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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Greve dos Correios: uma conta que não fecha, mas que é paga pelo povo



O Brasil é o país que mais arrecada impostos no mundo, mas a população sofre com a precariedade dos serviços públicos, que no país é um monopólio e deixa seus únicos e principais clientes, o cidadão e as organizações, sem opções. É o caso dos Correios, um serviço essencial previsto na legislação e considerado de boa qualidade, mas que, atualmente, está em greve parcial por melhorias nas condições de trabalho e outras reivindicações, prejudicando milhões de brasileiros.

De acordo com a Presidência dos Correios, 5 mil carteiros estão sem trabalhar, mas o sindicato da categoria diz que, no total, 60 mil trabalhadores estão parados. Apesar da boa qualidade dos Correios, o cidadão, cliente e usuário, “principal” valor para a organização, se vê tolhido, sem prévio aviso, de um serviço essencial, sendo que é este cidadão que mantém a instituição. O Governo, que arrecada e administra os recursos vindos de impostos, deveria ser responsável pela qualidade e continuidade do serviço, mas não o faz por falhas do sistema e de gestão na administração destes recursos.

Os profissionais contratados por instituições e empresas públicas são agraciados, se comparados com os trabalhadores “normais”, já que têm segurança no emprego, mesmo sendo CLTs; recebem excelentes benefícios se comparados com a realidade nacional; possuem regalias, como permissão para ausências ao trabalho, e outros benefícios. E quando não prestam o serviço da maneira adequada, quem sofre é a população, que paga pelo serviço.

Quando uma greve acontece, como a dos Correios, os funcionários continuam recebendo seus salários diretos e indiretos, na maioria das vezes, fato que estimula uma paralisação. A verdade é que o funcionário público recebe um tratamento superior, “nivelado por cima”, em relação aos trabalhadores “normais”, e desrespeitam os cidadãos e organizações, seus clientes, quando paralisam o serviço sem prévio aviso, “nivelando por baixo” o serviço prestado.

De outro lado, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, deveriam zelar pelo cumprimento das obrigações, tanto em relação às empresas como em relação aos funcionários dos Correios e seus representantes legais, os sindicatos. As ações destas instituições, quando ocorrem, são lentas, burocráticas e não punitivas, o que estimula a prática continuada de ações similares.

Em resumo, o cidadão cliente, aquele que paga a conta, não recebe o serviço correspondente e os demais responsáveis pela garantia da prestação do serviço, não fazem a sua parte. Assim, a conta dos serviços públicos no Brasil não fecha e quem a paga, para continuar sofrendo, é o cidadão e as organizações brasileiras, que não têm sequer a certeza de que uma simples correspondência familiar ou comercial chegará ao seu destino final.
*Heli Gonçalves Moreira é fundador e sócio diretor da HGM Consultores, especialista em conflitos coletivos e projetos de consultoria e treinamento nas áreas de Relações Trabalhistas e Sindicais, Programas de Gestão Participativa, Negociações Coletivas, entre outras. Também é negociador patronal e perito na administração e solução de conflitos trabalhistas e estratégias empresariais para situações e mudanças de alta complexidade e impacto.

Dúvidas frequentes sobre término do horário de verão

Médico explica o que acontece no organismo quando ocorre
mudança nos horários

 

Termina à 0h deste domingo (16) o horário de verão. Para muitos brasileiros, acostumar com a mudança dos ponteiros do relógio não é uma tarefa fácil. Para eles, essa troca de horário traz desconfortos, especialmente, nos primeiros dias. Mas, por que isso ocorre? O neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Cleverson de Macedo Gracia, tira a dúvida dessas e outras questões sobre o tema.

1)Por que as pessoas sentem dificuldade de se adaptar ao horário de verão e a voltar ao horário regular? Existe alguma explicação fisiológica para isso?

Dr. Cleverson de Macedo Gracia: Sim, a explicação fisiológica é a de que o nosso organismo tem o ciclo circadiano, que é o período de 24h e é influenciado pela luz solar. Este relógio biológico encontra-se no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, uma estrutura nas profundidades do cérebro.

 

2) Crianças e idosos demoram mais para se acostumar com o horário tradicional?

Dr. Cleverson de Macedo Gracia: Sim. Os idosos e as crianças têm mais dificuldades de se adaptar às mudanças de horário. Mas, ainda não se conhece a razão desta evidência.

 

3) O que é mais difícil: se adaptar ao horário de verão ou a volta ao horário normal? Por quê?

Dr. Cleverson de Macedo Gracia: As mudanças para leste são piores do que para oeste, isto é, quando você adianta o relógio é pior do que quando você atrasa. A razão disto é que nós estamos mais propensos a ficar mais tempo acordados a noite que ter que acordar mais cedo no dia seguinte. Como se fosse a favor e contra o relógio biológico.

 

4) Que sintomas podem indicar essa dificuldade de adaptação?

