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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Hanseníase ainda é estigmatizada por brasileiros

Uma das doenças mais antigas do mundo é tema de campanha de conscientização e prevenção em janeiro

 

No Brasil, a hanseníase foi diagnosticada em cerca de 155 mil pessoas entre 2016 e 2020, segundo o boletim divulgado pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Embora a condição infecciosa tenha cura, o estigma em torno da doença, antigamente conhecida como lepra, ainda é grande no país.

A condição é caracterizada por sintomas como, sensação de formigamento nas extremidades, manchas brancas ou avermelhadas na pele, perda de sensibilidade – ao frio, calor, dor e tato – e caroços em qualquer lugar do corpo. 

Janeiro é o mês de conscientização e combate à hanseníase, campanha estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, André Almeida, comenta que a condição pode ser identificada e tratada tanto por infectologistas como por dermatologistas, mas idealmente a suspeita pode e deve ser feita por qualquer profissional da área da saúde, incluindo equipe de enfermagem e médicos que atuam na atenção primária e outras equipes assistenciais. A precocidade nessa identificação é fator primordial para o início de tratamento em tempo oportuno e redução da evolução com sequelas potencialmente graves.

“A hanseníase é uma doença infecciosa que ocasiona diversos sintomas em pele e no sistema nervoso periférico, sendo potencialmente mutilante, e como o diagnóstico é realizado por meio de exame físico, é de extrema importância que mais de uma especialidade ou área tenha conhecimento para orientar o paciente para tratamento da doença”, explica ele.

A transmissão da hanseníase acontece principalmente por via respiratória, por meio de secreções nasais, gotículas da fala, espirro ou tosse, sobretudo pelo contato prolongado com pessoas que não estão realizando o tratamento ou que desconhecem o diagnóstico. Almeida ressalta que as pessoas que estão em tratamento ou curadas tem o ciclo de transmissão interrompido, sendo esta uma das medidas fundamentais para o controle da doença na comunidade

O tratamento da condição acontece por meio de medicamentos devidamente prescritos pelo médico e quanto mais cedo for diagnosticada, mais rápido será o tratamento e menor a chance de sequelas, déficits sensitivos, paralisias e atrofias musculares. 


Uma das doenças mais antigas do mundo

De acordo com o infectologista, ela é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e a condição já foi pejorativamente conhecida como lepra e tratada como um tipo de castigo para quem era contaminado pela bactéria. 

Somente no século XIX foi descoberta a causa da hanseníase – pelo médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, enquanto existem registros da doença desde o século 6 a.C., tornando a condição uma das mais antigas a serem descritas no mundo.

“As manchas e caroços são um dos sinais frequentes desses pacientes, o que gera preconceito e distanciamento das pessoas ao redor deste doente. E o “estigma de leproso", termo não mais utilizado, fica sobre este ser humano, o que contribui para a má qualidade de vida”, comenta a dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Silvana Coghi.

Coghi aponta também que uma das possíveis consequências de não tratar a hanseníase é que as lesões aparentes no corpo podem se tornar severas e irreversíveis.

Além disso, para prevenir a hanseníase é preciso estar atento à vacinação das pessoas presentes na casa do paciente que foi diagnosticado, sendo a vacina BCG responsável pela prevenção.

“É essencial que informações sobre sintoma, diagnóstico e tratamento sejam divulgadas de forma ampla na sociedade, para que os casos da doença possam ser identificados e tratados da maneira mais precoce possível”, finaliza a dermatologista. 

 

Rede de Hospitais São Camilo


Consumo elevado de café deve ser evitado por hipertensos

Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia, faz alerta sobre consumo excessivo entre indivíduos com hipertensão grave


Quem não gosta de uma boa xícara de café? Há alguns que gostam tanto que acabam tomando doses excessivas da bebida ao longo do dia. O café pode ter efeitos muito positivos na promoção da saúde, já que ajuda a melhorar o humor, o foco e o estado de alerta, mas precisa ser consumido com parcimônia por alguns indivíduos.

De acordo com Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a dose e o tempo fazem o veneno quando se trata de cafeína. “Novos dados indicam que tomar duas ou mais xícaras de café por dia pode dobrar o risco de mortalidade quando se trata de pessoas com pressão alta. Por outro lado, tomar apenas uma xícara por dia ainda reduz o risco”, explica.

O especialista conta que um estudo recente observou mulheres e homens japoneses entre 40 e 79 anos por cerca de 18 anos. Entre os que tinham hipertensão de grau 2 a grau 3, notou-se que, entre os que bebiam duas ou mais xícaras diariamente, houve o dobro de mortalidade por doença cardiovascular (DCV). “Por outro lado, esse risco não foi constatado em pessoas com pressão arterial normal ou com hipertensão de grau 1. O mesmo estudo também mostrou que, no caso do chá verde, não houve associação a um risco aumentado de mortalidade por DCV em nenhuma categoria”, relata o médico.

Ele afirma, porém, que é preciso considerar algumas limitações do estudo. “Entre elas, é preciso entender que o consumo de café ou chá verde foi autorreferido, de forma que pode haver relatos falsos”, diz.

De forma geral, porém, a indicação é que o elevado consumo de café pode estar relacionado a um aumento do risco de mortalidade por problemas cardiovasculares naqueles que já possuem mais risco, principalmente nos casos de  hipertensão grave, mas serve para alertar principalmente se o indivíduo precisa de quatro, cinco ou seis xícaras de café por dia. Isso é um sinal de que ele deve estar dormindo mal. “A qualidade do sono, com sua profundidade, continuidade e regularidade adequadas somados a um tempo total entre sete e nove horas durante a noite, precisa oferecer o que nenhuma substância estimulante extra, precisa te ofertar”, aleta o especialista.

