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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Influência do relógio biológico no sucesso de uma FIV

Idade x Gravidez: corrida contra o tempo para engravidar antes dos 40

Especialista alerta para a influência do relógio biológico ao tentar engravidar e dá dicas de como aumentar as chances de uma gravidez de sucesso

 

Quando o assunto é gravidez, seja lá qual for o momento escolhido, o fator mais importante para traçar esse planejamento é a idade e a condição da reserva ovariana. Sabemos que o relógio biológico pode ser um grande empecilho no sonho da maternidade de algumas mulheres, em especial àquelas acima dos 35 anos, estabelecendo uma verdadeira corrida contra o tempo.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), 10% dos casais terão problemas para engravidar. Para essas mulheres, a medicina já disponibiliza alternativas inovadoras e eficazes de reprodução assistida que auxiliam no sonho de gerar vidas. O ginecologista e obstetra Waldemar Carvalho, especialista em reprodução humana na clínica Tempo de Fertilidade, alerta para a influência do relógio biológico ao tentar engravidar e dá dicas importantes dos fatores que podem influenciar nas chances de uma gravidez de sucesso, tanto para quem enfrenta problemas de infertilidade, quanto para quem quer postergar a maternidade.

 

Descubra a sua reserva ovariana

Segundo o Conselho Federal de Medicina, a idade máxima para as mulheres que desejam se submeter às técnicas de reprodução assistida é de 50 anos. Porém, o especialista alerta que após os 35 anos as chances de engravidar vão diminuindo gradativamente.

Por isso, ao pensar em engravidar, é importante investigar a reserva ovariana. "É por meio dessa análise que é constatado a quantidade e qualidade dos óvulos ainda existentes e uma projeção de até quando eles ainda poderão ser eficazes para gerar uma gravidez e qual será o melhor método para que isso ocorra", conta Carvalho.

A avaliação da reserva ovariana é fundamental para prever o prognóstico e ter uma previsão da taxa de sucesso nos tratamentos de reprodução assistidacomo fertilização in vitro e congelamento de óvulos. Quando apresentam baixa reserva ovariana, essas mulheres têm menos propensão a boas respostas à indução da ovulação e, consequentemente, baixo percentual de gravidez, enquanto boa reserva indica maiores chances de engravidar.

 

Programe-se: idade é sinônimo de sucesso

As mulheres já nascem com um número certo de óvulos que serão liberados ao longo da vida e com o passar do tempo, os óvulos vão diminuindo a quantidade e perdendo qualidade dificultando cada vez mais a gravidez, por isso é durante a idade reprodutiva, entre 20 a 35 anos, que estão as maiores taxas de ter uma gestação de sucesso.

"Para ter um planejamento familiar eficaz é necessário achar o momento certo para se preocupar em como e quando a mulher vai engravidar. Pensar nisso durante a idade reprodutiva é ideal para preservar a fertilidade no caso de desejar postergar a maternidade ou em casos de possível infertilidade e assim investir em tratamentos de reprodução assistida", explica o médico.

A Fertilização In Vitro, por exemplo, é um dos tratamentos de gravidez mais realizado no mundo devido a sua alta taxa de sucesso que varia entre 45% a 60%. Segundo dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2018, o último censo do órgão registrou 43.098 ciclos de Fertilizações In Vitro realizados no Brasil, um crescimento de 18,7% em relação ao ano anterior. Isso se dá por que realizar o procedimento antes dos 40 anos, com óvulos mais saudáveis e férteis e maiores chances de obter sucesso no tratamento.

 

Preserve sua fertilidade e aumente a chance de engravidar futuramente

"Para quem chegou na idade reprodutiva, mas ainda busca estabilidade financeira, um relacionamento estável ou até possui risco de diminuição da reserva ovariana por problemas de saúde e quer optar por adiar a maternidade e escolher o momento certo para expandir a família, a preservação da fertilidade é a melhor opção para ter um futuro reprodutivo", conta o especialista.

Os óvulos envelhecidos têm menores chances de serem fertilizados adequadamente. Quando ocorre a fertilização, aumentam as chances de abortos ou problemas na formação do feto, por isso o congelamento de óvulos na faixa dos 30 à 35 anos permite preservar os óvulos saudáveis em boas condições para maiores taxas de sucesso.

Os brasileiros estão cada vez mais conscientes da importância do tempo e, dispostos em planejar sua família, têm se preocupado cada vez mais em congelar os óvulos. De acordo com o último relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), em 2018 havia aproximadamente 89 mil embriões congelados, utilizados posteriormente tanto para casais tentantes quanto para a produção independente.

 



Waldemar Carvalho é ginecologista e obstetra especializado em reprodução humana pela Portland Fertility Center, de Londres, Inglaterra. Com 23 anos de carreira, é referência Fertilização Assistida, preservação da fertilidade feminina e laparoscopia/histeroscopia. Atualmente, além de realizar cesáreas, bem como partos naturais nas mais renomadas maternidades de São Paulo, também gerencia sua clínica particular, onde atende seus pacientes em consultas, exames, colhimento e congelamento de óvulos e fertilização in vitro. A clínica Tempo Fértil está localizada na Avenida Vereador José Diniz, 3300, Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. CRM/SP 86.113 | @waldemarcarvalho


Importância da nutrição e de hábitos alimentares saudáveis para pacientes com câncer

O neurocientista e nutricionista clínico Fabiano de Abreu fala da importância da dieta para quem faz tratamento para patologia oncológica


Quando temos uma patologia oncológica há diversos fatores que devem ser tomados em conta aquando da recuperação. O cuidado com a alimentação deve ser um dos mais fundamentais. É exatamente sobre a importância de uma alimentação saudável que nos fala Fabiano de Abreu, neurocientista e especialista em nutrição clínica.

