Nunca o tema da biossegurança foi tão importante como agora, quando o mundo enfrenta os desafios da pandemia de covid-19. Intitulada Setembro Verde, a Campanha de Conscientização da Biossegurança em Odontologia (SETBIO) ganha relevância especial no ano de 2020, sua segunda edição. A iniciativa, que conta com o apoio dos Conselhos Federais e Regionais de Odontologia, incluindo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), tem como objetivo estimular medidas para prevenção de acidentes e contaminações durante as consultas.
A
biossegurança é um fundamento imprescindível na Odontologia, pois é o princípio
da atenção à saúde geral do paciente e de toda a equipe de saúde bucal. Ela
engloba muito mais do que a simples utilização de barreiras físicas para o
atendimento. Mais do que isso, a biossegurança envolve conhecer microbiologia,
epidemiologia e infecção. “É necessário também conhecer aspectos relacionados
às vacinas obrigatórias e facultativas oferecidas à população, por exemplo. O
cirurgião-dentista precisa ter em mente todos esses conhecimentos para fazer
boas escolhas no cuidado odontológico de todas as pessoas envolvidas nos
procedimentos, tanto pacientes quanto a equipe”, explica Mary Caroline Macedo,
membro do Grupo de Trabalho de Biossegurança do CROSP.
A
Odontologia, em comparação a outras áreas de saúde, tem como diferencial a
grande proximidade física com que os cirurgiões-dentistas atendem seus
pacientes, estando em contato com a saliva e com as vias aéreas superiores, o
que reforça a atenção à biossegurança. “Por esta razão, é fundamental a
troca de EPIs a cada paciente. O cirurgião-dentista pode realizar procedimentos
que geram aerossóis e em alguns casos, quer sejam urgência ou emergência,
correm risco de atender pacientes infectados com o coronavírus. Portanto, todo
cuidado é pouco”, frisa Mary Caroline.
Também é
importante que haja tempo para a dispersão dos aerossóis e uma limpeza de
superfícies com agentes descontaminantes capazes de assegurar que o ambiente
possa ser reutilizado.
Os
consultórios odontológicos estão preparados e equipados para receberem os
pacientes, de acordo com todas as normas de biossegurança, o que mantém o risco
de contágio em um patamar mínimo. “Campanhas são sempre bons momentos para se
retomar princípios fundamentais. A SETBIO assegura que o assunto biossegurança,
em toda a sua amplitude, possa ser repensado, reestudado e reorganizado”,
reforça Mary Caroline.
Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
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