O estudo também serve para apoiar a afirmação de que o excesso de café, além de impactar a saúde cardiovascular, também a gastrointestinal, pode ainda mais atrapalhar a continuidade e o sono mais profundo, num looping que as pessoas bebem café para ficar acordadas de dia e pelo excesso e não respeitar o limite de 15 horas para a última xícara. Esses, não dormem bem também por isso. Sabemos, porém, que são necessárias mais pesquisas para confirmar os efeitos do consumo entre pessoas com e sem hipertensão arterial”, conclui. 



Gleison Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. https://drgleisonguimaraes.com.br/
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Twitter @drgleisonpneumo

Boa hidratação é associada a um envelhecimento saudável

Os adultos que se mantêm bem hidratados parecem ser mais saudáveis, desenvolvem menos doenças crônicas, como doenças cardíacas e pulmonares, e vivem mais do que aqueles que não recebem líquidos suficientes, de acordo com um estudo do National Institutes of Health publicado na eBioMedicine . Usando dados de saúde coletados de 11.255 adultos durante um período de 30 anos, os pesquisadores analisaram as ligações entre os níveis séricos de sódio -- que aumentam quando a ingestão de líquidos diminui -- e vários indicadores de saúde. Eles descobriram que adultos com níveis séricos de sódio no limite superior da faixa normal eram mais propensos a desenvolver condições crônicas e mostrar sinais de envelhecimento biológico avançado do que aqueles com níveis séricos de sódio nas faixas médias. Adultos com níveis mais altos também eram mais propensos a morrer em uma idade mais jovem. 

"Os resultados sugerem que a hidratação adequada pode retardar o envelhecimento e prolongar uma vida livre de doenças", disse Natalia Dmitrieva, Ph.D., autora do estudo e pesquisadora do Laboratório de Medicina Regenerativa Cardiovascular do National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI), parte do NIH.   

O estudo expande a pesquisa que os cientistas publicaram em março de 2022, que encontrou ligações entre faixas mais altas de níveis séricos normais de sódio e riscos aumentados de insuficiência cardíaca. Ambas as descobertas vieram do estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC), que inclui subestudos envolvendo milhares de adultos negros e brancos de todos os Estados Unidos. O primeiro subestudo ARIC começou em 1987 e ajudou os pesquisadores a entender melhor os fatores de risco para doenças cardíacas, ao mesmo tempo em que moldava diretrizes clínicas para seu tratamento e prevenção.  

Para esta análise mais recente, os pesquisadores avaliaram as informações que os participantes do estudo compartilharam durante cinco consultas médicas -- as duas primeiras quando estavam na casa dos 50 anos e a última quando tinham entre 70 e 90 anos. Para permitir uma comparação justa entre a correlação entre a hidratação e os resultados de saúde, os pesquisadores excluíram adultos que apresentavam altos níveis de sódio sérico nos “check-ins” basais ou com condições subjacentes, como obesidade, que poderiam afetar os níveis séricos de sódio. Eles então avaliaram como os níveis séricos de sódio se correlacionavam com o envelhecimento biológico, que foi avaliado por meio de 15 marcadores de saúde. Isso incluiu fatores como pressão arterial sistólica, colesterol e açúcar no sangue, que forneceram informações sobre o funcionamento dos sistemas cardiovascular, respiratório, metabólico, renal e imunológico de cada pessoa. Eles também ajustaram fatores como idade e raça. 

Eles descobriram que adultos com níveis mais altos de sódio sérico normal -- com faixas normais caindo entre 135-146 miliequivalentes por litro (mEq/L) -- eram mais propensos a mostrar sinais de envelhecimento biológico mais rápido. Isso foi baseado em indicadores como saúde metabólica e cardiovascular, função pulmonar e inflamação. Por exemplo, adultos com níveis séricos de sódio acima de 142 mEq/L tiveram uma probabilidade aumentada de 10-15% de serem biologicamente mais velhos do que sua idade cronológica em comparação com faixas entre 137-142 mEq/L, enquanto níveis acima de 144 mEq/L correlacionaram-se com um aumento de 50%. Da mesma forma, níveis de 144,5-146 mEq/L foram associados a um aumento de 21% no risco de morte prematura em comparação com faixas entre 137-142 mEq/L. Da mesma forma, adultos com níveis séricos de sódio acima de 142 mEq/L tiveram um aumento de até 64% no risco associado de desenvolver doenças crônicas como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, fibrilação atrial e doença arterial periférica, bem como doença pulmonar crônica, diabetes e demência. Por outro lado, adultos com níveis séricos de sódio entre 138-140 mEq/L tiveram o menor risco de desenvolver doença crônica. As descobertas não provam um efeito causal, observaram os pesquisadores. Ensaios randomizados e controlados são necessários para determinar se a hidratação ideal pode promover um envelhecimento saudável, prevenir doenças e levar a uma vida mais longa. 

"Pessoas cujo sódio sérico é de 142 mEq/L ou superior se beneficiariam da avaliação de sua ingestão de líquidos", disse Dmitrieva. Ela observou que a maioria das pessoas pode aumentar com segurança a ingestão de líquidos para atingir os níveis recomendados, o que pode ser feito com água e outros líquidos, como sucos ou vegetais e frutas com alto teor de água. As Academias Nacionais de Medicina, por exemplo, sugerem que a maioria das mulheres consome cerca de 6 a 9 xícaras (1,5 a 2,2 litros) de líquidos diariamente e, para os homens, 8 a 12 xícaras (2 a 3 litros).  