"Uma alimentação saudável é primordial no auxílio ao paciente oncológico para que tenha uma resposta positiva durante e após o tratamento. A orientação nutricional com uma dieta equilibrada ajuda no processo de reabilitação e o seu resultado é comprovado mediante ao resultado positivo já no tratamento. ", começa por afirmar Abreu.

A alimentação é responsável por mudanças no nosso corpo, assim como pode melhorar ou piorar as nossas respostas imunitárias segundo as escolhas que fazemos.

Como refere Fabiano, "É necessário uma nutrição que garanta uma melhor resposta, evitando a degradação dos tecidos do corpo e ajudando a reconstruir os tecidos atingidos pelos tratamentos, seja da quimioterapia ou radioterapia. É necessário a absorção da quantidade e tipo de alimentos necessários para o organismo utilizar os nutrientes depositados e servir como fonte de energia, não sobrecarregando as defesas e enfraquecendo-as pela ausência e prejudicando no combate as infecções."

Há uma série de decisões que afetam esse ponto e, segundo o especialista, "Hormonioterapia, cirurgia, imunoterapia e o transplante de medula óssea também são terapias frequentemente utilizadas no tratamento do câncer e que afetam a nutrição dos pacientes."

Durante os tratamentos oncológicos, aspetos relacionados com a alimentação podem ser afetados e ser difícil realizar o processo adequadamente.

"Os tratamentos de pacientes oncológicos podem afetar o olfato, paladar e o apetite, prejudicando a capacidade de absorver os nutrientes necessários podendo também causar desnutrição. A anorexia e caquexia são causas comuns da desnutrição fazendo com que o paciente tenha perda de massa corporal pela falta de capacidade do organismo de armazenar gorduras. ", esclarece o nutricionista clínico.

Segundo Abreu é ainda de importância referir que "A nutrição também é importante devido aos efeitos colaterais que podem ser evitados ou amenizados com uma dieta específica para o tipo de tratamento e câncer. A nutrição não só dá a força necessária, mas influencia para que todo o processo funcione de forma eficaz, incluindo o humor.".

Até a parte ligada apenas ao emocional pode estar a sofrer alterações por conta da dieta alimentar realizada.

"Na questão do humor, o desequilíbrio da microbiota intestinal, assim como na falta dos nutrientes necessários para a liberação de hormônios e neurotransmissores necessários não só para o equilíbrio emocional mas também para o aumento da imunidade.", reitera o especialista.

Em jeito de conclusão, Fabiano alerta para que "A dieta para pacientes com câncer tem que ser relacionado ao tipo de câncer, estágio, tratamento, levando em consideração não só esses fatores, como também o estilo de vida, histórico e os hábitos. Avaliando a possibilidade de outros tipos de variações mentais como por exemplo a depressão.".


Automedicação: saiba os riscos de tomar remédios por conta própria

Especialista fala sobre os malefícios a médio e longo prazo para a saúde de quem toma remédios sem prescrição


Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum entre 77% dos brasileiros. A mesma pesquisa apontou que 32% dos pacientes têm o hábito de aumentar as doses prescritas por médicos para potencializar os efeitos terapêuticos. Segundo a infectologista e professora da Estácio, Dra Karis Rodrigues, essa prática pode ter consequências inesperadas e graves.

De acordo com a especialista, durante o inverno, com o aumento das infecções respiratórias, além do surgimento da Covid 19, a procura pela automedicação sempre aumenta, principalmente com relação às infecções virais respiratórias mais brandas que são eventos que se repetem anualmente, com alguma frequência.

- É comum que as pessoas usem medicamentos que já utilizaram anteriormente. A propaganda de medicamentos para sintomas respiratórios, vinculadas nos meios de comunicação, também contribui para automedicação, bem como reforça a autonomia do paciente, dizendo que o médico deverá ser consultado apenas se os sintomas persistirem - comenta a infectologista.

A automedicação também pode ser uma forte aliada dos diagnósticos mais tardios, como pneumonias, otites, meningites, sinusites, entre outros, pois as pessoas insistem no uso de alguns remédios aguardando uma melhora, daí acabam não percebendo um quadro um pouco mais grave. Na visão da Dra Karis Rodrigues, essa situação se torna ainda mais preocupante, quando se incluem nesses medicamentos, os antimicrobianos. Porque além dos efeitos adversos que podem ocorrer, o impacto no aumento da circulação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos também é um dano relacionado à tal prática. Para ela, felizmente, o maior controle da compra destes remédios, realizado por meio da exigência das receitas médicas, diminui esse risco. A equação é bem simples: quanto mais se cumprir a norma, exigindo as receitas, menor deverá ser a automedicação.

Segundo alguns especialistas, o uso desenfreado por antibióticos e os tratamentos interrompidos por conta própria trouxe consequência drástica e contribuiu para que as bactérias criassem resistências aos antibióticos e hoje então temos as superbactérias.

