Nem mesmo as crianças e adolescentes estão livres
de sofrerem algum tipo de dor ortopédica. Possíveis de serem desencadeadas por
fatores variados, qualquer tipo de desconforto nesta faixa etária persistente
por mais de duas semanas deve ser imediatamente investigado, uma vez que a
falta de um tratamento adequado em tempo hábil pode desencadear outros
problemas de saúde e, inclusive, exigir procedimentos cirúrgicos.
Existem diversos fatores emocionais, sociais e de
hábitos de vida que podem ocasionar o surgimento destas dores, principalmente,
considerando os novos costumes das gerações nesta era digital, onde os jovens
costumam ser menos ativos funcionalmente e, com isso, mais propensos a
desenvolverem algum problema ortopédico.
A depender do diagnóstico, é possível seguir com
uma ampla gama de tratamentos para a melhora dos sintomas identificados. Por
isso, é importante que haja um entendimento certeiro do tipo de dor enfrentado
pelo jovem para que, com isso, o médico especialista consiga direcioná-lo para
o cuidado mais recomendado.
Com isso em mente, veja as três dores ortopédicas
mais comuns nessa faixa etária:
#1 Ósseas: as crianças e adolescentes diagnosticadas com dores ósseas costumam
sentir desconfortos mais constantes e que não costumam apresentar melhora com o
tempo – necessitando serem investigadas clinicamente. Alguns dos exemplos mais
comuns são a espondilólise e a espondilolistese, lesão por stress da coluna
vertebral adquirida na infância ou adolescência e um quadro patológico
caracterizado pelo escorregamento vertebral e que, assim como outros problemas
ósseos, precisa ser identificado através de um raio X ou tomografia,
respectivamente.
#2 Musculares: muitas das dores musculares nestes jovens estão associadas a exercícios
físicos feitos sem o devido cuidado ou outros traumas musculares, nos quais o
paciente sente o local dolorido. Essas costumam ser algumas das queixas mais
comuns em centros pediátricos, e precisam de um olhar cuidadoso dos médicos
especialistas para identificar o tratamento a ser seguido, principalmente, caso
venham a ocorrer com mais frequência.
#3 Articulares: também muito frequentes em crianças e adolescentes, essas dores podem
derivar de traumas, excessos ou variantes de desenvolvimento – antigamente
conhecidas como “dores do crescimento”. Mais comuns de se manifestarem nos
joelhos ou ombros, por exemplo, a falta de cuidado em tempo hábil destes
desconfortos pode ocasionar em condições mais crônicas ou outros problemas mais
graves, o que exige uma investigação veloz a fim de que crianças e adolescentes
tenham seu funcionamento físico prejudicado.
À priori, qualquer sintoma visto nestes jovens deve
ser, imediatamente, investigado com o intuito de prosseguir com o melhor
tratamento, afastando qualquer possibilidade de avanço para quadros mais
preocupantes. Em muitos casos traumáticos, como exemplo, é possível se
recuperar evitando atividades e exercícios de alto impacto, necessitando de
procedimentos cirúrgicos apenas em diagnósticos mais avanços.
Ainda, em situações de dores na coluna, a
fisioterapia, fortalecimento do core, pilates e RPG costumam ser muito indicados
para esses jovens, com alta probabilidade de controlarem uma possível piora
para desvios mais acentuados. Mas, tudo isso dependerá de uma avaliação
imediata pelos médicos especialistas a qualquer sinal de desconforto, para que
seja possível descobrir a causa do problema e como tratá-lo adequadamente.
Dr. Carlos Eduardo Barsotti - cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. Com mais de 19 anos de experiência na área, é um dos poucos profissionais do país a realizar intervenções de alta complexidade, principalmente na correção de escoliose. https://drcarlosbarsotti.com.br/
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