Prático, durável e saudável, pão industrializado dispara 20% em dois anos
Neste domingo (16) é o Dia Mundial do Pão e haja fermento para dar conta
de tanto crescimento! Classificado como 'extraordinário' e 'espetacular' por
analistas de mercado, a disparada do setor de pães industrializados entre 2019
e 2021 se tornou um movimento consolidado na escolha dos consumidores.
A presença de pães industrializados na mesa do
brasileiro resistiu à alta da inflação, dos combustíveis, à Guerra na Ucrânia
que afetou o trigo e aos impactos no comércio por conta da pandemia. É isso que
mostra o levantamento feito pela Kantar WorldPanel encomendado pela Associação
Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos
Industrializados (ABIMAPI).
Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI
explica que os produtos que atendem a ocasião de consumo mais familiar sofreram
menos em 2021, mas especialmente a categoria de pães industrializados foi a que
mais cresceu durante a pandemia.
De acordo com a ABIMAPI, em 2019 foram consumidas
541 mil toneladas de pães industrializados no Brasil, no ano seguinte o total
subiu para 612 mil toneladas e finalmente em 2021, as indústrias de pães
movimentaram um total de R$ 9,5 bilhões – receita 18,4% a mais que em 2020 (R$
8,1 bilhões) – resultante da venda de 648 mil toneladas de produtos, com
crescimento de 5,9%.
A ampliação da variedade de pães industrializados
foi decisiva para que a categoria ganhasse espaço no mercado. Outros dois
fatores fundamentais foram a disponibilidade dos produtos, com o fechamento das
padarias, e o aumento da longevidade, estendendo a data de validade do
queridinho das despensas.
Os dados da Kantar apontam que em 2021 o grande
destaque foram as bisnaguinhas, a categoria cresceu 7% em volume e registrou um
aumento super expressivo em penetração, de 44% dos lares para 48%. “Este tipo
de pão atende principalmente as famílias com crianças, com a volta às aulas”,
pontua Zanão.
Já os pães tradicionais (pão de forma branco)
representam maior parte do volume e valor da categoria e são os que mais
contribuem para alta de 6,1% em valor do total pães. A classe D/E aumentou o
consumo de pães no período e contribui positivamente em volume. Quanto a faixa
etária, os shoppers de 50+ mantém-se como principais.
Entre as regiões mais importantes para o volume da
categoria como um todo estão Sul (19%), Leste+IRJ (17%) e Gde. SP (19%). Quando
analisados os canais de compra, os supermercados perdem espaço para varejo
tradicional e atacarejos, mas mantém-se como principal canal.
Ao longo de 2021 e neste ano, o consumidor acabou
buscando soluções mais práticas, como o pão de forma. "O brasileiro, nos
primeiros meses de pandemia, cozinhava mais, mas isso não durou muito. Passados
os primeiros meses e percebendo que a situação era mais crítica, ele voltou a
buscar praticidade", explica Zanão.
Até o final deste ano a expectativa é de um
crescimento médio de 3% a 4% em volume e de 6% a 7% em faturamento. “Começamos
2022 com sinais de reaquecimento da economia proporcionado pela vacinação,
porém o brasileiro ainda enfrenta os impactos econômicos trazidos pela
pandemia”, conclui Claudio Zanão.
ABIMAPI
Nenhum comentário:
Postar um comentário