- É importante ressaltar que o uso de antimicrobianos em si contribui para a seleção de bactérias mais resistentes a esses medicamentos. Dessa forma, devemos restringir ao máximo seu uso, para minimizar esse problema. Quanto mais antimicrobianos usarmos, maior será o impacto na seleção das bactérias e, portanto, maior a chance de surgimento das chamadas "superbactérias, que são microrganismos para os quais há pouca ou nenhuma opção para tratamento. O uso inadequado, exagerado, contribui para esse efeito, sem trazer absolutamente nenhum benefício - afirma a especialista da Estácio.

Outro alerta importante é evitar a compra, por conta própria, de anticoagulantes nas farmácias, acreditando que poderá tratar a Covid-19 sem nenhum acompanhamento médico. A Dra Karis Rodrigues enfatiza que os anticoagulantes são medicamentos usados em situações clínicas muito específicas, sob supervisão médica e que em nenhuma hipótese podem ser utilizados como automedicação. Hemorragias são efeitos adversos desses medicamentos, mesmo quando são indicados nas situações clínicas específicas.


Riscos iminentes à saúde

Os principais riscos da automedicação são a intoxicação, afetando principalmente o aparelho digestivo; a interação medicamentosa, cujo efeito se dá devido ao consumo simultâneo de medicamentos ou medicamento e alimento, causando a potencialização ou atenuação do mesmo; a criação de resistência de microrganismos aos antibióticos, e a dependência física e psíquica de remédios, levando a crises de abstinência e tolerância ao medicamento.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação, e 23% dos casos de intoxicação infantil estão ligados à ingestão acidental de medicamentos armazenados em casa de forma incorreta. Os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios estão entre os que mais intoxicam.


Automedicação em tempos de Covid-19

Em tempos de pandemia, há uma busca desenfreada por medicamentos contra a COVID-19, alimentada por uma avalanche de "fake news" nas redes sociais que geram no paciente um estímulo para a prática da automedicação e uso abusivo e irracional de medicamentos. Mesmo antes de sólidas comprovações científicas de drogas eficazes contra a doença, remédios como ivermectina e hidroxicloroquina desapareceram das prateleiras das farmácias, prejudicando pacientes com indicações precisas para tais medicamentos, como doenças reumáticas graves e verminoses.


MITOS E VERDADES SOBRE A PLACA BACTERIANA

Cirurgiã-dentista da GUM esclarece as principais dúvidas a respeito do tema


A importância de uma boa higiene bucal está associada a uma série de fatores que vão além da estética. Dentre esses fatores, o principal está na remoção da placa bacteriana, a principal causa da cárie e doenças periodontais, inflamação da gengiva ou gengivite.

"A placa bacteriana é um conjunto de micro-organismos e restos de alimentos que ficam aderidos na superfície do dente devido à falta de higienização, seja por uma escovação não adequada ou ao não uso do fio dental. Deste modo, a escovação ao mínimo duas vezes ao dia, somada ao uso do fio dental diariamente, é essencial para a remoção efetiva da placa e prevenção de seu acúmulo sobre o dente e na linha das gengivas", explica Dra. Brunna Bastos, cirurgiã-dentista da GUM, marca americana de cuidado bucal.

Para esclarecer todas as dúvidas, a especialista responde os principais questionamentos sobre o tema. Confira abaixo:


• Alimentos ricos em açúcar favorecem a proliferação de bactérias que podem causar cárie?

Sim. Após ingerir alimentos ricos em açúcar, como a sacarose, açúcar mais presente na dieta familiar, ocorre a proliferação de bactérias que produzem ácidos a partir da metabolização desses carboidratos ingeridos, provocando a desmineralização do dente que ocasionará as lesões de cárie. Uma dieta balanceada, assim como uma higiene bucal correta são fatores essenciais para a prevenção e controle da doença, aponta.


• A placa bacteriana pode também causar doenças gengivais?

Sim. A inflamação da gengiva (gengivite) também é resultado da presença da placa bacteriana devido a higiene bucal inadequada. Essa doença se caracteriza pela inflamação, vermelhidão e sangramento das gengivas por conta do NÃO uso do fio dental. Acredita-se, no senso comum, que o fio dental machuca a gengiva, causando esse sangramento, quando na verdade ele é responsável pela remoção da placa bacteriana, que quando acumulada pode causar a inflamação da gengiva e sangramento.

A placa bacteriana pode ainda se calcificar/endurecer e formar o cálculo dental, popularmente chamado de tártaro, que somente o dentista conseguirá remover. O cálculo é um fator que facilita o surgimento da periodontite, doença que provoca reabsorção óssea dos tecidos de sustentação e pode, em casos mais graves, levar a perda do dente. "Deste modo, atentar-se para uma adequada higienização bucal, em que além da escovação se utilize o fio dental diariamente é fundamental para a completa remoção da placa bacteriana e prevenção de doenças bucais, como a gengivite e periodontite. "


• Enxaguante bucal elimina a placa bacteriana?

Não. "O enxaguante bucal é um complemento da escovação, sem uma adequada escovação e uso do fio dental diariamente, a utilização do enxaguante não será efetiva na eliminação da placa bacteriana", explica.


• Usar uma grande quantidade de gel dental favorece uma maior higienização?

Não. O tempo e a técnica da escovação são mais importantes do que a quantidade de gel dental utilizado. "O dentista indicará a melhor técnica de escovação para cada caso. Geralmente, para adultos, recomenda-se a Técnica de Bass Modificada que promove a remoção efetiva da placa na margem da gengiva. Para realiza-la, deve-se posicionar a escova a um ângulo de 45 graus em relação à gengiva, realizar suaves movimentos curtos e vibratórios em cada dente, seguidos de movimento de vassoura em direção às pontas dos dentes, tanto nas faces externas, quanto internas. Na superfície de mastigação, deve-se fazer movimentos de vai e vem. ", explica.