Dr. Cleverson de Macedo Gracia: Insônia, sonolência diurna, cansaço, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau-humor, alteração do apetite, distúrbios estomacais, confusão mental, irritabilidade, constipação e queda da imunidade. Estes sintomas só são significativos em casos de mais de dois fusos horários, isto é, com variação do horário em duas ou mais horas. Em caso de uma hora, os sintomas tendem a se resolver rapidamente em dois a três dias.

5) Quais dicas podem facilitar essa adaptação?

Dr. Cleverson de Macedo Gracia: Pessoas que percebem esses sintomas devem parar o que estão fazendo (se possível), tirar um cochilo acima de 45 minutos. Cafeína, exercícios e convívio social ajudam a resolver o problema também.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Senado aprova exploração sexual de criança como crime hediondo

Projeto aprovado por unanimidade pela CCJ endurece punição para quem for acusado desse tipo de crime. Texto segue diretamente para a Câmara

 
                                                                        


Anistia Internacional
Secretaria de Direitos Humanos recebeu mais de 123 mil denúncias de exploração sexual entre maio de 2003 e abril de 2010
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (12), por unanimidade, projeto de lei que inclui na lista dos crimes hediondos a exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável. O texto segue diretamente para a Câmara, sem a necessidade de passar pelo plenário. Caso a proposta vire lei, esse tipo de crime será punido com maior rigor, aumentando os prazos para o livramento condicional e a progressão de regime. Passará a ser também inafiançável.
O projeto de lei (PLS 243/2010) é de autoria do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) e foi relatado na CCJ pelo senador Magno Malta (PR-ES), que presidiu a CPI da Pedofilia no Senado. Ao ler seu parecer, Magno Malta chamou de “lixo” o prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro (PRP), preso semana passada acusado de abusar sexualmente de dezenas de adolescentes.
Segundo Magno Malta, não é possível estimar o número de crianças e adolescentes que sofrem abuso no país. Mas apenas a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República recebeu 123.322 denúncias desse tipo de exploração entre maio de 2003 e abril de 2010.
O relator apresentou emenda de redação ao texto original, acrescentando o conceito de vulnerável previsto no Código Penal – “menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato”. Entre os crimes reconhecidos como hediondo hoje estão o homicídio qualificado, o homicídio praticado em atividade típica de extermínio, o latrocínio (roubo seguido de morte), sequestro e estupro, entre outros.


Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/

Escravo, nem pensar! abre edital de apoio a projetos de prevenção ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas


Entidades e indivíduos da sociedade civil poderão enviar suas propostas até 21 de fevereiro.

 

O programa Escravo, nem pensar! da ONG Repórter Brasil abriu as inscrições para a 8ª edição do Fundo de Apoio a Projetos do Escravo, nem pensar!, responsável pelo financiamento de projetos de prevenção ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo. O prazo para envio das propostas é dia 21 de fevereiro de 2014.

Podem participar entidades e indivíduos da sociedade civil que tiverem interesse em desenvolver um projeto na escola em que trabalham, em articulação com outras escolas, ou na comunidade onde atuam. As propostas devem abordar a temática do trabalho escravo e do tráfico de pessoas.

Os projetos selecionados contarão com uma ajuda de custo de até R$ 1.500,00 e terão que desenvolver as atividades entre 31 de março e 31 de outubro de 2014. A equipe organizadora do Fundo de Apoio a Projetos do Escravo, nem pensar! selecionará os projetos de acordo com os critérios descritos no edital. Para serem financiados, os projetos selecionados devem cumprir o contrato, executar as atividades propostas e prestar contas ao final.

As propostas devem ser enviadas para marina@reporterbrasil.org.br.

Desde 2007, 95 projetos realizados por professores(as) e lideranças na Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, e Tocantins já receberam apoio pedagógico e financeiro para colocar em prática ações de combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas. As atividades foram diversificadas e interdisciplinares, desde peças de teatro até grafitagem, passando por programas de rádio, vídeos, palestras, encontros, caminhadas, pesquisas, produção de panfletos e cartilhas, confecção de cartazes e camisetas, oficinas de música, realização de oficinas de artesanato e plantio de hortas comunitárias.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


Ministério da Saúde recomenda o consumo de produtos naturais e que brasileiro avalie a procedência dos alimentos


Novo guia orienta evitar produtos industrializados prontos para o consumo. População poderá enviar sugestões até 7 de maio

 

O novo Guia Alimentar da População Brasileira (edição 2014) elaborado pelo Ministério da Saúde orienta os brasileiros sobre os cuidados com a saúde e como manter uma alimentação saudável e balanceada: a recomendação é pelo consumo de alimentos frescos, de procedência conhecida e utilizando como base da dieta alimentos in natura (de origem vegetal e animal), como carnes, verduras, legumes e frutas. O manual também recomenda que as pessoas optem por refeições caseiras e evitem a alimentação em redes de fast food (refeições prontas).

 

A população poderá contribuir com a elaboração do novo guia, que encontra-se em consulta pública até o dia 7 de maio, acessando o endereço eletrônico www.saude.gov.br/consultapublica. As contribuições serão avaliadas pelo Ministério da Saúde e poderão constar do documento final.

