Especialista lista cinco atitudes básicas nos
investimentos
A
volatilidade do mercado acionário, amplificada pela pandemia do Covid-19, e as
baixas taxas de juros demonstram mais claramente aquilo que todos já sabiam: Se
tornar milionário como a Bettina, em poucos anos, não é uma realidade factível.
Apesar disso, é totalmente possível obter a independência financeira e ter uma
aposentadoria tranquila através de disciplina e planejamento ao longo dos anos
de trabalho.
É
o que afirma Igor Cruvinel, sócio-diretor de Investimentos da Doc Concierge,
empresa especializada em serviços financeiros para profissionais da saúde, que
elaborou algumas dicas para os primeiros passos de quem deseja trilhar este
caminho seguro. O material faz parte do curso Aposentadoria Médica, oferecido
100% online e com flexibilidade de horário.
“A
única maneira de assegurar a independência financeira é ter as três bases do
tripé organizadas: contabilidade e planejamento tributário, controle financeiro
pessoal e investimentos”, explica.
Confira
algumas dicas sobre o último pilar: investimentos.
1 – Mantenha um colchão de segurança
A
primeira questão que todo o investidor precisa ter em mente antes de decidir
onde investir é montar um colchão de segurança. O valor mínimo para isso deve
ser de três salários e serve para ser usado em momentos emergenciais. Para
manter os recursos líquidos, a opção é por deixar em aplicações praticamente
livres de riscos como poupança, CDB pós fixado ao CDI e com liquidez diária,
Fundos Referenciados DI e Tesouro SELIC.
2 – Diversifique mesmo na renda fixa
Nem
toda renda fixa dá a mesma rentabilidade. Portanto, é preciso diversificar
neste segmento. O investimento desta categoria exibe algumas características:
tem um valor, uma data de vencimento futura e uma remuneração predefinida até o
vencimento. Essa remuneração pode ser definida antes da contratação da Renda
Fixa ou após, acompanhando algum benchmark (referência de mercado para que o
investidor possa acompanhar o desempenho do seu investimento). Assim, a Renda
Fixa pode ser prefixada, em que o investidor já sabe, na hora da aplicação,
qual será o rendimento no vencimento do título, ou pós-fixada, a qual acompanha
o CDI ou IPCA+ um % fixo, exemplo: 100% do CDI ou IPCA +4%.
“Para
um investidor de perfil moderado, a alocação ideal é, dentro dos 40% que sua
carteira tem que ter de Renda Fixa, 10% devem estar em fundos ou títulos de
renda fixa pós-fixados ao CDI, outros 10% em títulos públicos ou privados
prefixados. E por último, 20% em títulos públicos ou privados atrelados ao
IPCA”, recomenda o diretor da DOC Concierge.
3 – Observe todas as alternativas do mercado
O
mercado é composto de muitos investimentos diferenciados. Um deles, bastante
interessante, é o fundo multimercado. Ao contrário dos fundos de uma classe
específica, essa categoria tem liberdade para investir em diferentes ativos,
entre papéis de renda fixa, ações de empresas, moedas (como dólar), derivativos
e investimento no exterior. Nesta classe, estão os grandes gestores de
patrimônio. Multimercados podem ser conservadores, moderados ou arrojados, tudo
depende de sua volatilidade. Para um perfil moderado, é indicado cerca de 20%
em fundos multimercados sendo 10% em fundos de volatilidade histórica abaixo de
6% ao ano e outros 10% em fundos com volatilidade acima de 6% ao ano.
Outras
categorias que valem a pena ser monitoradas são os Fundos de Investimento
Imobiliários (FIIs), veículos de investimento em imóveis, com o objetivo
de conseguir retorno pela exploração de locação, arrendamento, venda do imóvel
e demais atividades do setor imobiliário e, os Fundos de Investimento em Participações
(FIP), uma comunhão de recursos destinados à aplicação em companhias abertas,
fechadas ou sociedades limitadas, em fase de desenvolvimento. Sabendo disso,
cerca de 20% do seu patrimônio financeiro é adequado para diversificar em
FIIs/FIPs.
4 – Busque renda variável para o longo prazo
Alocar
a última parte da carteira em ações ou fundos de ações é adquirir uma fração do
capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio
de um negócio. É por isso que, para investir em ações, o investidor deve estar
preparado para ficar 10, 20 até 30 anos com ela. Além de ações, também se pode
comprar ETFs (sigla para "Exchange Traded Funds"). Estes fundos que
replicam o desempenho de índices e que são negociados em bolsa de valores, como
se fossem papéis de uma empresa. Quando o investidor adquire uma cota de um
ETF, é como se ele estivesse comprando todas ações da carteira usada como
referência. “Alocar até 20% do seu patrimônio financeiro em ações, pensando no
longo prazo, é uma escolha bem interessante”, diz Cruvinel.
5 – Não esqueça da previdência
Hoje
em dia, mais especificamente de uns 4 anos para cá, investir em Previdência
Privada é essencial para diversificar seus investimentos e garantir seu futuro.
“Por quê não investir em algo que rende tanto quanto os melhores fundos
multimercados e ainda gera um benefício fiscal no longo prazo? Hoje as grandes
gestoras como Verde, Adam, SPX, entre outras, possuem excelentes fundos de
previdência”, recomenda o especialista.
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