"Além disso, é fundamental escovar a língua para remover restos de alimentos e bactérias que também se acumulam nessa região, e claro, utilizar o fio dental diariamente. Já existem no mercado, algumas escovas adequadas para a técnica de Bass, assim como fio dental com haste que facilitam o uso do fio. ", finaliza.

 


GUM

latam.gumbrand.com/


Já chegaram ao Brasil 400 ventiladores pulmonares doados pelos EUA


Segundo lote de 200 equipamentos chegou ontem (29) ao Brasil. Está prevista a chegada de 1 mil ventiladores pulmonares doados pelo governo norte-americano 

 

Desde ontem (29), já está no Brasil o segundo carregamento dos 1 mil ventiladores pulmonares doados pelos Estado Unidos. Nesse lote, que chegou no final da noite, em Guarulhos (SP), estão 200 equipamentos novos e de última geração para apoiar o Brasil na luta contra a Covid-19. Em junho, o Brasil recebeu o primeiro lote com 200 ventiladores. Agora, o país conta com 400 ventiladores pulmonares doados pelo governo norte-americano. A ajuda reflete a parceria estreita, sólida e mutuamente benéfica entre os dois países, que favorece a população brasileira neste momento em que o governo se empenha no combate à pandemia. A iniciativa contou com apoio da Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, avaliou que a relação entre Estados Unidos e Brasil, nesse momento de pandemia, é um ativo estratégico para superar um desafio em comum, que é o combate à Covid-19. Franco destacou o trabalho integrado do Governo do Brasil como “um importante esforço institucional com foco em salvar vidas” para que a entrada dos ventiladores no país fosse facilitada.

Os ventiladores pulmonares doados pelos Estados Unidos são compactos e de fácil manuseio. Isso dá ao Brasil a flexibilidade necessária para tratar as pessoas afetadas pelo coronavírus, um recurso que pode ser vital para pacientes cujos pulmões não estejam funcionando adequadamente, apesar de receberem oxigenação adicional.

Após os trâmites aduaneiros, os equipamentos serão inseridos no plano logístico do Ministério da Saúde para a distribuição de acordo com as necessidades de estados e municípios e os critérios objetivos, conforme estabelecidos em Portaria nº 1.587, de 19 de junho de 2020. A distribuição dos ventiladores pulmonares para os municípios e unidades de saúde é de responsabilidade de cada estado, conforme planejamento do ministério.

Até o momento, o Governo do Brasil distribuiu 8.449 ventiladores pulmonares em todos os estados: Acre (170), Alagoas (185), Amapá (125), Amazonas (222), Bahia (491), Ceará (268), Distrito Federal (250), Espírito Santo (210), Goiás (413), Maranhão (281), Mato Grosso (216), Mato Grosso do Sul (155), Minas Gerais (561), Pará (409), Paraíba (285), Paraná (544), Pernambuco (205), Piauí (105), Rio de Janeiro (993), Rio Grande do Norte (274), Rio Grande do Sul (486), Rondônia (248), Roraima (162), Santa Catarina (98), São Paulo (838), Sergipe (140) e Tocantins (115).

A aquisição destes equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do cenário de emergência em saúde pública por conta da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra em apoio irrestrito aos gestores locais do SUS.

Saiba mais sobre coronavírus acessando nossa página especial

 

 

Silvia Pacheco

Agência Saúde

 

Especialistas explicam normas de reabertura do comércio em SP, RJ e MG e dão dicas para manter bar ou restaurante seguro para receber clientes

Com a retomada dos comércios após o período de quarentena, muitos comerciantes estão receosos com as novas normas de abertura que podem mudar dependendo do estado. Especialistas de duas empresas focadas em serviços para pequenos empreendedores de bares e restaurantes separaram uma lista de normas e dicas sobre reabertura dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

A Donus (www.soudonus.com.br) é uma carteira digital que permite ao varejista receber pagamentos direto no aplicativo, por meio de uma integração com as maquininhas da empresa e usar o saldo disponível para pagar contas ou fazer transferências. Já a Menu  (www.menu.com.br) oferece um aplicativo para abastecimento de insumos com mais de 45 mil produtos com entregas em SP, RJ e MG. Ambas foram criadas dentro da Z-Tech, o hub de tecnologia e inovação da Ambev no Brasil e da AB InBev no mundo. Confira as dicas abaixo:

 

1. São Paulo 


Em São Paulo, a reabertura de alguns estabelecimentos teve início em 29 de junho, respeitando o decreto estadual. Já na capital, com o avanço da fase amarela, bares e restaurantes puderam abrir as portas no dia 06 de julho, funcionando por 6 horas diárias e com até 40% da ocupação. 

- Entre as ações para o protocolo de retomada dos estabelecimentos, o novo layout dos espaços, com maior distanciamento entre as mesas. Os bares terão de respeitar uma distância de ao menos 1,5 metro entre as mesas.

- Outras medidas adotadas são o controle de entrada de clientes, termômetros para medição de temperatura, uso de máscaras, álcool em gel por todo o salão e adaptação de cardápios. Funcionários terão de ter a temperatura aferida diariamente e terão de oferecer álcool em gel para clientes.