 

 “O guia é uma fonte segura para orientar os brasileiros para uma alimentação saudável, com base em evidências científicas e com recomendações debatidas com diferentes especialistas e setores da sociedade”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro. “A intenção é promover a saúde da população e contribuir para a prevenção de doenças como a obesidade, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação”, enfatiza.

 

O manual foi elaborado em linguagem acessível e destina-se tanto ao cidadão como a educadores e profissionais de saúde. O documento foi formulado com o apoio do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

CONSUMO – O novo guia orienta os brasileiros a desfrutarem a alimentação, e evitar à refeição assistir televisão, falar no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais, além de privilegiar o preparo da própria refeição sempre que possível. “Precisamos resgatar e valorizar a culinária, planejar as nossas refeições, trocar receitas com amigos e envolver a família na elaboração das refeições. Isso pode até implicar dedicação de mais tempo, mas o ganho em saúde e na convivência é significativo”, explica a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

 

O QUE EVITAR - O guia também recomenda a utilizar com moderação óleos, gorduras, sal e açúcar. Produtos industrializados devem dar lugar aos alimentos in natura. Isso porque os produtos processados têm adição de sal ou açúcar para torná-los mais duráveis, palatáveis e atraentes. “Neste caso, o recomendado é sempre que possível evitar o consumo de produtos industrializados e fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo”, informa Patrícia Jaime.
 

OBESIDADE - Os maus hábitos à mesa têm refletido na saúde e no excesso de peso da população, que hoje já atinge 51%, sendo 17% obesos, segundo a dados do Vigitel, levantamento do Ministério da Saúde realizado anualmente com a população brasileira sobre os hábitos alimentares e de estilo de vida. Em 2006, o índice de excesso de peso e obesidade era de 43% e 11%, respectivamente. Crianças e adolescentes trilham o mesmo caminho, uma em cada três crianças e um em cada cinco adolescentes estão acima do peso.
 

Além disso, a obesidade é um forte fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Pessoas obesas têm mais chance de sofrer infarto, AVC, trombose, embolia e arteriosclerose, além de problemas ortopédicos, apneia do sono e alguns tipos de câncer.
 

Confira as orientações para uma alimentação saudável 

  • Fazer de alimentos in natura a base da alimentação
  • Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação
  • Limitar o uso de produtos prontos para consumo
  • Comer com regularidade e com atenção e em ambientes apropriados
  • Fazer compras de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos prontos para consumo
  • Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar redes de fast food
  • Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
     

Conheça a diferença entre alimento e produto alimentício

 

Alimentos in natura: são essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas.

 

Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas.

 

Produtos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.

 

Produtos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.

 

 
Fabiane Schmidt
Agência Saúde 

sábado, 8 de fevereiro de 2014


 para envio da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias termina no próximo dia 28

Deixar de apresentar a declaração no prazo estabelecido, ou apresentá-la com incorreções ou omissões, pode gerar multas de até R$5 mil/mês

 

O prazo para apresentação da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias – DIMOB, referente ao exercício de 2013, termina no próximo dia 28. Estão obrigadas a declarar pessoas jurídicas ou equiparadas que comercializaram imóveis construídos, loteados ou incorporados; que intermediaram aquisição, alienação ou aluguel de imóveis ou realizaram sublocação de imóveis; bem como aquelas constituídas para a construção, administração, locação ou alienação do patrimônio próprio, de seus condôminos ou sócios.

 

De acordo com o especialista em gestão tributária e fiscal da Alterdata, Edson Lopes, “é preciso estar atento, pois a pessoa jurídica que deixar de apresentar a Dimob no prazo estabelecido está sujeita a multa de R$ 5.000,00 por mês-calendário. Além disso, informações omitidas, inexatas ou incompletas resultam em penalização de 5%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais”.

 

Para a apresentação da DIMOB referente aos fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário 2010, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital, exceto para as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional.

 

O Programa da Dimob está disponível no endereço: www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/Dimob/progDimobUmdisco.htm

Faltam políticas públicas para a população indígena de áreas urbanas

No Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, comemorada em 7 de fevereiro, o CRESS- SP alerta sobre a situação dos índios em zonas urbanas

Em sete  de fevereiro é comemorado o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. Segundo dados do Censo 2010, no Brasil há 817 mil índios, cerca de 0,4% da população brasileira. Em 10 anos, a população indígena no Brasil cresceu cerca de 11%. Porém os índios no Brasil ainda sofrem a dizimação das reservas, preconceitos e violência.

Para o CRESS-SP (Conselho Regional de Serviço Social), há também a situação dos índios que vivem em zonas urbanas “A questão indígena não está restrita a algumas regiões do país. São Paulo, por exemplo, é uma das cidades com maior população de índios do Brasil”, alerta a assistente social Áurea Fuziwara, militante de base do CRESS-SP. ”O não reconhecimento desta realidade é uma opção política, onde as políticas públicas não são dirigidas para atender os direitos da população em geral, e em particular, da população indígena”.