Outros podem precisar de orientação médica devido a condições de saúde subjacentes. "O objetivo é garantir que os pacientes estejam ingerindo líquidos suficientes, enquanto avaliamos fatores, como medicamentos, que podem levar à perda de líquidos", disse Manfred Boehm, MD, autor do estudo e diretor do Laboratório de Medicina Regenerativa Cardiovascular. “Os médicos também podem precisar adiar o plano de tratamento atual do paciente, como limitar a ingestão de líquidos para insuficiência cardíaca”. Os autores também citaram pesquisas que constatam que cerca de metade das pessoas em todo o mundo não atendem às recomendações de ingestão total diária de água, que geralmente começa em 6 xícaras (1,5 litro).   

"Em nível global, isso pode ter um grande impacto", disse Dmitrieva. “A diminuição do teor de água corporal é o fator mais comum que aumenta o sódio sérico, e é por isso que os resultados sugerem que manter-se bem hidratado pode retardar o processo de envelhecimento e prevenir ou retardar doenças crônicas”. Esta pesquisa foi apoiada pela Divisão de Pesquisa Intramural do NHLBI. O estudo ARIC foi apoiado por contratos de pesquisa do NHLBI, NIH e do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.     
 

Rubens de Fraga Júnior - Professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

FONTE: Natalia I. Dmitrieva et al, Sódio sérico normal alto na meia-idade como fator de risco para envelhecimento biológico acelerado, doenças crônicas e mortalidade prematura, eBioMedicine (2023). DOI: 10.1016/j.ebiom.2022.104404

   

Carnaval: Especialista orienta sobre como se preparar e curtir a festa sem lesões

Ainda é tempo de deixar a musculatura mais fortalecida e evitar as dores musculares mais comuns para quem vive toda a festa. Mas para quem deixar para o último minuto, alguns cuidados também podem ser tomados para aproveitar ao máximo os quatro dias.


Cuidados com músculos e articulações são indispensáveis para quem vai curtir o carnaval. O alerta é feito de olho nos foliões que já estão há dois anos sem as folias autorizadas e ansioso para colocar o bloco na rua. Neste período, o atendimento a pacientes lesionados costuma crescer mais de 50% em postos de saúde e hospitais. De acordo com a Dra Walkyria Fernandes, Fisioterapeuta, Ph.D. em Ciências da Reabilitação, entorse de tornozelo, joelho e dores na lombar são as lesões mais frequentes em quem se joga na multidão festeira, principalmente sem o preparo físico adequado. A boa notícia é que ainda é tempo de se preparar um pouco e aproveitar com mais segurança.

Correr atrás do trio, pular nos bloquinhos e quem sabe ainda assistir aos desfiles de escolas de samba e baladas noturnas já é uma maratona e tanto para quem tem bom preparo físico, mas para quem esqueceu as promessas de ano novo e adiou o treino na academia, especialistas afirmam que dá tempo de deixar o corpo em condições para foliar, com menor risco de dor. A Dra Walkyria explica que existem duas premissas consideradas básicas que são superimportantes para essa situação: boa mobilidade no corpo e musculatura fortalecida. “Se eu não tiver o meu músculo forte e as articulações mais estáveis, eu vou sobrecarregar mais as articulações. Se eu tenho um músculo mais forte ele protege as minhas articulações, então isso ajuda bastante”, explica.

Pequenos treinos, em casa mesmo, podem ter muita relevância para fortalecer a musculatura. “O ideal é dar atenção ao fortalecimento de músculos como panturrilha, quadril e abdome, trabalhar a mobilidade das articulações diariamente, antes e depois do fortalecimento, e apostar um pouco nos aeróbicos para melhorar o preparo físico”, orienta Walkyria. As lesões mais comuns no meio da folia atingem justamente os membros inferiores e coluna lombar, mais exigidos nas atividades carnavalescas. Isso pode ocorrer por descuido ou por abusar da musculatura. “A pessoa está empolgada ou às vezes cansada, ou bebeu alguma coisa alcoólica e perde um pouquinho esse mecanismo de proteção dos ligamentos, acaba pisando em falso e virando o pé e ele pode acabar comprometendo os ligamentos do tornozelo; muitas vezes o folião força mais o joelho do que o normal, como não está acostumado com aquilo, acaba jogando uma sobrecarga maior, ficando com dor no joelho ou inflamação; outra coisa comum também é a dor lombar. A pessoa passa muitas horas em pé e às vezes ela compensa um pouco mais com o corpo e sobrecarrega a lombar também”, detalha a fisioterapeuta.


Despreparados também podem

Para quem deixou para se preparar na última hora, ainda assim, pode curtir a folia, no entanto, é importante ter em mente cuidar para não forçar demais a musculatura, já que a chance de uma pessoa sedentária se machucar ou ter uma inflamação, uma dor no corpo, é muito maior porque está menos preparado, segundo a especialista. “Então se ela puder mudar de posições mais vezes, sentar um pouco, ficar em pé, se puder alternar, isso ajuda, porque aquela sobrecarga constante, que estava em uma articulação, possibilita dar um tempo de descanso maior”, comenta. Outra dica que não pode ser esquecida é a hidratação. “É muito importante também, porque o corpo precisa estar bem hidratado, para musculatura não entrar em fadiga, são duas coisas interessantes”, completa.


