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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Canais infantis dominam o YouTube no Brasil, aponta pesquisa

Levantamento da B2Gether junto à base de dados do site estatístico Social Blade mostra os 10 canais mais influentes do YouTube no Brasil atualmente 

 

Os canais voltados para o público infantil são os mais influentes no YouTube Brasil. É o que mostra um levantamento realizado pela B2Gether, empresa especializada em operações de câmbio para monetização de creators, streamers e influencers que atuam em plataformas digitais.

Com base no ranking do Social Blade, site estatístico que compila informações do YouTube e de outras redes sociais, a pesquisa aponta os 10 canais mais influentes na plataforma de vídeos do Google atualmente. As informações são referentes ao mês de julho deste ano.

Entre os canais top 10 no ranking, sete têm como público-alvo crianças e pré-adolescentes. Ou seja, as páginas infantis são maioria entre as mais influentes, de acordo com as análises e critérios do Social Blade.

Para medir o nível de influência, o site considera diferentes indicadores, como a contagem média de visualizações, a quantidade de widgets de “outro canal” listados, o número de inscritos, entre outras métricas.

Mas é importante destacar que o número de visualizações e de inscritos não são os únicos fatores analisados. Eles são ponderados com outros indicadores para aferir o grau de influência e para formar a nota de um canal na plataforma.

A lista dos canais mais influentes é formada, respectivamente, pelas seguintes páginas: 1) Spider Slack, 2) Maria Clara & JP, 3) Bolofofos; 4) Mundo Bita, 5) Galinha Pintadinha, 6) Natan por Aí, 7) Henrique e Juliano, 8) Jooj Natu, 9) Gusttavo Lima Oficial e 10) Enaldinho.



Segundo o CEO da B2Gether, Diego Zia, que é especialista em serviços de câmbio para monetização no ambiente online, os canais que criam conteúdo infantil no YouTube se tornaram um instrumento dos pais tanto para entreter quanto para educar as crianças, o que pode explicar a grande quantidade de visualizações e inscritos.

“Hoje em dia, os pais utilizam muito a plataforma de vídeos para entreter seus filhos com desenhos, brincadeiras, jogos e músicas. Por mais que haja conteúdo para todas as faixas etárias no YouTube, não me surpreende ver esses canais se destacarem em termos de audiência e engajamento”, pontua.


Modelo de negócio rentável

Não é à toa que o Brasil é repleto de influenciadores digitais: são mais de 500 mil, segundo dados recentes da Nielsen Media Research — o País tem mais influencers do que dentistas (374 mil) e engenheiros civis (455 mil).

Quem decide embarcar na profissão de criador de conteúdo em plataformas como o YouTube tem como uma das motivações a remuneração em dólar, que é bem mais valorizada do que o real. Esse fator torna os pagamentos muito atrativos para os brasileiros.

Conforme mostra a pesquisa da B2Gether junto ao Social Blade, estima-se que um canal como o Spider Slack, por exemplo, pode ganhar US$ 2,7 milhões por ano, o que corresponde a mais de R$ 14 milhões na conversão atual.

Esse valor se trata de uma estimativa calculada pelo Social Blade, com base no CPM (custo por mil impressões) baixo, que representa US$ 0,25 e é multiplicado pela quantidade de visualizações diárias.  O cálculo é feito a partir da hipótese de que todas as visualizações do canal sejam monetizadas, o que não acontece geralmente.

Em relação à carreira de produtor de conteúdo, Zia destaca outro ponto importante: “as informações sobre os ganhos são animadoras, mas é preciso enfatizar que não são todos os criadores de conteúdo que ganham essas cifras e que têm sucesso”, observa.

O CEO da B2Gether também lembra que é preciso atingir os pré-requisitos das plataformas para monetizar, criar conteúdo de forma recorrente e de qualidade, além de conquistar o engajamento da audiência.

“A vida de influenciador digital não é nada fácil. É preciso ter muito planejamento, disciplina, criatividade e conseguir um alcance absurdamente alto de pessoas. Prestamos serviços para vários creators e streamers que produzem conteúdo online e dá para ver o quanto o trabalho deles é difícil”, afirma. "Mas, sem dúvidas, é mais uma possibilidade de gerar renda e ascenção social que muitas pessoas têm buscado, além de difundir conteúdo autoral e trabalhar com o que se gosta. O bacana da internet é isso, ela abre espaço para todos se comunicarem e fazer essa comunicação virar negócio", completa.

 

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