O Conselho defende a luta pelos direitos humanos dos povos indígenas, como identidade, língua, saúde e educação, assim como ao da moradia. “A violência contra indígenas no campo e na cidade tem se agravado. A especulação imobiliária e os esforços para a realização dos megaeventos (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos) são tem intensificado brutalmente estas violações de direitos”, contextualiza Áurea.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014


Água e a escassez de gestão pública

 A população de São Paulo sofre outra vez com o temor de desabastecimento de água. Algumas cidades iniciaram o racionamento com o fim de evitar um mal maior. Autoridades reconhecem a crise, anunciam medidas emergenciais e, tal como xamãs da própria incompetência, apostam em incertas mudanças meteorológicas.

 O cenário é fruto de uma sucessão de erros. Por alguns responde uma população deseducada em sua relação com um bem tão precioso. Pela maioria deles, porém, devem responder os administradores públicos, cujo descaso com a gestão da água, a educação para seu uso, seus mananciais e sistemas de captação, armazenagem, tratamento e distribuição parece proposital, preparando, talvez, o discurso de que mais eficiência haverá se o sistema for privatizado.

 A escassez hídrica e o risco de racionamento são, portanto, a ponta de um processo degenerado de gestão pública, que não concebe e nem institui políticas públicas que tratam o acesso à agua como um direito fundamental, hipótese que decorre de interpretação lógico-sistêmica da Constituição, uma vez que sem água é impossível o exercício de outros direitos explicitamente tratados como fundamentais.

 A crise hídrica começa pela leniência dos gestores públicos com a sanha expansionista dos      investidores responsáveis pela especulação imobiliária. Aqui, o meio ambiente é a segunda vítima; a primeira é a ética exigível de todos, agentes públicos e privados. A ocupação imobiliária desordenada em áreas sensíveis é promovida quase sempre sem preocupação com os mananciais, estimulando o adensamento populacional sem planejamento e com inegáveis impactos na qualidade da água e na própria captação.

É também notável a falta de planejamento dos investimentos – do poder público ou por meio de parcerias público-privadas – nos sistemas hídricos. A população de determinadas regiões onde as sazonalidades baixam o nível de precipitação seria facilmente atendida se, num sistema de vasos comunicantes, existissem adutoras para permitir o abastecimento a partir de áreas não sujeitas aos efeitos da estiagem. Só em face da crise se pensa em agilizar os investimentos na estrutura de gestão hídrica, como se a situação de risco fosse nova e não um fato que se manifesta recorrentemente.

Educação para o consumo e mesmo medidas punitivas para inibir o desperdício só recebem atenção dos gestores quando a crise eclode, revelando um desvio que tem sua origem na ética do explícito: é preciso que o risco e seus graves efeitos se apresentem concretamente para que a sensibilidade dos gestores se abra para práticas elementares. A educação da população para bem usar recurso tão escasso e nobre deve fazer parte das políticas públicas ininterruptas, e não ser apresentada como ação emergencial, em meio à crise já instalada. Usar a estrutura de fiscalização pública para - em concomitância com os processos educacionais - aplicar sanções aos desperdiçadores é obrigação do bom gestor, que sabe da existência de usuários perdulários cuja conduta, multiplicada, contribui para a crise. Não basta apenas pensar em desestimular o consumo pelo aumento do preço, como propõem alguns. A consciência do bom usuário pode ser despertada pelo binômio educação-sanção.

Sem mudanças na gestão pública dos recursos hídricos, o discurso a ser construído passa pela mercantilização da água, bem fundamental cujo acesso não deve depender de equações econômico-financeiras voltadas unicamente para o lucro. Não se pode admitir que somente a gestão privada seria competente para proteger os mananciais e ao mesmo tempo assegurar adequada e justa distribuição da água. Mas é esse o discurso que se insinua diante da incompetência da gestão pública dos recursos hídricos, cujos efeitos nos atemorizam todos os anos.

 

Caleb Salomão - advogado com pós-graduação lato sensu em Direito Tributário e Direito da Economia e da Empresa e Mestrado em Direito Constitucional. A      atuação profissional como advogado está concentrada em Direito Societário/Sucessões, Direito de Família/Sucessões e Direito Constitucional e Administrativo. Leciona Direito Constitucional na Faculdade de Direito de Vitória (FDV), onde concebeu e implantou o projeto jurídico-pedagógico denominado “Constituição no Concreto”, experiência acadêmica que estimula os acadêmicos a refletirem sobre condutas, públicas e privadas, que desrespeitam as normas constitucionais. Este projeto colhe elementos que servem tanto como atividade avaliativa quanto para instrumentalizar intervenções socioconstitucionais, seja pela via administrativa, seja pela via judicial. Os interesses intelectuais de Caleb Salomão estão entre “Política e Direito” e “Filosofia e Comportamento”, temas sobre os quais faz palestras. Atua também como editor e organizador de eventos acadêmico-culturais.

Adote um bandido!