Em caso de dor: Gelo e fisioterapia

Se mesmo com todos os cuidados, o folião ainda assim sentir dores na musculatura por inflamações ou se lesionar, é importante procurar ajuda profissional imediatamente, mas a fisioterapeuta também orienta que “a primeira coisa a fazer, no caso do carnaval, um tempo de exposição grande, com trauma, é a aplicação de gelo por 24 a 48 horas, para diminuir a dor, inflamação, e para diminuir o inchaço”.

Dra. Walkyria Fernandes - Fisioterapeuta, Ph.D em Ciências da Reabilitação - Fellow na Universidad de Sevilla, Espanha. Osteopata da Escuela de Osteopatía de Madrid. Professora da Universidade Federal do Mato Grosso por quase dez anos, contabiliza duas décadas de experiência em atendimento a pacientes. Dentre os diversos títulos como mestrado e doutorado, atualmente trabalha em clínica própria, com os mais avançados tratamentos a seus pacientes.


SBE alerta: Endometriose requer cuidado com a saúde mental feminina

Dor crônica é um fator de risco para depressão e ansiedade; transtornos mentais são 50% mais comuns em mulheres que nos homens

 

Uma em cada dez mulheres fazem parte de um grupo que sofre ao longo de toda a vida com cólicas intensas, dores durante a relação sexual e diversos outros desconfortos característicos da endometriose.

Quando não é bem gerenciada, a doença tem uma série de consequência para a saúde sexual e reprodutiva dessas pacientes, mas a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) está alerta também para os riscos para a saúde mental das mulheres.

A presidente da SBE, a médica Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro, explica que existe uma relação já bem documentada na literatura científica entre as dores crônicas e a ocorrência de problemas como depressão, ansiedade e abuso de substâncias, como álcool, analgésicos e drogas ilícitas.

“Diversas pesquisas relacionam a ocorrência de dor crônica e distúrbios de saúde mental. Existem evidências de que ambos podem contribuir e exacerbar o outro. Pessoas que convivem com a depressão, por exemplo, podem ser mais sensíveis à dor. E, por outro lado, a presença constante das dores pode afetar o sono, aumentar os níveis de estresse e deteriorar a saúde mental”, explica.

Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que, em todo o mundo, as mulheres têm maior incidência de doenças psiquiátricas na comparação com os homens. No caso dos transtornos depressivos e de ansiedade, eles são 50% mais comuns entre as mulheres do que nos homens ao longo da vida.

Existe inúmeros fatores que contribuem para essa diferença, e estão relacionados a questões biológicas, sociais, culturais e de falta de equidade entre os gêneros.

Dra. Helizabet afirma que a endometriose pode se somar a esses fatores, tornando a vida da paciente ainda mais difícil. “O que vemos no dia a dia são mulheres que levam quase uma década até recebem o diagnóstico correto. Nesse meio tempo, suas dores não são levadas à sério, sua capacidade de exercer funções cotidianas fica reduzida, há prejuízo no ambiente de trabalho e nas relações pessoais”, conta.

“Além disso, mesmo após o diagnóstico e início do tratamento, vemos pacientes fragilizadas, com dúvidas sobre a própria saúde e se sentindo pressionadas em relação à sua fertilidade, já que a doença pode dificultar os planos de ter filhos em alguns casos”, reforça.

Por isso, é importante que as pessoas que sentem dores e outros desconfortos procurem ajuda médica e não desistam até receber um diagnóstico e tratamento. A endometriose não tem cura, mas quando tratada, é possível gerenciar as dores e conviver com essa condição sem maiores prejuízos à qualidade de vida.

O acompanhamento com profissionais de saúde mental, como psicólogo e psiquiatra, também pode fazer toda a diferença para que a paciente consiga lidar melhor com as questões que a doença levanta e, se for o caso, identificar o surgimento de algum problema mais grave para a saúde mental.

 

 

Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva - SBE


Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro - Médica ginecologista com 30 anos de experiência em Ginecologia, Dra. Helizabet assumiu a presidência da SBE para a gestão que vai de 2023 até 2025. Possui mestrado e doutorado pela Santa Casa de São Paulo, é professora, membro da comissão científica e médica atuante na Santa Casa de São Paulo. Também coordena projetos direcionados para o diagnóstico e o tratamento da endometriose, além do ensino sobre a doença para profissionais de saúde.

 

Confiança dos empresários do comércio sofre segunda queda consecutiva em janeiro

No período, índice caiu 4,4% na comparação com dezembro de 2022, aponta pesquisa da FecomercioSP

 
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou em janeiro, pelo segundo mês consecutivo, fechando em -4,4% (de 119,3 pontos em dezembro, para 114 pontos no primeiro mês do ano). Na comparação anual, a queda foi ainda maior (-4,7%). Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques, também apresentaram índices negativos: -6,1% e -1,4%, respectivamente.
 
O cenário é justificado pelas preocupações com a conjuntura macroeconômica: alto endividamento das famílias, juros elevados, inflação em alta e política econômica a ser adotada pelo novo governo. Segundo a FecomercioSP, estas variáveis apontam para um quadro de incertezas na economia – e os números de confiança empresarial acompanham esta conjuntura. Consequentemente, indicam desaceleração das empresas.
 
Dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) apontou índice negativo de 1,5%, passando de 103,4 pontos, em dezembro, para 101,9, em janeiro. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, apresentou queda de 6,8% – de 146,5 para 136,6 pontos, na mesma comparação. Na base de comparação anual, o primeiro indicador avançou 0,7%, o segundo caiu 8,3% e o terceiro recuou 4,8%.
 
