividade física também ajudou nesse acréscimo.

“Eu não imaginei que em pouco tempo meus pacientes pudessem ter adquirido tanto excesso de peso. No consultório, 6 em cada 10 pessoas relataram aumento de 4 a 12 kg em média. Raros foram os que perderam ou mantiveram seu peso nesses últimos meses”, destaca.

De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, em março de 2020, cerca de 55% da população brasileira estava com excesso de peso e 19,8% estava obesa. Para a endocrinologista, após seis meses de isolamento, esse número pode ter aumentado.


 Obesidade e coronavírus

Um estudo feito pela Universidade da Carolina do Norte em parceria com o Banco Mundial, divulgado em agosto, revelou que vacinas contra a gripe são menos eficazes em pessoas obesas. O relatório ainda aponta a possibilidade de vacinas contra a Covid-19 terem o mesmo efeito reduzido.

A proposta não afirma que uma vacina será ineficaz em populações obesas, mas este deve ser um fator a se considerar como um modificador de dados.

Mesmo que uma pessoa obesa contraia uma versão mais leve de coronavírus, a condição promove alterações no metabolismo, como resistência à insulina e inflamação. Isso pode provocar uma resposta deficiente à infecção por Covid-19.

Para a doutora Drago, o problema não está apenas na dificuldade de se alimentar bem, mas no reinício de alguma atividade física, seja ao ar livre ou home fitness. “Encontro resistência no começo do ‘novo normal’. Isso pode prejudicar a saúde, piorar as doenças crônicas de base e, em especial, a saúde do coração”, avalia.

 

Atividade física em casa

Nos últimos meses, a Organização Mundial da Saúde levantou hashtags a fim de estimular as atividades físicas em casa. Nas redes sociais, as #HealthyAtHome (#SaudávelEmCasa) vêm acompanhadas de exercícios simples, variedades de atividades e movimentos diferenciados por idade.

“Com a pandemia do novo coronavírus, a rotina mudou de forma expressiva, incluindo redução de atividade física e piora do hábito alimentar. Além disso, o isolamento social associado ao sedentarismo acarreta alteração do humor, interferindo na saúde mental das pessoas”, afirma Rafael Leal, Nutrólogo no Hospital Brasília.

De acordo com o médico, a ansiedade e o medo do desconhecido estimulam a falta de hábitos saudáveis. “Porém, no momento devemos nos adequar à nova realidade.  Praticar atividade física regular, seja em casa ou em locais apropriados, e ter uma alimentação balanceada são os pilares para manter o corpo saudável e minimizar a chance de doenças crônicas, além da evolução desfavorável da infecção por Covid-19”, finaliza.


Dificuldade para engravidar: conheça os principais motivos

Especialista em saúde da mulher comenta o problema que afeta 15% dos casais


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificam como inférteis os casais que tentam engravidar e encontram dificuldades após o período de um ano, mesmo com relações frequentes e sem qualquer forma de contracepção. Segundo a entidade, 15% dos casais em idade reprodutiva são afetados, ou seja, cerca de 80 milhões de pessoas no mundo. Problemas como cistos, hipotireoidismo, endometriose, adenomiose, miomas, alterações hormonais, entre outros, estão entre as causas mais comuns. 

“Os números são altos e a situação pode assustar um pouco, mas é importante destacar que infertilidade não é igual a esterilidade. O casal infértil tem muitas chances de engravidar, o importante é determinar as causas e agir para solucionar”, explica Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e obstetra, especialista em endometriose e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). 

Se tratando especificamente da saúde da mulher, de acordo com o Ministério da Saúde, a infertilidade pode estar relacionada a:  

Ovários: a presença de cistos, inflamações, ausência de ovulação, problemas de baixa tireóide (hipotireoidismo), idade da mulher a partir de 35 anos e menopausa precoce podem causar quadros de infertilidade.  