Essa é a campanha lançada pela infeliz jornalista Raquel Sheherazade (SBT), depois que um grupo de bandidos de classe média, no Rio de Janeiro, chamados “Bairro do Flamengo”, prenderam, espancaram e amarraram em um poste um jovem “criminoso” ou “possível criminoso” (O Globo 5/2/14, p. 8). Justificativa: o Estado é omisso, a Justiça é falha e a polícia não funciona. Tudo isso é verdade, mas o Estado democrático de direito não permite a “solução” encontrada: justiça com as próprias mãos! Quem faz isso é um bandido violador do contrato social. Quem se entrega lascivamente à apologia do crime e da violência (da tortura e do linchamento) também é um bandido criminoso (apologia é crime). Se isso é feito pela mídia, trata-se de um pernicioso bandido midiático apologético. Para toda essa bandidagem desavergonhada e mentecapta a criminologia crítica humanista prega a ressocialização, pela ética e pela educação.

A ressocialização desses jovens bandidos de classe média se daria por meio de uma marcha da sensatez, em todo país, quebrando tudo quanto é resistência da elite burguesa estúpida, adepta do capitalismo selvagem, extrativista e colonialista, que é a grande responsável pelo parasitismo escravagista assim como pelo ignorantismo do povo brasileiro (em pleno século 21, 3/4 são analfabetos totais ou funcionais – veja Inaf). A ressocialização desta casta burguesa retrógrada passa pelo ensino do elogiável capitalismo evoluído e distributivo, fundado na educação de qualidade para todos, praticado por Dinamarca, Suécia, Suíça, Holanda, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Canadá, Áustria etc.

Quanto aos jovens marginalizados temos que distinguir: os violentos perversos, que representam concreto perigo para a sociedade, só podem ser ressocializados dentro da cadeia, que por sua vez e previamente também precisa ser ressocializada, depois de um arrastão ético em toda sociedade brasileira que, nessa área, encontra-se em estágio avançadíssimo de degeneração moral. Em relação aos jovens não violentos, a solução é a educação de qualidade obrigatória, em período integral e em regime de internação, quando o caso. Nenhuma sociedade moralmente sã admite milhões de crianças abandonadas nas ruas!

E quanto à bela jornalista da bandidagem apologética? Eu proponho dar início à sua proposta e gostaria de adotá-la por uns seis meses para ensinar-lhe ética iluminista, de Montesquieu a Voltaire, de Diderot a Beccaria, de John Locke a Rousseau e por aí vai. O que está faltando para toda essa bandidagem nacional difusa é a emancipação intelectual e moral de que falava Kant, que hoje exige uma revolução (da qual todos deveríamos participar) ética e educacional. Temos que romper radicalmente com nossa tradição colonialista, teocrática, selvagem e parasitária, ou nunca teremos progresso (veja Acemoglu/Robinson). Essa é a solução. O resto que está aí é pura bandidagem.

 

LUIZ FLÁVIO GOMES -jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Estou no professorLFG.com.br

Alimentos que você não deve apresentar para o seu filho

Pediatras aconselham aos pais não darem chocolate às crianças nos primeiros tempos.

Mamães e papais recentes costumam exercer - na rotina de cuidados com o bebê - aquele papel norteador de apresentar o mundo aos pequenos. E os momentos e hábitos alimentares são ingredientes fundamentais nesse "menu de cuidados".

Na realidade, a prática de uma alimentação saudável deve ter início nos primeiros tempos da criança. Não que o sabor das guloseimas deva ser negado o tempo todo, mas é importante que sejam estabelecidos critérios para as refeições. Afinal, hábitos bons e ruins formam-se desde cedo. E se a mamãe, ainda na infância, conseguir estimular a criança a sabores saudáveis, com os nutrientes necessários ao organismo e livres de aditivos potencialmente nocivos, obedecendo-se naturalmente a necessidades e exigências de cada fase, tudo ficará mais fácil depois, com riscos menores de problemas futuros, como hipertensão e outros, decorrentes de uma alimentação indevida.

Conselhos dos pediatras
Para ajudar a esclarecer as mamães-leitoras sobre alimentos adequados e, principalmente, sobre aqueles que devem ficar fora do cardápio - pelo menos em algumas etapas da infância - consultamos dois pediatras. Daniel Becker, por exemplo, que atua com seus pacientes mirins há 25 anos, acredita que não devam existir proibições absolutas, "excetuando-se os casos específicos de intolerâncias e alergias (que são individuais)", ele destaca. Becker detalha: "Existem, na verdade, recomendações sobre o que é e o que não é saudável. E aí entra o bom senso pra saber oferecer certos alimentos em situações de exceção, de saída da rotina, alimentos que alegram e colorem a vida. Por exemplo, o sorvete não deve ser parte da rotina alimentar de uma criança, mas não dar sorvete numa festa ou num passeio de fim de semana seria um pecado".

