Médica veterinária mostra como pais e mães de pets podem identificar enfermidades em cães e gatos
Durante a estação mais fria do ano, cães e gatos também precisam de atenção redobrada. Há algumas doenças que são comuns durante o inverno devido às baixas temperaturas, podendo causar infecções virais e agravando alguns sintomas nos pets.
A gripe canina é uma
delas, embora seja uma doença contagiosa, a infecção por gripe canina é, em
geral, leve. Em apenas cerca de 1 a 4% dos casos é fatal, normalmente ao estar
associada aos filhotes, cachorros idosos ou com baixa imunidade
(imunodeprimidos). A melhor forma de prevenção é por meio da vacinação.
"Por mais que
o pet seja vacinado, ele pode contrair um vírus diferente. A vantagem de manter
a vacinação contra a gripe canina em dia, é que ela pode vir com sintomas bem
mais leves e fica mais fácil de ser tratada em pets vacinados. Mas é claro que,
como toda doença, requer cuidados e causa desconforto tanto para o pet quanto
para o tutor", explica a médica veterinária Thaís Matos, especialista
da área de Confiança & Segurança da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América
Latina.
No Brasil, a vacina
contra a gripe canina, está disponível em três versões, a intranasal (que age
diretamente na defesa do nariz do pet contra infecções respiratórias), a
injetável, que possui o mesmo mecanismo de ação que as demais e as orais,
recém-lançadas no mercado. É importante reforçar que todas necessitam de
reforço anual.
Mesmo com o desafio
atual do distanciamento social, em algumas localidades já está disponível o
serviço de veterinário em domicílio , idealizado para facilitar a vida de pais e mães de
pets com consultas e vacinação em casa .
Para auxiliar os pais
e mães de pets no cuidado do bem-estar dos animais de estimação, a médica
veterinária da DogHero listou abaixo como identificar algumas doenças que podem
acometer os pets no inverno.
Gripe Canina
Alguns sintomas da
gripe canina são bem semelhantes aos dos humanos. E nós sabemos que ficar
gripado é bem incômodo. Por isso, quanto antes for identificada a presença do
vírus, mais rápido será feito o tratamento. O tutor do pet precisa ficar atento
aos seguintes indícios: tosse, espirros, secreção nasal (coriza), olhos
lacrimejantes, febre, letargia, perda de apetite, dificuldade de respirar, e
respiração rápida (em geral curta e com ruídos, devido à secreção). Uma vez
diagnosticada a gripe canina, se inicia o tratamento para os sintomas que o
animal apresenta. Combater os sinais de infecção ajuda o pet a melhorar a
qualidade de vida, se recuperar e, por fim, se curar da doença. Depois disso, o
cão desenvolve anticorpos, mas isso não impede que ele volte a ser contaminado
pelo vírus da gripe: por isso é importante investir em prevenção.
Cinomose
É uma doença
infectocontagiosa grave e muitas vezes fatal causada por um vírus chamado CDV
(na sigla em inglês). Um dos primeiros sintomas apresentados pelo pet é a
diarréia, pois o sistema digestório, geralmente, é o primeiro a ser acometido
pelo vírus. A enfermidade também apresenta sintomas parecidos com uma gripe ou
bronquite, como corrimento nasal e ocular amarelado e denso, além de vômito,
perda de apetite e até convulsões em estágios mais avançados.. As formas de
transmissão mais comuns são pelo ar, pelo contato com a secreção do nariz ou da
boca dos animais com o vírus da cinomose (presente em todas as secreções do
animal) e pelo contato com ambientes e objetos contaminados. Todos os cães
podem pegar cinomose, mas alguns têm chances maiores de desenvolver a doença,
principalmente animais mais jovens (entre 3 e 6 meses de idade). Outros pets
sem nunca manifestá-lo; no entanto, continuam sendo fonte de contaminação para
cães e demais animais. Cinomose tem cura, mas o vírus tem alta taxa de
mortalidade e pode deixar sérias sequelas. Por isso, a melhor forma de proteger
o animal de estimação é a prevenção. O pet precisa de todas as vacinas necessárias desde filhote para
ser protegido. Outro cuidado é evitar que o pet tenha contato com animais
infectados e seja exposto ao mesmo ambiente em que vive ou viveu um animal com
o vírus. Não é recomendado levar o pet filhote ao parque ou locais abertos
antes de esperar 21 dias após a última dose de vacina, pois isso aumenta sua
exposição à cinomose e outras doenças.
