Percentual de
pacientes atendidos no pronto-socorro com a doença hoje é de 21%, contra 37% em
julho, último pico da doença, indica pesquisa Anahp
Uma pesquisa realizada pela Anahp (Associação
Nacional de Hospitais Privados) com seus associados revela um aumento de 140%
no aumento de casos de Covid-19 nos hospitais privados em novembro. Além do
vírus, outras síndromes gripais também mostraram elevação de 78%.
Ao comparar o período atual com o último pico, registrado em julho, o
percentual de atendimentos para Covid-19 no pronto-socorro dos hospitais está
em 21%, contra 37% naquele mês.
Em relação ao agravamento da doença, o resultado obtido na comparação entre as
duas ondas mostra que ambas tiveram um comportamento similar, já que o
percentual de pacientes que evoluíram para internação foi de 14% em novembro
contra 13% em julho.
De acordo com Camila Almeida, infectologista do Hospital e
Maternidade Santa Joana, atualmente, os casos de contaminação por Covid-19
são causados pela variante conhecida como BQ.1, que é uma sublinhagem da
Ômicron, responsável pela onda de julho.
“Até o momento, não há dados que demonstrem uma maior gravidade da doença
devido à infecção pela BQ.1. Está sendo observado aumento de hospitalizações e
de internações em UTI, mas ainda inferior a períodos anteriores. Os sintomas
têm sido leves, com quadro de coriza, febre, dor de garganta etc. Os pacientes
que estão sendo internados são aqueles com comorbidade e idosos”, explica a
especialista.
Outro dado interessante obtido por meio da pesquisa é o aumento também de casos
de síndromes gripais nos hospitais, já que 78% das entidades associadas à Anahp
relataram o crescimento da procura por atendimento médico.
Conforme a infectologista, as ocorrências de casos gripais nesta época de fim
de ano refletem uma mudança de sazonalidade, já que o histórico é de circulação
do vírus entre fevereiro e julho. Para Camila, a mudança de comportamento deve
estar atrelada às flexibilizações de medidas preventivas, como a não-utilização
de máscara.
“Outros vírus também estão circulando no momento, como o VSR (Vírus Sincicial
Respiratório), levando também a um aumento da procura de atendimentos por quadros
respiratórios.”
Abaixo os resultados obtidos:
Pergunta |
Novembro |
Julho |
Qual foi o
percentual de aumento do número de casos de Covid? |
140% |
95% |
A sua
instituição percebeu aumento do número de casos de síndromes gripais? |
78% (sim) |
76% (sim) |
Indique o
percentual de atendimentos de PS relacionados a síndromes gripais |
23% |
81% |
Indique o
percentual de atendimentos de PS relacionados à Covid-19 |
21% |
37% |
Dos
pacientes internados por Covid via PS, qual percentual de pacientes foi
encaminhado para UTIs? |
14% |
13% |
Indique o
percentual de atendimentos de PS relacionados a síndromes gripais que geraram
internação |
8% |
8% |
Ações como uso de máscara, higiene das mãos e
distanciamento de pessoas sintomáticas continuam sendo primordiais para reduzir
os riscos de contágio, destaca Camila.
A especialista reforça também que a vacinação é fundamental neste contexto e
atualizar o esquema vacinal é de suma importância. “Devido às frequentes
mutações do vírus da Covid-19, provavelmente, continuaremos registrando ondas
da doença, pelo menos durante um tempo”, finaliza.
Essa pesquisa faz parte da publicação Indicadores
Hospitalares Anahp do mês de novembro de 2022. Para conferir o
conteúdo na íntegra acesse aqui.
Anahp - Associação Nacional de Hospitais Privados
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Facebook (@anahpbrasil)
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