Alimentos que devem ser evitados
O pediatra alerta sobre os perigos que podem decorrer da má condução da alimentação infantil. Ele conta que, no consultório, faz ressalvas contra alimentos industrializados, por exemplo. Isso porque estes vêm, quase sempre, com conservantes químicos, saborizantes e muito açúcar - o grande vilão neste caso. Becker explica que essa quantidade de açúcar é muito maior do que a normalmente usada em casa. O pediatra cita vários alimentos sabidamente nocivos:

- cereais processados (flocos de milho e farinhas de bebê);
- refrigerantes;
- salgadinhos, batatas fritas de saquinho - repletos de sal e monoglutamato de sódio, além dos carboidratos ultraprocessados;
- geleia de mocotó e gelatina ("açúcar e tinta, para quê?");
- molhos industriais;
- embutidos, carnes processadas.

Sobre os refrigerantes, Daniel Becker ressalta que devem ser evitados. Quanto aos salgadinhos e às batatas fritas de saquinho, ele levanta a questão da formação do hábito alimentar, já que costumam provocar uma reação negativa na criança: ela passa a desejá-los e a não aceitar mais comida natural. Becker lembra, ainda, o "fantasma colorido" do fast-food. E completa: "Muitas calorias, muitos aditivos químicos, muito sofrimento animal para engordar seus filhos. Não podemos oferecer coisa melhor? Em vez de uma ida ao fast-food, por que não um piquenique no parque? Aposto que vai ser muito mais divertido, extremamente saudável e mais inesquecível".

O médico também destaca os alimentos duros e pequenos - e de difícil mastigação - que, para evitar os engasgos, não devem ser dados às crianças: passas, balinhas e pipocas, por exemplo (são perigosos até os três anos).

O incentivo a uma alimentação saudável
A pediatra Thatiane Mahet, por sua vez, fala sobre a oferta de alimentos tendo como parâmetro a idade da criança. Ela especifica que até os 6 meses a alimentação deve ser composta apenas pelo leite materno, lembrando que em tal fase outros alimentos podem fazer mal ao bebê, como os tradicionais chás, passíveis de provocar diarreia e, ainda, leite de vaca in natura.

A médica indica o que deve fazer parte da alimentação complementar aos 6 meses: frutas, legumes, verduras, carboidratos (arroz, macarrão, batata) e leguminosas (feijão, por exemplo).

Mais alertas
Thatiane Mahet também ressalta que, nessa fase, devem ser evitadas frituras (todos os alimentos devem ser cozidos ou assados), já que estas são grandes fontes calóricas e sua ingestão sem moderação pode levar a problemas de saúde. A pediatra ressalta aí que o acúmulo desta gordura em vasos do corpo pode, inclusive, aumentar o risco de acidentes vasculares na fase adulta.

O "petit suisse cor-de-rosa" faz mal?
E a médica faz o grande alerta dos pediatras para esse período: a contraindicação para a ingestão de açúcares. Thatiane Mahet aconselha aos pais não darem chocolate, por exemplo, às crianças nos primeiros tempos. Ela destaca a sua ação nociva, devido ao excesso de calorias e à alta concentração de açúcar para uma criança antes de 1 ano. A pediatra lembra, ainda, o fato de alguns chocolates terem em sua constituição leite de vaca in natura, que, rigorosamente, não deve entrar na dieta do bebê no primeiro ano. Pelo mesmo motivo - e por conter muitas calorias para tolerância em certa fase -, a médica desaconselha a oferta do "queridinho das crianças" petit suisse com polpa de frutas antes de 2-3 anos.

Substituição de alimentos nocivos por opções saudáveis
Thatiane acredita que a melhor substituição se dê por meio de itens naturais semelhantes. Exemplificando: um refrigerante pode ser substituído por sucos de frutas ou mates (sendo que mates não devem ser oferecidos à criança antes de 2-3 anos); um doce pela fruta predileta da criança, e assim por diante. Ela sugere essa tática da troca como melhor alternativa para o caso. Como Daniel Becker, ela acredita que proibir algo aos pequenos nessa era globalizada, de tanta oferta e informação, não é uma boa ideia. E arremata: "A palavra-chave em alimentação infantil é equilíbrio. Todos os alimentos - com algumas exceções e respeitando-se as diferentes fases - podem ser oferecidos aos pequenos, desde que com moderação: uma criança de 4 anos, por exemplo, pode comer uma pizza ou um hambúrguer de vez em quando, porém sua alimentação nos outros dias precisa ser saudável".

 

Sayonara Salviol

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014


05/02, DIA NACIONAL DA MAMOGRAFIA:

APESAR DA ORIENTAÇÃO DO GOVERNO, EXAME AOS 40 ANOS É FUNDAMENTAL

Em 05 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional da Mamografia. Neste ano, porém, não há motivos para comemorar. Em 12 de novembro de 2013, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que dificulta o acesso de mulheres entre 40 e 49 anos ao exame mamográfico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantido por lei desde 2008. A prioridade para a realização desse exame passa a ser apenas para mulheres entre 50 e 69 anos. Quanto mais cedo o tumor é detectado, maior a chance de cura. “A mamografia de rastreamento anual é muito importante para que a doença seja identificada antes de a pessoa sentir o nódulo pela apalpação. O diagnóstico precoce é a maneira mais eficiente de preservar a vida em casos de câncer de mama”, resume a médica mastologista Maira Caleffi, presidente voluntária da Federação Brasileira de Entidades Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – FEMAMA. 

