Decisão
de incorporação pela Conitec acontece após Consulta Pública que contou com a
participação de sociedade civil e médica
A Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS (CONITEC) anunciou a recomendação favorável para a incorporação de
UPTRAVI® (selexipague) no Sistema Único de Saúde (SUS). O início da
disponibilização da medicação pelo governo pode ocorrer em um prazo de até 180
dias. A terapia da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, é indicada
para pacientes adultos com Hipertensão Arterial pulmonar (HAP) em classe
funcional 3 A HAP é uma doença rara, grave e progressiva, que atinge cerca de 5
mil brasileiros, principalmente indivíduos jovens, predominantemente mulheres a
partir dos 30 anos e homens com mais de 40.
"A ampliação do arsenal terapêutico é uma
grande vitória para pacientes que terão acesso de forma gratuita a mais uma
opção terapêutica para o tratamento da doença trazendo benefícios para o
controle da HAP e a retomada da qualidade de vida" explica o Dr. Caio
Fernandes, pneumologista da Universidade de São Paulo (USP).
A HAP não tem cura, mas os tratamentos podem
melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente, além de conter o avanço
da doença. As terapias tradicionais incluem abordagens convencionais, como a
oxigenoterapia (oxigênio extra para elevar os níveis do paciente a patamares
saudáveis), e medicamentos anticoagulantes, diuréticos e/ou vasodilatadores .
Os avanços no tratamento têm se concentrado na
terapia combinada. O uso de medicamento atua em uma nova via para dilatar as
artérias pulmonares e facilitar a função do coração de bombear sangue, como é o
caso do UPTRAVI® (selexipague), tem melhorado os sintomas, reduzido a
morbimortalidade em 40% e retardado a progressão da doença em 15%.
Aprovado desde 2018 pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento de uso oral age seletivamente,
mantendo sua eficácia por mais tempo e reduzindo a chance de eventos adversos.
De acordo com estudos realizados pela Janssen, 85% dos pacientes mantiveram ou
melhoraram o status de risco após 1 ano de tratamento e 76% tiveram sobrevida
em 5 anos.
O medicamento tem sua eficácia demostrada tanto
em combinação dupla ou tripla, com outras medicações, ou em monoterapia,
atuando diretamente como um agonista do receptor IP de prostaciclina induzindo
à vasodilatação e inibindo a proliferação de células musculares lisas
vasculares. Sua apresentação de uso oral facilita a adesão do paciente,
As reações adversas mais comumente relatadas,
relacionadas aos efeitos farmacológicos de selexipague são cefaleia (dor de
cabeça), diarreia, náusea (enjoo) e vômito, dor na mandíbula, mialgia (dor nos
músculos), dor nas extremidades, rubor (vermelhidão) e artralgia (dor nas
articulações). Estas reações são mais frequentes durante a fase de tratamento
inicial. A maioria destas reações é de intensidade leve a moderada.
Sobre a HAP
É uma doença rara, grave e progressiva que
acomete os pequenos vasos sanguíneos da circulação pulmonar. Faz com que as
artérias pulmonares (que realizam a comunicação entre coração e pulmões) estreitem,
causando o aumento da pressão arterial nos pulmões e a dilatação do coração,
podendo resultar em falha cardíaca e morte. Os primeiros sintomas da HAP são
leves e comuns a outras condições respiratórias mais frequentes ou conhecidas,
que limitam a capacidade de respirar, por exemplo. Isso dificulta e
frequentemente atrasa o diagnóstico. Desde o primeiro sintoma, o paciente pode
demorar em média 2 anos para receber o diagnóstico correto 3.
Para chegar ao diagnóstico, além da história
clínica (sinais e sintomas que o paciente menciona), é necessário realizar
testes, como o ecocardiograma, para avaliar o coração e outros exames que
avaliam o pulmão. Finalmente, o cateterismo cardíaco direito é necessário e
fundamental para fechar o diagnóstico. Embora seja mais comum em adultos jovens
e em mulheres, a HAP atinge pessoas de todas as idades.
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1 Brasília: DOU Diário Oficial da União. Publicado no D.O.U de 09
de agosto de 2021. PORTARIA SCTIE/MS Nº 53, DE 6 DE AGOSTO DE 2021 em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-sctie/ms-n-53-de-6-de-agosto-de-2021-336955771
2 DATASUS, Clinical Protocol Therapeutic Guidelines for Pulmonary Arterial
Hypertension, em
:https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/03/pcdt-hipertensao-arterial-pulmonar-2014.pdf
3 NORD (National Organization for Rare Disorders), em https://rarediseases.org/rare-diseases/pulmonary-arterial-hypertension
4 Sitbon O, et al. New Engl J Med 2015; 373:2522-33.
5 Galiè et al. Eur Heart J 2016;37:67-119.
6 Marion Delcroix, Luke Howard. European Respiratory Review 2015 24: 621-629;
DOI: 10.1183/16000617.0063-2015
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