De acordo com a FecomercioSP, além da queda do nível de atividade, a indefinição quanto ao novo governo parece influenciar mais as expectativas dos empresários do que o sentimento em relação às condições presentes. Por isso, em momentos de incerteza, é válido observar indicadores que meçam a situação atual.


 
Expansão e investimento

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) fechou dezembro com variação negativa de 6,1% (de 118,1 para 110,9 pontos em janeiro). Na comparação interanual, o indicador recuou 7,1%.
 
Por outro lado, o índice que mede as Expectativas para Contratação de Funcionários subiu 1,3%, ao passar de 119 em dezembro para 120,5 pontos. Já o Nível de Investimento das Empresas registrou queda de 23% (saiu de 131,5 para 101,3 pontos em janeiro). Na comparação interanual, os dois quesitos obtiveram resultados negativos: -12,9% e -0,9%, respectivamente. O Índice de Estoque (IE) caiu 1,4%, passando de 116,1 pontos, em dezembro, para 114,5 pontos, em janeiro. Em comparação a janeiro do ano passado, o indicador recuou 2,7%.
 
A proporção dos empresários que consideram a situação adequada dos seus estoques também registrou queda de 0,9%: de 58%, no último mês de 2022, para 57,2%, em janeiro. Aqueles que relatam a situação inadequada para cima do desejado apresentou porcentual negativo de 0,2% (de 27,4% para 27,2%).
 
O índice dos empresários que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado avançou 0,9%: de 14,6% para 15,4%, na mesma base de comparação. A proporção dos que relatam estoques adequados segue maior do que aqueles que alegam inadequação: 57,2% contra 42,6%, respectivamente.
 
Em face às perspectivas menos favoráveis quanto à economia, a FecomercioSP orienta os empresários a agir de forma estratégica. A redução de despesas operacionais é importante para equilibrar o caixa diante de uma possível queda de receita. O cenário de uma demanda fraca exige resiliência nas decisões, principalmente nas ações de gestão de estoque e na administração do fluxo de caixa. Neste período do ano, no qual as vendas historicamente são mais baixas, desenvolver uma curva ABC de produtos é uma boa saída para saber quais são ideais para trabalhar com liquidações, a fim de melhorar o nível de estocagem e aumentar as receitas.


 
Notas metodológicas

ICEC O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


 
IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


 
IE

O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

FecomercioSP

Como se blindar nos primeiros 100 dias do próximo governo?

Os primeiros 100 dias de um novo governo geram muita expectativa em todos os setores da economia. São neles que a nova equipe de ministros apresenta seus planos e como funcionará cada pasta ao longo dos próximos 4 anos. Apesar da perspectiva positiva para alguns, o período inicial deve ser de certa desconfiança, principalmente no mercado financeiro.

De acordo com o Banco Central, a estimativa é que o PIB cresça apenas 0,75%, e o país enfrente juros altos e uma inflação resistente, em decorrência do aumento do gasto público previsto pelo novo governo. Somado a isso, fatores externos também podem provocar mais incertezas no Brasil, nos EUA, por exemplo, o banco central elevou a projeção para a taxa básica de juros no fim do ciclo em 2023 de 4,6% para 5,1%, projeção que provocou a queda das bolsas do país.

Uma das principais causas para essa certa desconfiança é o fato de que o governo não é completamente novo. Quem vai assumir a cadeira é alguém já conhecido de nós brasileiros. Sabemos da sua capacidade e o modelo de governar, do que fez ou deixou de fazer nos seus dois mandatos anteriores. Claro, pode ter mudado em algum aspecto no caminho e causar uma surpresa positiva.

No entanto, todas estas possibilidades trazem incertezas, e por isto que neste cenário, todos nós, e em especial as empresas, devemos trabalhar com metas em ciclos curtos e adaptar rapidamente o curso das ações conforme as expectativas vão se confirmando ou tomando uma direção completamente diferente do que havíamos pensado. Dito isso, uma forma eficiente de gestão são os OKRs, que podem ser elaborados em ciclos trimestrais, tendo um processo de execução e estratégia a curto prazo.

A adoção dessa ferramenta permitirá fortalecer empresas e negócios em absorver ou responder às mudanças de mercado, ainda que aconteçam de forma abrupta. Os Objectives and Keys Results - Objetivos e Resultados Chaves, permitem de forma clara definir o propósito e a atuação de cada integrante do time. Em tempos de incertezas, se precaver pode ser a diferença em tornar o inesperado em algo favorável. 

Ainda assim, é fundamental estar atento aos fatores externos para buscar oportunidades no mercado para o crescimento. E, quando encontrar, ser capaz de decidir se faz sentido ajustar o planejamento que havia sido adotado. Por exemplo, o anunciado novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez menção ao aumento no número de parcerias público-privadas (PPPs) e à redução nas privatizações. Os investimentos públicos também devem ser maiores. Logo, pode impactar na desvalorização de empresas estatais, como a Petrobrás, o Banco do Brasil, entre outros. 

Contudo,  é fundamental que olhemos para o próprio umbigo e sejamos capazes de buscar eficiências internas, cortando o máximo de gastos possíveis. Um planejamento por OKR favorece uma visão ampla e detalhada das entradas e despesas da companhia, facilitando assim a identificação do que é possível ser reduzido ou cortado.

