Especialista dá dicas de
alimentação, o que fazer em casos de enchente e com a higiene em caso de
contaminação
O
verão é conhecido por suas altas temperaturas, mas também pelas chuvas intensas
que acompanham a estação, trazendo desafios que podem impactar diretamente
nossa saúde. Com o clima quente e úmido, a proliferação do mosquito Aedes
aegypti, transmissor da dengue tende a aumentar, por isso, é importante
redobrar os cuidados com a dengue nesse período.
Porém,
até o momento o cenário está mais controlado do que em 2024. De acordo com o
Ministério da Saúde, em um informe divulgado na última semana, houve uma redução
de 57,9% nos casos de dengue até o momento, em comparação com o mesmo período
em 2024.
Na
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo foram registrados 700 atendimentos
por dengue em de janeiro de 2024, e 401 atendimentos por dengue no mesmo
período de 2025, apontando uma queda de 42,7% no período em questão. O número
de internações pela doença em janeiro de 2024 foi de 119, enquanto no mesmo
período de 2025 foi de 41 internações, uma queda de 65,5%.
Thiago
Piccirillo, clínico geral da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, dá dez
dicas para cuidar da saúde durante esse período quente e úmido, que é típico do
verão.
Beba água: com o calor aumenta-se a perda de líquidos
pelo corpo, o que pode levar à desidratação ou até mesmo à insolação. Por isso,
manter-se bem hidratado, com consumo constante de água, é essencial.
Proteja-se do sol: use roupas leves, aplique protetor
solar e evite a exposição prolongada aos raios ultravioletas, tudo isso
contribui para prevenir queimaduras solares, envelhecimento precoce e o risco
aumentado de câncer de pele.
Fuja de tempestades: durante as chuvas, a recomendação é
evitar ao máximo áreas que possam sofrer com alagamentos. Tempestades costumam
ser previsíveis, então, planejar seus deslocamentos pode ajudar a evitar acidentes.
Evite água de alagamentos: a água acumulada em
enchentes frequentemente carrega bactérias, vírus e parasitas, expondo as
pessoas a doenças como leptospirose, infecções virais e gastrointestinais. Além
disso, é importante lembrar de evitar permanecer embaixo de árvores ou postes
durante tempestades, pois há risco de queda de raios, especialmente em áreas
abertas e descampadas.
Mantenha a higiene: lavar bem as mãos e os pés,
especialmente se houve contato com água contaminada, além de evitar levar as mãos
à boca com a pele úmida ou suja, reduzindo o risco de infecções virais e
bacterianas.
Cuidado com acidentes: o ambiente fica
naturalmente mais escorregadio após muita chuva, aumentando o risco de quedas,
principalmente para idosos. Folhas caídas e superfícies molhadas podem ser
armadilhas perigosas, por isso, é importante redobrar atenção nesses momentos.
Sempre busque ficar em ambientes frescos: tente sempre estar em
ambientes que estejam com a ventilação adequada. Abrir a janela, deixar a brisa
passar é uma alternativa para dissipar o calor. Ar condicionado e ventilador
também devem ser utilizados.
Não faça atividades físicas extremas: reduzir atividades
físicas que demandam muito esforço em dias muito quentes é essencial porque
pode levar a uma hipotensão, um mal-estar, tontura e até desmaio. Então, é
importante dar uma maneirada nessa atividade física mais forte. Se for fazer
exercícios intensos, busque realizá-los em horários alternativos em que as
temperaturas estão mais baixas, como à noite ou bem cedo pela manhã.
Escolha alimentos leves e refrescantes: com relação a
alimentação, opte por refeições mais leves e refrescantes, como frutas e
saladas. Caso vá comer alguma refeição mais consistente, como a feijoada, se
alimente moderadamente para não correr o risco de passar mal.
Não deixe acumular água: o cenário após as
chuvas também exige atenção. É comum que acumulem-se poças d’água, que podem se
tornar criadouros para o mosquito da dengue. Portanto, eliminar esse tipo de
água parada é um cuidado necessário para prevenir a proliferação do Aedes
aegypti.
"Caso
haja qualquer ferimento, como cortes derivados de acidentes em enchentes, é
fundamental higienizá-los bem e observar o surgimento de sintomas como febre,
dores no corpo, diarreia ou vômito, que podem indicar infecções", reforça
o especialista.
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