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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Mito ou verdade: o melasma pode piorar durante a quarentena?


Veja o que diz a dermatologista Luciana Garbelini


A quarentena pressupõe dias em casa e menor contato com o sol. Mas se engana quem pensa que doenças de pele como o melasma podem piorar apenas durante períodos consideráveis de exposição aos raios ultravioleta. Por isso, a dermatologista Luciana Garbelini, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo, explica mais sobre o quadro e ressalta algumas atitudes que levam a sua piora mesmo estando em casa ou em ambientes fechados.

Condição que afeta as mulheres com mais frequência, mas também pode ser visto em homens, o melasma é uma alteração da pigmentação da pele exposta ao sol que se caracteriza pelo surgimento de manchas acastanhadas. Essas marcas costumam acometer a face e geralmente aparecem na maçã do rosto, testa, buço ou queixo. Porém, a Dra.Luciana destaca que também pode haver ocorrência extrafacial, embora raro, com acometimento dos braços, pescoço e colo. “Outra característica além da coloração é que as manchas são simétricas”, acrescenta. 

Não há uma causa definida para o melasma, como explica a dermatologista. “Muitas vezes esta condição está relacionada ao uso de anticoncepcionais hormonais, à gestação e, principalmente, à exposição solar.” Luciana também ressalta que o fator desencadeante mais prevalente é a exposição à luz ultravioleta (solar) e, até mesmo, à luz visível (lâmpadas, computador e celular). “A predisposição genética também influencia no surgimento do melasma, já que pelo menos 40% das mulheres relata outro familiar, mãe ou irmã, com a mesma condição”, comenta a médica. 

Durante o período da quarentena e a mudança de rotina, é possível que muitas pessoas tenham alterado a disciplina de cuidados com a pele, tanto em relação ao uso dos tratamentos com cremes clareadores (diurnos e noturnos), como com o uso do protetor solar. Esta é uma das principais formas de cuidado quando se fala de melasma. Além do mais, o protetor cor de base tem proteção superior e pelo fato de estar em casa nem todos optam por essa escolha. “Deve ser repassado a cada quatro horas e em casa a maioria desconsidera essa necessidade.” Só esse pequeno cuidado já pode ajudar muito.

Dra.Luciana ainda aponta para pesquisas mais recentes sobre o tema que consideram que o estresse físico e emocional tenham influência em manifestações inflamatórias da pele como o melasma. “Sendo, nesse momento, um fator relevante a ser considerado”, explica a doutora. 

Para que os sinais não piorem é importante o acompanhamento médico e durante esse período manter os cuidando e a mesma rotina de tratamento que estava em andamento. “Usar protetor solar com cor de base mesmo dentro de casa e repassar a cada três ou quatro horas. Evitar o sol e fontes de calor (forno ou fogão, sauna, banho muito quente). Não se arriscar em tratamentos caseiros e milagrosos,” finaliza.






Dra. Luciana Garbelini - Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em Estética Avançada no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


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