O pagamento à vista e integral da fatura do cartão
de crédito sempre foi a melhor opção para o bolso. Porém, por conta da pandemia
do coronavírus e seus impactos na economia, esta é uma opção cada vez mais
difícil para grande parte dos brasileiros.
No último mês, o cartão de crédito foi apontado
como o principal tipo de dívida para 77,6% das famílias endividadas, segundo a
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Diante desse cenário, será que
compensa fazer o parcelamento do cartão?
“Ao fazer o pagamento mínimo, você entra no
rotativo do cartão, uma modalidade de crédito com uma das maiores taxas de
juros do mercado. Já no parcelamento da fatura, os juros são menores, mas ainda
consideravelmente altos. Há ainda uma terceira opção, que pode sair mais em
conta: realizar um empréstimo com juros menores para quitar a fatura”, explica
Dilson Sa, CEO da empresa de soluções financeiras Acordo Certo.
Como funciona o parcelamento
do cartão de crédito?
É uma espécie de acordo entre o usuário e a
emissora do cartão. Por meio dele, o consumidor ganha mais tempo para colocar a
fatura em dia, pagando parcelas com valores predeterminados mensalmente a fim
de quitar o montante. Com essa opção, o consumidor tem o limite de crédito
liberado proporcionalmente a cada parcela paga.
Quando vale a pena parcelar a
fatura?
Parcelar a fatura sempre vale mais a pena do que
ficar em atraso ou efetuar o pagamento mínimo e sujeitar-se ao crédito
rotativo. Porém, ao considerar os juros (somados ao IOF), usuários do cartão
podem se beneficiar mais dos empréstimos.
Como funcionam os juros do
parcelamento?
O valor varia de acordo com a taxa cobrada pela
emissora do cartão, o número de parcelas e o montante parcelado. O Custo
Efetivo Total (CET) é o nome dado ao valor total considerando juros, IOF e
taxas administrativas, e se refere ao custo total que o parcelamento terá.
Quando o empréstimo vale mais
a pena que o parcelamento?
Existem diversos tipos de empréstimos, com
diferentes taxas de juros. As alternativas com menores taxas de juros são o
empréstimo consignado (em que as parcelas são descontadas do salário ou
benefício de aposentados e pensionistas) e o empréstimo com garantia de imóvel
ou automóvel.
“Apesar disso, quem não se encaixar nessas duas
modalidades pode encontrar empréstimos pessoais com juros menores que os do
parcelamento do cartão. O importante, nessa situação, é analisar todas as
alternativas antes de tomar a melhor decisão para a sua realidade financeira”,
ressalta Dilson.
Acordo Certo
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