Roberta Stella
seleciona super dicas para não comprometer a saúde nessas importantes
fases da maternidade
Mais
um Dia das Mães se aproxima e é fundamental reforçar a importância dos cuidados
com a alimentação e a dieta tanto na gravidez, quanto na amamentação. Para
isso, Roberta Stella, nutricionista-chefe do Dieta e Saúde, - programa online
de emagrecimento que propõe a eliminação de peso com saúde por meio da
dieta dos pontos -, preparou uma série de dicas que abordam várias questões que
surgem durante estas fases.
“Futuras
mamães e as que já vivenciam essa experiência incrível sempre têm dúvidas
quanto a melhor forma de se alimentar, não só com relação ao desenvolvimento do
bebê, mas como cuidar da própria saúde, sem perder de vista o controle do
peso”, afirma a especialista. “Por isso é importante alertar que certos
cuidados específicos são os melhores aliados nesses momentos tão especiais da
vida. E vale lembrar também, que o pré-natal e o acompanhamento de perto do
andamento da gestação e da fase de amamentação, devem ser feitos por
profissionais de saúde de confiança”, completa Roberta Stella.
Surge
a primeira dúvida: quantos quilos posso ganhar?
O
ganho de peso adequado durante a gestação depende do Índice de Massa Corporal
(IMC) que a mulher possui antes de engravidar. Para calcular o IMC são
necessários dois dados: o peso antes da gestação (em quilograma) e a estatura
(em metros). Utilize a seguinte fórmula:
IMC =
|
Peso (kg)
|
Estatura (m) x Estatura (m)
|
A
partir do resultado do IMC, o ganho de peso pode ser:
IMC pré gestacional
|
Estado nutricional de acordo com o IMC
|
Ganho de peso (Kg) total no 1º trimestre
|
Ganho de peso (Kg) semanal médio no 2º e 3º
trimestres
|
Ganho de peso (Kg) total na gestação
|
<19,8
|
Baixo peso
|
2,3
|
0,5
|
12,5 – 18,0
|
19,8 – 25,9
|
Adequado
|
1,6
|
0,4
|
11,5 – 16,0
|
26,0 – 29,0
|
Sobrepeso
|
0,9
|
0,3
|
7,0 – 11,5
|
> 29,0
|
Obesidade
|
-
|
0,3
|
7,0
|
Os
valores de IMC acima são diferentes para as mulheres que não estão grávidas.
Eles foram estabelecidos pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos e são
utilizados para a monitoração do peso da gestante. Durante toda a gestação, é
necessário controlar o ganho de peso. Sabendo o quanto já foi ganho é possível
controlar o restante do peso permitido ao longo da gestação.
A
gestante pode seguir uma alimentação para eliminar peso?
Não.
Durante a gestação é necessária uma quantidade maior de energia (calorias) para
que o bebê seja formado. Por isso, a quantidade de energia que a mãe deve obter
por meio da alimentação deve ser aumentada em 300 calorias. Por exemplo, se
antes da gestação a mulher precisava de 2000 calorias para a manutenção do
peso, na gestação essa mulher precisará de 2300 calorias.
É
necessário restringir carboidratos, proteínas ou gorduras?
Não
é necessário restringir nenhum macronutrientes (carboidratos, proteínas ou
gorduras). Todos esses nutrientes devem estar presentes na alimentação, pois
além de fornecerem energia, são veículos de substâncias e micronutrientes
(vitaminas e minerais) importantes para o desenvolvimento do bebê e a
manutenção da saúde da futura mamãe.
Por
que o ácido fólico é tão importante?
O
folato é uma vitamina pertencente ao complexo B e é também conhecido como ácido
fólico. Essa vitamina é importante para a divisão celular e para a produção de
células sanguíneas. A deficiência desse nutriente durante a gestação está
ligada ao surgimento de defeitos no tubo neural do bebê como, por exemplo,
espinha bífida (fechamento incompleto da espinha), anencefalia e encefalocele.
Por isso, é importante a ingestão diária de alimentos que contém folato como as
folhosas verde escuras (espinafre, agrião), lentilha, brócolis e oleaginosas
(nozes e castanhas).
Eliminação
de peso na amamentação
Muitas
mulheres tendem a seguir uma alimentação restrita em calorias, durante a
lactação, para que possam atingir o peso pré-gestacional o mais rápido
possível. O que muitas mulheres não sabem é que a produção de leite requer um
gasto energético considerável. Para a produção de 100 mL de leite,
aproximadamente 65 calorias, a lactante gasta 85 calorias.
Devido
a esse gasto energético, a mulher que está amamentando necessita de um aporte
maior de energia. Enquanto que na gravidez a quantidade de energia a mais
necessária era de 300 calorias, na lactação essa quantidade sobe para 500
calorias. Se uma mulher precisa de 2000 calorias para manter o peso, durante a
lactação esse valor sobre para 2500 calorias.
Quantidade
de nutrientes
Devido
a necessidade energética maior e a produção de leite, as quantidade em gramas
de carboidratos, proteínas e gorduras deverão estar aumentadas, mantendo-se a
proporção, ou seja, 50 a
60% do total de calorias da alimentação deve vir dos carboidratos, 25 a 30% das gorduras e de 15 a 20% das proteínas.
As
quantidades de vitaminas e minerais que a lactante necessita são maiores em
relação às mulheres não lactantes. Dessa maneira, é muito importante que a
mulher evite alimentos muito calóricos, ricos em gorduras ou carboidratos
simples como salgados, frituras, bolos, tortas e dê preferência aos alimentos
integrais e naturais.
Isso
significa que frutas, legumes e verduras devem estar presentes diariamente nas
refeições. Substitua alimentos ricos em farinha refinada pelas versões
integrais como pão integral, bolachas integrais, arroz integral.
Número
de refeições por dia e a ingestão de água
A
alimentação deve ser fracionada ao mínimo de 5 refeições por dia, ou seja, as
três principais (café da manhã, almoço e jantar) e dois pequenos lanches
intercalados. Não pule nenhuma refeição para que haja uma variedade alimentar
durante o dia e para que os nutrientes não fiquem concentrados em poucas
refeições. A ingestão de água não afeta o volume de leite produzido, mas deve
ser feita em pelo menos 1,5
litro por dia.
Lembre
que a produção de leite será maior, quanto maior for a frequência da
amamentação. A qualidade da alimentação da mãe influencia a qualidade do leite.
Estimular a amamentação e ter os cuidados citados com a alimentação fará com
que a mãe dê ao filho o principal e melhor alimento nos primeiros meses de
vida: o leite materno.
Roberta Stella - graduada e mestre em Nutrição pela
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e há oito
anos é nutricionista-chefe do Dieta e Saúde – programa online de emagrecimento
que propõe a eliminação de peso com saúde por meio da dieta dos pontos. É
responsável pela organização das publicações "Livro de Receitas do Dieta e
Saúde", “Receitas Leves de Verão” e "Receitas Leves Dieta e Saúde:
Edição Especial com Edu Guedes", em parceria com o chef e apresentador Edu
Guedes. Entusiasta do eHealth e mHealth, acredita que a tecnologia desenvolve
papel importante na educação de saúde e nutricional da população, sendo um
instrumento de engajamento e de esclarecimento. Seu conhecimento em nutrição é
utilizado para traduzir conceitos e técnicas da área em ferramentas de fácil
uso que levem ao objetivo da redução de peso, por meio de uma alimentação
equilibrada e saudável.
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