O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Segundo outro estudo, considerando o investimento do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos, os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões **.
Pensando em reduzir boa parte destes
gastos investidos pelo SUS, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e
Obesidade, em parceria com: Associação Botucatuense de Assistência ao
Diabético, com a ADJ Birigui e com a Associação dos Diabéticos de Cambuí-MG
promovem o Projeto Educar para Salvar. A iniciativa visa capacitar os
profissionais de saúde e atendentes de quatro Departamentos Regionais de Saúde
de São Paulo. A primeira edição ocorreu em Araçatuba, no dia 21 de junho e a
segunda em São José do Rio Preto, nos dias 30 e 31 de outubro, a terceira em
Capão Bonito e Votoratim, nos dias 22 e 29 de novembro.
A
quarta edição será dividida em quatro cidades paulistas para conseguir reunir
os profissionais de saúde. O primeiro dia será em 4 de dezembro, das 8h30 às
12h20, no Auditório da Secretaria de Educação, localizado na Rua Bruno
Sargiani, 100, em Atibaia. O segundo dia será em 5 de dezembro, das 8h às 12h,
na Centro de Convivência do Idoso, localizado na Rodovia Romildo Prado, km1, em
Louveira. O terceiro será no dia 6 de dezembro, das 13h às 17h, no Auditório do
Centro de Convenções do Circuito das Águas, localizado na Rua Nossa Senhora do
Rosário, 630, na Estância Suíça, em Serra Negra. E por fim, dia 7 de dezembro,
será das 8h às 12h, na UnaspHt, localizada na Rua Pastor Hugo Gegembauer, 265,
Parque Ortolândia, em Hortolândia.
Um estudo não muito recente, mas que na
prática os dados não fogem muito da realidade brasileira é: Prevalência e Correlações do
Controle Glicêmico Inadequado: resultados de uma pesquisa nacional em 6.671 adultos com diabetes no
Brasil. Os dados mostram que o controle glicêmico inadequado foi de
uma média de 76%, sendo que 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e 73% em
indivíduos com diabetes tipo 2.
Nesta edição, o projeto contará com a
participação das médicas Katia Ramalho Hori, especialista em medicina de
Família e Comunidade, da endocrinologista Vanessa Montanari; Claudia Terensi,
enfermeira e educadora em diabetes; e Hianka Reis, biomédica e educadora em
diabetes.
“Nós sabemos que o diabetes é uma condição que
requer acesso aos insumos e aos medicamentos, tratamento multidisciplinar com
profissionais devidamente capacitados e educação em diabetes para as pessoas,
que convivem com a condição. Por isso, sabemos que se conseguirmos capacitar os
profissionais, que estão na linha de frente com os pacientes, melhoraremos a
adesão ao tratamento e, assim, diminuiremos os gastos do SUS com complicações e
internações”, explica Claudia Terensi, enfermeira, gerente da ADJ Birigui e
membro da Coalizão Vozes do Advocacy.
A
iniciativa conta com o apoio da empresa Novo Nordisk.
Sobre a Coalizão
Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade
Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.
Mais
informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.
Referências:
*Federação
Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/
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