Doença
acomete 18% dos homens adultos e urologista aponta as principais causas e
tratamentos
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), A Doença de Peyronie, conhecida como doença do pênis torto acomete até 18% dos homens adultos. Em casos mais graves, o órgão chega a formar um "L" devido a sua tortuosidade, Imagem: divulgaçãoe a doença pode levar à diminuição e estreitamento do pênis e à disfunção erétil. Geralmente ela é ocasionada por trauma durante a penetração e acomete homens na sua maioria acima dos 50.
Segundo
o Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Danilo Galante
trata-se de uma alteração do pênis por lesão do (s) corpo (s) cavernoso (s),
com posterior cicatrização e fibrose no local lesionado. "A fibrose leva
ao encurtamento do corpo cavernoso, comprometendo a elasticidade do membro e
impedindo que se expanda normalmente. Isso leva a dor, deformidade e
dificuldade de ereção e penetração", afirma o especialista.
Problema pode parecer desde a infância
Alguns
meninos também apresentam esse quadro desde o nascimento (pênis curvo
congênito), provocado por desproporção entre os tamanhos dos corpos cavernosos
e uretra. Só requer tratamento se prejudicar o desempenho sexual no futuro.
Quando ocorre a doença de Peyronie?
A doença de Peyronie é bastante comum e ocorre normalmente após uma relação sexual mais intempestiva ou masturbação (mais raro), e também pode acontecer durante a prática de esportes com trauma local, o que leva a inflamações penianas e formação de placas internas.
Segundo
o especialista, existem níveis diferentes de gravidade, podendo afetar o homem
esteticamente ou atrapalhando sua ereção.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é basicamente clínico, feito a partir de conversa com paciente, exame físico e por foto do pênis em ereção. Raramente se faz necessária ressonância magnética para visualizar a placa fibrótica.
Quando o paciente sofre de dores e problemas sexuais decorrentes da doença é recomendado a realização de procedimento cirúrgico, no qual o médico geralmente encurta o lado bom. O procedimento tem alta eficácia, mas leva a diminuição do tamanho do pênis. Isso dependerá da gravidade da curvatura.
"Outra
cirurgia possível é alongar o lado encurtado. É uma cirurgia mais complexa.
associada a índices maiores de impotência pós-procedimento", conclui
Galante.
Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela
UNESP. Pós-graduado em
Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP. Doutorado em
urologia pela USP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine
Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery. Membro Titular da Sociedade
Brasileira de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life
Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade
(incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site:
https://drdanilogalante.com.br/
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