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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Sabará Hospital Infantil é referência em diálise peritoneal em crianças

Procedimento é aplicado em pacientes com DRC e que estão à espera de transplante



Promovida pela Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), a campanha nacional intitulada “Vidas importam, a diálise não pode parar”, tem no dia 25 de agosto o Dia D da Diálise Peritoneal, que tem como objetivo reivindicar melhorias para as clínicas de diálise de todo o Brasil.

 

A diálise peritoneal pode ser realizada em todas as faixas etárias desde recém-nascidos e crianças pequenas, que têm baixo peso e que nascem com problemas congênitos dos rins e do trato urinário, ou nos bebês que apresentaram insuficiência renal aguda no período neonatal. Entre as principais doenças complexas que precisam da Diálise Peritoneal estão as doenças renais crônicas (DRC) em estágio terminal.

 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, de cada 10 crianças que são tratadas com diálise ou transplante, cinco são portadoras de alguma doença cuja primeira manifestação foi infecção urinária.

 

De acordo com a Dra. Maria Cristina Andrade, coordenadora do departamento de nefrologia do Sabará Hospital Infantil, “as crianças prematuras, que nascem com baixo peso ou possuem algum tipo de doença congênita, como doença no coração podem vir a desenvolver doença renal crônica. E ainda tem aqueles que já apresentam, desde o exame de ultrassom pré-natal alguma alteração no funcionamento dos rins e vias urinárias”, explica a nefrologista.

 

A Diálise também é indicada para as crianças que estão no aguardo de um transplante renal pediátrico. O transplante é o tratamento de escolha para quem tem rins que pararam definitivamente de funcionar pelos inúmeros benefícios a longo prazo, como no crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida. Mas, por ser um tratamento, e não a cura da doença, tem complicações e dificuldades que precisam ser manejadas. E o transplante renal em crianças, tem desafios especiais.  "É essencial termos essa expertise quando falamos de crianças muito pequenas. A duração do rim é imprevisível, mas em média, cerca de 10 a 15 anos, então temos que pensar no futuro. Quanto mais bem-sucedido for esse primeiro transplante, melhor”, explica a Dra. Luiza do Nascimento Ghizoni Pereira, especialista em transplante renal do Sabará.

 

O Sabará Hospital Infantil, especializado no atendimento pediátrico, oferece acompanhamento ambulatorial 24 horas para o paciente em terapia dialítica, com a presença de uma equipe multidisciplinar formada por nefrologistas, pediatras, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos. Além disso, contamos com uma equipe composta por mais de 32 especialidades que formam uma rede de apoio multiprofissional adequada ao quadro de cada criança. Há também a continuidade do cuidado, que é realizado pela equipe de enfermagem por telemedicina, a fim de saber como está adaptação à terapia dialítica, com o fornecimento de orientações sobre uso do cateter e uma avaliação geral do estado da criança, assegurando todo o cuidado especial com que são tratados os pacientes com doença renal crônica e seus familiares. 

“É importante destacar que os pacientes que têm DRC ou alguma outra malformação congênita que necessite da diálise peritoneal automatizada aprendem a realizar o procedimento em casa, o que traz muito mais conforto e comodidade à criança e à família. Além disso, por meio da Diálise Peritoneal, a criança consegue ter uma vida social, permitindo que ela frequente a escola e mantenha suas atividades normais e à noite, sob os cuidados da família realiza a terapia dialítica, dando prosseguimento ao tratamento”, explica Dra. Maria Cristina.

 

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