- Estabelecimentos que tenham ambientes arejados podem oferecer a opção de consumo no local.

- Para evitar prejuízos durante a retomada, Leonardo Almeida, CEO da Menu, alerta que o controle de estoque dos bares e restaurantes está ligada à gestão financeira do estabelecimento. “Embora pareça ser uma tarefa básica, é muito importante.Pequenos e médios comércios que não realizam um controle eficaz podem gerar impactos nas vendas e na produtividade do negócio. Devido ao isolamento social, essa organização se tornou ainda mais fundamental, evitando desperdícios e perda de dinheiro”, explica.


2. Rio de Janeiro 


Desde 02 de julho, bares e restaurantes do Rio de Janeiro já estão autorizados a reabrirem as portas. A capital está na terceira fase de reabertura. Entre as regras para o comércio estão:

- Priorizar os espaços externos, como varandas, por exemplo. Eles poderão ficar abertos até 23h, mas apresentações de música ao vivo estão proibidas. Funcionar com 1/3 da capacidade, manter portas abertas, cumprir o distanciamento e ter material para lavagem de mão no banheiro.

- Além das regras estabelecidas, o CPO da Donus, Alex Corciolli, sugere as empresas refaçam um plano financeiro para a realidade atual. “A carga horária reduzida pode trazer prejuízos, então é interessante que o gestor esteja preparado para contenção de gastos e renovação no plano financeiro. É possível migrar para bancos digitais que oferecem taxas e condições melhores para o pequeno negócio”, explica. 

 

3. Minas Gerais 


Na capital Belo Horizonte e região metropolitana, a reabertura não tem data para ocorrer - continuam funcionando apenas os serviços essenciais - e será realizada com observância aos indicadores epidemiológicos (ocupação de leitos de UTI e de enfermaria, número médio de transmissão do coronavírus por infectado, índice de isolamento social e projeção do número de casos). No entanto, novas regras já estão estabelecidas:


- Bares, restaurantes e lanchonetes terão que medir a temperatura dos clientes e funcionários antes da entrada no estabelecimento. A medição terá que ser realizada sem contato físico, utilizando-se termômetro digital infravermelho.

 

- Os proprietários deverão alocar os clientes preferencialmente em área externa ou em locais com maior ventilação, com uma mesa a cada 6,5 m², respeitado o distanciamento mínimo de 2,5 m entre elas, com no máximo duas pessoas por mesa. Será permitido o uso das calçadas, porém o espaço deverá ser isolado, para evitar aglomeração e circulação.


- O self-service fica proibido. A montagem de pratos poderá ser feita somente por funcionário do estabelecimento, que deverá usar equipamentos de proteção.



Decisões sobre políticas de saúde estão nas mãos do cidadão

Organização une a sociedade civil, o mercado e a administração pública em torno de um sistema de saúde mais amplo e eficiente para todos

 

O cenário da saúde brasileira pede atenção – e não é de hoje. A pandemia do novo coronavírus escancarou necessidades que há tempos já eram sentidas pelos pacientes do sistema público e privado. Dificuldade para ter acesso à exames, cirurgias e poucos medicamentos disponíveis são algumas das principais queixas.

Para fortalecer a sociedade civil na busca dos seus direitos, a Colabore Com o Futuro, primeiro negócio social de advocacy da América Latina, identifica as principais necessidades, mobiliza os principais envolvidos no processo e encabeça campanhas que visam ampliar as políticas de saúde do país. “Em apenas três anos de existência, já mudamos a vida de mais de 8 milhões de pessoas com o nosso trabalho. A Colabore é a força que une a sociedade, o mercado e os representantes da administração pública para que o acesso à saúde seja cada vez mais amplo e eficiente”, pontua a cofundadora Carolina Cohen.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a Anvisa registra, em média, 800 medicamentos por ano, dos quais menos de 10% deles são incorporados pelos sistemas de saúde aos pacientes. De acordo com dados publicados pelo Conselho Federal de Medicina, o governo gasta, em média, apenas R$1.272 com a saúde de cada brasileiro por ano – investimento dez vezes menor do que é realizado em países desenvolvidos.

A escassez de recursos é um dos principais desafios enfrentados pela gestão da Saúde Pública. “De um lado, é preciso garantir assistência universal e gratuita aos mais de 70% de brasileiros que dependem do sistema público, ao mesmo tempo em que medicamentos mais inovadores, eficientes e muitas vezes mais caros estão sendo lançados e demandados pelos pacientes ao governo”, detalha a especialista.

O que a sociedade civil precisa saber é que muitas das decisões sobre quais tratamentos e tecnologias farão parte do rol de procedimentos dos planos de saúde e do SUS, apenas para citar alguns exemplos, é uma decisão coletiva, da qual todos podemos participar. “O nosso trabalho é engajar a sociedade em pautas que visam a melhoria nos serviços de saúde. A nossa voz é importante em todas as decisões e muitas vezes a sociedade não sabe como se posicionar e sequer toma conhecimento dessas políticas”, ressalta.

A Colabore Com o Futuro atua em quatro pilares: engajando a sociedade a participar dos processos de decisões em saúde e financiamento; incentivando a sociedade civil a mudar hábitos para prevenção de doenças; mobilizando o governo para ações de incorporação de medicamentos; e propondo projetos de lei junto a políticos.