Não podemos ainda afirmar nada, se vai melhorar ou piorar, ou se vai dar certo ou errado. O que nos resta, é claro, é torcer para que se tome as melhores decisões nos cenários que afetam a todos nós, e claro, tentar ao máximo nos blindar de impactos externos, mesmo que isso possa ser muito difícil.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. http://www.gestaopragmatica.com.br/


IGP-M registra alta de 0,21% em janeiro

Usado para reajustar o aluguel, o índice calculado pela FGV acumula inflação de 3,79% em 12 meses

 

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado para corrigir o valor do aluguel, registrou alta de 0,21% em janeiro, após avanço de 0,45% em dezembro, informou nesta segunda-feira, 30/01, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação acumulada pelo IGP-M em 12 meses foi de 3,79% em janeiro, ante 5,45% em dezembro.

Nas aberturas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) arrefeceu de 0,47% para 0,10% em janeiro. Em 12 meses, o IPA-M acumulou inflação de 3,0%, ante 5,27%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) avançou de 0,27% para 0,32%. O indicador acumula alta de 9,05% em 12 meses até janeiro, ante 9,40%.


CONSUMIDOR

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou de 0,44% em dezembro para 0,61% em janeiro. Com o resultado, o IPC-M acumula alta de 4,49% em 12 meses em janeiro, acima dos 4,30% registrados em dezembro.

Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o avanço do IPC-M em janeiro foram curso de ensino fundamental (0,00% para 5,36%), curso de ensino superior (0,00% para 3,80%) e plano e seguro de saúde (1,13% para 1,12%), seguidos por batata-inglesa (-1,67% para 17,18%) e gasolina (0,18% para 0,72%).

As principais influências individuais de baixa, em contrapartida, foram de cebola (24,80% para -17,47%), tarifa de eletricidade residencial (1,27% para -0,94%), aluguel residencial (-0,13% para -0,74%), leite tipo longa vida (-5,53% para -2,30%) e xampu, condicionador e creme (0,41% para -2,64%).

 

Fonte: Estadão Conteúdo

 

Escolas se preparam para o retorno às aulas de olho na saúde mental de estudantes e professores

Especialista destaca importância da temática e traz dicas para as instituições contribuírem com a saúde mental de todo o ecossistema escolar

Rossandro detalha como as escolas podem se preparar  de forma assertiva


Após três anos conturbados, as escolas se preparam para iniciar o ano letivo de 2023 sem a presença tão forte do fantasma da Covid-19. No entanto, pesquisas recentes mostram que o impacto mental decorrente da pandemia ainda estará vivo dentro do ecossistema escolar. De acordo com estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), uma em cada quatro crianças ou adolescentes apresentou ansiedade e depressão durante o surto. Seguindo essa mesma linha, uma pesquisa realizada pela Nova Escola mostra que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada durante o período mais crítico do novo coronavírus. 

Diante desse cenário, o educador e psicólogo Rossandro Klinjey, que é co-fundador e embaixador da Educa, principal edtech brasileira para o ensino de competências socioemocionais em crianças e jovens no Brasil, alerta sobre a importância das escolas tratarem sobre a saúde mental diariamente no ecossistema escolar. “Felizmente, o tabu que existia diante da saúde mental foi dissipado e hoje em dia o tema se tornou um dos mais populares na mídia. A sociedade passou a enxergar a importância do cuidado da saúde mental e o quanto as pessoas precisam olhar para si para poderem prosperar. As escolas precisam acompanhar esse movimento e enxergar a importância do assunto para o cotidiano dos estudantes, famílias e educadores”, avalia Rossandro Klinjey.

Com o objetivo de ajudar as escolas no início do ano letivo, o especialista elencou algumas dicas para elas incluírem a temática de forma bem estruturada. Confira:

 

Preparação é a chave

De acordo com o psicólogo, um dos pontos primordiais para iniciar essa jornada de maior atenção à saúde mental passa pela preparação por parte dos educadores. Nesse contexto, cursos preparatórios que ajudem esses gestores a lidar com as diversas situações que acontecem dentro da sala de aula são ferramentas importantes para a construção de um ambiente mais sólido. 

“Além disso, vale pontuar a importância da troca de experiências constante por parte desses profissionais para que os professores consigam não só identificar mais rapidamente qualquer problema grave, mas também saibam como lidar com essas situações graças a experiências adquiridas com outros colegas”, pontua.

 

Jornada contínua e estruturada

A busca por manter o equilíbrio mental não pode ser algo pontual, mas um processo constante e ininterrupto. Por conta disso, o educador avalia como errônea a postura de diversas escolas de apenas tratar a temática de forma pontual, geralmente após um evento mais grave relacionado ao bullying, algum tipo de violência por parte dos pais ou membro familiar, ou até mesmo em casos de automutilação. 

“A escola precisa começar a trabalhar o tema não apenas quando acontece uma situação extrema, mas principalmente de forma preventiva e recorrente. O mais indicado para as instituições é estruturar uma jornada contínua de aprendizagem socioemocional, que traga as temáticas de forma clara e que faça com que todo o ecossistema escolar (famílias, estudantes, educadores e líderes escolares) se fortaleça para lidar com essas questões no dia a dia, inclusive no convívio dentro de casa”, ressalta o co-fundador da Educa.

 

Suporte profissional

Por mais que a preparação dos educadores seja importante, contar com o apoio de profissionais especializados em saúde mental é fundamental não somente para se sentirem amparados, mas também para ajudar no tratamento e prevenção de possíveis situações mais graves. 

A Educa é um programa completo, que oferece soluções para todo o ecossistema escolar se sentir acolhido e seguro por meio de uma trilha de aprendizagem socioemocional e de saúde mental. 