Queimadura solar merece atenção e cuidados especiais

Queimaduras podem favorecer o aparecimento do câncer de pele e devem ser evitadas

Que a superexposição à radiação ultravioleta (UV) dos raios solares pode causar queimaduras na pele a maioria das pessoas já sabe. O que muitos desconhecem é que a queimadura solar, a longo prazo, pode contribuir para o desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, alguns cuidados são importantes durante o verão e a prevenção é fundamental.

De acordo com Dra. Carolina Marçon, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, "essa condição ocorre quando a radiação UV incidente excede a capacidade de proteção da melanina da pele. As concentrações deste pigmento variam bastante entre as pessoas. Pessoas de pele escura têm mais melanina do que aquelas de pele mais clara. Consequentemente, a incidência de queimadura solar em indivíduos de pele escura é menor". A dermatologista explica que tipicamente há uma vermelhidão inicial na pele, seguida por vários graus de dor, ambos proporcionais em severidade à duração e intensidade da exposição. "Após a exposição, a pele pode ficar vermelha em duas a seis horas. A dor geralmente é mais forte de 6 a 48 horas depois da exposição. A queimadura continua a se desenvolver por 24 a 72 horas seguida por uma descamação da pele em três a oito dias. Descamação e coceira podem continuar a ocorrer durante várias semanas."

Os sintomas mais comuns da queimadura solar incluem fraqueza, dor, edema, coceira e/ou escamação da pele, náusea e febre. As queimaduras solares podem ser de 1º ou 2º grau e em casos mais sérios pode haver o aparecimento de bolhas que necessitará de cuidados médicos. Dra. Carolina ressalta que uma vez que a pele já sofreu a queimadura solar, nada sera capaz de reverter o prejuízo imposto à pele. "Todo e qualquer tratamento visa apenas o alívio dos sintomas. Ao contrário do que algumas propagandas divulgam, não adianta nada passar hidratantes depois de se queimar com a promessa de manter a pele bonita. O hidratante apenas trará conforto e alívio para a sensação de ressecamento que se segue, mas o mal já está feito, e mais um degrau do envelhecimento cutâneo foi subido." 

A queimadura solar pode ser evitada por meio da prática de medidas adequadas de fotoproteção e com a limitação do tempo de exposição solar, especialmente durante o período de 10h às 16h. A médica reforça também que é recomendável consultar o índice de UV para determinar o nível de proteção que é necessária. "Boas formas de proteção incluem ouso de camisas de manga longa, chapéus com abas, bonés e sombrinhas quando ao sol, além do uso de protetores solares. O filtro solar deve ser reaplicado a cada duas ou três horas e deve-se aplicar de 15 a 30 minutos antes da exposição solar. Outro método de proteção são as roupas de proteção solar que são um conceito relativamente novo nos Estados Unidos e classificadas através do Fator de Proteção Ultravioleta. Semelhante à graduação FPS dos filtros solares, uma vestimenta com FPU 30 bloqueia 96.7% dos raios UV." 

Uma vez que a pele já sofreu a queimadura, nada sera capaz de reverter a ação prejudicial causada pelo sol. De qualquer forma, em caso de queimaduras solares intensas, algumas medidas podem ser tomadas para diminuir a dor e a incômoda sensação de calor: 

  • Para combater o calor use o frio: banhos frios de imersão oferecem bastante alívio;
  • Produtos refrescantes e calmantes contendo calamina, cânfora, mentol, azuleno e aloe vera podem auxiliary a diminuir a sensação da pele queimada;
  • Para a face, compressas frias com chá de camomila fraco podem ajudar;
  • Casos mais intensos podem necessitar de corticosteroides de uso tópico associados a alguns tipos de antiinflamatórios e analgésicos. Estes medicamentos devem ser indicados por um médico dermatologista de acordo com cada caso;

Nunca queimar novamente a pele que acabou de descascar: se acabou de descascar, proteja-se intensamente do sol, pois a pele descascada está mais fina e muito mais sensível. O dano causado será ainda maior do que o normal. Se você está de férias, já descascou e quer voltar à praia, use filtros solares de alta proteção, preferindo os bloqueadores solares que contenham filtros físicos (deixam a pele encoberta).

 

Carolina Marçon - dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


No Dia Contra o Câncer, cigarro segue como vilão


 

 

O tabaco é a principal causa de morte evitável do mundo, mas o fumo continua fazendo vítimas. Nesta terça-feira (4/2), Dia Mundial Contra o Câncer, mais uma vez o fumo será apontado entre os motivos para o maior número de casos da doença no Brasil e no mundo, ao lado do envelhecimento da população, das mudanças na alimentação e da falta de exercícios físicos.