Tubas uterinas: a obstrução das tubas pode impedir o encontro do óvulo com o espermatozóide. Os motivos para isso podem variar de doenças que causam inflamação pélvica, como endometriose, adenomiose, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e até alteração do muco cervical. 

“A endometriose é responsável por 30% a 50% dos casos de infertilidade. Ela acontece quando o tecido do endométrio, que deveria ser expelido na menstruação todos os meses, migra no sentido oposto, para a cavidade abdominal e órgãos da pelve. Da mesma forma, a adenomiose que faz com que o endométrio se instale na parede muscular do útero (miométrio), causando alterações que  provocam não apenas quadros de infertilidade, mas abortamento frequente”. Por outro lado cerca de 30% são assintomáticas comenta o médico. 


Óvulos: Alterações na ovulação como em espermatozóides podem interferir na fecundação. Dessa forma, exposição à radiação e medicamentos tóxicos, assim como problemas nos cromossomos podem interferir na sua qualidade e fertilidade.  


Hormônios: é na parede do endométrio que ocorre a fixação do embrião, para o desenvolvimento da gestação. Este ambiente é regulado pelos hormônios estrógeno e progesterona, que se não estiverem em funcionamento normal podem dificultar a gravidez.  

“Exames de imagem colaboram para o diagnóstico correto, como ultrassonografia e ressonância pélvica. Os tratamentos vão depender do histórico de saúde da paciente e do problema responsável pelo quadro de infertilidade”, comenta Dr. Marcos. 

O acompanhamento de rotina com o médico ginecologista, para manter a saúde da mulher em dia e evitar que os problemas se agravem, são essenciais. Por meio dele, é possível detectar, inclusive de forma precoce, patologias que possam causar infertilidades. “O ginecologista pode tratar das doenças de sua especialidade e também indicar um tratamento multidisciplinar, até que a fertilidade seja restabelecida”, esclarece o Dr. Marcos.

 



Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher


Setembro Verde: um alerta para diagnóstico precoce de câncer de intestino


O câncer de intestino é o terceiro mais comum no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão, em 2020, é de aproximadamente 41 mil novos casos. O câncer colorretal, como também é denominado, classifica-se como o segundo mais incidente na população masculina e o terceiro mais incidente nas mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o terceiro tipo de câncer que mais mata pessoas no mundo. Desenvolve-se gradativamente por uma alteração nas células, que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma. Por isso, a campanha “Setembro Verde” serve para alertar a sociedade sobre as formas de prevenção e diagnóstico da doença. Quanto mais cedo é diagnosticado, maiores são as chances de cura.

Um dado preocupante vem gerando alerta: o aumento do número de casos desse tipo de câncer em pessoas cada vez mais jovens. Recentemente, o tema veio a público com o falecimento do ator Chadwick Boseman, que morreu aos 41 anos de idade, vítima do câncer de cólon. O astro do filme “Pantera Negra” já lutava há quatro anos contra a doença. De acordo com Lucas Sant’Anna, médico oncologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), a média de diagnóstico é de cerca de 65 anos, sendo que a grande maioria dos diagnósticos ocorrem em pacientes com mais de 50. O motivo pelo aumento em adultos jovens são os maus hábitos.

“Os principais fatores de risco evitáveis são o tabagismo, etilismo, obesidade, ingestão elevada de carne vermelha e embutidos”, aponta o oncologista. Segundo o INCA, as taxas de incidência são maiores no Sul do Brasil. Uma das explicações é  o predomínio do consumo de carnes vermelhas e gordurosas. Na região, há uma elevada prevalência de excesso de peso e obesidade, inatividade física, tabagismo, ingestão de bebida alcoólica e consumo de carnes processadas (salsicha, presunto, linguiça, carne seca etc.).

O médico ressalta que existem fatores de risco não modificáveis que também causam a doença, como presença de pólipos intestinais, histórico de câncer de cólon em familiares, histórico de doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn) e certas síndromes genéticas, como, por exemplo, síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar.