“A ideia por trás da criação da Educa foi por entendermos que existe um déficit de conhecimento por parte das escolas, famílias e educadores sobre o tema, e o quão importante, poderosa e transformadora é a educação socioemocional. Crianças e jovens precisam aprender os aspectos da saúde mental para compreender sobre suas emoções, lidar com o pensamento crítico, aceitar as diferenças, desenvolver a empatia, entre outros pontos”, encerra Rossandro Klinjey.


Profissionais fluentes em espanhol ganham 31% a mais no mercado de trabalho

O espanhol está presente em 21 países como língua oficial. (Imagem: Freepik)

Veja 3 países da América Latina para fazer intercâmbio de forma segura

 

Entre janeiro a setembro de 2022, mais de 436 mil estudantes realizaram a experiência de intercâmbio ao redor do mundo, 13% a mais que na mesma época de 2019, período pré-pandêmico, conforme pesquisa Selo Belta 2022. Viver essa experiência leva tempo e dedicação para se organizar e escolher uma agência segura, além do investimento financeiro investido.

 

Entre os lugares para se realizar intercâmbio, muitos brasileiros buscam países que fazem fronteiras com o Brasil e que possuem a língua hispânica, pois apresentam um custo financeiro mais baixo pelo valor da moeda. No mundo, mais de 543 milhões de pessoas sabem falar espanhol, 2º lugar entre os idiomas mais falados por nativos e, 4º lugar no mundo, aponta o informe de 2020 do Instituto Cervantes, instituição cultural pública.

 

“O espanhol é muito rico e está presente em 21 países como língua oficial, entre eles, nossos vizinhos da América Latina, e realizar intercâmbio para esses países têm grandes vantagens. O real é uma moeda valorizada comparada ao peso, o que faz com que o estudante tenha uma situação financeira mais elevada que em outros países. Além disso, por fazerem parte do Mercosul (Mercado Comum do Sul), existe uma facilidade para os brasileiros viajarem para estes países, necessário apenas o RG dentro da validade para experiências de curta duração, dispensando a obrigatoriedade do passaporte. No caso do México que não participa da organização, é exigido o passaporte que tenha pelo menos 6 meses de validade a partir da entrada no país e o visto poderá alternar dependendo do programa acadêmico”, aborda Alexandre Argenta, presidente da Belta, Associação de Agências de Intercâmbio do Brasil.

 

Profissionais com nível superior fluentes em espanhol ganham 31% a mais que pessoas que não dominam a língua, segundo a Pesquisa Salarial e de Benefícios Online, no qual coletou informações com mais de 120 mil profissionais de todo o país de diferentes segmentos e cargos, evidenciando a importância da língua no mercado de trabalho.

 

Outro ponto importante a ser considerado ao planejar o intercâmbio, é a segurança. Ao se planejar e buscar uma agência para o auxílio, converse com outros estudantes que já tenham passado pela experiência. Outro critério a ser utilizado, é verificar se a agência dispõe do Selo Belta, que garante idoneidade e comprometimento, verificando periodicamente a “saúde financeira", garantido a excelência na tão sonhada experiência.

 

Está pensando em realizar um intercâmbio na América Latina?! Alexandre Argenta separou 3 países para você conhecer melhor e ter uma viagem segura com as agências Selo Belta: 


 1.  Chile: O país é cercado pelas Cordilheiras dos Andes e o Oceano Pacifico, oferecendo um clima e paisagens para todos os gostos. Além disso, destaca-se pela sua qualidade de ensino, duas das suas maiores universidades compõem o top 5 universidades da América Latina (Universidade Pontifícia Católica de Chile (UC) e Universidades do Chile) e sua capital está entre as 50 melhores cidades para se estudar, conforme QS Best Student University/Cities 2023. 

2.         Argentina: O país é conhecido pelas suas universidades gratuitas e sua qualidade de ensino, principalmente na área de medicina, que permite atuação no Brasil, sendo que quatro de seus pesquisadores já conquistaram o prêmio Nobel para a Argentina. Entre suas universidades, destaca-se a de Buenos Aires, primeira a compor o ranking top 5 da América Latina QS World University Rankings.

 

3.         México: Superado apenas pelo Brasil, é o segundo país mais populoso e de maior PIB da América Latina, atrai muitos intercambistas devido à sua cultura, gastronomia e paisagens, tendo 26 patrimônios mundiais tombados pela UNESCO. Em questão de ensino, a Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM) ocupa a 2ª posição no QS Rankings 2023 América Latina, para as pós-graduações, são mais de 1.800 opções entre mestrado, doutorado e especialização credenciados pelo PNPC, o programa nacional de qualidade de ensino.

 

Belta – Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio
https://intercambioeviagem.com.br/belta-associacao-agencias-intercambio/

 

Você sabe o que é Gaslighting e como o Canal de Denúncias ajuda a combatê-lo?

Compreender melhor o que é gaslighting é fundamental para corrigir possíveis condutas em empresas, bem como, amenizar os prejuízos que esse comportamento pode trazer para saúde mental dos colaboradores, afirma especialistas.


Já ouviu falar em Gaslighting 

Nós sabemos que a pronúncia dessa palavra pode parecer complicada, assim como a compreensão do seu sentido na língua portuguesa.

Entretanto, este termo ganhou destaque em uma série de debates atuais, que se iniciaram no cenário das discussões sobre gênero e diversidade, mas que hoje tem se expandido para as questões do universo corporativo e as possíveis irregularidades que se desenvolvem nessa área. 

Entender melhor o significado do gaslight e compreender como esse comportamento pode afetar negativamente a rotina das empresas, trazendo prejuízos para a saúde mental das pessoas que se tornam vítimas dessas ações nas organizações é indispensável para todas as organizações independente do segmento e porte. 