A próxima campanha prevista no calendário da organização é chamada Estamos de Olho ANS, que visa informar e orientar a sociedade civil sobre as consultas públicas que serão realizadas para a atualização do rol dos planos de saúde. “Um quarto da população brasileira investe em saúde complementar, mas nem sempre consegue ser atendida da forma como necessita. Esse é o momento de fazer valer a nossa voz e os nossos direitos”, finaliza.

Ainda vale destacar que Carolina Cohen, cofundadora da Colabore com o Futuro, foi eleita como uma das seis empreendedoras e inovadoras mais admiradas em saúde por meio de votação popular promovida pelo Health Innova Hub.


Sobre a Colabore Com o Futuro

A Colabore com o Futuro é o primeiro negócio social de advocacy da América Latina e convoca a sociedade a participar das decisões de saúde junto ao governo, criando de maneira transparente e sustentável políticas públicas mais democráticas, justas e efetivas. A organização é a força que une a população, o mercado e os representantes da administração pública em torno de um sistema que garanta o acesso à saúde para todos.


MP vai permitir saque do FGTS para complementação de salário reduzido devido à pandemia

Emenda à Medida Provisória 946 é de autoria do deputado federal, Geninho Zuliani, do DEM/SP

 

Uma emenda protocolada pelo deputado federal Geninho Zuliani, do DEM/SP, à Medida Provisória 946, que permite ao trabalhador sacar até um salário mínimo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), também possibilitará às pessoas que tiveram redução salarial, por conta da pandemia, que efetuem saques mensais do fundo para complementação do salário.

A votação da proposta ocorreu nesta quarta-feira, dia 29/07, em regime de urgência na Câmara dos Deputados e agora o texto segue para deliberação do Senado.

"Com essa emenda, vai funcionar assim - para os trabalhadores que estejam com seu contrato de trabalho suspenso ou com redução de salário e carga horária, conforme regras da Lei 14.020/20, será permitido o saque mensal de valores do FGTS até o montante suficiente para recompor o último salário que recebia antes da redução salarial ou suspensão do contrato", explica Geninho.

A lei prevê o pagamento, pelo governo federal, de uma parte do valor do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. O saque do FGTS poderá ocorrer mesmo que o trabalhador receba complementação da empresa, porém somente durante o período de suspensão ou redução do salário.

A MP foi aprovada na forma do projeto de lei de conversão, mediante proposta do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).


Cancelamentos e adiamento de grandes eventos impactam economia paulistana

Segundo a FecomercioSP, o cancelamento da Fórmula 1 é o que registrará mais perdas para o turismo da capital, em torno de R$ 185 milhões

 

A cidade de São Paulo, que estava acostumada a enviar turistas para outras regiões do Brasil, nos últimos anos, vivenciou um movimento inverso, recebendo mais visitantes – não apenas para negócios, mas também para lazer.
 
Com a crise causada pela disseminação do covid-19, as principais atrações que costumam trazer turistas para a capital foram canceladas ou adiadas. A etapa nacional da Fórmula 1 e o Réveillon na Avenida Paulista não vão acontecer no ano de 2020. Já o Carnaval 2021 foi adiado, com a possibilidade de a festa ser realizada em uma nova data, após a provável aplicação da vacina contra o coronavírus. Para a FecomercioSP, a decisão é a mais coerente, pois, embora já tenham sido implantados protocolos sanitários que preveem higienização e distanciamento social, essas práticas são muito difíceis de serem controladas em eventos desse porte.
 
De acordo com o Conselho de Turismo da Federação, o cancelamento da Fórmula 1 é o que deve ter mais impacto, pois aproximadamente 115 mil visitantes costumam se deslocar para acompanhar os treinos e a corrida, com movimentação financeira em torno de R$ 185 milhões, entre sexta-feira e domingo. São gastos com hospedagem, transporte, alimentação, entre outros. Por outro lado, o cancelamento do Réveillon na Paulista não deve abalar tanto o setor de turismo, pois é frequentado por moradores. O evento movimentou cerca de R$ 650 milhões em 2020, segundo dados do Observatório do Turismo. Para a FecomercioSP, o valor deve ser realocado para outros tipos de festas particulares, sem perdas relevantes.
 
Já o Carnaval paulistano, que tem crescido sistematicamente nos últimos anos – podendo ser considerado o segundo maior do Brasil –, chega a movimentar cerca de R$ 900 milhões. Com o adiamento da festa, ainda não é possível prever se esse montante sofrerá impactos consideráveis.
 
A Entidade recomenda que os empresários se preparem para oferecer serviços e produtos para pequenos encontros, criando oportunidades para segmentos como decoração, vestuário, comidas e bebidas, entre outros.


Gestão em farmácias: saiba como melhorar desempenho nos negócios

Tecnologia oferece ferramentas que facilitam os processos e integram soluções digitais


Não basta empreender, é preciso saber administrar – e muito bem. A capacidade de gerenciamento de uma empresa impacta diretamente no desempenho dos negócios. No ramo de farmácias, gerenciar com eficácia se torna uma tarefa desafiadora, demandando desde o planejamento até a inserção do negócio nos meios digitais. O diretor comercial e cofundador da startup MyPharma, Nicholas Marchesan Dias, destaca que a “palavra mágica” para ter êxito na gestão é organização.  

“Organizar é tudo! Você ter conhecimento e manter um bom controle de estoque de produtos, preços das mercadorias, custos de aquisição de clientes, investimentos com os colaboradores e gerir o contábil e fiscal da farmácia, são premissas básicas que o gestor necessita saber e controlar com maestria”, opina Nicholas. 

