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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Cânceres que atingem exclusivamente o público masculino surgem de forma silenciosa

Pesquisas mostram que homens não costumam ir ao urologista com frequência. Especialistas afirmam que prevenção é o melhor remédio


Quando o assunto é cuidado com a saúde, as mulheres estão muito à frente dos homens. Segundo a pesquisa “Um Novo Olhar Para a Saúde do Homem”, realizada pelo Instituto Lado a Lado, em parceria com a revista Veja Saúde e apoio da Astellas Farma Brasil, cerca de 59% dos entrevistados afirmaram que não costumam ir ao urologista com regularidade. Especialistas apontam que os índices de mortalidade precoce poderiam diminuir, caso esse público procurasse por assistência médica com mais frequência. “Realizar exames preventivos não quer dizer que você irá encontrar alguma doença, mas sim, que se encontrar, ela, provavelmente, estará em um estágio inicial e o tratamento será menos agressivo”, comenta João Vitor Campos, médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília. 

Doenças hepáticas, cardiovasculares e cânceres de pulmão, próstata e testículo estão entre os principais problemas de saúde que afetam o sexo masculino. Dentre os mais graves, os tumores que aparecem exclusivamente nos homens costumam surgir de forma silenciosa, onde os sintomas só aparecem quando chegam a estágios mais avançados. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres de pênis e testículo costumam ser raros, mas o de próstata é o segundo mais comum entre os homens, correspondendo a cerca de 29,2% dos casos. “A falta de informação e, em alguns casos, o preconceito são algumas das razões que levam os homens a deixarem de lado as consultas e procedimentos simples, indolores e fundamentais”, afirma o médico do ICB.

João Vitor comenta que os pacientes devem ficar atentos às mudanças no corpo. “Dificuldade para urinar, surgimento de nódulos e feridas são alguns dos principais sintomas desses tumores”, ressalta. “Um check-up completo e a visita de rotina ao urologista são determinantes para detectar precocemente as doenças, que são tratáveis e curáveis”, afirma o médico. Após o diagnóstico, o tratamento, geralmente, é feito com cirurgia, radioterapia, quimioterapia e controle clínico, a depender do estágio em que o câncer está. “Junto com o seu médico, o paciente pode definir o procedimento mais adequado e que atinja as maiores chances de cura”, finaliza.  

 

Instituto de Câncer de Brasília - ICB


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