Sintomas e tratamentos

Pacientes com câncer colorretal podem apresentar dor ao evacuar, alteração do padrão intestinal (constipação ou diarreia) e sangue nas fezes. Outra alteração comum é a ocorrência de anemia, que ocorre em virtude da perda de sangue pelas fezes. De acordo com o oncologista, o tratamento depende do estadiamento inicial do tumor. “De forma geral, para pacientes que não apresentam doença metastática ao diagnóstico, a cirurgia é a terapia de escolha com intuito curativo. Para pacientes em estágio II ou III de câncer de cólon, pode ser necessário a realização de quimioterapia após a cirurgia, para diminuir as chances de recidiva”, explica. “Para tumores de reto também pode ser necessário realizar quimioterapia e radioterapia antes ou após a cirurgia”, completa o profissional.

A terapia padrão para o câncer de intestino colorretal não metastático inclui quase sempre a colectomia, ou seja, a ressecção cirúrgica de parte do intestino. Após a cirurgia, o uso de bolsa de colostomia pode ser indicado para uso temporário ou mesmo definitivo. “Em casos mais avançados pode haver disseminação do câncer para outros órgãos, o que chamamos de metástase. A depender do local acometido podem surgir sintomas específicos, como falta de ar em caso de metástase pulmonar, e dor abdominal em caso de acometimento do fígado”, exemplifica o especialista.

Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura

O câncer colorretal é altamente curável, especialmente quando diagnosticado cedo, por isso é importante a realização de exames periódicos. O check-up é indicado a partir dos 50 anos. Caso não apresente alterações, os exames devem ser repetidos a cada 5-10 anos. A adoção de um estilo de vida saudável é a principal arma contra o surgimento de diversos tipos de câncer, dentre eles o colorretal. “Dieta rica em fibras e pobre em gorduras pode diminuir o risco dessa neoplasia. Cessação do tabagismo e evitar álcool em excesso também podem reduzir a incidência”, indica Lucas.

Setembro Dourado: Campanha alerta sobre câncer infantojuvenil e diagnóstico precoce

O câncer é uma das doenças que mais mata crianças e jovens de 1 a 19 anos, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A cada hora, um novo caso de câncer surge em crianças e jovens no Brasil, com sintomas que podem estar disfarçados a de outras doenças comuns do período da infância. Por isso, é fundamental a atenção de profissionais da saúde, pais, educadores e a sociedade em geral sobre os principais sinais da doença.

Pensando em aumentar as chances de cura no cenário nacional, o Instituto Ronald McDonald, instituição sem fins lucrativos presente há mais de 21 anos no Brasil, investe em projetos de capacitação para profissionais da saúde, como o Programa Diagnóstico Precoce, de forma a ampliar a identificação precoce da doença.

De acordo com Teresa Fonseca, oncologista pediátrica e membro do conselho científico do Instituto Ronald Mcdonald, a dificuldade de reconhecer os sinais do câncer infantojuvenil se dá porque os sintomas são parecidos com os de outras doenças da infância.

"O mais frequente na criança é a leucemia. Em segundo lugar são os de cabeça e do sistema nervoso central. Em terceiro lugar são os tumores das ínguas, denominados de linfomas" lista a oncologista pediátrica Teresa Fonseca.

Conheça os principais sintomas do câncer infantil e juvenil:

• Palidez inexplicada;

• Perda de peso;

• Febre prolongada sem causa aparente;

• Hematomas ou sangramento;

• Dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços;

• Caroços ou inchaços - especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção

• Vômitos acompanhados da alteração de visão e equilíbrio;

• Tosse persistente ou falta de ar;

• Sudorese noturna

• Reflexo branco no olho quando incide uma luz;

• Olho aumentado de tamanho com mancha roxa;

• Inchaço abdominal

• Dores de cabeça incomum, persistente ou grave

• Fadiga, letragia, ou mudanças no comportamento, como isolamento.


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