Parece complicado ter o domínio de todas as tarefas com a correria do dia a dia. Para isso, vale buscar por ferramentas específicas que poderão auxiliar no andamento dos processos de gestão, como por exemplo, o sistema ERP – software que integra as soluções digitais em uma única plataforma. 

“Dentro do ERP, o gestor de farmácia, tem concentrado, por exemplo, a tabela de preços dos produtos, controle das vendas, estoque, campo para inserção das notas fiscais e até o cálculo dos impostos, permitindo extrair ao máximo os itens que o sistema fornece”, explica o diretor comercial. 

Embora o sistema traga inúmeras funcionalidades, há quem naturalmente não consiga “dar conta” de todas as operações. Neste momento, é importante pedir ajuda de um profissional qualificado. 

“Busque soluções para às suas necessidades, seja de uma consultoria ou cursos específicos na área de gestão de farmácia. Reaja e acredite no potencial da sua empresa”, provoca Nicholas Marchesan Dias.

Ainda falando sobre gestão de farmácias, confira algumas das principais falhas cometidas que podem comprometer o andamento do seu negócio.

• Não dominar por completo o negócio: é preciso ter um diagnóstico da sua farmácia, entender quais os pontos fortes e fracos, qual o público alvo, etc. Isso lhe ajudará a definir por exemplo, qual é o campo de atuação, qual o mercado e quais serão as estratégias para venda;

• Não organizar a farmácia para um bom gerenciamento: organização é primordial. Sem ela não há fluidez nas tarefas e, consequentemente, os rendimentos despencarão. Foque em direcionar os melhores recursos, otimizar custos, planejar estratégias de marketing e atrair novos clientes;

• Não fazer a gestão tributária: a gestão tributária assegura uma boa administração do negócio, interpretação e cumprimento exato das leis, bem como, o pagamento correto dos impostos e a redução de cargas tributárias. Busque seguir um bom planejamento financeiro e compreender todas as exigências fiscais para não ter contratempos. E lembre-se, se precisar, procure um profissional capacitado; 

• Não utilizar tecnologia apropriada para o negócio: a tecnologia é uma grande aliada. Explore-a da melhor maneira possível. Utilize um sistema específico, como exemplo o ERP, para lhe ajudar na organização e controle das tarefas. Quanto mais metodologia de trabalho, maiores as chances de alcançar sucesso no empreendimento.


Quais os caminhos para o combate ao Comércio ilegal?

Representantes do setor de destilados e especialistas no combate ao Mercado Ilegal debatem efeitos e desdobramentos da crise em todo o ecossistema


Os efeitos e desdobramentos da crise no setor de destilados, além dos riscos do mercado ilegal e as restrições ao consumo e comercialização. Esses foram os temas debatidos no webinar “Pandemia, crise econômica e mercado ilegal de bebidas alcoólicas”. Promovido pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e pelo Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil, o encontro virtual contou com a participação de representantes do Ministério da Economia, Ministério da Agricultura e da  Aliança Internacional de Combate ao Comércio Ilegal (TRACIT).

De acordo com um Estudo da Euromonitor, apresentado pelo IBRAC durante a discussão, 14,6% do volume do mercado geral de bebidas é ilegal. No setor de destilados, com volume de 398 milhões de litros de álcool puro, e um valor de mercado de R$ 34 bilhões, os ilegais chegam a 28,8% do volume total. “Fiscalização, parceria com o Governo, conscientização do consumidor, redução da tributação para os destilados e um modelo isonômico de tributação para bebidas alcoólicas. Esse é o caminho para combatermos o mercado ilegal, que acarreta uma perda de arrecação de R$ 10,2 bilhões no setor de bebidas alcóolicas em geral e de R$ 5,5 bilhões no segmento de bebidas destiladas”, reforça Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC.

Segundo José Silvino Filho, presidente executivo do Núcleo, o mercado ilegal traz o fortalecimento do crime organizado e perda de arrecadação, já que não há pagamento de impostos. “Além disso, traz riscos potenciais à saúde dos consumidores, que ingerem bebidas sem qualquer controle sanitário. Álcool é álcool!,  por isso, defendemos isonomia tributária como um pleito importante em relação ao seu combate”, completa.


Crise e reflexos internacionais

Outro convidado para o evento, Esteban Giudici, consultor sênior de políticas da Aliança Internacional de Combate ao Comércio Ilegal (TRACIT), explicou que o mercado ilegal é um problema que acontece pela alta carga fiscal, corrupção e ação do crime organizado. “É um fenômeno internacional e a pandemia acelerou as tendências que já existiam”, afirmou. Para ele, é necessário maior conscientização, políticas coordenadas e estratégias ficais para controlar o problema. “Precisamos da cooperação entre o setor público e privado. Quando falamos do comércio ilegal de bebidas, estamos falando também de financiamento ao crime organizado”, ressaltou.

De acordo com Carlos Vitor Müller, coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para que o Ministério da Agricultura tenha melhores condições de ampliar o controle do comércio ilegal, se faz necessário que os recursos sejam crescentes. “Sabemos do extenso problema que o mercado ilegal causa ao setor de bebidas alcoólicas. Estamos em busca de iniciativas para ampliar nossas ações, como o Plano Nacional de Combate a Fraudes e a promoção da integração com outros órgãos de controle, que vem sendo construído pelo MAPA”, antecipou.