Gaslighting: o que é? 

Da língua inglesa, gaslighting é um termo que surgiu em um filme norte-americano, lançado em 1944, intitulado de “Gas-light” (À meia luz). 

Na trama, um homem se mobiliza para manipular sua esposa e as pessoas com as quais mantinham laços, para que todos acreditassem que ela estaria louca.  

Desde então, o termo passou a identificar o tipo de violência psicológica que ocorre quando uma pessoa “distorce” a realidade dos fatos, “omitindo” ou “inventando” informações sobre algo ou alguém, com a intenção de se auto-beneficiar em determinadas situações, criando uma “atmosfera de dúvida”, gerando insegurança e manipulando a vítima (que pode ser uma pessoa ou um grupo) para duvidar do seu potencial, memória ou até mesmo sanidade 

Ainda que a ocorrência do gaslighting possa ser mais comumente identificada em formas de relacionamento como os familiares e amorosos, essa vertente de abuso também está presente dentro das empresas. 

Esse padrão irregular pode ser percebido em alguns “modos de agir”, como por exemplo: 

  • A criação de prazos que não existiam antes, colocando-os como previamente existentes, na tentativa de confundir um profissional ou uma equipe.
  • Quando orientações sobre a execução de demandas são transmitidas de forma propositalmente errada para descredibilizar a vítima na entrega de um trabalho ou projeto, imprimindo uma falsa imagem de desorganização ou “memória falha” para o colaborador.
  • Entre outros inúmeros casos do gênero. 

Vale ressaltar, que essas atitudes, apesar de mais intensas e perceptíveis na dimensão relacional que compreende a “superioridade” da hierarquia líder-colaborador, também pode acontecer nos relacionamentos com outros colegas de trabalho em posição de igualdade, conforme os modelos de comportamento citados abaixo: 

  • Distorcer ou manipular comentários de uma pessoa, sobre algum outro colega, com o objetivo de gerar intrigas ou se promover em alguma situação.
  • Quando alguém apresenta a ideia de um colaborador como sendo sua, requerendo a autoria do projeto para si. 
  • Entre outras atitudes.

Qualquer pessoa pode ser vítima de gaslighting, independentemente do seu gênero. 

Contudo, observa-se a predominância de mulheres entre as pessoas que são atingidas por essa violência psicológica.

Uma pesquisa realizada pela Heach Recursos Humanos revelou que 3 em cada 4 mulheres sofrem de gaslighting no ambiente profissional 

Segundo o estudo, essa realidade se consagra por conta do baixo número de mulheres em cargos altos. No Brasil, somente 38% das mulheres ocupam posições de liderança na empresas nacionais. 

Entre os inúmeros prejuízos psicológicos que podem ser acarretados pelo gaslighting, estão:

  • Estresse emocional.
  • Depressão.
  • Ansiedade.
  • Isolamento social.
  • Baixa autoestima.
  • Entre outras consequências negativas.

Esses prejuízos afetam não somente o indivíduo, como também repercutem na esfera coletiva da empresa: 

  • O clima organizacional fica prejudicado, dificultando a manutenção de um ambiente de trabalho agradável para a realização das atividades diárias, influenciando também na produtividade dos funcionários, que acabam desmotivados em seus projetos.
  • A rotatividade de colaboradores, que desistem de permanecer na empresa e pedem demissão para sair desse ciclo hostil de comportamentos abusivos. 

Agora que você já sabe o que é o gaslighting e as formas como ele ocorre, é igualmente importante saber os mecanismos de proteção que existem para ajudar quem se torna vítima dele ou que observa a sua ocorrência na empresa. 

O Canal de Denúncias é, hoje, a plataforma mais eficaz na detecção e no combate aos comportamentos que prejudicam o clima organizacional e, até mesmo, a saúde emocional dos funcionários dessas organizações. 

Como o Canal de Denúncias ajuda no combate ao gaslighting? 

O Canal de Denúncias assume um papel fundamental na proteção das pessoas que fazem parte das empresas. 

Através dessa ferramenta — que para ser efetiva precisa ser implementada de forma terceirizada e acessível a todos os funcionários —, é possível relatar as irregularidades, não só como os casos de gaslighting, mas também de assédio moral, sexual, fraudes, bullying e outros problemas que forem identificados no ambiente de trabalho. 

É por meio do Canal que a empresa toma conhecimento sobre a ocorrência dessas condutas prejudiciais, que geralmente acontecem fora do campo de visão dos responsáveis por contê-las. 

Nesse sentido, o Canal de Denúncias é um aliado dos colaboradores, que podem recorrer à plataforma, quando forem vítimas ou testemunhas dessas ocasiões. 

Contudo, para fazer isso, é preciso que a organização, primeiramente, tenha um Canal implantado, e que ele ofereça possibilidade de anonimato, além da garantia total de sigilo das informações.

Outro aspecto fundamental é que exista um compromisso da empresa em “fazer o certo”. 

Caso a irregularidade seja comprovada, após a apuração dos argumentos relatados na denúncia, é preciso que haja, sem delongas, a aplicação das medidas cabíveis aos responsáveis. 

Esse mecanismo de atuação que surge na relação entre o Canal (que recebe o relato) e a empresa (responsável por apurar o que foi relatado e aplicar as medidas) tem como resultado positivo a criação de uma cultura de confiança, ética e respeito mútuo entre todos os colaboradores, possibilitando o combate às condutas prejudiciais que comprometem o bem-estar de cada um.

 

Contato Seguro

https://canaldaetica.com.br/ 



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