Dermatite
A dermatite é uma
infecção ou inflamação da pele. Em alguns casos, o diagnóstico é simples e
rápido. No entanto, ele pode ser difícil e complexo se estiver associado a
outra doença ou ter fundo genético. Da mesma forma que o diagnóstico, o
tratamento da dermatite canina depende da sua causa. Ele pode ser feito por
medicamentos para combater bactérias e fungos, medicação para aliviar a coceira
e a inflamação da pele e, é claro, pelo tratamento da doença. A melhor maneira
de prevenir a dermatite canina é cuidando muito bem do pet. Se ele tem muito
pelo, escove-o com frequência e com atenção para monitorar a saúde da pele.
Outro cuidado que o tutor deve tomar é para que o pelo fique bem seco depois de
dar banho no cãozinho. E caso note algum sintoma, é importante levar o pet ao
médico veterinário, pois só ele poderá diagnosticar a causa da dermatite e
determinar o melhor tratamento.
Rinotraqueíte ou gripe
felina
A Rinotraqueíte, ou
Gripe Felina, é semelhante ao resfriado em cães e humanos e é mais frequente no
período do inverno e de chuvas. Causada pelo herpesvírus tipo 1, conhecido como
o FHV-1, e pelo calicivírus. Os principais sintomas são tosse, corrimentos
nasal e ocular, conjuntivite, febre e falta de apetite. A rinotraqueíte é
transmitida por contato direto, o vírus se aloja e multiplica na cavidade nasal
e orofaringe dos gatos e é transmitido para outros gatos por espirros, pela
saliva, pelo corrimento nasal e corrimento ocular. O vírus também persiste por
algum tempo em objetos como bebedouros, comedouros, caminhas e pode contaminar
outro gato. Gatos com imunodeficiência por outras causas ou tratados com
corticosteróides tem uma facilidade em adquirir a doença e transmitir a outros
gatos. O tratamento ajuda a manter ou melhorar a imunidade do pet doente, para
que o sistema imunológico do gato possa se defender contra o vírus.
Asma felina
A doença atinge os
brônquios, impedindo-os de levar o ar da traqueia até aos pulmões. É mais comum
entre os pets mais jovens e de meia idade, sem predileção sexual ou racial,
ainda que os siameses mereçam uma atenção especial. O tutor deve manter as consultas
preventivas em dia e ficar atento aos sinais como esforço incomum para
respirar, chiado durante a respiração, perda de peso, hipertermia e tosses.
Dores articulares
Não é só o sistema
respiratório do seu pet que precisa de mais atenção no inverno. Com a
sensibilidade mais aflorada, as dores articulares são casos mais frequentes em
cães e gatos também nessa época do ano. Dificuldade na movimentação, dores,
choros, lambidas excessivas e deformidades nos membros (mesmo que pequenas) são
indicativos que o seu pet precisa de ajuda médica para voltar a ter uma vida mais ativa e
feliz.
Otite
Trata-se de uma doença
inflamatória do conduto auditivo dos cães causada por diversos fatores e
precisa de ajuda
médica veterinária para ser tratada. Os principais sintomas são coceira
excessiva na região das orelhas, tendência a balançarem a cabeça, dor e até
secreção na região do ouvido. Caso não sejam tratadas, podem evoluir para
doenças mais perigosas como a osteomielite (inflamação nos ossos) e até perda
da audição. Cães com orelhas grandes e caídas apresentam maior predisposição à
otite, mas todos os pets podem apresentar a doença. O tratamento será
recomendado pelo médico veterinário de acordo com a causa da doença.
DogHero
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