Já Jorge Luiz de Lima, CEO do Projeto Custo Brasil do Ministério da Economia, destacou que: “Com a redução da participação do Estado, temos que pensar em outro tipo de fiscalização física. Precisamos investir na conscientização da sociedade em geral e muitas ações que podem ser adotadas para que, haja o aumento da conscientização e da penalidade. É necessária a massificação da conscientização da população em relação ao consumo de mercadoria ilegal. Além disso, uma análise da eficiência das leis e uma aproximação com a Polícia Federal”,  defende.

Ainda de acordo com Andreia de Oliveira Gerk, Diretora Substituta do Departamento de Inspeção do produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),  o aumento da informalidade se deve à penalidades brandas, informações incorretas em relação à formalização, facilidade de comercialização e à alta tributação. “Nossa legislação para quem pratica ilícitos  é branda, ainda mais se considerarmos que a ilegalidade é crime contra a saúde pública. Muitas vezes a pessoa retorna ao comércio ilegal, mesmo já tendo sido autuada e tendo os produtos destruídos. Só a ação do MAPA não é suficiente”, explica.




Sobre o IBRAC

O Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC é a entidade representativa do segmento produtivo da Cachaça. Com abrangência nacional possui entre os seus associados as principais empresas (micro, pequenas, médias e grandes) do segmento produtivo da Cachaça, sejam elas produtoras, estandardizadoras ou engarrafadoras, que correspondem a mais de 80% do volume de Cachaça comercializado formalmente no Brasil. No Instituto também estão presentes 17 entidades de classe (estaduias/regionais/nacionais) do segmento produtivo.

Com essa composição o IBRAC é a mais ampla representação de uma categoria de bebidas no Brasil.



Sobre o Núcleo

O Núcleo pela Responsabilidade no Comércio e Consumo de Bebidas Alcoólicas no Brasil é a união de um grupo de empresas do setor, com o objetivo de unificar as vozes e fortalecer as iniciativas individuais que contribuem para que a relação da sociedade com bebidas alcoólicas seja transparente e responsável.

Este grupo considera imprescindível o enfrentamento do comércio e produção ilegal de bebidas alcoólicas em território nacional, assim como promover um ambiente concorrencial equilibrado e coerente, no qual as bebidas alcoólicas sejam tratadas de maneira simétrica tanto do ponto de vista regulatório como tributário.

Outro compromisso do Núcleo é a manutenção, em nível local, das diretrizes globais da International Alliance for Responsable Drinking (IARD), que em tradução livre seria a Aliança Internacional para o Consumo Responsável de Bebidas. O objetivo do IARD, fundado em 2012, é estabelecer um compromisso de trabalho conjunto para combate ao uso prejudicial de álcool e estabelecer novos padrões de responsabilidade para o setor como um todo, de acordo com a iniciativa das Organização Mundial da Saúde (OMS).


Entidades cobram ANS para incluir exames sorológico de Covid-19 na cobertura dos planos de saúde

Agência suspendeu a cobertura mesmo com prescrição médica no último dia 17 de julho

 

Na manhã desta quinta-feira (30), o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e outras três entidades de defesa do consumidor oficiaram a ANS (Agência Nacional de Saúde) solicitando que os planos de saúde incluam na lista de cobertura os exames sorológicos para diagnóstico da Covid-19. Além do Instituto, assinam a carta a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação Brasileira de Procons e o Fórum Nacional de Entidades de Defesa do Consumidor. 

No último dia 17 de julho, após recorrer à Justiça, a ANS suspendeu a eficácia de uma normativa que incluía os exames sorológicos para diagnóstico do coronavírus, sob o argumento de que precisa de mais subsídios para tomar essa decisão. Contudo, o primeiro registro de exames para detecção de anticorpo (chamados também de sorológicos) na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) datam de março deste ano, sendo que se passaram ao menos três meses para que a ANS se posicionasse sobre eles. 

O teste sorológico ficou na lista de rol de procedimento dos planos apenas entre os dias 29 de junho e 17 de julho, período em que a medida judicial que determinava a realização do exame teve validade. 

"Com menos de 20 dias tivemos duas diretrizes com sinais opostos, o que gerou intensa sensação de insegurança e dúvidas sobre o período em que a medida valeu, se há reembolsos ou não, se a cobertura temporária será contada da liberação do exame ou sua realização", explicou a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete.  

A situação fica ainda mais grave frente à inquestionável dificuldade que os consumidores de planos de saúde têm enfrentado diante da negativa de cobertura pelas operadoras, mesmo quando munidos de prescrição médica.

Após a decisão de suspender a cobertura do exame sorológico, o diretor-presidente em exercício na ANS Rogério Sacarabel Barbosa foi chamado ao Congresso para explicar a medida. Três dias depois, a Agência realizou uma audiência pública sobre o tema. A coordenadora do programa de Saúde Idec participou dos dois eventos. 

Ana Carolina defendeu a necessidade de cobertura do teste sorológico, pois ele é usado para complementar o diagnóstico de Covid-19, especialmente quando não é possível fazer o teste RT-PCR – que  é feito a partir da coleta de mucosa do nariz e da garganta. O PCR só detecta o vírus nos primeiros dias da doença, já o sorológico permite saber se a pessoa teve contato com o vírus mesmo depois de passadas as primeiras semanas das infecção.

 

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