Especialista da
Luandre RH explica o cenário e aponta benefícios e desafios da modalidade
O home office, antes uma opção em poucas empresas,
precisou ser adotado como medida de segurança durante a pandemia para os
profissionais que não precisavam, necessariamente, trabalhar de forma
presencial.
No Brasil, 41% das empresas adotaram a política de
trabalho remoto, segundo dados do Fundação Instituto de Administração (FIA), a
fim de preservar o distanciamento social no período. Agora, com a vacinação e a
reabertura gradual de escritórios, os gestores começam a se atentar a uma nova
possibilidade: o trabalho híbrido, onde o colaborador trabalha alguns dias de
casa e outros na empresa.
Alguns estudos, como o levantamento global
realizado pela Accenture, em 19 países*, indicam que o trabalho híbrido é sim
uma opção para o pós-pandemia.
“Para a empresa, com o home office, houve redução
de custos porque boa parte da infraestrutura de um escritório passa a ser
desnecessária. Muitas, aliás, aderiram a esquemas híbridos de trabalho, em
forma de rodízio, e uso de coworkings”, afirma Gabriela Mative, superintendente
de seleção da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país.
A especialista ressalta que mesclar o trabalho
presencial com o home office pode ser benéfico para todos - “desta forma a
companhia mantém a cultura da empresa, mas consegue deixar os colaboradores
alguns dias da semana em home office, agregando qualidade de vida e aumento da
produtividade”.
Período de teste
Assim como o trabalho remoto foi sendo inserido em
empresas repentinamente – algumas só o adotaram no ano passado -, o trabalho
híbrido também é algo novo para muitas e precisará de um período de testes para
ser avaliado como solução definitiva nas companhias.
Embora o colaborador seja beneficiado ao evitar o
desgaste de deslocamento, uma pesquisa da Accenture apontou que, para 46% dos
colaboradores entrevistados, será mais difícil colaborar quando alguns colegas
estão no mesmo local e outros, distantes.
“No modelo 100% Home Office, que funcionou durante
a pandemia, as empresas começam a perceber que questões como a cultura, o
relacionamento entre os colaboradores e até a dificuldade entre separar o lado
pessoal do profissional são fatores que pesam, dando mais força para este
modelo híbrido. Esta é uma tendência bem forte”, afirma Fernando Medina, CEO da
Luandre RH.
A integração com a equipe, em tempos de pandemia,
se faz necessária mesmo de forma remota. “O benefício do trabalho híbrido é não
perder essa conexão entre os profissionais e deixar as tarefas mais
operacionais para os dias em que estão em home-office” explica Gabriela.
Segundo a especialista, a condição para que os
colaboradores se mantenham motivados independe se estão de forma presencial ou
híbrida – “resultados positivos dependem da estrutura organizacional, ou seja,
se esses profissionais têm um suporte da empresa em saúde mental e autonomia de
trabalho, por exemplo”, conclui.
Luandre Soluções em Recursos Humanos
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