 

A Organização Mundial da Saúde, em relatório divulgado esta semana, calcula que os casos de câncer devem duplicar nos próximos 20 anos, em todo o mundo. Segundo a "Estimativa 2014 - Incidência de câncer no Brasil", do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), devem surgir 576.580 novos registros da doença no país este ano. 

 

O maior causador de câncer de pulmão continua sendo o cigarro, que confere um aumento do risco em até 30 vezes, mas o problema pode se agravar com a poluição atmosférica.

 

“Para quem fuma ou vive perto de pessoas que fumam, o fato de saber que, além do risco do tabagismo, está exposto à poluição do ar externo deve ser um motivo a mais para se esforçar para abandonar o cigarro”, explica o oncologista Cristiano Duque, do Inca.

 

A oncologista Sabrina Chagas aposta na mudança de hábitos como a melhor prevenção. “O abuso do fumo deve ser evitado porque os males que causa são amplamente conhecidos. O papel da rede de saúde é ajudar o fumante a largar o vício antes que as doenças se instalem”, diz a médica da Oncoclínica, no Rio de Janeiro.

3º evento para adoção de cães acontece dia 09/02 no MorumbiShopping
Centro de compras promove nova parceria com AMPARA Animal em prol de cães abandonados
O MorumbiShopping, em parceria com a AMPARA Animal, realiza no próximo dia 09 de fevereiro a terceira edição do evento para adoção de vira-latas. A ação tem como objetivo transformar a realidade desses cães, que hoje vivem em abrigos. O evento estará aberto ao público das 11h às 15h no estacionamento do piso G4.

As pessoas interessadas em adotar um cão deverão levar documento e comprovante de residência, passarão por uma entrevista com os responsáveis pela organização, e serão instruídas sobre cuidados e procedimentos necessários com o mascote. Devem também pagar a taxa simbólica de adoção de R$100, que será revertida em doação para a ONG, que estimula a adoção consciente.

   3ª edição do evento de adoção de cães no MorumbiShopping:
  Data: 09 de fevereiro de 2014, das 11h às 15h
Local: Estacionamento do Piso G4, próximo à Cia Athletica
Como adotar: Cópia do RG, CPF, comprovante de residência e pagamento da taxa de adoção no valor de R$ 100, que será revertida integralmente à ONG.
Av. Roque Petroni Jr., 1089 - São Paulo/SP
 
 
 

Fevereiro marca Dia Mundial do Câncer e Dia Nacional da Mamografia

 

Mais de meio milhão de casos devem surgir no país em 2014

 

No mês de fevereiro são lembradas duas datas importantes no calendário de saúde brasileiro: 4/2 é o Dia Mundial do Câncer e, em seguida, 5/2 é o Dia Nacional da Mamografia. As datas têm como objetivo conscientizar a população sobre a importância de adotar medidas que podem prevenir a doença, como seguir hábitos saudáveis, além de alertar para o fato de que a realização periódica de exames permite o diagnóstico e tratamento precoces.

 

O câncer, também chamado de neoplasia maligna, é o nome de um grupo de mais de 100 diferentes doenças. São células anormais que se dividem e proliferam de maneira desorganizada e descontrolada, adquirindo a capacidade de invadir outras células, tecidos e órgãos. De acordo com o INCA, o Brasil deve registrar 576.580 novos casos em 2014. Depois do cancro de pele, que é o que mais acomete a população brasileira, o de mama é o segundo tipo que registra maior incidência em mulheres, correspondendo a 30% das ocorrências.

 

Entre janeiro de 2011 e maio de 2013, foi o tipo da doença que gerou mais procura pelo tratamento na ala especializada em oncologia do Hospital Paulistano. Levantamento da instituição aponta que 16,8% dos pacientes atendidos neste período foram mulheres com neoplasia mamária e quase 1/4 delas já apresentavam metástase, ou seja, doença em outros órgãos.

 

O câncer de mama é a doença que mais provoca morte entre as mulheres no mundo, por isso o diagnóstico precoce é fundamental. “A mamografia é um exame de rastreamento que detecta lesões e deve fazer parte da rotina feminina. Quanto antes a lesão for encontrada, maior a chance de sucesso no tratamento para recuperação”, afirma Mariana Laloni, oncologista do Hospital Paulistano. Passados cinco anos da constatação da doença, a sobrevida média é de 61% na população mundial.

 

Para 2014 estão previstos 57.120 casos de câncer de mama no país. As pacientes de alto risco, que possuem histórico familiar, devem começar a fazer a mamografia entre 30 e 35 anos, as demais podem começar a monitorar a partir dos 40. “Em ambas as situações o exame deve ser realizado anualmente”, recomenda a médica.

 

Dicas para se proteger do câncer*

 

Alimentação saudável protege contra o câncer. Deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores.

 

Pratique atividades físicas como parte da rotina diária. A atividade física consiste na iniciativa de se movimentar, de acordo com a rotina de cada um. Algumas alternativas são caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim.

 

As mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo ginecológico a cada três anos. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado e seguir as orientações médicas.

 

Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. Se for inevitável a exposição ao sol durantea jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

 

*Fonte: INCA

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